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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

PORTUGAL OFERECE KAMOV DOS INCÊNDIOS À UCRÂNIA [M2351 - 67/2022]

Kamov Ka-32A11BC de combate a incêndios do Estado Português

 Portugal ofereceu à Ucrânia a frota de seis helicópteros Kamov Ka-32 de combate a incêndios, que se encontrava imobilizada desde 2018.

O anúncio da decisão foi feito por Helena Carreiras na tarde de hoje, 13 de outubro de 2022, à saída da reunião de ministros da Defesa da NATO: “A pedido da Ucrânia e em articulação com o Ministério da Administração Interna vamos disponibilizar à Ucrânia a nossa frota de helicópteros Kamov que, em virtude do cenário atual, das sanções impostas à Rússia, deixámos de poder operar, aliás não têm os seus certificados de aeronavegabilidade e nem sequer poderemos repará-los”.

Tal como é de conhecimento público, a referida frota adquirida pelo Estado em 2006, para uso no combate a incêndios e operada pela Empresa de Meios Aéreos (EMA) até à sua extinção em 2013, passou depois a operar em regime de adjudicação a privados, pelo Ministério da Administração Interna (MAI). No início de 2018 contudo, a culminar um longo processo de disputas entre o MAI e a empresa adjudicatária na altura, a frota ficaria definitivamente inoperacional. Então, das seis células Ka-32A11BC, uma encontrava-se acidentada desde 2012, duas estavam em manutenção e sem voar desde 2015, enquanto as restantes três ficaram então imobilizadas por falta de inspeção e certificação.

Segundo a ministra da Defesa Nacional referiu ao anunciar a cedência das aeronaves, “os ucranianos conhecem as condições em que se encontra o material”, sublinhando que a “cadeia logística de helicópteros semelhantes” operados na Ucrânia, permitirá repará-los. 

A frota Kamov Ka-32 havia sido transferida para a esfera da Força Aérea Portuguesa no início de 2022, para reposição das condições de aeronavegabilidade. No entanto, o deflagrar do conflito na Ucrânia, e as sansões impostas pela União Europeia à Rússia, inviabilizariam a intenção, pouco mais de um mês depois.

Helena Carreiras adiantou ainda que a transferência dos helicópteros deverá ocorrer “o mais rapidamente possível” e que serão "muitíssimo úteis à Ucrânia e essa cedência foi muito agradecida pelas nossas contrapartes ucranianas”.




quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

KAMOV TRANSFERIDOS PARA A FORÇA AÉREA [M2289 - 6/2022]

Kamov Ka-32A11BC da Proteção Civil

De acordo com o Despacho nº1705/2022, publicado hoje 10 de Fevereiro, a frota de Kamov Ka-32A11BC da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, serão integrados na Força Aérea Portuguesa:

"Despacho n.º 1705/2022

Sumário: Determina a transferência da frota de seis helicópteros pesados KAMOV KA-32A11BC da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil para a Força Aérea.

A frota de helicópteros pesados KAMOV KA-32A11BC integra o dispositivo de meios aéreos próprios do Estado, nos termos da alínea b) do n.º 5 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 139/2018, de 23 de outubro.

A referida resolução do Conselho de Ministros determinou a realização de uma auditoria, a realizar pela Autoridade Nacional de Aviação Civil, pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e pela Força Aérea, sobre as condições de aeronavegabilidade das aeronaves que, por transferência, integram o dispositivo de meios aéreos próprios do Estado.

Entre 7 de junho e 2 de julho de 2021 foi efetuada a auditoria tripartida prevista na alínea c) do n.º 6 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 139/2018, de 23 de outubro, tendo aquela concluído pela viabilidade técnica e económica da recuperação de cinco das seis aeronaves da frota KAMOV KA-32A11BC.

O Governo considera que se justifica a recuperação das aeronaves em causa, as quais podem ser utilizadas no cumprimento de missões no âmbito das Forças Armadas, tanto de natureza militar ou de apoio militar a emergências civis.

Nestes termos e no cumprimento do determinado no n.º 6 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 139/2018, de 23 de outubro, importa efetivar a transferência da frota de helicópteros pesados KAMOV KA-32A11BC para a Defesa Nacional, prevendo-se a sua utilização ambivalente.

Assim, o Ministro da Defesa Nacional e a Ministra da Administração Interna determinam o seguinte:

1 - A frota de seis helicópteros pesados KAMOV KA-32A11BC propriedade do Estado é transferida da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil para a Força Aérea, nos termos da Resolução do Conselho de Ministros n.º 139/2018, de 23 de outubro.

2 - Compete à Defesa Nacional proceder à reposição das condições de aeronavegabilidade das aeronaves com vista à sua recuperação e utilização nas Forças Armadas.

3 - O presente despacho produz efeitos a partir da data da sua assinatura."


Tal como é do conhecimento público, a referida frota está imobilizada desde 2018 por motivos de manutenção e acidentes ocorridos, tendo sido entretanto contratados helicópteros do mesmo tipo para colmatar a sua necessidade no âmbito do DECIR.

Depois de um longo processo de disputas entre o Estado e as empresas envolvidas na operação e manutenção da frota Kamov ex-EMA, competirá agora à Defesa a "reposição das condições de aeronavegabilidade das aeronaves com vista à sua recuperação e utilização nas Forças Armadas", tal como se pode ler no ponto 2 do documento.



quarta-feira, 14 de abril de 2021

KAMOV DE COMBATE A INCÊNDIOS EM "DILIGÊNCIA TÉCNICA" [M2250 - 38/2021]

Kamov Ka-32 da então EMA

A frota Kamov Ka-32 que transitou da extinta Empresa de Meios Aérea (EMA), e que se encontra imobilizada desde 2018, está a ser objeto de uma "diligência técnica" por parte de representantes do fabricante.

A informação foi avançada pelo ministro da Administração Interna, durante a sessão de ontem, 13 de Abril de 2021, da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, em resposta a interpelação do deputado Duarte Marques do PSD, sobre o futuro da frota de helicópteros bombardeiros pesados de combate a incêndios, de origem russa.

Segundo palavras de Eduardo Cabrita, "desde 2018 que a responsabilidade do futuro dos Kamov pertence à Força Aérea"  e que "neste momento está a ser feita uma diligência técnica com a presença em Portugal dos representantes da empresa fabricante, (...) que foi solicitada pelo Ministério da Defesa Nacional".

Da frota de seis Kamov Ka-32 adquirida em 2006, um sofreu um acidente em 2012, dois foram submetidos a manutenção em 2015 não tendo regressado à operacionalidade, enquanto os restantes três ficaram imobilizados desde o início de 2018.

Ainda segundo Eduardo Cabrita, a aquisição de novos meios aéreos destinados ao combate a incêndios florestais anunciada a 4 de Março passado, é independente do destino dos Kamov.





segunda-feira, 8 de outubro de 2018

FORÇA AÉREA GERE MEIOS AÉREOS DE COMBATE A INCÊNDIOS EM 2019 (M2003 - 63/2018)

AT-802 Fire Boss alugados pela ANPC na Base Aérea nº11 em Beja


"Foi aprovada a resolução que define o modelo de transição do comando e gestão centralizados dos meios aéreos de combate a incêndios rurais.
Estabelece-se, desta forma, o modelo de identificação da tipologia de meios que devem constituir o dispositivo, considerando os meios próprios e permanentes do Estado, assim como os meios complementares.
Esta resolução vem dar execução a uma das decisões tomadas no Conselho de Ministros Extraordinário de 21 de outubro de 2017 e que definiu a alteração do modelo de prevenção e combate aos incêndios rurais."

É este o ponto 2 do comunicado do Conselho de Ministros da passada quinta-feira 4 de Outubro, que laconicamente delega na Força Aérea a responsabilidade de gerir os meios do Estado para o combate aos incêndios florestais.

Em resposta à agência Lusa, o Ministério da Administração Interna complementou o comunicado, com a informação de que a Força Aérea irá assumir a partir de 1 de Janeiro de 2019 "a posição contratual da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC) e a responsabilidade na locação de meios aéreos referentes ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR)."

Esclareceu ainda que a FA irá receber os meios aéreos próprios do Estado (o que deverá significar os três AS350B3 e três Kamov Ka-32A11BC), pelos quais ficará responsável pela operação e manutenção. Passará também a ser a entidade responsável pela contratação de meios aéreos complementares adicionais.

Ainda segundo o mesmo comunicado do MAI, a ANPC continuará contudo a definir o dispositivo de meios aéreos necessário, o despacho de meios e o seu emprego em resposta aos incêndios.

Nos últimos anos têm sido contratados principalmente Canadair CL215/415, AT-802 Fire Boss e helicópteros médios Bell 212 e ligeiros AS350.

Recordamos que os três Kamov ex-EMA ainda operáveis, estavam concessionados à Everjets. O Estado acabaria no entanto por resolver o contrato em litígio com a concessionária, ditando o afastamento destes meios para a época de incêndios de 2018 e obrigando à contratação de outros tantos para assegurar helicópteros bombardeiros pesados, para o ano corrente.

Sobre a aquisição de meios aéreos próprios adicionais, nada mais foi avançado.






sexta-feira, 10 de novembro de 2017

GOVERNO PONDERA MANTER C-130 PARA COMBATE A INCÊNDIOS (M1937 - 74/2017)

C-130 da FAP em 1994 em demonstração do kit MAFFS de combate a incêndios

Durante o debate do Orçamento de Estado de 2018 o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, informou que além da aquisição dos  aviões de transporte KC-390 (com capacidade complementar para o combate a incêndios com calda retardante e água), está em estudo a possibilidade de manter a voar a actual frota C-130 - que está previsto ser substituída pelos KC-390 nas principais funções que desempenha actualmente na FAP - para ser usada no combate a incêndios.
O titular da pasta da Defesa adiantou que foi remetido o pedido "price and availability" à Força Aérea dos EUA, após concluídas as especificações técnicas, para a "modernização de cinco dos seis C-130" [NR: Um C-130 perdeu-se em acidente em Julho de 2016], de modo a prolongar o seu potencial de vida para além de 2025. A informação sobre o processo de MLU (mid-life upgrade) estará já em condições de poder ser submetida a decisão. Esta decisão terá em conta não apenas a intenção de usar as aeronaves para o combate a incêndios, mas também a expectativa da futura frota KC-390 estar operacional apenas em 2021.

Ainda a respeito do Orçamento de Estado para o sector da Defesa, o secretário de Estado da Defesa esclareceu que não está previsto a FAP realizar operações de combate directo a incêndios para 2018, dado que "é preciso ter consciência de que a capacidade de operação não se monta de um ano para o outro" e portanto para 2018 " a capacidade de operação não terá tradução orçamental".
Marcos Perestrelo admitiu contudo estar em avaliação "o tipo de operação que a Força Aérea poderá fazer na gestão centralizada e nas operações de comando e controlo" já para o próximo ano. Este tipo de participação já poderá implicar reforço de verbas "que terão de ser avaliadas a tempo de ter tradução orçamental" para 2018.
Relativamente aos helicópteros ligeiros de combate a incêndios pertencentes ao Estado (três AS350 Ecureuil), informou que a operação dos mesmos está contratada a privados até ao final da época de incêndios de 2018.

Não foi no entanto mencionado o destino da frota de Kamov Ka-32, também pertencente do Estado, concessionada a privados até 2019, em condições de operacionalidade limitada a três helicópteros, estando dois parados à espera de reparação e um acidentado sem possibilidade de recuperação.
A operação deste tipo de helicóptero pesado tem estado envolta em polémicas de vária ordem desde que foi adquirida em 2006, mormente no que respeita aos custos e problemas da manutenção.
A Força Aérea terá recusado em 2016 assumir a operação desta frota, sem o necessário reforço de meios humanos e materiais correspondente.

Oito helicópteros SA-330 Puma retirados do serviço operacional na FAP em 2010, estão também parados desde então, à espera de novo dono. Várias vezes têm sido falados como passíveis de ser reaproveitados para o combate a incêndios - pelo menos quatro a seis células em melhores condições - mas nunca uma decisão seria tomada no sentido de os reaproveitar para esse fim.

Em processo de aquisição estão cinco a sete helicópteros ligeiros para a FAP, que estão descritos virem a ter como missão secundária o combate a incêndios. A avaliação das propostas apresentadas pela Airbus Helicopters e Leonardo estava prevista terminar a 31 de Outubro. Contudo, face aos trágicos acontecimentos do mesmo mês e à evidência das vantagens do Estado possuir meios próprios de combate durante todo o ano, chegou a ser ventilada a hipótese deste concurso ser alterado, de modo a contemplar mais unidades. Oficialmente contudo, nada foi assumido oficialmente acerca do tema.

De fora do debate, ficaram ainda (e mais uma vez) meios anfíbios pesados, vulgarmente conhecidos como Canadair, consensualmente os mais eficientes e adaptados às características do nosso país. Normalmente duas a quatro unidades são alugadas para a época de incêndios, ficando a depender de países terceiros, sempre que é necessário reforço, que quase sempre ocorre tarde e com os gastos obviamente inerentes.

Finalmente, e apesar de ser irrealista começar em 2018 a empenhar a Força Aérea no combate directo a incêndio, ficou por estabelecer um prazo para a efectivação dessa promessa e tratar também a problemática dos meios humanos necessários para esse fim.

É certo que tempo poderá ainda ser curto, desde o anúncio da intenção de tornar a Força Aérea na principal entidade gestora dos meios aéreos de combate a incêndios, para ter elaborado um plano consistente, que defina todos os pontos em aberto, que permita ter uma estrutura eficaz, operacional e sustentável, no combate aos incêndios.
Mas espera-se que não suceda como em todas as promessas dos sucessivos Governos nas últimas décadas.
A gravidade das tragédias deste ano e a consciência de todos nós assim o exigem.


domingo, 20 de julho de 2014

NOVO CONCURSO PARA OPERAR KAMOV OFERECE 6000 EUROS À HORA (M1660 - 211PM/2014)

Kamov Ka-32 de combate a incêndios florestais

O primeiro concurso público internacional para a operação e manutenção dos helicópteros Kamov do Estado não avançou porque não apareceram interessados. Dois anos depois da primeira tentativa falhada, o Ministério da Administração Interna (MAI) volta agora a lançar um novo concurso e o prazo para a apresentação de propostas termina a 25 de Agosto.

A intenção do ministro Miguel Macedo, segundo contou ao Jornal i uma fonte do MAI, é ter a operação e a manutenção dos helicópteros pesados russos entregues a privados antes do final de Outubro - de maneira a que a Empresa de Meios Aéreos (EMA) possa finalmente ser extinta, três anos depois do governo ter anunciado o seu fim.

E para garantir que desta vez há interessados no negócio, o MAI aumentou o valor do contrato. "Através da redução das horas a contratar e tornando o contrato mais apetecível do ponto de vista financeiro", revela a mesma fonte. Assim, a hora de voo de cada Kamov passará a ser paga a 5925 euros - contra os 5333 euros previstos no concurso anterior. Por outro lado, o governo eliminou uma série de obrigações que estavam a cargo do adjudicatário, de maneira a tornar a operação dos helicópteros mais barata. E os requisitos para concorrer foram "aligeirados", permitindo que mais empresas possam candidatar--se.

Esta é já a segunda tentativa do MAI de se desfazer da operação dos helicópteros pesados russos - cuja manutenção é uma das mais caras. Só quando aparecer uma empresa interessada é que o MAI poderá fechar a EMA, empresa criada em 2007 para gerir os meios aéreos do Estado. A extinção, que Miguel Macedo anunciou a 30 de Outubro de 2011, tem vindo a ser sucessivamente adiada devido aos Kamov. Há quase três anos, o ministro justificou a decisão com uma poupança anual de oito milhões de euros e explicou que a competência da empresa transitariam para a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Dois anos e meio depois, a ANPC já absorveu todas as competências da empresa pública e a operação de todas as aeronaves do Estado já foi entregue a empresas. À excepção dos Kamov, em que ninguém quer pegar e que continuam sob alçada da EMA. A extinção da empresa foi publicada em Diário da República em Janeiro e estava prevista para Abril. Porém, e mais uma vez, o MAI adiou o processo e alargou o prazo para 31 de Outubro. Na altura, o secretário de Estado da Administração Interna justificou a decisão, em declarações ao i, com a época de fogos. "Para não pôr em causa a contínua operação e gestão dos meios aéreos pesados do Estado durante o período crítico dos incêndios florestais", explicou João Almeida.

Entretanto, o conselho de administração da EMA já saiu de cena. Desde Fevereiro, está à frente da empresa uma comissão liquidatária com membros da ANPC para facilitar a transição de competências.

  Fonte: Jornal i

quarta-feira, 26 de março de 2014

PROTEÇÃO CIVIL SEM PILOTOS PARA OS KAMOV (M1497 - 109PM/2014)

Kamov Ka-32A11BC da extinta EMA

Com o anúncio de extinção da EMA, que deverá estar liquidada em outubro, são vários os pilotos Comandante que têm abandonado Portugal rumo ao estrangeiro em busca de um emprego estável.
Em janeiro passado a EMA contava com nove pilotos de Kamov, número considerado suficiente para as operações de inverno, mas já em fevereiro, com o início da liquidação da EMA, quatro pilotos pediram para sair, pelo que a empresa estatal não tem agora tripulações suficientes para garantir a mais exigente época de verão.

Perante este cenário o Estado acaba de abrir candidaturas para pilotos Comandante de helicópteros pesados Kamov, mas o problema é que em Portugal são muito poucos os pilotos com qualificações para tal, o que constitui um sério risco para o preenchimento dos quadros. E sem pilotos, poderá estar em causa a utilização dos cinco helicópteros Kamov Ka-32 operacionais, para a época de combate a incêndios.

Uma das condições para concorrer é ter no mínimo 2500 horas de voo nos Ka-32, o que restringe em muito o número de candidatos elegíveis.

Fonte: RTP
Adaptação: Pássaro de Ferro

quarta-feira, 19 de março de 2014

EMA CONTINUA EM 2014 (M1480 - 95PM/2014)

Kamov Ka-32 da "extinta" EMA

Orçamento do Estado prevê transferência de verbas para a Empresa de Meios Aéreos. São 27 milhões para 40 funcionários e 6 Kamov.

Vinte e sete milhões de euros para pagar a cerca de 40 funcionários e manter seis helicópteros pesados Kamov. A avaliar pelo Orçamento do Estado para 2014, ainda não é desta que a Empresa de Meios Aéreos (EMA) fecha - apesar de a extinção ter sido anunciada com pompa e circunstância pelo governo há já dois anos. Na altura, o ministro da Administração Interna garantia que o desaparecimento da empresa criada para gerir os aviões do Estado permitiria uma poupança de 7 milhões de euros - contabilizando despesas relacionadas com funcionamento, rendas, equipamentos e ordenados. A partir do Peso da Régua, Miguel Macedo explicou que a extinção da EMA seria uma forma de "poupar dinheiro dos impostos dos contribuintes, sem pôr em causa da capacidade operacional dos meios aéreos".

Dois anos depois, boa parte das competências da empresa já transitaram para a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e a EMA ainda só não foi extinta porque o governo não se consegue livrar da manutenção dos helicópteros Kamov: já foram lançados concursos, mas não tem havido empresas interessadas no negócio. Os problemas começaram quando Miguel Macedo decidiu alterar o modelo da contratação, manutenção e aluguer dos aviões do Estado. Na prática, os concursos deixaram de ser anuais e foi lançado um procedimento concursal a cinco anos, dividido em vários lotes - sendo que um deles englobava apenas os helicópteros russos. Assim que todos os concursos estivessem resolvidos, a EMA seria extinta. Acontece que ninguém quis pegar na manutenção dos Kamov e em Agosto deste ano, para tentar contornar a situação, o governo autorizou a ANPC a abrir um novo concurso para o triénio 2014/2017.

Caso não apareçam interessados, dizia uma resolução publicada em Diário da República, o Ministério da Administração Interna (MAI) poderá recorrer a um "ajuste directo". A mesma resolução autorizava ainda uma transferência de 7,8 milhões de euros para que a EMA se pudesse manter até Dezembro deste ano. Agora, com uma verba de 27,5 milhões de euros inscrita no Orçamento do Estado de 2014, é certo que a EMA se manterá mais um ano. Com cerca de 40 funcionários e a responsabilidade única de gerir uma frota de seis Kamov - sendo que metade dos helicópteros têm estado parados devido a avarias e acidentes.

Fonte: Jornal i

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

GOVERNO QUER COMPRAR CANADAIR (M1444 - 60PM/2014)

Canadair CL-215 espanhol 

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou hoje que o Governo pretende adquirir dois aviões Canadair (NR: Atualmente e em rigor são Bombardier) de combate a incêndios florestais através do recurso a fundos comunitários.

No grupo de trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, constituído no âmbito da Assembleia da República, Miguel Macedo adiantou que está a decorrer um processo para aquisição de dois aviões Canadair, no valor de cerca de 37 milhões de dólares cada um, com recurso a fundos comunitários,

O ministro afirmou que, no final do mês de março, o Governo terá "uma resposta mais conclusiva sobre este processo", mas manifestou esperança que a aquisição de meios aéreos pela via dos fundos comunitários "corra bem".

Segundo Miguel Macedo, o país precisa de ter no dispositivo mais meios aéreos próprios, uma vez que o atual não tem capacidade para resolver o problema de combate a incêndios florestais.

O ministro sublinhou que, no passado, foi feita a opção em não se comprar este tipo de aviões, mas, agora, "há um consenso" que Portugal "precisa de ter, pelo menos, um aparelho Canadiar".

Atualmente, os meios aéreos próprios do Estado são compostos por seis helicópteros pesados Kamov e três helicópteros de transporte e utilitário, sendo a primeira vez que vai adquirir para sua frota aviões Canadair.

O ministro disse também que poderá "demorar mais de um ano" para que Portugal tenha disponíveis os dois aviões Canadair.

Justificando a aquisição destes aviões, o ministro afirmou que é difícil encontrar no mercado estes meios a preços razoáveis para alugar.

"Estes meios não abundam, não tem sido nada fácil", referiu, acrescentando que Portugal "não pode, por sistema, em cada verão, recorrer à generosidade de outros países".

Aos deputados do grupo de trabalho, o ministro reafirmou que a Empresa de Meios Aéreos (EMA) já está em processo de liquidação, ressalvando que o processo de extinção da EMA "é muito complicado".

Após a extinção da EMA, a gestão dos meios aéreos vai passar para a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Fonte: Jornal i

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

RUSSIAN HELICOPTERS NOS JOGOS OLÍMPICOS DE INVERNO (M1416 - 38PM/2014)

A família Mi-8/17/171 em ação na construção       Foto: Russian Helicopters

Os helicópteros fabricados pela Russian Helicopters desempenham um papel ativo na segurança dos XXII Jogos Olímpicos de Inverno, realizados em Sochi, Rússia entre 7 e 23 de fevereiro de 2014, bem como nos Jogos Paraolímpicos de Inverno, entre 7 e 16 de março.
Os helicópteros serão usados pelo  Ministério do Interior, Serviço de Segurança Federal e Ministério de Emergências, para monitorizar, patrulhar e proporcionar segurança aos Jogos. Se necessário, serão também usados para evacuações médicas e operações de busca e salvamento.

"Estamos orgulhosos por os nossos helicópteros desempenharem um papel no apoio a estes Jogos, um evento desportivo maior, que atrai a atenção de milhões de pessoas por todo o mundo" disse Alexander Mikheev, presidente da Russian Helicopters. "Helicópteros feitos na Rússia, foram também utilizados na preparação dos Jogos Olímpicos de Sachi, ajudando a levar a cabo tarefas de construção altamente complexas. Estamos confiantes de que os helicópteros russos serão essenciais e eficientes para as agências estatais empenhadas em assegurar a segurança e conforto dos que participam no evento."

O bem conhecido em Portugaal Ka-32A11BC              Foto: Russian Helicopters

Hoje, os helicópteros da Russian Helicopters são usados por virtualmente todas as agências envolvidas nos Jogos. O helicóptero equipado com módulo de emergências médicas Ka-32A11BC, está a postos desde outubro d e2013. Este modelo e a série Mi-8/17 são operados pelo Ministério de Emergências e estarão a postos em Sochi, podendo ser usados se necessário também para o combate a incêndios, monitorizar áreas de ski em risco de avalanche e executar operações de busca e salvamento.

Os helicópteros ficarão baseados no aeroporto de Sochi e no heliporto de Krasnaya Polyana. O Ministério dos Assuntos Internos está a usar helicópteros Mi-8/17 e Ka-226, no apoio a operações policiais, tais como patrulhamento e vigilância. O helicóptero leve Ka-226, com o seu rotor coaxial adaptado a áreas urbanas, tem um ruído de operação muito baixo, amigo do ambiente, podendo além disso aterrar em áreas muito pequenas, normalmente inadequadas para locais de aterragem de helicópteros.
O Ka-226           Foto: Russian Helicopters

O Serviço de Segurança Federal, encarregue de assegurar a segurança dos Jogos, utiliza Ka-226 especialmente equipados com equipamento de vigilância e observação, tal como alguns helicópteros Mi-8/17.

Os Mi-8/17 são também utilizados para fins comerciais de transporte de carga  e passageiros. O helicóptero pesado Mi-26T foi usado pela PANH Helicopters, para tarefas complexas de construção e execução de trabalhos em zonas d edifícil acesso. Transportou cargas pesadas e equipamento para grandes altitudes, carregando cargas até 20 ton. incluindo transformadores elétricos e geradores, que asseguram que os eventos dispõem de energia elétrica ininterruptamente.

O peso-pesado Mi-26T      Foto: Russian Helicopters


Fonte: Russian Helicopters
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro



terça-feira, 7 de janeiro de 2014

KAMOV KA-32 NO RESGATE ANTÁRTICO (M1367 - 04PM/2014)

O Kamov Ka-32 do resgate na Antártida     Foto: Russian Helicopters

As imagens do resgate dos passageiros do navio de investigação Akademik Shokalskiy, aprisionado no gelo antártico correram mundo na passada semana.

A operação contou com a participação de um Kamov Ka-32A11BC fabricado pela Russian Helicopters, que se congratulou com o feito, em comunicado divulgado.

O Ka-32 baseado no quebra-gelo chinês Xue Long levou a cabo com sucesso a operação de resgate dos passageiros a 2 de janeiro de 2014, a partir do navio preso no gelo a cerca de 1500 milhas a sul da Austrália.

Os helicópteros de construção russa, incluindo Ka-32 e a série Mi-8/17 são intensamente utilizados nos ambientes ártico e antártico, voando a partir de terra ou de embarcações, para abastecimento de mantimentos, transporte de carga, passageiros e busca e salvamento. Em locais remotos com condições climatéricas extremas, os helicópteros são o melhor e mais eficiente meio de transporte. 
Segundo a Russian Helicopters, os Ka-32 e Mi-8/17 podem operar em temperaturas tão baixas como 50º negativos. Podem ficar no exterior sem abrigo e ganharam já reputação de serem altamente fiáveis, eficientes e seguros.

Dois quebra-gelos - o chinês Xue Long e o australiano Aurora Australis - tentaram sem sucesso chegar ao Akademik Shokalskiy, após o que, foi decidido evacuar os passageiros. O Ka-32A11BC operado pela Chinese State Oceanic Administration, baseado no Xue Long foi por isso deslocado para a ajuda.

O Ka-32 efetuou cinco voos para evacuar o grupo de passageiros e fez ainda duas viagens adicionais para transportar as bagagens dos mesmos, além de algum equipamento da expedição, para o navio Aurora Australis. No total 52 pessoas foram resgatadas, incluindo turistas e cientistas, numa operação que durou cerca de quatro horas e meia. A tripulação constituída por 22 elementos ficou a bordo do Akademik Shokalskiy, com mantimentos suficientes para aguentar o tempo restante de aprisionamento do navio no gelo.

O Kamov Ka-32A11BC foi desenvolvido a partir do Ka-27PS de operação naval e herdou segundo a Russian Helicopters "as melhores características do seu predecessor". Pode operar com eficiência a baixas temperaturas e elevada humidade, sendo altamente resistente aos efeitos agressivos do ambiente marítimo. As suas capacidades permitem-lhe voar missões em ambiente de grande turbulência e ventos tempestuosos. Possui alta precisão em voo estacionário e manobrabilidade, garantidos pelos seus rotores co-axiais, para além de poder aterrar em espaços muito confinados, uma característica sempre importante em ambiente naval.

O Kamov Ka-32A11BC está em uso com reconhecido sucesso em mais de 20 países, incluindo em Portugal, na Proteção Civil.

Fonte: Russian Helicopters
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro





quarta-feira, 28 de agosto de 2013

KAMOV DE COMBATE A INCÊNDIOS ATERRA DE EMERGÊNCIA (M1132 - 244PM/2013)

Kamov Ka-32 da Proteção Civil

Um helicóptero Kamov que combatia um incêndio aterrou esta quarta-feira de emergência no aeródromo de Viseu, devido a um problema mecânico, mas sem causar feridos, disse à Lusa fonte do Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) de Lisboa.
"Tratou de uma situação pontual. O helicóptero teve uma falha mecânica e foi forçado a aterrar no aeródromo de Viseu pelas 19:20 devido a um problema mecânico", afirmou o adjunto nacional de operações, Miguel Cruz.
Aquando da aterragem, estavam no interior do aparelho dois pilotos e «ambos estão bem», sem qualquer ferimento, acrescentou o responsável.
O helicóptero mantém-se no aeródromo de Viseu onde vai ser reparado, segundo Miguel Cruz.
Este helicóptero estava a combater um incêndio que lavra desde as 11:47 da manhã na localidade de Bigas/Lordosa, no distrito de Viseu.
Pelas 20:50, combatiam este fogo com uma frente ativa 122 operacionais e 31 veículos, de acordo com a informação disponível na página da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), noticia a Lusa.

Fonte: TVI24

segunda-feira, 29 de julho de 2013

TURISTA IRLANDESA RECUPERADA DE HELICÓPTERO APÓS QUEDA EM FALÉSIA (M1104 - 223PM/2013)

Kamov Ka-32 da Proteção Civil

Uma turista irlandesa, de 33 anos, que se encontrava acompanhada por familiares, caiu de uma falésia a cerca de seis metros de altura a sul da Praia do Amado, no concelho de Aljezur, neste domingo, quando descia para o areal por um caminho íngreme em condições difíceis, segundo apurou o DN.

Apresentava fraturas na face e num braço, tendo sido resgatada por elementos da equipa de salvamento em grande ângulo dos Bombeiros Voluntários de Aljezur. Posteriormente, foi levada no helicóptero da Autoridade Nacional de Proteção Civil para o Hospital do Barlavento Algarvio, em Portimão

O alerta foi dado pelas 15.40 horas de domingo à Polícia Marítima, tendo a vítima sido levada no helicóptero da Autoridade Nacional de Proteção Civil com base em Loulé para o Hospital do Barlavento Algarvio, na cidade de Portimão. Apresentava fraturas na face e num braço.

Na operação de resgaste estiveram, igualmente, envolvidos dez elementos da corporação dos Bombeiros Voluntários de Aljezur e quatro viaturas. Em virtude da dificuldade de acesso ao local do acidente, enquanto vários bombeiros se deslocaram ao longo da Praia do Amado para tentar localizar a turista, elementos da equipa de salvamento em grande ângulo daquela corporação seguiram pelas falésias. Ali, numa zona de difícil acesso, foi encontrada caída a vítima, que até se mostrava consciente, apesar do impacto sofrido ao embater nos rochedos.

Fonte: Diário de Notícias

quinta-feira, 6 de junho de 2013

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA: O olhar de Óscar Rodrigues sobre a aviação da Proteção Civil (M1029 - 166PM/2013)


Abriu hoje ao público na Galeria Municipal de Almeirim, a exposição fotográfica "Um olhar sobre a Proteção Civil".
O autor, Oscar Rodrigues, 30 anos, colocou em prática a sua paixão pela fotografia e pela actividade da Proteção Civil, registando através da fotografia o papel preponderante desta força, nas suas diversas vertentes. Hoje colabora activamente com vários Agentes de Proteção Civil, particularmente na vertente aérea.

Esta é uma homenagem aos Agentes de Proteção Civil, retratada por um olhar directo, sobre todos aqueles que com muita coragem e determinação, fazem do socorro um principio de VIDA.

A obra vai estar patente ao público entre as 9:00 e as 18:00 horas, até dia 11 de junho.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

EVACUAÇÃO MÉDICA EM KAMOV KA-32 (M858 -39PM/2012)


Kamov Ka-32 no heliporto do hospital da Universidade de Coimbra
Realizou-se esta tarde mais uma evacuação aero-médica do hospital da Guarda, para o hospital da Universidade de Coimbra num Kamov Ka-32 em operação pela EMA.
Enquanto persiste a incerteza sobre o futuro destes meios aéreos, tanto relativamente ao operador, como aos fins para que é usado, continuam a prestar serviço ao país.
É certo que sendo um excelente meio para o combate a incêndios, para o transporte de doentes estão longe de ser ideais, devido à baixa velocidade de cruzeiro, elevado consumo de combustível e condições de cabine para pacientes e acompanhantes médicos.
Aguarda-se decisão política.


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

KAMOV SEM CONTRATO (M832 -15PM/2013)

Kamov Ka-32 com as cores da EMA no combate a um incêndio

Segundo notícias avançadas pelo canal televisivo SIC, o concurso internacional para novo contrato de manutenção e operação dos helicópteros bombardeiros pesados de combate a incêndios Kamov Ka-32, está até ao momento sem interessados e não se prevê venham a aparecer até ao final do prazo.
O contrato no valor de 64M EUR para seis unidades Ka-32 e válido para cinco anos, não despertou o interesse de nenhuma empresa, sendo para já uma incógnita o futuro das operações com estes meios aéreos, que alegadamente o estado tentou já vender também sem sucesso.
De recordar que os custos da frota Kamov para o período de cinco anos transato, foram desde sempre apontados como exagerados.
Incógnita é também o futuro da EMA (Empresa de Meios Aéreos), que opera ainda o modelo apesar de oficialmente extinta em outubro de 2011,  mas desde então sem definição de destino dos meios nem funções  atribuídas, situação que  parece continuar a manter-se, pelo menos relativamente aos Kamov. Os Ecureuil também operados pela EMA, parecem já ter encontrado destinatário em concurso paralelo.
Resta saber que posição irá agora tomar o Governo, face ao atual impasse.


sexta-feira, 6 de julho de 2012

RÚSSIA CONSOLIDA MERCADO DE HELICÓPTEROS NA AMÉRICA LATINA (M684 - 72PM/2012)


Um Mil Mi-17-2 em uso na Venezuela em funções de busca e salvamento            Foto: Russian Helicopters

A Rússia planeia inaugurar ainda durante 2012, o primeiro centro de manutenção destinado aos helicópteros registados na Venezuela. A intenção é a de ampliar posteriormente a capacidade do mesmo para garantir o ciclo de vida de todos os helicópteros de fabrico russo de toda a América Latina.
Segundo o perito militar Igor Korotchenko, a escolha da Venezuela não foi casual: "Muitos helicópteros russos foram fornecidos à América Latina. A Venezuela foi escolhida por ser o maior comprador de equipamentos militares russos. Isto é vantajoso para a Rússia, porque tendo um centro seguro de serviços, será minimizado o tempo para restauração do potencial de voo dos helicópteros. A Rússia, desse modo, revela-se como fornecedor seguro. Isto irá contribuir para o aumento da parcela de fornecimento de helicópteros russos no mercado local."

  Este  Kamov Ka-32A em uso no Brasil poderá vir a beneficiar do novo centro de manutenção   Foto: Russian Helicopters

A criação deste centro de manutenção na Venezuela está contudo longe de agradar a todos, se tivermos em atenção que a maioria dos países ocidentais não nutre especial simpatia pelo governo venezuelano. O Ministério do Exterior russo lembrou por isso que a parceria Moscovo-Caracas em matéria de defesa, é feita estritamente de acordo com as normas internacionais.
Para o perito militar Viktor Baranet "A exportação para a Venezuela está na categoria dos novos mercados para a Rússia. Sendo que aqui se incluem não apenas motivos puramente económicos, mas em certa medida também políticos. Existem boas relações entre a Rússia e a Venezuela. E a própria Venezuela apontou para o mercado russo de armamentos. A Rússia contribuiu para isso. Há alguns anos foi destinado à Venezuela um crédito para a compra de armamentos russos no valor de dois mil milhões de dólares. E o total da capacidade do mercado venezuelano já atinge cinco mil milhões."
Estimando a receita anual  russa com a venda de armamentos em dez mil milhões, teoricamente a Venezuela garante metade dessas vendas. Esta dinâmica trará naturalmente centros de manutenção para os equipamentos, estando o primeiro dos quais a ser criado atualmente.


Fonte: Rádio Voz da Rússia adaptação Pássaro de Ferro     

domingo, 1 de abril de 2012

A SAGA (M625 - 15AL72012)

Poucas coisas no nosso país se aprontam, anualmente, como inevitáveis. Uma dessas coisas são os incêndios florestais (IF)!
Desde sempre que a introdução de meios aéreos na luta contra eles se envolveu em polémicas, misturando o poder político, interesses, inabilidades várias, erros de análise e avaliação, sempre com evidentes prejuízos para o Estado e obviamente para as florestas.
Com as alterações climáticas, a chamada "época de incêndios"  deixou de estar balizada por um calendário e, como se constata este ano, não chegou a acabar ou, se se quiser, prolongou-se pelo outono e inverno fora, está na primavera e teme-se o cenário no verão.

Certo certo é que a problemática do combate aéreo aos incêndios tem sido pasto para muitas manobras, avanços e recuos e não raras vezes tem incendiado os organismos que tutelam esta situação e que gerem muitos e apetecíveis milhões de euros. E aí está o cerne das polémicas.
O afastamento dos meios militares, nomeadamente os C-130 (com 2 kits MAFFS - Modular Airborne Fire Fighting System) e os helis AL-III que estavam sempre prontos para operações de menor escala mas de importância relevante, abriu as portas a entidades exteriores e claro, nenhum processo que envolva muito dinheiro é pacífico. A instituição militar, sempre mais parcimoniosa com os dinheiros públicos, deixou de estar envolvida, pelo que o apetite e o quase habitual descontrole exteriores à instituição militar, trataram de tornar esta matéria combustível para uma espécie de "fogo paralelo", alimentado inicialmente a escudos e depois e presentemente, a euros.
Todos os anos o governo alugava meios aéreos a diversas empresas e organismos e todos os anos as polémicas com os gastos se renovavam, sendo certo que toda a gente concorria na ideia de ter de se colocar um ponto final na sazonalidade frásica desta discussão. 

As coisas eram tanto mais absurdas na medida em que esses meios aéreos eram "desativados" com o dito "fim da época de fogos", situação que se foi alterando na medida em que o clima provou que o caráter estanque das (antigas?) estações do ano se diluiu e, portanto, há que ter os meios aéreos prontos 365 dias por ano e não só para o combate aos IF.
A dada altura, também os desativados e históricos helicópteros SA-330 Puma da Força Aérea Portuguesa foram introduzidos na equação, dizendo-se que poderiam ser usados no combate aos fogos. Para não variar, a proposta não foi pacífica e, até ver, os Puma permanecem parados e sem pretendentes. O que se fez, então, foi a compra dos helis Kamov Ka32A11BC e dos Eurocopter AS-350B3 Ecureuil, em mais uma decisão que foi tudo menos consensual.


Todas as decisões são passiveis de escrutínio e crítica e esta decisão não foi exceção. A juntar a toda a polémica, somam-se os muito elevados custos com a manutenção destas aeronaves, sobretudo dos Kamov, situação que onera muitos milhões de euros anuais ao Estado, num contrato que pode ser, no mínimo, discutível.
Lamentavelmente nesta equação, a variável mais fraca é o combate aos IF, situação que não se compadece com estas errâncias, mandos e desmandos dos poderes.
Enquanto as coisas não se redefinem, decorrentes do futuro (incerto) da própria EMA - Empresa de Meios Aéreos, que o atual governo diz querer extinguir - os IF continuam o seu caminho, fazendo com que os derrotados sejam sempre os mesmos: florestas e património ambiental, as populações afetadas e, pelo que se vê, o próprio Estado que pretende, face à "crise", fazer uma espécie de "quadratura do círculo", isto é, gastar menos dinheiro e ter mais meios para fazer frente aos IF.
No fim de tudo isto, o que se apresenta como sendo certo e em qualquer circunstância, é que se trata de uma saga em que se continuarão a gastar muitos milhões de euros, ao sabor de definições e redefinições e de interesses instalados que, diga-se sem receios, existem e não tem sido, como deviam ser, pura e simplesmente banidos.


Imagens de helicópteros Kamov KA-32, obtidas na passada 5ª feira, dia 29 de Março, durante o combate a um incêndio florestal na zona de Penela - Coimbra.


sábado, 9 de outubro de 2010

HELITECH 2010 (M425-36PM/2010)

A simpatia da organização na recepção aos visitantes
O EH-101 da Força Aérea com lança de reabastecimento em voo foi o objecto de maior curiosidade
O Kamov Ka-32 da Heliportugal com equipamento de combate a incêndios
Cockpit do Ka-32
Um dos poucos movimentos registados no último dia da feira
A indústria internacional pisca o olho ao mercado nacional com a realização da Helitech
As conversas que um evento destes sempre proporciona
A Helibravo uma das empresas nacionais representada com vários helicópteros na exposição
AS-365N3 Dauphin 2 da Heliportugal, a primeira empresa privada de helicópteros em Portugal
Vista lateral do EH-101 Merlin da FAP com lança de reabastecimento em voo
Operações de desmontagem da lança de reabastecimento em voo no fim do evento
Decorreu durante a semana que ora finda, mais concretamente entre  os dias 5 e 7, a segunda edição da feira dedicada às aeronaves de asas rotativas realizada no nosso país.
A Helitech reuniu assim no aeródromo de Tires dispostas em cerca de 80 stands, empresas nacionais e extra-fronteiras, relacionadas de algum modo com o mundo dos helicópteros. Desde fabricantes de aeronaves, instrumentos de voo, instrumentos de vigilância, resgate, simuladores de voo, equipamento de combate a incêndios, imprensa especializada e tudo o mais que se possa imaginar afecto ao tema, fez-se representar com o que de melhor se produz hoje em dia,  com especial relevância para as marcas europeias.

Em movimento, realizando demonstrações de combate a incêndios estiveram dois helicópteros AS350 Ecureuil da Helibravo, que provaram in loco as capacidades destes aparelhos na execução deste tipo de missão, sobre um "incêndio" provocado dentro do perímetro do aeródromo.

Do programa constaram ainda um sem-número de palestras e conferências, que se desenvolveram ao longo dos dois primeiros dias, cobrindo um largo leque de temas relacionados com o treino e operação dos helicópteros.  

De especial relevância, esteve também um EH-101 Merlin da Força Aérea, com sonda de reabastecimento em voo instalada, visão incomum em terras nacionais.

Apesar de ser um certame especialmente dedicado a profissionais, o público em geral não deixou de estar presente nas zonas acessíveis, atestando o interesse e o fascínio que a aeronáutica sempre desperta.

A organização considerou o evento um sucesso, tendo em conta o número de expositores e visitantes. Do ponto de vista nacional, é também bom ver o interesse internacional no nosso mercado, merecedor da realização de uma feira capaz de proporcionar mais e melhores negócios dentro do ramo aeronáutico.

Para o simples apreciador da aviação, qualquer oportunidade (e a Helitech é uma mais) é boa para estar em contacto com os pássaro de ferro, tenham eles hélices, jactos ou rotores.
 

Vista geral da placa da exibição estática
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Fica ainda a lista dos meios aéreos presentes no certame:
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AS-365 Dauphin 2 (Heliportugal) F-OJTU
AS-350 Ecureuil  (Heliportugal) CS-HGO
Ka-32A11BC (Heliportugal) CC-CXV
AW-139 (Heliportugal) CS-HGH
2x AS-350 Ecureuil (Helibravo) CS-HCY e CS-HED
Robinson 44 Raven II (Helibravo) CS-HGF
EH-101 Merlin (FAP)  19611
EC-135  (FAMET UME) ET-196
AS-350B2 Ecureuil (Inaer) CS-HHA
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Realizaram as  demonstrações de combate a incêndios as seguintes aeronaves:
AS-350B3 Ecureuil  (Helibravo) CS-HGZ
AS-350B2 Ecureuil (Helibravo) CS-HFT 
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