sábado, 31 de março de 2018

CROÁCIA COMPRA F-16 ISRAELITAS (M1961 - 21/2018)

F-16D Barak israelita

O Governo croata confirmou na quinta-feira 29 de Março de 2018, a aquisição de uma dúzia de caças F-16 a Israel, confirmando a recomendação do Conselho de Defesa do país, que avaliou as propostas recebidas.

A proposta israelita superou a competição de EUA, Grécia e Suécia, que responderam ao concurso lançado em 2017, pelo país da antiga da antiga federação jugoslava, para substituição da esquadra de MiG-21 da Força Aérea local.

O negócio está avaliado em 500M USD, a pagar ao longo de uma década. A proposta inicial contemplaria o modelo A/B "Netz", retirado de serviço da IDF no início de 2017, que entretanto teria sido melhorada para o modelo C/D "Barak", para poder superar a competição, principalmente da Suécia, que propôs Gripen C/D novos por 700M EUR.

Os EUA propuseram igualmente F-16V novos, mas por cerca de 1700M USD. A oferta grega de F-16C/D usados terá sido a mais barata, mas não conseguiu bater a globalidade da oferta de Telavive, que incluía um pacote de contrapartidas económicas na área da Defesa, com a investimentos avultados de empresas israelitas na Croácia, além de simuladores de voo e treino inicial de pilotos e mecânicos.

Os F-16 deverão ser entregues entre 2020 e 2022.


quinta-feira, 22 de março de 2018

VENDA DE ALPHA JET À VISTA? - Delegação nigeriana visita BA11 (M1960 - 20/2018)

Delegação nigeriana acompanhada por elementos do Comando da BA11 junto ao monumento ao Alpha Jet      Foto: FAP

A Força Aérea Portuguesa  divulgou a notícia da visita de uma delegação militar nigeriana, em visita à Base Aérea nº 11 - Beja, que se encontra a decorrer desde ontem, 21 de Março de 2018.

Apesar de não terem sido revelados mais pormenores sobre a motivação da visita, àquela que foi a base do sistema de armas Alpha Jet, recentemente desactivado na Força Aérea Portuguesa, e sendo igualmente a Força Aérea Nigeriana um dos utilizadores do mesmo tipo de aeronave, será possível que ambos os factos estejam relacionados.

Aliás, o Estado Português colocou à venda em 2014, dez células de Alpha Jet A, já então retiradas de serviço activo na FAP.

Embora a Nigéria utilize maioritariamente o modelo E (de origem francesa), muitos dos sistemas são comuns também ao modelo A (de origem alemã). Em 2015 a Nigéria  adquiriu igualmente quatro células do modelo A, no caso a partir de um fornecedor nos EUA.


terça-feira, 20 de março de 2018

OBANGAME EXPRESS 18 - Força Aérea e Marinha Portuguesas no Golfo da Guiné (M1959 - 19/2018)

Lockheed P-3C CUP+ Orion da Esquadra 601 da Força Aérea Portuguesa


As Forças Armadas portuguesas participam este ano com o maior número de meios e de militares numa missão no Golfo da Guiné.

Um total de 342 militares, sendo 311 da Marinha e 31 da Força Aérea. Três navios da Marinha - a fragata “Álvares Cabral”, o reabastecedor “Berrio” e o patrulha “Zaire”. Da Força Aérea, uma aeronave P-3C Orion de patrulhamento marítimo, da Esquadra 601. Serão o contributo português, destacado de 21 de março e 3 de abril, para o maior exercício militar aeronaval internacional, o OBANGAME EXPRESS 18, realizado no Golfo da Guiné.

Este exercício tem como principal objetivo promover a segurança global na região através da cooperação entre todas as forças e unidades navais dos países participantes e a partilha de informação no domínio marítimo entre os diversos centros de operações marítimas no Golfo da Guiné. A capacitação dos países do Golfo da Guiné, em concreto na área da segurança marítima e do combate às atividades ilícitas no mar, onde se destaca o combate contra a pirataria, o narcotráfico e a delapidação abusiva dos recursos marinhos, bem como a proteção das bases de exploração petrolífera existentes na região, são outros dos grandes objetivos deste exercício militar promovido pelo comandante das forças navais norte-americanas para a Europa e África e 6ª Esquadra (United States Naval Forces Europe-Africa/United States 6th Fleet).

A edição deste ano do OBANGAME EXPRESS 18, decorrerá entre a costa do Senegal e as águas de S. Tomé e Príncipe. Para além da participação de meios humanos, navais e aéreos nacionais, contará com a participação dos países africanos de Angola, Benim, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gambia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Namíbia, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Senegal, Togo, República do Congo, República Democrática do Congo e Serra leoa.

Participam igualmente a Alemanha, Bélgica, Brasil, Canada, Dinamarca, Espanha, França, Marrocos, Holanda, Noruega, Espanha, Turquia e EUA.

Destaca-se que a bordo dos navios portugueses seguem três observadores oriundos do Brasil, Espanha e Chile, uma equipa de abordagem com 8 fuzileiros de Cabo Verde e 10 militares da guarda-costeira de São Tomé e Príncipe.

Relembra-se que no Golfo da Guiné situam-se 4.000 milhões de metros cúbicos de reservas de gás natural e é onde tem origem cerca de 50% da produção de petróleo do continente africano, representando 10% da produção mundial, estimando-se que desde 2013 são perdidos por dia 40.000 barris devido a atos de pirataria ou roubo.

Salienta-se também que aproximadamente 40% do volume de peixe capturado nas águas da África Ocidental são provenientes de pesca ilegal, representando uma perda anual de mais de 1,5 milhões de dólares para os Estados da região.


domingo, 18 de março de 2018

BRASIL - EXERCÍCIO CRUZEX REGRESSA EM 2018 (M1958 - 18/2018)

Formação dos caças participantes na última edição do Cruzex, em 2013


Após cinco anos de interregno, regressará em Novembro de 2018 o maior exercício de aviação militar da América Latina, o Cruzex.
A regularidade do exercício organizado bianualmente pela Força Aérea Brasileira (FAB) até 2013 em Natal, foi interrompida por razões de vária ordem, nomeadamente a protecção aérea de grandes eventos realizados no país - Jogos Olímpicos e Mundial de Futebol, mas também pela reestruturação interna da própria FAB, nos últimos anos.
Será realizado novamente entre 18 e 30 de Novembro do corrente ano, na mesma base aérea do Nordeste brasileiro.

A Conferência Inicial de Planejamento - ou Initial Planning Conference (IPC) teve lugar entre 5 e 9 de Março na Ala 10 de Natal, tendo estado presentes representantes de Portugal, Reino Unido, França, Suécia, Canadá, EUA, Colômbia, Chile, Equador, Peru, Uruguai e Argentina, com o objectivo de apresentação do planeamento inicial, bem como recepção dos requisitos operacionais e de suporte das delegações estrangeiras.

No total foram convidadas 21 Forças Aéreas, que poderão participar activamente ou apenas como observadores.

O Cruzex 2018 será no formato LIVEX, em que o objectivo é o treino das esquadras de voo em perfil operacional, com a mínima utilização da estrutura e dos sistemas de Comando e Controlo. Pretende-se também manter a actualização das tácticas, técnicas e procedimentos em missões aéreas compostas para os cenários de guerra convencionais, em que Forças Aéreas de diferentes países operam em conjunto. Outro objectivo é ainda incluir parte do treino em missões que permeiem o cenário de conflitos de guerra irregular, como as missões de paz da ONU, além de valorizar e estreitar as relações da FAB com as Forças Aéreas de Nações Amigas.

Até ao momento apenas a Força Aérea Chilena revelou os meios com que irá participar, no caso F-16AM/BM do GAv 7 e um KC-135 de reabastecimento aéreo, naquela que será a segunda participação do país dos Andes no Cruzex.

A Força Aérea Portuguesa deverá participar apenas com um observador, tal como em 2018.

A próxima reunião com delegações estrangeiras terá lugar em Agosto, denominada Final Planning Conference (FPC), na qual serão apresentados os resultados dos requisitos do IPC, bem como a exposição do cenário operacional do exercício.




quarta-feira, 7 de março de 2018

ANGOLA COMPRA C295 (M1957 - 17/2018)

Airbus Military C295M

Segundo notícia hoje veiculada pela agência Lusa, o Estado Angolano irá adquirir três aviões C295 à Airbus Defence and Space, por um valor a rondar os 160M EUR., destinados à Marinha de Guerra.

A agência Lusa cita um despacho datado de 2 de Março do corrente, assinado pelo presidente angolano João Lourenço, a autorizar a empresa pública Simportex a representar aquele país africano junto da Airbus.

Os aviões destinar-se-ão a "assegurar as missões de observação e vigilância" do espaço marítimo angolano e "garantir a soberania nacional".

O referido documento, justifica o negócio com a implementação do "Projecto Kalunga, que visa, entre outros, dotar a Marinha de Guerra Angolana com os meios necessários para a protecção do espaço marítimo e da zona económica exclusiva em particular".

O financiamento será realizado com o BBVA, estando o Ministério das Finanças autorizado a negociar o contrato, através do mesmo despacho. No total 159,9M EUR, que deverão ser inseridos no Programa de Investimentos Públicos.

Depois de Portugal e Brasil, Angola será assim o terceiro país de língua portuguesa a utilizar o C295 e o segundo país do continente africano, juntando-se à Argélia.






HOT BLADE DE REGRESSO A PORTUGAL (M1956 - 16/2018)

UH-1D Hueys do Exército Alemão durante o Hot Blade 2014, último realizado em Portugal


O exercício Hot Blade, de responsabilidade da Agência Europeia de Defesa e direccionado às aeronaves de asas rotativas, está de regresso a Portugal.

Após quatro anos de interregno no nosso país - preenchidos pelo também europeu EATT, mas destinado a aeronaves de transporte táctico - estão de volta os helicópteros.

Novidade é a deslocação do exercício desde o Aeródromo de Trânsito nº1, Ovar, onde se realizaram as anteriores edições entre 2012 e 2014, para a Base Aérea Nº11, em Beja.

As operações, daquele que será a 12ª edição do Helicopter Exercise Programme, decorrerão entre 7 e 24 de Maio de 2018, na planície alentejana, coordenadas pela Força Aérea Portuguesa.


terça-feira, 6 de março de 2018

1º PROTÓTIPO DO KC-390 VOA NOVAMENTE (M1955 - 15/2018)

Embraer KC-390 (imagem de arquivo)

O protótipo do avião de carga militar KC-390 em desenvolvimento pela Embraer, que esteve envolvido num incidente em voo no dia 12 de Outubro de 2017, regressou recentemente aos voos de teste.

Tal como então relatámos no Pássaro de Ferro, a aeronave de matrícula PT-ZNF sofreu uma queda brusca de altitude durante um voo de  testes e certificação, com simulação de gelo nas superfícies horizontais.

Do incidente, observado por inúmeros internautas no programa Flightradar, inúmeras teorias surgiram, bem como rumores não comprovados, de que a aeronave teria ficado danificada estruturalmente e irremediavelmente.

O fabricante viria a desmentir muitos desse rumores, incluindo a existência de qualquer ferido, bem como a gravidade dos danos na célula do 1º protótipo do KC-390.
Em comunicado à imprensa, a Embraer confirmou terem sido excedidos os limites operacionais da aeronave, mas negou ter sido afectada a estrutura principal do aparelho, estando os danos sofridos limitados a carenagens externas e janelas de inspecção.
Segundo o mesmo comunicado, o programa de testes do KC-390 não seria afectado pelo incidente e a imobilização temporária do avião 001.

Apesar da causa do incidente não ter sido então, nem entretanto revelada, certo é, que tal como referido pela Embraer, a aeronave poderia voltar a voar, tendo sido registada finalmente, de novo no Flightradar a 2 de Março passado, num voo de cerca de 3 horas nas proximidades de Araraquara,estado de São Paulo, onde se situa a base de Gavião Peixoto.

"Print screen" do Flightradar com registo do voo do PT-ZNF a 2 de Março de 2018

A Embraer mantém a intenção de entregar à Força Aérea Brasileira, os dois primeiros aviões de série ainda durante 2018, tendo sido declarada a Capacidade Operacional Inicial do modelo, em Dezembro de 2017.

O Ministério da Defesa português constituiu um grupo de trabalho para negociar as condições de aquisição de cinco a seis unidade de KC-390, destinados a substituir os C-130 Hercules na Força Aérea Portuguesa. Apesar do prazo para apresentação do relatório, ter terminado em Outubro de 2017, não são conhecidas ainda conclusões acerca do assunto.

AS BROCHURAS [I] - (M1954 - 14/2018)


Há umas décadas, umas três, mais coisa menos coisa, quando a Internet era uma espécie de quimera ou, quando muito, não passava de assunto sussurrado dirigido a "uma rede secreta desenvolvida pelos americanos para as suas forças armadas", possuir uma brochura sobre aviões era algo demasiado precioso para sequer pensar em outra coisa.
Não me lembro bem as circunstâncias em que esta brochura me chegou às mãos, mas sei que trinta e tal anos depois, ela continua nas minhas mãos, num estado de conservação que, não sendo o melhor, ainda não a compromete.
A imagem ilustra a primeira de várias páginas dedicadas às aeronaves que - na altura - estavam baseadas na Base Aérea nº6, no Montijo., no caso, a lendária 301 - Jaguares, equipada na altura com os vetustos e veneráveis Fiat G-91 R3.
É, portanto, uma brochura, com boas fotografias, agrafadas ao centro. Fotografias as cores que fizeram as minhas delícias durante uma série de anos.
No presente, dada a banalização no acesso a tudo e a mais alguma coisa e à sua respetiva democratização, com tudo o que de bom e mau o conceito ou conceitos acarretam, estas brochuras parecem obra do século passado - e em bom rigor, são... -, onde tudo era mais lento, onde as coisas aconteciam mais devagar, quando olhávamos mais e melhor para elas, porque era difícil lá chegar e o olhar era direto, sem intermediários. Atacava os sentidos!
Agora passamos os olhos, não raras vezes através de um dispositivo que apontamos para tudo o que mexe e não mexe, que guardamos num virtual zelo de bytes e para onde, manifestamente, parecemos não olhar com olhos de ver.

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