sexta-feira, 29 de julho de 2011

VIGO AIRSHOW 2011

O Hélder Afonso faz, de seguida, o relato escrito e fotográfico de mais um Festival Aéreo de Vigo, o Vigo Airshow 2011!
O Pássaro de Ferro agradece-lhe, esta colaboração em grande!
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Realizou-se no passado dia 24 de Julho a 9ª edição do Festival Aéreo de Vigo, que contou com a presença de mais de 400.000 pessoas na praia do Samil.

Apesar de cidades como Valência ou Málaga terem prescindido dos seus festivais aéreos como reflexo da crise económica, em Vigo optou-se por reduzir o espectáculo para 3 horas, foi mais curto mas bastante intenso, e optou-se por inovar nas actividades oferecidas. Destaca-se a presença do simulador de voo da “Patrulla Águilla” e pela primeira vez no festival a participação da Força Aérea Holandesa (RNAF F-16 Demo Team).




O espectáculo começou com 3 pilotos de Vigo (Patrulla Vedrines) que recriaram o primeiro voo que se realizou em Vigo há cerca de 100 anos.

Seguiu-se a demonstração do Canadair CL 215T pertencente ao grupo 43 do “Ejercito del aire” Espanhol que fez duas recolhas de água, duas largadas e algumas passagens.



O Aerospatiale AS-332B1 Super Puma pertencente ao serviço SAR do “Ejercito del Aire  entrou em acção fazendo uma demonstração de salvamento no mar.



Depois, entrou em cena o EADS CASA 235/300 que é um avião polivalente utilizado na busca e salvamento, vigilância marítima e luta contra a poluição.


Luca Salvatori, um dos Mestres da acrobacia em Itália, no seu avião de madeira AP-21DS "The Silver Chicken" (que ele mesmo construiu) brindou o público presente com uma demonstração da elegância Italiana.

Diana Gomes da Silva no seu biplano Pitts Special é a primeira e única mulher piloto acrobata em Portugal  e uma das mais jovens do mundo. Por influência da familia, a paixão pelo voo desenvolveu-se na sua juventude, e presentemente tornou-se numa realidade. Actualmente é piloto da transportadora aérea Açoriana, Sata e esta foi a sua primeira exibição em Espanha. Uma bela exibição a da nossa representante.



Ramon Alonso no seu mítico 'Shukoi 31' é considerado um dos melhores pilotos acrobáticos do mundo. Foi campeão de Espanha desde 1987 até 2001 e campeão do Mundo em 2007. Presenteou o público com uma sincronia quase  perfeita da música com os movimentos do avião.



A patrulha ASPA do “Ejercito del aire” é uma das poucas patrulhas acrobáticas de helicópteros. É constituida por cinco helicópteros EC120 Colibri. Este ano, como novidade, apresentaram o seu novo sistema de fumos.





Seguiu-se a sempre espectacular exibição da RNAF F-16 Demo Team com o seu característico avião pintado de laranja e preto com o desenho de um leão que executou algumas manobras arrojadas e varias  subidas vertiginosas, acompanhadas de largada de “flares”.


Para terminar o espectáculo a exibição da Patrulha acrobática de Páraquedismo do “Ejercito del aire” PAPEA que depois de formar em queda livre um diamante, desceu com a bandeira de Espanha.

  
Foi, como sempre, um dia muito bem passado na companhia de amigos, sol, da lua... 



...praia e, claro, dos aviões!
Texto e fotos: Hélder Afonso


terça-feira, 26 de julho de 2011

BASE DAS LAJES (II)


 Seis F-16B Paquistaneses estacionados na placa Golf Norte. Aqui em paragem depois de terem participado no exercício Red Flag. Ao fundo as novas instalações dos Bombeiros.


 Lockheed NP-3D a aterrar na pista 15. Trata-se de uma modificação feita pela Marinha Norte Americana baseada no P-3 que permite missões de 12 horas consecutivas desde os 200 aos 28.000 pés.


  Grumman EA-6B Prowler pertencente ao Electronic Attack Squadron 209 (VAQ-209) "Star Warriors" chegando as Lajes para reabastecimento e descanso da tripulação.


 Lockheed Martin CC-130J-30 Canadiano descolando com destino a Malta, na estreia deste tipo de aeronave a no basalto das Lajes.


 F-15E Strike Eagle testando a barreira Norte. Pertence ao 494th FS "Black Panthers" baseado em Lakenheath, Inglaterra. Ao fundo um KC-135.


 Lockheed Martin C-130T a taxiar. Outrora grande ponto de paragem para a Marinha Norte Americana, as Lajes deixaram de ser aquele ponto fundamental para a travessia do Atlântico devido ao incremento da autonomia das aeronaves. No entanto, continua a ser um ponto de escala regular para a US Navy.


 F-16CJ Fighting Falcon Grego em voo de entrega. A realçar o registo grego ao mesmo tempo que ostenta a insígnia da USAF. Outros países que compraram o F-16 à Lockheed Martin também têm escalado as Lajes nos voos de entrega como Israel, Polónia, Paquistão e o Omão.


 AC-130U da USAF na final curta para a pista 33. Os AC-130U são aeronaves facilmente distinguíveis pelo armamento sempre na metade esquerda da fuselagem.


 AMX italiano escalando as Lajes no caminho de volta a casa após ter participado no exercício Red Flag.


 Dois C-130 Egípcios na placa Bravo. A força aérea Egípcia é das forças aéreas que mais frequente escalam as Lajes, utilizando sempre este tipo de aeronave.


 Boeing E-6B Mercury da US Navy descolando na pista 15. É uma versão do Boeing 707-300 que funciona como um posto de comunicações aéreo.


Lockheed EP-3E ARIES ou Airborne Reconnaissance Integrated Electronic System numa curta passagem para reabastecimento.


NOTA: O Pássaro de Ferro agradece a participação de todos no passatempo "100.000 hits", e de um modo particular ao João Toste, pelas excelentes fotos do seu espólio pessoal que proporcionou ao Pássaro de Ferro mostrar aos seus leitores.



domingo, 24 de julho de 2011

BASE DAS LAJES (I)

História e Papel Actual

A Base Aérea das Lajes nasceu do receio de invasão durante a 2ª Guerra Mundial por parte das Forças Aliadas e Alemãs, tendo sido enviado em Julho de 1941 pelo Governo Português um contingente com caças Gladiator MKII que tinham como principal missão a defesa das Ilhas em caso de ataque.
Apesar da neutralidade Portuguesa durante todo o conflito, o Governo de Salazar permitiu a escala nos portos Açorianos dos U-Boat’s Alemães para reabastecimento e, em resposta, a Inglaterra, ao abrigo do tratado de Aliança Luso-Britânico, acabaria por solicitar e conseguir usar a Base das Lajes para acomodar militares e aviões da Royal Air Force a partir de Agosto de 1943, assim como outras infra-estruturas aéreas e portuárias em todo o Arquipélago. Esta ocupação foi uma importante ajuda no controlo das águas do Atlântico Norte, passo fundamental para garantir a segurança dos corredores de transporte de mercadorias constantemente atacados e dizimados pelos submarinos Alemães. A partir dos Açores, os 3 esquadrões anti-submarino baseados inicialmente conseguiram afundar 53 vasos de guerra Alemães e afastar muitos outros dos comboios de transporte marítimo dos aliados.
Antes do final da 2ª Guerra Mundial os Americanos também começaram a usar a Base Aérea das Lajes através da United States Air Force (USAF), tendo-se iniciado uma relação estratégica e militar com Portugal que dura até aos dias de hoje.
Actualmente a Base das Lajes, Base Aérea N.º 4 ou BA4 é uma infra-estrutura aeronáutica de grandes dimensões, propriedade da Força Aérea Portuguesa e dependente do Comando da Zona Aérea dos Açores, que alberga para além de militares e meios nacionais, um importante contingente dos Estados Unidos da América (65th Air Force Wing). Apesar da Base não ter a importância que teve até ao término da Guerra Fria, em conflitos recentes, tais com a 1.ª Guerra do Golfo ou a 2.ª Invasão ao Iraque, desempenhou um papel importantíssimo no esforço de guerra Americano, servindo sobretudo como local de escala e reabastecimento para as aeronaves que se dirigiam para o médio oriente para entrar em combate.
Nos dias de hoje continua a ser um importante ponto de escala não só para as aeronaves Americanas, mas também para outros países da Nato que cruzam o Atlântico.
Para além da sua função militar, a Base das Lajes, responsável pela salvaguarda das águas territoriais Portuguesas, constituí também um Centro coordenador de Busca e Salvamento.

SA-330 Puma da Esquadra 751 “Pumas” ostentando a pintura especial dos 40 anos e das 70.000 horas de voo. Todas as aeronaves Puma foram retiradas de serviço, sendo substituídas definitivamente por um destacamento da Esquadra 752 com os Helicópteros EH-101.

Vista da Base das Lajes a partir da aproximação da pista 15 (Norte). As pistas 15/33 têm 3313m de comprimento e 90m de largura, contando com duas faixas extra de 15 metros. Na foto ainda é visível um B747 da Kalitta Air a operando um voo de Carga para a USAF e uma aeronave C-295 destacada na Base. Recentemente a grande pista foi remodelada com uma nova superfície, processo que se iniciou há um ano e que presentemente ainda decorre. Na imagem é possível ver o novo basalto, não estando ainda completo o processo de marcação.


Alguns exemplos de aeronaves que têm escalado a base das Lajes nos últimos anos:

Boeing 707-373C (KC) da Força Aérea Colombiana na aproximação final às Lajes proveniente de Israel com caças Kfir a bordo, em voo de entrega. Ainda a realçar a marca dos 90 anos da Força Aérea Colombiana neste avião que foi outrora o avião Presidencial da Colômbia.


Fairchild A-10C Thunderbolt II a alinhar na pista 15, destacando-se o grande canhão de 30mm debaixo da fuselagem com o trem dianteiro colocado no lado direito. Pertence ao 81st Fighter Squadron ‘The Panthers’ baseado em Spangdahlem, Alemanha. Os A-10 sãos dos caças da USAF que mais frequentemente escalam as Lajes entre os Estados Unidos e o Médio Oriente.


Hercules C-130E da USAFE baseado em Ramstein, Alemanha, chegando às Lajes na última paragem na Europa antes de rumar a Davis Monthan para ser armazenado. Ao fundo um VC-10 da RAF.


Lockheed L-1011 TriStar K1 na aproximação final. A Royal Air Force é uma das Forças aéreas que mais utilizam as Lajes, usualmente como ponto intermediário entre a Inglaterra e o Canadá.


Texto e fotos de João Toste

Terça-feira 26 de Julho a segunda parte com mais 12 excelentes fotos de aeronaves em trânsito na BA4!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Se bem me lembro … C-130 [3] em S. Jacinto (M523 - 14RF/2011)



Se bem me lembro … este é mais um daqueles casos que não me lembro assim muito bem, pelo menos da data precisa. Tenho anotado como 1989, mas a verdade é que podia ter sido muito bem em 1988.
Decorria mais um exercício "Júpiter", com tropas para-quedistas Portuguesas e Espanholas, e aviões também. Nesse dia ficou-me na garganta uma foto que tirei mas que a máquina (Agfamatic) me deixou pendurado e por isso ... Fotografei dois C-130 Espanhóis, um com o logotipo do Escuadrón 311 e outro do Esquadrón 312.
O que me ficou atravessado foi precisamente o segundo, embora os emblemas fossem semelhantes, o segundo, sendo um esquadrão de reabastecimento, o elefante do logotipo tinha uma “pistola” de reabastecimento na ponta da tromba. Era giro o gajo.
Enfim, nem sempre se consegue tudo.









segunda-feira, 18 de julho de 2011

Se bem me lembro ... C-130A [2] (M522 - 13RF/2011)


Se bem me lembro … os dois pássaros da foto acima estiveram estacionados na OGMA durante alguns anos, mas penso que a primeira vez que os fotografei foi esta que vemos nas imagens inclusas, a 28 de Junho de 1997, no dia do 21º Encontro Nacional da AEFA, o único da sua história que se realizou na OGMA, ainda sob a gestão da FAP, dirigido pelo Sr. Gen. Castelo Branco. Pelo menos o único até já...
Nesse dia memorável, as únicas aeronaves que estavam na placa para além destes dois C-130A, eram o P-3P FAP nº14805 e o C-130H FAP nº16803 ( ? ), este último que era o primeiro que já incorporava algumas modificações importantes que lhe permitiam a capacidade de auto-defesa através da utilização de chaff/flare, contramedidas electrónicas [AN/ALQ-131(V)], e blindagem de cabine.
Pelo que me recordo, e pude observar alguns anos mais tarde, também estes C-130A’s, seguiram o mesmo caminho dos da F A do Chade, referidos em post anterior.
A propósito destas fotos e do desenterrar desta densa e incrustada memória, trago aqui também a história destes dois C-130A’s (tripás portanto), história essa que foi inclusivamente alvo de um apontamento de reportagem na revista interna da OGMA, que aqui ouso transcrever.


«O Hércules nº3216
O avião “316”, com o nº3216, foi para o 36Sqn. RAAF com a matrícula A97-216 em Março de 1959, e subsequentemente re-registado como HK-3017X para venda à Aviaco Colômbia, venda esta, bloqueada pelo Dept. Estado dos Estados Unidos da América. Foi re-registado novamente como N15FV para a Ford & Amp; Vlahos em Fevereiro de 1985, e armazenado em Oakland, Califórnia, de Abril de 1986 a Maio de 1987.
Em Setembro de 1986, o título de propriedade reverteu para a RAAF. Foi registado a favor da Fowler Aeronautical Service como N216RC, em Março de 1989, passando pela Van Nuys para venda em Maio de 1989. Foi eventualmente registado para a IEP IEPO de Chatsworth, na Califórnia, com a matrícula N216CR “316” em Setembro de 1992, e voado para a OGMA via Gander e Shannon, em 14 de Março de 1993.
O C-130 Nº3207
O “Hercules” N207GM, com o nº3207, foi entregue ao 36 Sqn. da RAAF como A97-207, em Dezembro de 1958, foi registado como N22FV, para a Ford & Vlahos. Foi cedido por empréstimo a Bob Geldof, para as operações de ajuda à Etiópia, e utilizado pela International Air Aid (para a Cruz Vermelha Internacional), em Abril de 1986. A matrícula N22FV foi cancelada nessa mesma data e o avião foi registado EL-AJM e armazenado em Bordéus até Setembro de 1987. Subsequentemente, foi armazenado em Avalon, no Oeste Australiano, voltando a receber a actual matrícula com a Fowler Aeronautical Service em Março de 1989. Foi transferido para a Califórnia e registado para a IEP IEPO durante Setembro de 1992, tendo vindo finalmente em Novembro do mesmo ano para a OGMA.
Após a tentativa de venda dos dois aviões pelo IEP/IEPO, esta não chegou a realizar-se, por ter havido alterações governamentais do país africano a que se destinavam, tendo assim sido cedidos à OGMA como pagamento da dívida de estacionamento ao longo destes anos.
A transferência de propriedade para a OGMA, está a decorrer através da FAA e o seu destino deverá passar pela recuperação de alguns órgãos, equipamentos, etc., e por fim o abate das fuselagens.
»


Como NOTA FINAL, gostava de referir o blog exOGMA que tem algumas preciosidades fantásticas destes e de outros Pássaros de Ferro...
http://ex-ogma.blogspot.com/search?q=C-130

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Se bem me lembro ... C-130A [1] (M521 - 12RF/2011)



Se bem me lembro ... o dia até que me correu muito bem, só quando revelei as fotos é que me afinal conclui que me correu muito mal.
Eu explico.
Na altura estava a usar uma Lomo, emprestada logo se vê, eis que senão quando a coisa encravou e eu não me apercebi e estraguei um rolo de 36 exp. que incluía, entre outros, alguns dos FIAT G.91 R/4 vindos dos Açores e armazenados, empilhaditos ...
Enfim ...
Corria então o ano de 1992, e esta era a minha terceira participação num Encontro Nacional da AEFA [16º Encontro Nacional – 16 de Maio de 1992 - DGMFA], realizado no tempo em que compensava levar os Zés Especiais a Alverca, de comboio, “charter” só para nós!
Como nas ocasiões anteriores, aproveitei para cirandar um pouco pelo DGMFA e vi algumas coisas interessantes por ali que registei com a máquina ainda que, tenha sucedido este ... percalço.
Das que se aproveitaram, constam três fotos dos C-130A da Força Aérea Tchadiana, registados como TT-PAD e TT-PAE, desmontados e totalmente desprovidos de peças úteis, dado que já se encontravam à espera da decisão final para o seu sucateamento. O que aconteceu, uns anos mais tarde, fui dar com os seus restos num sucateiro...
TT-AAH C-130H (c/n 5184) “Mont Guera” – fotografado durante a manutenção na OGMA em 1997.





TT-PAD C-130A (c/n 3180, ex57-0473)


TT-PAE C-130A (c/n 3037, ex55-0010)


TT-PA...? ... Setembro de 1997


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