terça-feira, 25 de julho de 2006

VOAR MENOS

O Pássaro de Ferro vai entrar numa fase com menos missões.
O "comandante" vai estar de férias e voará menos do que é habitual, presumivelmente até meados de Agosto.
De qualquer modo, estão asseguradas missões QRA, seja por mim mesmo ou por qualquer dos "pilotos destacados".

Nota: No momento em que tento publicar este post, o Blogger não me permite publicar fotos, pelo que este post, contra o que é regra de ouro do Pássaro de Ferro, não terá nenhuma foto a ilustrá-lo.

sexta-feira, 21 de julho de 2006

ALFA 1

A-7P s/n 5510 num abrigo da Alfa 1
Junho de 1985 - Foto: Jorge Ruivo

F-16A s/n 15103 a sair dos abrigos da Alfa 1
Junho de 2000 - Foto: A. Luís

As primeiras vezes que me desloquei à BA5, em Monte Real, revestiram-se de uma ansiedade enorme.
Por mais que tentasse olhar outros pontos/zonas da base, era para a zona dos "abrigos" onde, na altura, estavam estacionados os A-7P, que os meus olhos se viravam num impulso incontrolável.
Infelizmente, nunca tive oportunidade de lá ir enquanto os A-7P lá operaram. Limitei-me a ver os "abrigos" à distância ou em imagens procuradas com avidez em revistas.
Só na era dos F-16, antes da construção dos weather shelters actuais e da desactivação daquela zona ao tráfego de aeronaves, é que tive, finalmente, a oportunidade de lá ir.
Apesar de estarem lá F-16, o meu imaginário colocava lá, constantemente, os A-7P, pois durante muitos anos soube que eles lá estavam e durante esses anos desejei (tanto) lá ir.
A primeira vez que lá fui foi, pois, estranha. Por um lado estava feliz por lá estar, mas havia uma certa tristeza por lá não ver já os A-7P.
Hoje, a zona Alfa 1 está desactivada e da última vez que a vi, em Maio passado, estava lá apenas o A-7P 15521...
Estranha ironia, não?!...

quarta-feira, 19 de julho de 2006

RESPIRAR... EM VÔO

Foto: Chris Chambers - Airliners.net
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Imagino o piloto deste Hawk britânico, colado à cadeira do seu avião a rasar a copa das árvores.
Imagino-o com a adrenalina no topo, sorvendo a paisagem que rapidamente cerca o seu aparelho.
Em terra, o observador segura a respiração e, se pensar como eu, roer-se-á de inveja por não ir dentro daquele "Pássaro de Ferro".
Para respirar, na coluna dos "Outros Pássaros", há mais um link, desta feita de mais um blog em que os aviões (também) têm lugar cativo. É o "Voar Mais Alto", da autoria do "Blackbir", um "Pássaro" mítico na História da Aviação.
Já agora, sem ser certamente novidade, aconselho uma visita a um site que é uma espécie de bíblia para quem se interessa pelos aviões e pela FAP em particular. O "Walkarounds" do Nuno Martins.

domingo, 16 de julho de 2006

SEMPRE O A-7P

O A-7P 15509 em preparativos para uma missão "all weather", num chuvoso dia de Fevereiro de 1999, em Monte Real - Foto: Paulo Mata
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A-7P em pleno vôo - Foto: Pedro Mendonça


Um dos factos que mais me causou "confusão" durante a operação do A-7P na FAP foi a "campanha" mais ou menos sistemática contra o avião. Fosse lá por que razões fosse (e algumas eram fáceis de perceber), o A-7P foi um avião mal amado.
Foi de facto um avião com uma grande taxa de "perdas", mas, como é costume, as causas que levaram a essa realidade nem sempre eram explicadas e, pior do que isso, eram frequentemente manipuladas em função dos críticos da aeronave e de políticos e estranhos interesses.
Ora como eu nunca fui de carneirismos, muito menos impingidos por gente que ou não conhecia a realidade ou se a conhecia a deturpava com determinados fins, estive sempre com um pé atrás no que toca à análise das perdas do A-7P.
O tempo encarregou-se de me dar razão. A maior parte das perdas do A-7P ocorreram por falhas humanas, quase todas causadas por poucas horas de vôo dos pilotos, logo por erros de pilotagem que nalguns casos causaram a perda do próprio piloto.
As falhas técnicas ocorreram, de facto, mas tendo em conta a idade do avião e o esforço a que foram submetidos, tanto na USNavy como depois na FAP, os A-7P cumpriram até muito bem a sua função.
Para o tempo em que voaram, os A-7P deveriam ter sido tratados com um pouco mais de seriedade, sobretudo por consideração e respeito pelos homens que o operaram.
Por mim, reconheci-lhes bem sedo esse mérito.

sexta-feira, 14 de julho de 2006

OUTROS PÁSSAROS -2

Casa C-212 Aviocar - Foto: Luís Proença

Fokker 100 em aproximação à pista da Madeira - Foto: Rui Sousa - Madeira Spotters - Airliners.net


A-310 a descolar de Lisboa - Foto: Alexandre Pontes - Airliners.net

Adicionados mais 3 links na lista de "Outros Pássaros".
Lisbon Spotters, um site pertencente a um grupo de spotters com principal "base" no Aeroporto da Portela de Sacavém, em Lisboa; o Madeira Spotters, um site pertencente aos spotters madeirenses e, finalmente, na área militar, um blog sobre "Notícias, informação, história e factos sobre a Força Aérea Portuguesa", da autoria de um estudioso destas coisas, o sempre muito bem informado Luís Proença. Chama-se "Call Sign AFP" e promete ser uma excelente fonte de informação para quem se interessa por estes assuntos.

quarta-feira, 12 de julho de 2006

SÓ VOAR

Foto: Jorge Ruivo
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Sem palavras.
Só voar.

domingo, 9 de julho de 2006

PÁSSARO DE VIDRO (Actualizado)

Foto: CAVFA

Foto: André Cassio - Airliners.net
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Como não gosto de ter crédito sem mérito, e porque o meu nome aparece nos créditos deste blog, faço hoje a minha estreia nas histórias de pássaros de ferro.
Brincadeiras à parte (o que não deixa de ser contra-senso porque vou relatar um período em que a vida se fazia essencialmente de brincadeiras…) passo a relatar o meu primeiro contacto com as aeronaves da Cruz de Cristo:
Era um tempo em que não ficava mal aos homens usarem fatos brancos, botas de salto alto, suiça comprida e madeixas de cabelo a condizer. Digo isto porque me lembro perfeitamente do visual do condutor – amigo de meu pai - que me levou num Mercedes 220D branquinho (daqueles com faróis ao alto) até ao Campo de Futebol de Vila Nova de Poiares, onde iria acontecer uma largada de pára-quedistas.
E onde entra a Cruz de Cristo no meio de todo este cenário? É que os pára-quedistas foram largados por um Alouette III, designação que só vários anos mais tarde vim a saber. Por aquela época já chegaram as palavras “helicóptero” e “pára-quedista”.
Lembro-me ainda que foram duas palavras que aprendi a escrever no dia seguinte na escola. É que o ano era o de 1980, eu estava na 1ª classe e ainda não tinha chegado sequer à letra “q”, nem às palavras compostas, e o “h” que é mudo era uma letra muito manhosa…
Como epitáfio posso apenas acrescentar que o delírio foi quando o Alouette desceu no campo de futebol – pelado claro, ao gosto da época – para apanhar os pára-quedistas, e me fartei de comer pó e areia, mas valeu a pena. Escusado será dizer também, que daí em diante e até novas aventuras, os desenhos que passei a fazer deixaram de ter aviões de asas redondas e muitas janelas, e passaram a retratar umas máquinas estranhas, tipo libélulas, com uma grande cabeça em vidro e uma ventoinha em cima.

Paulo "Wildething 07" Mata

quinta-feira, 6 de julho de 2006

A-7 NO F-16

Foto: Floriano Morgado

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Eu sempre tive a esperança que, de alguma maneira, o F-16 deveria ter algo em comum com o "meu" A-7P.
Pela foto deste F-16, o 15114 QRA quando sobrevoou Bragança num recente evento aeronáutico, percebe-se que a semelhança está no rasto de fumo que se torna demasiado parecido com o do A-7P, à medida que o piloto acelera o PW F100 220E do seu avião.
Portanto, pode afirmar-se que há um pouco de A-7P em cada F-16.

quarta-feira, 5 de julho de 2006

15118 na escala 1/72


(c) A. Luís

Apresento-vos o kitt que neste momento estou a terminar de construir. É o F-16B s/n 15118, nas escala 1/72. Como disse, está em fase de acabamentos. Falta colocar as estações 3 e 7, pintar as luzes de identificação e envernizar o modelo com verniz matt. As fotos apresentam-no numa espécie de shelter que tenho para proteger do pó enquanto decorre a sua construção.
Para o abrigar e terminar um diorama, estou a construir um "Weather Shelter", na mesma escala 1/72, em tudo semelhante aos existentes em Monte Real. Quando estiver pronto, mostrá-lo-ei!
O modelismo é uma forma de respirar. É uma maneira de ter em casa os aviões de que gostamos e que durante a sua montagem nos proporcionam muitas horas de prazer e de calma.
O modelismo é uma daquelas coisas que obrigam a estar concentrado e a esquecer quase tudo o que nos rodeia. E este alheamento é tanto mais necessário, quanto é complicada e intensa a nossa vida.
Assim, por vezes é bom, é obrigatório parar e mergulhar na calma que o modelismo (uma actividade solitária) proporciona.

domingo, 2 de julho de 2006

"A-7" - UM NOME E UMA HISTÓRIA... - Parte III

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Fotos: Rui "A7" Ferreira -- 1- 5513 ("armazenado em Beja); 2 - 15531 em 10 de Julho de 1999, dia do último vôo; 3 - 15531 e spotters à sua volta, em 10 de Julho de 1999. O Spotter que está na placa a fotografar o A-7P, é o autor deste blog...
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Em 1990 tornei-me sócio da Associação de Especialistas da Força Aérea, com Sede no Porto, e que é uma associação de actuais e antigos Especialistas da FAP.
Todos os anos passei a contactar, uma vez que fosse, com os aviões, nos encontros nacionais, que têm sempre lugar numa base aérea, e comecei também a contactar mais de perto com as diferentes gerações de Especialistas, desde o tempo da Aeronáutica Naval e Aeronáutica Militar, à actualidade. Uma experiência fantástica de partilha de vivências e, claro, de histórias de aviões.
Logo no primeiro ano pude ter o meu primeiro contacto mais de perto com o A-7P, o que foi fantástico. Pude tocá-lo, e até sentar-me no "malogrado" 5548.
Foi também em meados dos anos 90 que comecei a tomar alguns passos concretos no sentido de escrever sobre aviões.
A decisão era óbvia e por mais um punhado de razões, comecei a escrever sobre o A-7P.
O fruto de um trabalho de cerca de dois anos de pesquisa, nomeadamente na BA5, em Monte Real, levou a um escrito que subiu ao "altar"da publicação na Revista Mais Alto, sendo que a partir daí, passei ainda mais a estar conotado com o A-7P, nomeadamente no seio daqueles que, como eu, são entusiastas da aviação militar portuguesa, e muito em especial de toda uma comunidade de "A-7óólicos".
Ainda colaborei com o então Maj. Rui Elvas no livro do A-7P, no final dos anos 90, livro esse que recebeu todo o meu apoio e empenho e além do mais cedi todo o material que possuía na altura sobre o tema.
Foi então a altura da retirada de serviço do A-7P, e mais uns quantos escrito sobre o tema, à laia de saudosismos de algibeira de alguém que, na verdade nunca trabalhou com aviões, muito menos com este. Ainda assim posso-me orgulhar, nessa altura de um ou dois textos muito simpáticos sobre o SLUF.
Acho que por agora é tudo.
E queria eu apenas explicar o meu apelido.
Agora que falo nisso, recordo-me de alguém que um dia me perguntou porque raio me chamava A-7, pensando esse alguém que era eu um qualquer "convencido" de que percebia o que quer que fosse sobre o assunto. Ficou espantado com a história simples do porquê do nome, e pela simplicidade humilde com que admiti, como admito, que pouco ou nada sei do assunto.
O que é a verdade.

Por: Rui "A-7" Ferreira
(no.5513)


P.S. - O apelido mais estranho de todos? Tem também a ver com aviões, na sua origem, pois foi o resultado de eu ter lido o nome de um avião, Supermarine Spitfire, numa caixa de um kit, utilizando uma pronúncia estranhamente acentuada. De resto foi apelido que durou poucos anos.
Não o sei escrever, só mesmo dizer, ainda que agora, à distância de todos estes anos, possa não ser muito exacto na pronúncia, mas cá vai: "SCHRBE".
R.F.

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