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O Estado Maior General das Forças Armadas deu conta através da rede social Facebook de mais uma missão realizada no dia 11 de novembro pela Esquadra 601 - “Lobos” da Força Aérea Portuguesa (FAP), no âmbito da operação da NATO “Sea Guardian”, de patrulhamento e vigilância no Mar Mediterrâneo.
Nesta missão, a aeronave P-3C CUP+, a operar a partir da Base Aérea N.º 11, em Beja, patrulhou uma área superior a 300 mil Km2, durante 8h50 de voo, tendo realizado 3240 contactos, entre os quais se encontravam 19 embarcações relacionadas com o tráfico de estupefacientes e uma embarcação de imigração ilegal. A tripulação portuguesa identificou, assim, 14 migrantes e coordenou o seu resgate das águas do Mediterrâneo.
A operação “Sea Guardian” tem como objetivo promover a segurança marítima no Mar Mediterrâneo, garantindo a liberdade de navegação e o conhecimento situacional deste mar, com foco nas atividades de tráfico de estupefacientes, armas e pessoas, vigilância do tráfego marítimo e poluição marinha. Até ao final de 2021, os Lobos irão realizar mais 6 missões no âmbito desta operação.
C295M da Esquadra 502 durante o ETAP 21-4 em Espanha Foto: aviationphoto11
A Esquadra 502 da Força Aérea Portuguesa terminou a participação no curso ETAP (European Tactical Airlift Programme) realizado em Saragoça, Espanha, entre 7 e 19 de novembro de 2021.
Segundo o ETAC (European Tactical Airlift Centre) divulgou, no curso 21-4 participaram cerca de 160 militares com um total de oito aviões de transporte, de sete países diferentes: Alemanha e Espanha com A400M, Chéquia, Espanha, Portugal e Polónia com C295M, Noruega com C-130J e Lituânia com C-27J.
Participaram ainda dois pilotos búlgaros com observadores e uma equipa de Controladores Aérea Táticos polacos.
O programa do curso incluiu 20 horas de instrução teórica, seguidas de nove missões de voo por tripulação. A fase de voo do curso desenrolou-se principalmente na base aérea de Saragoça, aeroporto civil de Teruel, zonas de lançamento de Bardenas e São Gregório e zona de aterragem de Ablitas.
Momento da inversão de impulso dos motores do C295M durante uma aterragem tática em Ablitas Foto: aviationphoto11
As missões começaram pelo planeamento e tiveram tipologias abarcando as principais tarefas do transporte aéreo militar como a largada de tropas ou carga de paraquedas, voos táticos com presença de ameaças terra-ar e ar-ar, voo a baixa altitude, extrações e infiltrações de pessoal, manobras táticas de aproximação e aterragem, descarga de combate, ou operações de carga e descarga com motores em marcha. Segundo a estatística realizaram-se 43 EROs (Engine Running Operations), 6 COL (Combat Off Load), 6 SL (Static Line para-droppings), 3 ADGE (Air Delivery Gravity Extraction), 1 ADPE (Air Delivery Parachute Extraction), 20 SATB (Standard Air Training Bundle), 43 Assault Landings e Tactical Approaches, 53 Ground to Air Threat Reaction, distribuídos por mais de 60 voos e cerca de 120 horas.
Como resultado do curso, 37 tripulantes de oito tripulações graduaram-se com sucesso. Além disso, três loadmasters de Bulgária, Itália e Portugal qualificaram-se como instrutores.
A cerimónia de graduação teve lugar no dia 18 de novembro, na base aérea de Saragoça.
Estiveram recentemente em Portugal, forças militares alemãs em treino de saltos e operações aéreas.
Não é uma propriamente uma novidade, mas é a oportunidade de serem observadas aeronaves pouco habituais no nosso país, como o A400 Atlas e o PZL Mielec M28 Skytruck. Os alemães aproveitam as melhores condições meteorológicas do canto sudoeste da Península Ibérica para treinar operações fora da sua área habitual.
As operações decorreram sobretudo na área de Tancos, ainda que durante algum tempo, o A400 operasse a partir do Aeroporto do Porto.
Os participantes da fase de voo do 7º HTIC Foto: EDA
O 7º Curso de Instrutores de Tácticas de Helicópteros (HTIC) da Agência Europeia de Defesa decorreu ao longo de sete semanas repartidas pela Base Aérea nº1 em Sintra, Portugal e na Base Aérea de Pápa na Hungria.
Concluído a 22 de Outubro de 2021, o curso começou no dia 30 Agosto, com uma fase teórica de quatro semanas e treino em simulador na BA1 em Sintra. Seguiu-se depois um destacamento de três semanas na Base Aérea do Pápa na Hungria, onde os participantes realizaram a fase de voo do curso.
Simulador do Centro Multinacional de Treino de Helicópteros em Sintra
Apoiada por pessoal da Força de Defesa Húngara e da Base Aérea do Pápa, a fase de voo incluiu um cenário operacional complexo com realização de voos em formação com diferentes aeronaves, treino de evasão contra uma série de ameaças aéreas, Guerra Eletrónica (EW) contra sistemas terrestres e aéreos e toda uma panóplia de tarefas adicionais, tais como assalto de helicóptero, escolta de veículos terrestres e apoio mútuo.
Fase de voo do HTIC em Pápa
O curso foi conduzido pela equipa de instrutores-chefe de HTIC da EDA e ministrado a tripulações austríacas, checas, alemãs, húngaras, portuguesas e suecas, voando em seis tipos diferentes de helicópteros: AW109, EH101, H145M, Mi-171, OH-58 e UH-60.
Os instrutores vieram da Áustria, Alemanha e Suécia, juntamente com algum apoio contratado da Inzpire Ltd. O curso contou além disso, com o suporte de aeronaves de asa fixa dos L-159 ALCA checos e JAS39 Gripen húngaros, atuando principalmente como ameaças durante o treino dos helicópteros. Os equipamentos de Guerra Eletrónica foram fornecidos pela Áustria e pela Hungria.
No total, foram concedidas 18 qualificações de Bronze, 7 de Prata e 3 de Ouro, garantindo uma importante contribuição para o quadro internacional de Instrutores de Táticas de Helicóptero (HTI).
Tripulações portuguesas das Esquadras 552 e 751 participantes no 7º HTIC Foto: FAP
Os três elementos principais do HTIC são o treino de evasão, guerra eletrónica e operações avançadas. São inicialmente ministrados como capacidades autónomas, antes de serem reunidos num ambiente complexo e não permissivo, no âmbito do planeamento e execução de Operações Aéreas Compostas (COMAO).
O Curso de Instrutores de Táticas de Helicópteros (HTIC) é uma atividade de treino avançado de helicópteros destinada a formar instrutores de táticas para helicópteros, que possam depois transmitir nacionalmente os procedimentos táticos padronizados aprendidos, de modo a promover a interoperabilidade entre as unidades de helicópteros europeias e facilitar a prontidão para atividades combinadas futuras. Isto é feito independentemente do tipo de helicóptero usado e vem sendo implementado desde 2013. A partir de 2021, a sua localização mudou para Base Aérea n.º 1 em Sintra (Portugal), onde é executada a fase teórica e simulador do curso, e para a Base Aérea do Pápa (Hungria), onde é realizada a fase de voo.
O HTIC fornece, às tripulações participantes, capacidades e conhecimentos para por sua vez ensinarem táticas avançadas às tripulações operacionais dentro de cada uma das suas próprias organizações nacionais. As tripulações graduadas devem ainda auxiliar na execução do Programa de Exercícios de Helicópteros (HEP) da EDA, o Curso de Táticas de Helicóptero (HTC) e em futuros HTIC. Os diplomados com êxito no curso recebem uma qualificação reconhecida por outros Estados-Membros.
Os cursos HTIC duram dois anos: no primeiro ano, os futuros instrutores refinam ao máximo os seus próprios conhecimentos de táticas avançadas de helicópteros e no segundo ano, a ênfase muda para desenvolver a capacidade dos participantes em ensinar essas táticas. Por sua vez, instrutores que tenham demonstrado capacidades excecionais ao ministrar o curso, são selecionados individualmente para regressar uma terceira vez e lecionar juntamente com os instrutores permanentes, para atingirem finalmente a qualificação Ouro de instrutor e tornarem-se instrutores de futuros HTIC e/ou integrar a Equipa de Instrutores Chefe do HTIC.
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