quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

EMBRAER ENTREGA PRIMEIROS A-29 SUPER TUCANO DE ANGOLA (M857 -38PM/2012)

Um dos primeiros A-29 Super Tucano angolanos          Foto:Embraer
A Embraer Defesa e Segurança entregou hoje, em cerimonia realizada em Gavião Peixoto, interior de São Paulo, os três primeiros turboélices de ataque leve e treino avançado A-29 Super Tucano à Força Aérea Nacional de Angola, que encomendou um total de seis aeronaves do modelo. Com esta entrega, Angola torna-se o terceiro operador do Super Tucano no continente africano. O avião será utilizado em missões de vigilância de fronteiras. 

“A escolha do Super Tucano pela Força Aérea Nacional de Angola demonstra o enorme potencial desta aeronave em África”, disse Luiz Carlos Aguiar, Presidente da Embraer Defesa e Segurança. “Trata-se de uma aeronave robusta, versátil, extremamente eficiente, com experiência comprovada em combate e baixos custos de operação. Por isso, tem despertado grande interesse de diversos países africanos.”

Um dos aparelhos no dia da entrega em Gavião Peixoto      Foto:Embraer
Dez clientes já selecionaram o A-29 Super Tucano em todo o mundo. O modelo, que está em operação em sete forças aéreas na América Latina, na África e na Ásia, já superou a marca de 170 mil horas de voo e 26 mil horas de combate. O Super Tucano é capaz de executar uma ampla gama de missões, que incluem ataque leve, vigilância, interceção aérea e contrainsurgência. A aeronave está equipada com avançadas tecnologias em sistemas eletrónicos, eletro-óticos, infravermelho e laser, assim como sistemas de rádios seguros com ligação de dados e uma inigualável capacidade de armamentos, o que o torna altamente confiável e com excelente relação custo-benefício para um grande número de missões militares, mesmo em pistas não pavimentadas e ambientes hostis.

O A-29 Super Tucano opera mais de 130 configurações de armamentos, incluindo lançadores de foguetes de 70mm, mísseis ar-ar e bombas guiadas a laser, totalmente integradas ao sistema de missão da aeronave, com designador a laser. Estes armamentos inteligentes, de última geração, são utilizados em missões operacionais reais, executadas pelo Super Tucano, há mais de cinco anos. 
O A-29 Super Tucano é fruto de um projeto desenvolvido de acordo com as rigorosas exigências da Força Aérea Brasileira (FAB). Com mais de 160 aviões já entregues, é totalmente compatível com as operações de combate em cenários complexos, em que são exigidas as capacidades de troca de dados e processamento das informações. Além da estrutura reforçada para operações em pistas não pavimentadas, o avião conta com avançados sistemas de navegação e tiro, o que lhe garante alta precisão e fiabilidade, utilizando tanto armamento convencional como inteligente, mesmo sob condições extremas. 
O avião requer apoio logístico mínimo para operações contínuas.

Fonte: Embraer
Adaptação:Pássaro de Ferro

REABASTECIMENTO AÉREO SOBRE O MALI (M856 -37PM/2012)


Um Rafale ainda armado vem reabastecer ao C-135   Foto:EMA
Os Mirage 2000D seguem o exemplo    Foto:EMA
Tal como é sabido, as forças amadas francesas são as únicas em ações de combate no Mali. E se os caças  têm normalmente mais protagonismo pelo envolvimento direto, na sua retaguarda estão os aviões de reabastecimento, que lhes permitem manter-se no ar pelo tempo suficiente para cumprirem com eficácia a missão.

O início de mais uma missão a partir do Chade   Foto:EMA
A rolagem para a descolagem    Foto:EMA
Após a decisão do Presidente da República francesa em intervir na situação do Mali, ex-colónia gaulesa, um poderoso dispositivo militar foi colocado em marcha, entre os quais o Grupo de Reabastecimento em Voo (GRV), baseado em Istres, projetado para N'Djamena (Chade) nas primeiras horas da operação. Um C-135 costuma estar permanentemente destacado em Kossei (N'Djamena), mas nas primeiras horas de 9 de janeiro um segundo chegaria a acompanhar os três Mirage 2000D, previstos para assegurar as missões de ataque a partir de N'Djamena. 

Os C-135 destacados na base de Kossei no Chade      Foto:EMA
Até ao fim da primeira semana de intervenção no Mali, cinco C-135 estariam estacionados em Kossei, juntamente com nove equipas, que noite e dia asseguraram o apoio às missões de combate pelos Mirage 200D, Mirage F1 CR e Rafale.
Um caça dispõe normalmente de uma autonomia de voo de apenas duas horas. Graças aos reabastecedores, quais " estações de serviço voadoras", essa autonomia pode ser extendida até ao limite físico dos pilotos dos caças, aumentando consideravelmente a presença dos caças sobre as zonas de combate.

A atarefada cabine de controlo de reabastecimento num C-135   Foto:EMA
Os Boeing C-135 têm uma capacidade de transporte de 90 toneladas de combustível, transferindo cerca de 25 dessas toneladas para os caças que reabastecem. As altas temperaturas de África impõem restrições consideráveis ao peso máximo na descolagem.
Apesar dos C-135 franceses possuirem lança de reabastecimento, os caças gauleses utilizam todos o sistema de mangueira a partir das asas, que permite inclusive o reabastecimento de duas aeronaves de cada vez, ou até três caso seja instalado um sistema de mangueira adaptado na lança.
Além das missões de reabastecimento, os C-135 efetuam ainda transporte estratégico de carga e passageiros e evacuações sanitárias, se necessário.
Com o estalar do conflito no Mali, o GRV respondeu imediatamente às solicitações que lhe foram feitas num espaço de tempo extremamente curto, para cumprir as missões que lhe estão confiadas.

Neste C-135 pode observar-se o adaptador de mangueira para a lança de reabastecimento   Foto:EMA
As equipas de manutenção trabalharam dia e noite para manter operacionais os  C-135 destacados  Foto:EMA


Fonte: EMA
Adaptação: Pássaro de Ferro



quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

EH101 MERLIN EM AÇÃO EM 2013 (M855 -36PM/2012)

EH101 Merlin descola na BA6 - Montijo
A Esquadra 751 - Pumas, equipada atualmente com o moderno helicóptero EH101 Merlin, efetuou esta quarta-feira a nona evacuação médica desde o início do ano.
A missão foi efetuada a cerca de 52 km a noroeste da Figueira da Foz e consistiu na evacuação médica de um tripulante do navio SPARTO, com bandeira do Chipre.
O homem de 46 anos de idade e nacionalidade filipina, queixava-se de fortes dores abdominais, suspeitando tratar-se de apendicite. Após solicitação do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa, a Força Aérea ativou um  EH101, que descolou da Base Aérea Nº6 – Montijo pelas 10H50 e resgatou o homem pelas 11H50.
Após o resgate, o helicóptero dirigiu-se para o Aeródromo de Trânsito Nº1 (AT1) – Figo Maduro – onde aterrou pelas 13H00, onde deixou o doente, daí transportado em ambulância para o Hospital de Santa Maria.

A Esquadra 751 da Força Aérea  comemora brevemente os 35 anos de existência, durante os quais ultrapassou já as 2800 vidas resgatadas.

A aproximação ao navio
O resgate do doente do Sparto
E a chegada ao EH101 da Esquadra 751 em voo estacionário



Fonte: Relações Públicas da Força Aérea
Adaptação: Pássaro de Ferro

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

HÁ JAGUARES NA ÍNDIA? (M854 -35PM/2012)

Primeiro voo de um Jaguar Darin III      Foto:HAL

A resposta é sim e continuará a ser. 
Não dos de carne e osso, que como se sabe habitam apenas as Américas, mas de metal, com asas e equipam a Força Aérea Indiana (FAI). 
A frota será alvo de um programa de atualização de equipamento eletrónico e motores, com vista ao prolongamento da sua vida útil.
A primeira unidade transformada ao padrão "Darin III", voou a 28 de novembro passado em Bangalore. O momento foi de regozijo, pelo sucesso de um programa desenvolvido e executado com recurso apenas a meios locais.
Segundo o Dr. R.K.Tyagi, presidente do programa, os Jaguar Darin III terão um acréscimo gigantesco nas suas capacidades operacionais, principalmente no que respeita  a operações ar-solo, ar-mar e ar-ar em todas as condições meteorológicas (all weather), com a incorporação de um radar multi-modal. "Através dos novos motores e aumento da capacidade dos  alternadores, o Jaguar torna-se um dos aviões mais potentes do arsenal da FAI,  com um período de vida alargado" acrescentou.

A equipa da Hindustan Aeronautics Limited responsável pela modernização dos Jaguar    Foto:HAL

As actualizações e melhorias incluem aviónicos de última geração, como o computador de missão, instrumentos de voo, piloto automático, gravador de dados solid state, sistema de inércia (INGPS), radar, RWR (alerta radar) e sistema de largada de armamento integrado com GPS.
A interface homem-máquina foi também modernizada através da inclusão de dois MFDs (multi function display) na cabine do piloto.

Fonte: HAL
Adaptação: Pássaro de Ferro


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

MEIOS AÉREOS NO MALI (M853 -34PM/2012)

Mostramos hoje algumas imagens das operações aéreas no Mali, no caso com aeronaves Rafale, Puma, Gazelle e Transall franceses e C-17 americanos:


















Fotos: EMA/ECPAB

NOTA EDITORIAL (M852 - 07AL/2013)


O Pássaro de Ferro alcançou, ontem, o 1º lugar no Concurso Nacional de Blogues/Sites de 2012, na categoria "Comunicação e Media".
Os editores de Pássaro de Ferro não podem deixar de agradecer a todos os que dedicadamente votaram e contribuíram para tornar este 1º lugar possível, logo na primeira vez em que concorremos.
A categoria "Comunicação e Media" foi aquela em que, face às outras a concurso, o atual "figurino" do Pássaro de Ferro encaixou melhor, uma vez que se trata, de facto, de um espaço de comunicação, com notícias, opiniões e factos sobre a aviação nacional e mundial, militar e comercial e um site inteiramente dedicado à fotografia de aviação. 
Presentemente, o Pássaro de Ferro é um espaço que tem registado um crescimento firme e paulatino e que regista, em média, cerca de duas mil visualizações diárias, espalhadas um pouco por todo o mundo, com óbvia predominância em Portugal e também no Brasil!
Uma vitória que é de todos!
Muito obrigado! 

António Luís/Paulo Mata

domingo, 27 de janeiro de 2013

SUPER LYNX MK.95 DA MARINHA NÃO ESTÃO À VENDA (M851 -33PM/2012)

Super Lynx Mk.95 da Marinha Portuguesa
Apesar das notícias que surgiram em vários sítios de internet e inclusive publicados em revistas internacionais da especialidade, que davam conta de negociações para a compra pelo Uruguai de duas corvetas da classe Baptista de Andrade/João Coutinho, incluindo dois helicópteros Super Lynx Mk.95, tudo não passou de um rumor sem fundamento.
Esta notícia de fonte incerta, contrariava mesmo o ensejo existente na Marinha já desde há alguns anos, de possuir inclusive mais aeronaves, dado as cinco existentes serem por vezes insuficientes para as necessidades do ramo naval das Forças Armadas.
Fontes oficiais da Marinha Portuguesa confirmaram agora não existir qualquer negociação para a alienação das referidas corvetas, nem tão-pouco dos helicópteros.


USS GERALD FORD JÁ TEM PONTE (M850 -32PM/2012)

A ponte de comando que irá equipar os novos porta-aviões da classe Gerald Ford      Foto:Newport News
A movimentação da ponte de comando pela maior grua do mundo   Foto:Huntington Ingalls
A colocação da ponte no convés    Foto:Sabrina Fine/US Navy
Realizou-se ontem 26 de janeiro de 2013 a cerimónia de colocação da ponte de comando no novo porta-aviões nuclear americano USS Gerald Ford, que marcará o início de uma nova classe de super porta-aviões.
A importância da colocação da ponte de comando, além da simbologia, prende-se com o final da construção da supra-estrutura do navio, tendo agora início a fase de colocação dos equipamentos.
Na cerimónia esteve presente Susan Ford Bales, filha do falecido presidente Gerald Ford, cujo nome será ostentado pelo novel navio da US Navy, previsto entrar ao serviço operacional a partir de 2015, tal como o Pássaro de Ferro havia já adiantado no último artigo sobre o tema.

Aspeto do navio em maio de 2012          Foto:Ricky Thompson/Newport News
Ilustração do aspeto final da nova classe  USS Gerald Ford     Imagem:Newport News



sábado, 26 de janeiro de 2013

F-84 EM ANGOLA II (M849 -31PM/2012)

Freio aerodinâmico      Foto:Coleção Fernando Moutinho

Lembranças para Cabinda

Mais uma pequena história nos F-84G também em Angola.
Com uma certa regularidade, uma parelha de F-84 saía de Luanda até Cabinda, em voo, dito de soberania. Isto é, íamos diretos à cidade de Cabinda e a partir daí bordejávamos a fronteira da RD do Congo, Maiombe, etc., sobrevoando os aquartelamentos das nossas tropas nos locais mais recônditos.
Tentávamos mostrar-lhes que os não esquecíamos.
Para melhor vincarmos a nossa atitude, levávamos no compartimento dos freios de picada, rolos (amarrados) de jornais e revistas que conseguíamos obter e, ao sobrevoar os aquartelamentos, abríamos os freios e os jornais saíam.
Como voávamos em parelha, cada avião largava em aquartelamentos diferentes.
Sabíamos o quanto esta atitude era apreciada.

“Saltar” de pára-quedas

Sou dos que pensam que o saltar de pára-quedas será como última solução, mesmo última.
Nunca saltei mas estava preparado para o fazer. Houve uma vez que foi por pouco. É uma longa história que contarei ao falar no F-86F.
Só para abrir o apetite, se se seguissem as normas, um certo dia teríamos tido 4 (quatro) ejeções mas, como portugueses de gema, resolvemos o problema e aterrámos os quatro. Conto esta história noutro Capítulo.
Mas, aproveito para informar que em 1953 ou 1954, apareceu na Base da Ota um Globmaster da USAF com um aparelho interessante:
Uma cadeira de ejeção do F-84G, onde nos sentávamos, colocávamos os cintos e executávamos o procedimento de ejeção.
Ao premirmos o gatilho subíamos uma calha em rampa aí com cerca de 5 metros.
O ignidor era um cartucho igual ao da cadeira "a sério". Ficámos a saber com o que contávamos.


Texto: Cap (Ref) Fernando Moutinho

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

REVELADO RELATÓRIO DE ACIDENTE COM CF-188 NO CANADÁ (M848 -30PM/2012)

CF-188 do Canadian Demo Team no momento da ejeção a 23.07.2010  Foto:RCAF
Durante os treinos para a exibição de um CF-188 Hornet em Lethbridge a 23 de julho de 2010, a aeronave s/n CF188738 experimentou perda de potência no motor direito, enquanto efetuava uma passagem baixa (cerca de 300 pés) com elevado ângulo de ataque. Alheio ao problema, mas sentindo o avião afundar ligeiramente, o piloto acionou máxima pós-combustão em ambos os motores para completar a manobra. A aeronave imediatamente começou a rodar sobre a direita, continuando com a mesma atitude apesar de compensação com a manche de controlo e pedais de leme.
Com a aeronave a aproximadamente 150 pés de altitude e a 90º de inclinação sobre a direita, o piloto ejetou-se do avião. A aeronave continuou depois a trajetória em parafuso descendente, acabando por atingir o solo de nariz.
A ejeção foi bem sucedida, mas o piloto acabou por sofrer ferimentos ao tocar o solo, após descida de paraquedas.

O relatório de acidente foi agora revelado publicamente pela Royal Canadian Air Force (RCAF), revelando uma série de fatores que contribuiram para o desfecho final do voo:
- o mau funcionamento do motor direito foi provavelmente devido a um pistão de controlo de impulso preso, no sistema principal de controlo de combustível do motor direito, que impediu o motor de progredir do regime "flight idle" para máxima potência, quando a pós-combustão foi acionada. O forte desequilíbrio de potência entre os dois motores, levou o avião a sair do regime de voo controlado, sendo irrecuperável dentro da altitude de voo.
- o facto da avaria ter sido impercetível para o piloto, antes deste tentar completar a manobra com o aumento de potência

Em resposta ao sucedido, a RCAF implementou um programa de upgrade ao sistema de controlo de combustível frota CF-188 em serviço. 
O programa de demonstração do Canadian Demo Team foi também alterado, com a altitude da passagem baixa aumentada dos 300 para os 500 pés, aumento da intensidade dos treinos e assegurando também que ambos os motores do avião que efetua a demo possuem sistema de controlo de combustível atualizado.

Relatório completo:
http://www.rcaf-arc.forces.gc.ca/vital/dfs-dsv/nr-sp/docs/I/fsir/cf188738-fsir-23jul2010-eng.pdf


Fonte:RCAF
Adaptação: Pássaro de Ferro

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