segunda-feira, 30 de setembro de 2013

F-35 COM NOVOS CONTRATOS A CUSTOS INFERIORES (M1192 - 283PM/2013)

Linha de F-35A em Edwards, Califórnia    Foto: Lockheed Martin


O Departamento de Defesa dos EUA finalizou um acordo com a Lockheed Martin, para dois contratos no valor de 7100 M USD de produção de 71 caças de 5ª Geração F-35 Lightning II.

O Pentágono anunciou o acordo, para o sexto e sétimo lote de aeronaves, que exclui motores, ao final da passada sexta-feira. Tanto o Governo , como o fabricante, chamaram ao acontecimento "uma marca histórica", que tem em conta esforços para reduzir os custos do programa.

O F-35 é como sabido, o programa de aquisição de armas mais caro de sempre nos EUA, estimado em 391.000 M USD, para o desenvolvimento e compra de um total de 2457 Joint Strike Fighters (JSF).

"Com cada lote de sucessivo de produção, os custos têm caído" disse Lorraine Martin, vice presidente da Lockheed Martin e gestora geral do programa F-35. "É uma tendência que esperamos continuar, à medida que o programa progride para produção à escala total e maturação operacional".

O que falta confirmar, é se a redução de custos é suficiente para apaziguar as críticas ao programa em Capitol Hill (NR: Congresso dos EUA). Ainda este mês o congressista republicano John McCain e candidato presidencial derrotado em 2008, intitulou o esforço dedicado ao programa F-35 "pior do que uma desgraça" e "um dos maiores escândalos nacionais".
 O contrato para o sexto lote, de 36 aviões, avaliado em 4440 M USD, é cerca de 2,5% mais baixo do que o atual valor. O novo acordo prevê um custo por unidade de 23 F-35A (versão de descolagem e aterragem convencionais), na ordem dos 103M USD. Seis F-35B (versão STOVL para uso pelos Fuzileiros Navais) a 109 M USD por unidade e sete F-35C (variante naval) a 120 M USD por unidade. As aeronaves correspondentes, começarão a ser entregues no segundo trimestre de 2014.

Já o sétimo lote, prevê a aquisição de 35 aeronaves, no valor total de 3400 M USD (menos 6% do que os valores atuais) e inclui 24 F-35A a 98M USD cada, 7 F-35B a 104 M USD e 4 F-35C a 116 M USD. As aeronaves deverão ser entregues a partir do segundo trimestre de 2015.

Segundo as condições anunciadas, a Lockheed Martin pagará qualquer derrapagem de custos. Contudo, custos relacionados com o Programa de Desenvolvimento e Demonstração serão divididos entre o fabricante e o Governo, numa relação de 80/20 respetivamente.

O motor Pratt & Whitney F135 que equipa o parelho, é alvo de contrato separado.

Fonte: DoD Buzz
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


HELITECH 2013 (M1191 - 282PM/2013)

Foto: Helitech

Teve lugar em Londres mais uma edição da feira de mostras do setor aeronáutico de asas rotativas, entre os dias 24 e 26 do corrente mês de setembro de 2013.
AgustaWestland, Bell Helicopter e PremiAir estiveram entre um largo grupo de empresas participantes, que aproveitaram a oportunidade de se mostrar numa Helitech Internacional com novo visual, e assim conseguir assinar um número assinalável de contratos e apresentar novos produtos e serviços.

A feira realizou-se no espaço ExCel em Londres (NR: em 2010 teve lugar em Tires, Cascais) e contou com o apoio da Associação Europeia de Helicópteros.

A AgustaWestland anunciou durante o certame, o estabelecimento da Gulf Helicopters como centro de treino autorizado para o modelo AW139, bem como um contrato com a Milestone Aviation para a aquisição de vários helicópteros AW139, AW169 e AW189.

 Já a Bell Helicopter revelou ter entregue o primeiro Bell 407GX para utilização pela suiça Alpinlift Helikopter AG. O modelo 407GX possui uma cabine de voo Garmin G1000H, sistema de seguimento do terreno, tecnologia de visão sintética paar helicóptero, sistemas de informação de tráfego entre outros. Foi também anunciado o primeiro Bell 429 configurado como ambulância, par uso pela Heli-Charter Lda no Reino Unido.

Já a PremiAir, irá formar uma frota de helicópteros executivos para servi o sudeste do Reino Unido, podendo também fornecer serviços de manutenção para  helicópteros da Bell, Sikorsky e Eurocopter na sua base de Blackbushe.








ENTREGA OFICIAL DO PRIMEIRO A400M - Fotoreportagem (M1190 - 281PM/2013)

Decorreu hoje de manhã, tal como o Pássaro de Ferro havia divulgado, a entrega oficial do primeiro A400M ao Armée de L'Air francês, nas instalações da EADS/Airbus Military, em Sevilha.
Apesar da aeronave já estar certificada desde agosto, a entrega oficial só hoje 30 de setembro, teve lugar.
As imagens do evento seguem de seguida:


 O primeiro A400M com as cores francesas


 A visita das individualidades presentes na cerimónia à linah de ontagem onde já se encontram as próximas unidades a entregar ainda este ano: um apara a Turquia e outra ainda para a França.





 Fotos: Airbus Military



domingo, 29 de setembro de 2013

UMA MULHER DOS AVIÕES (M1189 - 74AL/2013)


 À medida que o som de um F-16AM português se aproxima, a Sargento Vânia Almeida coloca o seu capacete. Enquanto ali por perto, os homens estão ocupados com outras tarefas, ela "toma conta" de um F-16 acabado de chegar de uma missão.
Assim que assume contacto com o piloto a crew chief Almeida trata de colocar o "seu" F-16 na respetiva posição de linha, recebendo-o em gestos decididos e claros, fundamentais para uma boa comunicação com o piloto. 
Estamos no exercício "Brilliant Arrow", em Orland-Noruega. É a primeira vez que Vânia Almeida participa num exercício NATO desta dimensão.


"Alistei-me na Força Aérea Portuguesa (FAP) porque sempre adorei aviões. Assim que me juntei à FAP, foi um sonho de menina que ganhou asas e se tornou realidade", referiu. "Como parte do meu dia a dia, verifico o avião à procura de algum problema ou falha, sendo que a segurança é palavra de ordem para todas as operações e verificações, desde a mais complexa  uma 'simples' verificação dos pneus."
Vânia Almeida refere ainda que num "mundo" dominado por homens, ela se sente protegida por eles, no seio da equipa que integra, na Força Aérea. "Eles tratam sempre bem de mim e sei que não tenho de me preocupar!"
Mari Skåre, a Secretária Geral Representativa das Mulheres, da Paz e Segurança da  NATO, que esteve presente no Brillianta Arrow, enfatizou o apoio que esta organização leva a cabo, por todo o mundo, para a igualdade. É, segundo ela, "uma tarefa de todos! Juntos, eles e elas, podemos e devemos fazer a diferença!"


Fonte: NATO
Fotos: SHAPE Public Affairs Office
Tradução e adpatação: Pássaro de Ferro


NASCIMENTO A BORDO DE UM MERLIN (M1188 - 280PM/2013)




O bebé nasceu no dia 28 de setembro a bordo de um helicóptero EH101 Merlin, nos Açores, durante uma evacuação médica da ilha Graciosa para a ilha Terceira. 

O menino chamado Lázaro nasceu às 04h55 (hora local, 05h55 em Lisboa) tendo o parto sido realizado pela equipa médica da Unidade de Evacuações Aéreas do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira. 


A mãe e a criança “encontram-se bem de saúde” segundo fonte hospitalar.

Trata-se da segunda criança a nascer numa aeronave da Força Aérea em 2013, mas a trigésima primeira desde o primeiro nascimento, que ocorreu há cerca de 20 anos, na aeronave C-212 AVIOCAR. 

Posteriormente a criança foi transportada para o Hospital da ilha de S. Miguel, em virtude de ser um bebé prematuro.



Fonte: Força Aérea
Fotos: Força Aérea

sábado, 28 de setembro de 2013

SEGREDOS DO SR-71 (M1187 - 279PM/2013)

Lockheed SR-71 Blackbird         Foto: Lockheed Martin

Durante os finais dos anos 1950, a Guerra Fria estava em grande e os EUA planeavam ativamente a construção de uma aeronave top-secret, que pudesse substituir o U-2. O que se seguiria, era um avião que nunca se tornaria obsoleto, até aos dias de hoje: o Blackbird.

O SR-71 e o U-2         Foto: Lockheed Martin

Secretismo e encobrimentos


Transporte do SR-71      Foto: Lockheed Martin

Quando o pedido de um avião de reconhecimento estratégico foi entregue pela CIA, os gabinete Skunk Works da Lockheed foi o primeiro a responder, com um design soberbamente radical. A proposta era de uma plataforma que pudesse chegar a velocidades extremas de 3,5 mach, a altitudes quase espaciais, tendo uma assinatura radar especialmente pequena, que tornaria quase impossível aos soviéticos detetarem.
A CIA criou várias empresas de fachada, que foram usadas para adquirir o titânio necessário para a construção dos Blackbird, à... União Soviética! Extremamente irónico, considerando que a grande quantidade de missões do SR-71, consistiram em recolher informação sobre o país que vendeu parte importante dos materiais usados na sua construção.

Estrutura de titânio


Antes do Blackbird, o titânio era usado em tubagens de escape de alta temperatura, ou noutras pequenas peças diretamente relacionadas com o apoio, resfriamento ou modelação de áreas de alta temperatura em aeronaves. O Blackbird porém, foi construído principalmente de titânico (cerca de 85%), sendo o restante materiais compósitos de alta qualidade.

Linha de produção do A-12        Foto: CIA

Produção em 1960


Porque esta aeronave estava muito à frente do seu tempo, muitas tecnologias tiveram de ser inventadas, especificamente para este projeto - alguns ainda em uso nos dias de hoje.
Um dos maiores problemas que os engenheiros enfrentaram na  época, foi trabalhar com o titânio. Kelly Johnson explica: " Nós produzíamos 6000 peças, das quais menos de dez por cento eram boas. O material (titânio) era tão frágil que, se deixássemos cair um peça no chão, ela partir-se-ia "
Brocas comuns ficavam inutilizadas, porque depois de fazer cerca de 17 furos de rebites, a broca estaria completamente destruída. Durante o processo de soldadura, tinha que ser usado um gás de proteção extremamente raro e caro (árgon), para eliminar o oxigénio do metal e assegurar a máxima qualidade das soldaduras.

Primeiro voo do A-12 de que evoluiria o SR-71:

 

Voar o Blackbird

Foto: Lockheed Martin

Tripulações voando a altitudes de 80.000 pés (24.000 m) enfrentam dois principais problemas de sobrevivência: a manutenção de consciência em alta altitude e sobreviver a uma possível ejeção de emergência. Os próprios fatos de voo, tinam de ser completamente pressurizados, devido às baixas pressões a grande altitude e falta de oxigénio.
O Major Brian Shul - o autor de O Condutor de Trenó, contou no livro a sua experiência como piloto da SR-71 - disse que soprando a mach 3,5 voava tão rápido, que podia cobrir vários países do  Médio Oriente em poucos minutos.

Vista a partir do cockpit de um SR-71 a 73.000 pés    Foto: Brian Shul

Voar a mach 3,5

Foto: Lockheed Martin

A velocidade máxima, a superfície de avião aquecia até temperaturas de 260° C  (500° F). As coisas dentro do cockpit podiam aquecer até 120° C, se o avião não tivesse um sistema de refrigeramento adequado.
Devido à altíssima velocidade de aterragem, os engenheiros foram obrigados a utilizar pára-quedas de travagem, em combinação com os travões das rodas para conseguir parar o avião no solo. Depois da aterragem, era necessário um período de arrefecimento, durante o qual mecânicos e pilotos eram obrigados a esperar que as superfícies da aeronave arrefecessem.

Cockpit do piloto de um SR-71     Foto: Wikipedia

Missões secretas e equipamentos de espionagem

Foto: Lockheed Martin

Um total de 3551 saídas para missões foram levados a cabo, para espiar instalações militares, movimentos de tropas e silos nucleares durante a Guerra Fria, sobre a União Soviética. Os equipamentos de espionagem do avião permitiam o levantamento 100.000 milhas quadradas (260.000 km2 ) por hora da superfície da Terra, a partir de uma altitude de 80.000 pés (24.000 m).
Muitas missões foram efetuadas também sobre países em conflito no Oriente Médio, Ásia e grande parte da Europa. O tamanho da aeronave era uma parte fundamental do design, em 1960, não havia equipamentos de informática e todo o equipamento necessário era grande e precisava de espaço suficiente para caber.

Furtividade e prevenção de Ameaças


Foto: Lockheed Martin
A forma única, combinada com os materiais utilizados para revestir a estrutura, deu ao Blackbird uma assinatura de radar impressionantemente baixa. O SR-71 foi um dos primeiros aviões a obter uma diferença notável na sua capacidade de ficar "invisível" ao radar, através do uso de uma tinta especial, sobre a fuselagem de titânio.
No total, 12 das 32 aeronaves construídas foram perdidas, mas o mais importante a ter em conta, é que nenhum dos Blackbirds foi perdido devido a retaliação militar inimiga. Tudo o que a tripulação de um SR-71tinha que fazer em caso de lançamento de um míssil, era aumentar a manete de potência e ver o míssil a ficar cada vez mais longe de uma distância de detonação perigosa.

Problemas de design não resolvidos 

Fugas de combustível visíveis nas asas de um SR-71 "frio"   Foto: NASA

Sem dúvida, o Blackbird era um avião à frente de seu tempo e devido à falta de tecnologia do início dos anos 60,  várias "falhas" (por assim dizer) de design foram deixadas sem solução.
Uma grande complicação para os projetistas, foi a criação de tanques de combustível (células de combustível). Uma vez que não havia nenhum material na altura que tornasse possível suportar as diferenças de temperatura extremas durante um voo normal da aeronave, a Lockheed acabou por desenhar as células de tal maneira, que assim que assim que a superfície do avião estivesse suficientemente quente, estas expandiriam, selando as fugas de combustível que ocorriam com o avião "frio".
Devido a estas perdas de combustível críticas, o avião tinha que ser reabastecido imediatamente após a descolagem, antes de poder continuar a missão.
Já para dificultar algum incêndio acidental quando no chão, o combustível utilizado JP7 era especial, de difícil ignição ao ar livre.

Reforma antecipada e verdadeira retirada

Frota final de SR-71           Foto: Lockheed Martin

A frota de SR-71 era tão cara de manter, que a USAF tentou retirar o Blackbird pela primeira vez em 1987 e, finalmente com a sua primeira reforma oficial, em 1989 o programa SR-71 foi fechado.
Durante o conflito de 1993 no Médio Oriente contudo, a necessidade de um rápido reconhecimento aéreo tornou-se clara. O programa SR-71 foi re-avaliado pelo Congresso, o que resultou na renovação da frota Blackbird.
O projeto Blackbird seria depois finalmente (e permanente) abandonado em 1998 . Dois últimos Blackbirds em condições de voo ​​foram doados à NASA e voaram até 1999 .
Todos com exceção de dois SR-71 (os dados à NASA) estão em museus para que as pessoas os possam visitar.


Fonte: LTWMT, Sled Driver, Wikipedia, SR-71.org
Tradução: Pássaro de Ferro





sexta-feira, 27 de setembro de 2013

RAPTORS NAS LAJES (M1186 - 278PM/2013)


Uma vez mais, na ilha Terceira,Açores, foi possível assistir ao sempre empolgante momento de poder ver o único modelo de caça de 5ª Geração operacional em todo o mundo.
Pertencentes ao 525 FS da base de Elmendorf-Richardson no Alasca, aqui ficam os F-22 Raptor que passaram pela base aérea das Lajes hoje, 27 de setembro de 2013, registados pela câmera do André Inácio, fotógrafo "de serviço" na ocasião.





A-10 EM TRÂNSITO NAS LAJES (M1185 - 277PM/2013)





Em trânsito da base aérea de Moody, Georgia, EUA, para Bagram no Afeganistão, passaram pela base das Lajes nos Açores os A-10C do 75 Fighter Squadron (Tiger Sharks) , que irão render o 74 FS (Flying Tigers), destacados com 18 A-10, integrados na Operação Enduring Freedom.

Foto: Paul Villanueva II/USAF
Foto: Paul Villanueva II/USAF
Foto: Paul Villanueva II/USAF

Foto: Paul Villanueva II/USAF

Após o voo ferry desde os EUA, os pilotos do 75 FS puderam ser vistos a realizar o debriefing após aterragem na BA4, a 24 de setembro.
O caminho ainda não estava sequer a meio, para os dez aviões e respetivas tripulações. 

   Foto: Paul Villanueva II/USAF


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

FIM DE SEMANA ENTRE AVIÕES REAIS E MINIATURAS (M1184 - 74AL/2013)

Vai acontecer no próximo fim de semana, o XIII Concurso de Modelismo de Maceda/Ovar, juntamente com as comemorações no AM1 dos 61 anos da Força Aérea.
O Pássaro de Ferro associar-se-á à iniciativa, através da atribuição de menções honrosas aos modelos a concurso e que assim o mereçam.
Vá. Passe bons momentos junto dos aviões, de todos os tamanhos e feitios. Aprecie a arte do modelismo, esteja perto de algumas das máquinas que fazem o dia a dia da FAP e de aviões que já não voam mas que, pertencendo ao núcleo local (AM1) do Museu do Ar, ainda nos trasnportam nas asas das suas memórias!
Se for no domingo, dia 29, vote e vá ver ou vá ver e depois vá votar! São dois deveres cívicos!
Clique nos cartazes e leia o programa. Ajuste-o à sua agenda!




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