quarta-feira, 30 de julho de 2008

UM DIÁLOGO COM FINAL INESPERADO (Actualizado)





TA-7P 15549 com o Comandante da BA5 aos comandos
(visível na primeira foto com o capacete de voo branco)
Crédito das fotos: (c) Paulo Mata

Numa das visitas que eu e o Paulo Mata fizemos à antiga Esquadra 304 - Magníficos, um episódio engraçado aconteceu.
Estávamos sentados nas cadeiras, numa espécie de esplanada com vista para a Linha da Frente, onde hoje é a Esquadra 301 - Jaguares e onde a dita esplanada se mantém, quando se abeira da porta um militar de cabelo já um pouco grisalho, que mastigava descontraidamente uma sande de fiambre. Olhei para o seu ombro e constatei que estávamos perante um Coronel Pilav, que aliás estava vestido com fato de piloto.
Ele olhou-nos, sorriu e perguntou, vendo as máquinas fotográficas e os cadernos de notas, se éramos jornalistas. Respondemos-lhe o que estávamos ali a fazer.
Depois eu mesmo perguntei-lhe quem era o "Sr. Coronel e o que fazia por ali"...
Ele, sempre a sorrir e mastigando a sande sempre com descontracção, respondeu: "sou o comandante... disto aqui" (sic), apontando para a área da BA5.
Percebemos então que estávamos perante o Comandante da Base Aérea Nº 5 e que a sua presença ali se devia ao facto de nessa tarde ir realizar um voo no TA-7P 15549 (que a foto do Paulo Mata documenta), em parelha com o 15514.

domingo, 27 de julho de 2008

EUROFIGHTER EF-2000 TYPHOON


Foto: Joerg Amann - via Airfighters.com

Rezam os Spotters que já o "apanharam", que estamos em presença de uma bela máquina, digna e paulatina sucessora do Tornado, que alia potência e manobrabilidade, dois requisitos importantes num avião de combate multi-role.
Este aparelho faz um "regresso" ao conceito de asas em delta, uma característica que curiosamente não é acompanhada nem pelo F-22 nem pelo F-35, aparelhos mais ou menos da geração século XXI e que, para além de novos conceitos de aerodinâmica, comandos e controles de voo (nomeadamente as motorizações e suas capacidades de alteração de configuração) e transporte/largada de armamento, mantêm o "tradicional" aspecto, asas e estabilizadores.
Seja como for e a título pessoal, aguardo com alguma expectativa a possibilidade de ver este "Tufão" a evoluir nos céus.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

VINTE MIL

"Pássaro de Ferro" em voo. Foto: Jorge Ruivo

*****
O Pássaro de Ferro ultrapassou hoje os 20.000 acessos.
É um número significativo que, como seu comandante, não devo deixar passar em branco.
Obrigado a todos os que nele voam.

domingo, 20 de julho de 2008

O PILOTO DE F-16

15:50h - (entrada no avião)

16:10h - (saída do shelter)

16:15h (verificações junto à pista)

16:17h - (saída para a descolagem às 16:20h e aterragem às 17:45h)

Saída para missão nocturna (22:15h)

Descanso dos guerreiros (23:55h)


Numa recente visita efectuada às Esquadras 201 e 301 da BA5 – Monte Real e por entre a emoção da proximidade das máquinas, sobrou para a tona da análise, o problema (grave) da falta de pilotos.
Os motivos para essa falta, não são extrapoláveis apenas pelo sensacionalismo da “fuga para a TAP”, tão do apetite da informação que pouco informa.
Esse problema existe, é real e exige de todos os lados, bom senso e soluções que conjuguem os interesses da FAP, do piloto e da aviação civil. A sua gravidade, fará, estou em crer, que os envolvidos estabeleçam novas realidades por forma a resolver o problema.
Mas ser piloto de F-16, não é apenas voar a máquina e saber tirar dela todo o seu (enorme) potencial.
Nesta visita, em que estive 10 horas na Base, percebi que ser piloto de caça, ser como li um dia “O Homem do Monolugar”, é uma espécie de “relação conjugal entre o avião e o piloto”. Basta perceber o que é o QRA, basta perceber e ver as horas de preparação e avaliação das missões, pré e pós voo, basta olhar os pilotos nas verificações da aeronave antes de nela entrar, onde por várias vezes se pode ver o piloto a passar a mão pelo nariz do avião, como quem faz uma carícia a uma pessoa, a um cão ou gato, por exemplo. É uma relação de confiança, forte, abraçada pelo poder de voar de todas as maneiras, rápido, lento, alto, baixo…
São homens que gostam do que fazem, que dedicam horas a fio ao avião, longe de suas casas, da família e muitas vezes do seu país…
E se hoje os pilotos de F-16 são poucos, é um facto, esta escassez não decorre apenas da fuga já aludida para os melhores salários da aviação civil. Ser piloto de F-16 é de uma exigência quase total, não se compadece com os apelos exteriores, com o consumismo, com todas as “regalias” que uma vida exterior à instituição militar oferece.
O piloto do F-16 é parte do avião e, como já um dia escrevi, no caso do QRA, dorme junto a ele e quando não dorme, fica com ele até tarde, tal como uma missão que acompanhei na visita, em que o piloto abandonou a aeronave às 23:55h…Quase no dia seguinte.
E nem todos os que sonham/desejam voar o F-16 se dispõem a isso!...

terça-feira, 15 de julho de 2008

O PICANÇO


Nestes dias de Verão em que o tempo já convida a dar uma volta de duas rodas, há até quem não desdenhe aquele picançozinho com o outro motociclista que o ultrapassa a queimar uma beca, havendo mesmo quem se reúna em locais previamente combinados para se dedicar a esse tipo de actividades, apenas pelo gozo lúdico de o fazer.

Muito menos no ramo aeronáutico, se podem desdenhar os prazeres da velocidade pela velocidade e das demonstrações de força gratuitas que ter uma máquina mais potente que a do parceiro proporcionam.

Acontece até por vezes avaliar mal as escalas e desafiar um F-16 para um picanço, quando se vai aos comandos de um Chipmunk.

Ninguém sabe como acabou a corrida, mas pelo menos na foto o Chip parece ir em vantagem…

domingo, 13 de julho de 2008

PÁSSARO SEM ASAS

Devido a problemas técnicos, não me tem sido possível voar no Pássaro de Ferro!
Contudo e resolvidos os problemas, conto, como "comandante", regressar às missões, dando eco de uma recente visita às duas esquadras (201 e 301) de Monte Real!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

O DIA DA FORÇA AÉREA






Fotografias de Marcos Figueiredo (c)


O Dia da Força Aérea é assim.
Uma vez por ano, o "comum dos mortais" contacta com ela de perto.
Aproxima-se dos seus aviões, toca neles, voa neles...
Este ano, a FAP comemoropu 56 anos como ramo independente das Forças Armadas e uma vez mais, abriu as portas das suas bases ao público.
Deixo-vos meia dúzia de imagens obtidas no passado domingo em Monte Real, gentilmente cedidas ao Pássaro de Ferro pelo Marcos Figueiredo, a quem agradeço, penhorado, tê-las partilhado com os que por aqui voam.

ARTIGOS MAIS VISUALIZADOS

CRÉDITOS

Os textos publicados no Pássaro de Ferro são da autoria e responsabilidade dos seus autores/colaboradores, salvo indicação em contrário.
Só poderão ser usados mediante autorização expressa dos autores e/ou dos administradores.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Laundry Detergent Coupons
>