sexta-feira, 11 de julho de 2025

TERCEIRO KC-390 DA FAP EM VOO DE EXPERIÊNCIA (vídeo)

Frame do vídeo do canal Brazil Aviation Araraquara

O terceiro KC-390 destinado à Esquadra 506 da Força Aérea Portuguesa, foi registado hoje novamente em voo de experiência, a partir das instalações da Embraer, em Gavião Peixoto, Brasil.

O futuro n/c 26903 da FAP foi assim captado em vídeo pelo canal de Youtube Brazil Aviation Araraquara, que nos fez chegar as imagens, nas quais é possível ver a aeronave nas imediações de Gavião Peixoto, com a porta de carga traseira aberta.

Recordamos que o primeiro voo desta célula ocorreu no dia 29 de maio, tendo realizado mais alguns voos de experiência nos dias seguintes.

O ministro da Defesa, Nuno Melo, já confirmou entretanto também que Portugal irá acionar a cláusula de opção para uma sexta aeronave destinada à FAP, além de adicionar opção por dez células mais, para possível revenda a países da NATO.





BLACK HAWK DA FORÇA AÉREA PARA AS EMERGÊNCIAS MÉDICAS 24H

UH-60A Black Hawk da Esquadra 551 da Força Aérea Portuguesa agora disponibilizado para transporte aeromédico 24h por dia       Foto: MDN
A Força Aérea Portuguesa irá reforçar o número de aeronaves dedicadas a missões de emergência médica, com capacidade de operação contínua, 24 horas por dia. Esta medida representa um avanço significativo na resposta nacional a situações críticas de saúde, a adicionar aos meios da Força Aérea já atribuídos temporariamente a esta missão.

Ministros da Saúde e Defesa com o General CEMFA e tripulação do Black Hawk, na apresentação do helicóptero e kit médico, visível dentro do aparelho    Foto: MDN

A apresentação do helicóptero UH-60A Black Hawk da Esquadra 551, para esse efeito, teve lugar ontem, 10 de julho, na Base Aérea nº 8, em Ovar, durante uma cerimónia que contou com a presença do ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, e da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, bem como do General Cartaxo Alves, Chefe de Estado Maior da Força Aérea (CEMFA), entre outras individualidades. 

Na ocasião, foi igualmente apresentado o kit de última geração para emergência médica, da United Rotorcraft, que irá equipar o helicóptero, e que foi transportado desde Denver, nos EUA no início do mês, por um KC-390 da Esquadra 506.

Rota do KC-390 n/c 26901 no dia 1 de julho transportando o kit médico para a frota UH-60   Imagem: ADSB Exchange

Com a disponibilização por parte da Força Aérea, de mais um helicóptero para emergências médicas, o país passa a contar com quatro aeronaves da Força Aérea operacionais para missões de transporte médico de emergência disponíveis 24h por dia: dois helicópteros (UH-60 Black Hawk e EH101 Merlin) e dois aviões (Falcon 50 ou 900 e C295M), ao qual se adicionam ainda dois helicópteros AW119 Koala, muito embora estes últimos sem capacidade para operações noturnas. Os meios estão distribuídos pelas bases em Ovar, Montijo, Figo Maduro e Beja.

Estas medidas têm vindo a ser tomadas na sequência de atrasos na formação de pilotos para os helicópteros contratados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), levando a um esforço conjunto dos ministérios da Defesa e da Saúde por uma solução com recurso aos meios da Força Aérea, para assegurar provisoriamente o serviço desde 1 de julho de 2025, até que a empresa adjudicatária do INEM, Gulf Med esteja em condições de o fazer.

Nuno Melo em declarações à imprensa na cerimónia de apresentação do helicóptero    Foto: MDN

Apesar da limitação de alguns helicópteros militares não poderem aterrar nos heliportos hospitalares nacionais, situação largamente discutida nos últimas dias, o ministro da Defesa, ainda na véspera da apresentação do helicóptero, à margem de uma cerimónia no Centro de Apoio Social das Forças Armadas, apontou o desafio futuro como sendo de “infraestruturas”, que deverão ser adaptadas para acomodar aeronaves pesadas em situações de emergência complexa: "se Portugal de repente tiver uma catástrofe, os transportes têm que ser feitos em helicópteros pesados, não em helicópteros ligeiros. E se os nossos hospitais, os nossos estabelecimentos de socorro, não estiverem dotados de infraestruturas que permitam receber todo o tipo de aeronaves que prestam socorro, o problema não é das aeronaves, o problema é mesmo dessa capacidade [das infraestruturas] que é muito fundamental”. Nuno Melo assegurou ainda que o Governo estará por isso atento a esta situação, que será para rever em breve.

Cauda do Black Hawk n/c 29804     Foto: MDN

Rejeitando críticas recentes sobre alegadas demoras no transporte de doentes, pelos serviços prestados pela Força Aérea, nomeadamente uma situação de transporte de um doente de Castelo Branco para Coimbra, que levou cerca de 2h15m, embora algumas notícias veiculadas tenham falado em "mais de 6 horas", Nuno Melo aproveitou para esclarecer que a Força Aérea tem cumprido as suas missões “com êxito”, destacando a atuação do ramo das Forças Armadas como desinteressada, motivada exclusivamente pelo compromisso com o socorro público e não por qualquer benefício económico.




terça-feira, 24 de junho de 2025

REGRESSO DA BASE AÉREA Nº2 - CEMFA em entrevista

Monumento ao F-84G Thunderjet no CFMTFA na Ota

Por ocasião da visita à Base Aérea nº4 (BA4), para distinguir com um Louvor a Esquadra 752 - Fénix e o Grupo de Manutenção Aeronáutica da BA4, o Chefe de Estado Maior da Força Aérea  (CEMFA), Gen. Cartaxo Alves, foi entrevistado pela Rádio Lajes.

Em cerca de 17 minutos de conversa, múltiplos temas foram abordados, desde as transformações sociais, geopolíticas e tecnológicas do presente e futuro, aos desafios e reformas que estes representam para a Força Aérea Portuguesa. 

Nesse sentido, e além das já concretizadas reativações das Esquadras 551 e 752, criação da  primeira esquadra de drones (991 - Harpias) e elevação do Aeródromo de Manobra nº 1 a Base Aérea nº8, o General CEMFA revelou que o atual Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea (CFMTFA) na Ota voltará a ser Base Aérea nº2, no seguimento da reativação do Grupo Operacional 21 (para gerir a atividade operacional da Esquadra 991).

Infraestruturas do atual CFMTFA na Ota onde está sediada a Esq. 991    Imagem: Google Earth

Revelou ainda que será reativado o Grupo Operacional 11 na Base Aérea nº1, com a criação de uma nova esquadra de voo para operar o substituto da frota Chipmunk, atualmente dependente da Academia da Força Aérea.

Por entre a criação do Centro de Operações do Espaço, space hub e constelação de satélites, o Gen. Cartaxo Alves falou ainda no F-35 como sucessor do F-16, dentro do programa de modernização "Força Aérea 5.3".



sexta-feira, 20 de junho de 2025

C-130 DA FAP NO REPATRIAMENTO DE PORTUGUESES DO MÉDIO ORIENTE

Passageiros no C-130 Hercules da Esquadra 501 da Força Aérea Portuguesa     Foto via EMGFA

Em resposta ao agravamento do conflito entre Israel e o Irão, as Forças Armadas Portuguesas conduziram, a partir de 15 de junho de 2025, uma operação de repatriamento de cidadãos nacionais localizados em zonas de risco. A missão foi executada pela Força de Reação Imediata (FRI), que assegurou uma intervenção célere e coordenada, permitindo a evacuação segura de aproximadamente 120 pessoas.

Passageiros desembarcando do C-130 Hercules   Foto via EMGFA

A operação foi desencadeada na sequência de um pedido do Ministério dos Negócios Estrangeiros ao Ministério da Defesa Nacional, tendo envolvido o Comando e o Estado-Maior da FRI na elaboração do plano de ação e na sua execução operacional. 

Uma aeronave C-130H da Esquadra 501 – “Bisontes” da Força Aérea Portuguesa foi mobilizada e colocada em condições de operar em menos de 24 horas após a ativação da força. Paralelamente, meios navais foram mantidos em elevado estado de prontidão, como parte do dispositivo de apoio.

A complexidade da missão exigiu uma articulação constante entre diversas entidades governamentais, refletindo não só a capacidade de projeção estratégica da FRI como também o nível de prontidão operacional das Forças Armadas.


Um dos pelo menos dois voos realizados pelo 16806 entre o Chipre e o Egito    Imagem: ADSB Exchange

Ao que nos é dado a perceber da observação através do radar virtual ADSB- Exchange à atividade do C-130 n/c 16806, destacado para a operação, este realizando uma ponte aérea entre Sharm el-Sheikh, no Egito e Lanarca no Chipre, tendo regressado ao final do dia de ontem, 19 de junho de 2025, a Portugal.

Voo de regresso do Chipre no dia 19 de junho    Imagem: ADSB Exchange

Segundo nota de imprensa do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA), esta operação "evidencia a capacidade de projeção estratégica e a prontidão que caracteriza a FRI, reafirmando o compromisso das Forças Armadas Portuguesas na defesa dos interesses nacionais e na proteção de cidadãos portugueses em qualquer parte do mundo", porquanto a " FRI, unidade operacional do EMGFA, está permanentemente preparada para assegurar uma resposta célere em situações de emergência, crises humanitárias ou catástrofes naturais, dentro ou fora do território nacional".​



quinta-feira, 19 de junho de 2025

F-16 DE ALERTA DA FAP ACOMPANHAM AVIÃO COM AMEAÇA DE BOMBA

F-16M do Alerta de Reação Rápida com mísseis reais

A Força Aérea Portuguesa (FAP) ativou esta manhã, pelas 9h00, a sua parelha de alerta de F-16M, na sequência de um alerta de potencial ameaça de bomba a bordo de uma aeronave civil que sobrevoava o espaço aéreo nacional. A tripulação do avião civil, confrontada com a gravidade do cenário, expressou inicialmente a intenção de desviar a rota para o Aeroporto de Faro.

Em resposta, foram acionadas duas aeronaves F-16M em prontidão permanente (Alerta de Reação Rápida - QRA), descolando da Base Aérea N.º 5, em Monte Real. A sua missão: assegurar a integridade do espaço aéreo português, acompanhar a aeronave civil e garantir a articulação com as autoridades de tráfego aéreo.

Durante o acompanhamento, a tripulação do voo comercial optou por retomar o itinerário original, prosseguindo até ao destino final fora de território nacional. Com a saída da aeronave da região de informação de voo (FIR) portuguesa, a responsabilidade da operação transitou para as autoridades espanholas. Os F-16M portugueses procederam então ao “handover” da missão, regressando de seguida a Monte Real

A Força Aérea reafirmou, em comunicado, o seu compromisso com a defesa da soberania nacional e a segurança da aviação civil, sublinhando que mantém em permanência uma parelha de alerta com capacidade de resposta imediata, em estreita articulação com as normas e recomendações nacionais e internacionais aplicáveis.



quarta-feira, 18 de junho de 2025

LITUÂNIA ESCOLHE O C-390

Ilustração: Embraer

O Ministério da Defesa Nacional da Lituânia anunciou hoje, 18 de junho de 2025,no Paris Air Show, a seleção do Embraer C-390 Millennium como a aeronave de transporte militar de próxima geração do país. 

Esta seleção marca um passo significativo no aumento da capacidade operacional e da interoperabilidade da Lituânia dentro da NATO e abre caminho para o processo de aquisição que seguirá todos os procedimentos legais de acordo com a legislação lituana.

Foto: Embraer
"Estudamos cuidadosamente diversos modelos de aeronaves de transporte militar disponíveis no mercado e a nossa avaliação mostrou claramente que o C-390 Millennium é a plataforma ideal para atender aos nossos requisitos operacionais militares. Portanto, a Lituânia selecionou a Embraer para avançar nas negociações e esperamos finalizar o contrato de aquisição nos próximos meses", disse Loreta Maskaliovienė, Vice-Ministra da Defesa Nacional, da Lituânia.

"Estamos honrados por termos sido selecionados pelas autoridades lituanas. Esta seleção reflete o compromisso da Embraer em fortalecer as capacidades de defesa de seus parceiros na Europa. Nesse sentido, o C-390, com sua versatilidade, desempenho e interoperabilidade com a NATO, é a plataforma ideal — prontamente disponível para realizar as missões mais exigentes”, afirma Bosco Da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.


Este acordo posiciona a Lituânia entre o crescente número de aliados europeus e da NATO, incluindo Portugal, Hungria, Países Baixos, Áustria, República Checa, Suécia e Eslováquia, que também escolheram o C-390 para modernizar as suas forças aéreas. 

O acordo incluirá cooperação industrial que fornecerá capacidades de MRO (Manutenção, Reparação e Revisão), coprodução de peças e parcerias com institutos de pesquisa locais.

Fonte: Embraer

segunda-feira, 16 de junho de 2025

PORTUGAL COMPRA SEXTO KC-390 - com mais dez novas opções de compra

Ilustração: Embraer

 A Embraer anunciou hoje durante a 55ª edição do Paris Air Show que o Estado Português decidiu adquirir uma sexta aeronave KC-390 Millennium. Em agosto de 2019, o governo de Portugal e a Embraer assinaram contrato para a aquisição de cinco unidades do KC-390 e, com a potencial aquisição adicional, a frota de aeronaves de transporte da Força Aérea Portuguesa (FAP) contará com seis aviões de nova geração KC-390, expandindo sua capacidade para cumprir as missões das Forças Armadas e outras missões de interesse público. 

Foto: Embraer

Adicionalmente, a Embraer e o Estado Português pretendem incluir dez opções de compra no contrato atual, visando potenciais futuras aquisições por nações europeias ou membros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) através do Estado Português, em negociações de governo a governo. Isto permitirá o aumento da interoperabilidade e cooperação com novos operadores da aeronave KC-390, com benefícios na redução de custos associados a treinamento, apoio logístico e ciclo de vida e o crescente envolvimento e desenvolvimento do cluster aeronáutico português.

Com esta decisão Portugal continua a investir nas capacidades da Força Aérea, num momento em que esta se assume como operador de referência desta aeronave, que possui caraterísticas únicas e que foram integradas e testadas em Portugal. A inclusão de dez opções de compra para futuras negociações governo a governo permitirá que outras nações europeias e NATO possam, através de Portugal, adquirir plataformas interoperáveis e versáteis, habilitando o contínuo desenvolvimento da Base Tecnológica e Industrial de Defesa, com o consequente retorno financeiro para o país, e a afirmação da Força Aérea Portuguesa como parceiro de excelência na operação e treino, através, por exemplo, do seu Centro de Treino KC-390”, disse Nuno Melo, Ministro da Defesa de Portugal.

Foto: Embraer

Estamos extremamente honrados com a possibilidade de expandir nossa parceria com a Força Aérea Portuguesa e com o Estado Português. A aquisição do sexto KC-390 pela FAP, que opera a aeronave desde 2023, será a primeira compra adicional de um operador, o que demonstra o reconhecimento da qualidade e do resultado operacional que esta aeronave tem conseguido. O interesse em colocar opções adicionais no contrato é a confirmação de que mais países ocidentais podem-se juntar muito brevemente a este grupo de operadores, beneficiando todos eles em sinergias económicas ao longo do ciclo de vida do KC-390”, disse Bosco da Costa Junior, presidente & CEO da Embraer Defesa & Segurança.

Ministro da Defesa ao canal Aviação TV em Le Bourget


Nuno Melo sublinhou aos jornalista presentes que Portugal participou na conceção da aeronave, vários dos seus componentes e peças estruturais são fabricados em Portugal, com envolvimento direto da indústria portuguesa. A formação de pilotos será além disso ministrada pela FAP na Base Aérea de Beja e por cada aeronave vendida o Estado português aufere um lucro próximo de 11M EUR.

O KC-390 Millennium pode realizar uma ampla gama de missões, como transporte e lançamento de cargas e tropas, evacuação aeromédica, busca e salvamento (SAR), ajuda humanitária e missões de resposta a desastres (HADR), combate a incêndios e reabastecimento aéreo (AAR), tanto como tanque quanto como receptor. Além disso, o KC-390 Millennium irá poder apoiar operações de vigilância marítima e SAR, aumentando seu alcance e tempo de permanência em voo por meio do reabastecimento em voo. A sua capacidade de operar em pistas curtas e reabastecer outras aeronaves é fundamental para atender aos requisitos de Defesa de Portugal.

Texto: Embraer e outros
Adaptação: Pássaro de Ferro


F-16 DA FAP NO POLICIAMENTO AÉREO DO BÁLTICO - Fotogaleria

A Força Aérea Portuguesa está a garantir a segurança dos céus sobre e ao redor da Estónia, no âmbito da missão Baltic Air Policing da NATO.



A última rotação de pilotos de caça e equipas de apoio chegaram à Base Aérea de Ämari no final de maio, substituindo o destacamento português anterior que iniciou funções em abril. Assumiram a responsabilidade por quatro caças F-16M Fighting Falcon, marcando a primeira vez que aeronaves portuguesas operaram a partir da Estónia.




Dado que os Estados Bálticos – Estónia, Letónia e Lituânia – não possuem caças supersónicos capazes de realizar interceções, os Aliados da NATO fornecem aeronaves numa base rotativa. A missão Baltic Air Policing, sediada na Lituânia, com um destacamento adicional na Estónia, permanece em prontidão para responder a anomalias no tráfego aéreo. Estas podem incluir aeronaves civis que perderam comunicação com os controladores de tráfego aéreo ou aeronaves militares russas que recusam identificar-se ou responder a contactos.


A missão de Policiamento do Báltico da NATO é uma missão de manutenção da paz, realizada 24 horas por dia, 365 dias por ano.


Texto e Fotos: NATO


domingo, 15 de junho de 2025

NRP D. JOÃO II - Apresentação da Futura Plataforma Naval Multifuncional da Marinha Portuguesa


O futuro navio da Marinha Portuguesa NRP D. João II, foi o destaque da conferência IDEIA deste ano, realizada a 29 de maio na Academia de Marinha.

O processo de aquisição desta nova Plataforma Naval Multifuncional da Marinha Portuguesa teve início com a definição do conceito de emprego e os requisitos operacionais, que se traduziriam depois no caderno de encargos do projeto, a realizar em tempo recorde, devido às restrições temporais impostas pelo programa de financiamento do PRR.


A embarcação, que inaugura uma nova classe de navios (Multi-Purpose Support Ship) seria assim projetado para realizar missões de caráter científico, vigilância e de apoio à proteção civil, incluindo busca e salvamento, fiscalização marítima e evacuação em zonas de conflito, com capacidade para sistemas marítimos não tripulados nos três ambientes: aéreo, superfície e subaquático.



Com 100 metros de comprimento e velocidade superior a 15 nós, cumpre todos os requisitos ambientais e técnicos, que se exigem atualmente. O convés permitirá operação de drones VTOL (descolagem e aterragem vertical) e de asa fixa. Tem pista para helicópteros pesados tipo EH101 Merlin (em uso na Força Aérea Portuguesa), embora o hangar apenas possa albergar helicópteros médios (até 10 ton à descolagem) tipo NH90 ou SH-60.


Dentro do navio, um hangar multifunções, com cerca de 400 m², albergará uma oficina para os drones, e terá capacidade para embarcar 18 contentores de 20 pés (6m), ou cerca de 18 viaturas do tipo URO VAMTAC ou ambulâncias ou 10 lanchas/embarcações semi-rígidas.

Irá dispor ainda de um hospital, laboratórios e capacidade para embarcar 42 elementos além da guarnição do navio, podendo ir até mais 200 pessoas em emergência, utilizando o espaço do hangar dos guinchos e o paiol geral.

Dispõe ainda de uma grua com capacidade de 30 ton a 14m, que permite autonomia para realizar operações de carga-descarga em portos longínquos e uma frame para colocar e retirar drones marítimos à ré.

Vídeo com a apresentação completa do futuro NRP D. João II pelo Comodoro Barbosa Rodrigues


Construção

O corte da chapa foi iniciado em outubro de 2024 nos estaleiros da Damen na Roménia, decorrendo presentemente a montagem dos blocos estruturais, alguns já posicionados no fundo da doca. Neste momento, 98% dos equipamentos já foram adquiridos e parte deles testados em fábrica, estando prontos para instalação.  A flutuação está prevista para 20 de janeiro de 2026, marcando o início da fase de testes e comissionamento. A entrega provisória está prevista para agosto do mesmo ano, após o que o navio virá a navegar até Lisboa, onde será finalmente içada a bandeira nacional e comissionado como NRP D. João II.


Ilustrações: Marinha Portuguesa



SECRETÁRIA DE ESTADO VISITA DESTACAMENTO DE P-3 EM CABO VERDE

O P-3C CUP+ destacado em Cabo Verde      Foto via EMGFA

A Força Nacional Destacada (FND) no Golfo da Guiné, que inclui uma aeronave P-3C CUP + e respetivo contingente da Esquadra 601 da Força Aérea Portuguesa, está a apoiar a vigilância marítima da Zona Económica Exclusiva de Cabo Verde, no âmbito do programa Africa Maritime Law Enforcement Partnership (AMLEP), uma iniciativa multilateral focada no combate às atividades ilícitas no Atlântico.

O P-3C CUP+ dos "Lobos" em atividade nos mares de Cabo Verde no dia 12 de junho    Imagem: ADSB-Exchange

No contexto desta operação, a Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades, Ana Isabel Xavier, deslocou-se ao Destacamento, acompanhada pelo Embaixador de Portugal em Cabo Verde, Dr. João Queiroz. A visita serviu para reforçar o compromisso de Portugal com a cooperação bilateral e o fortalecimento da segurança marítima na região, numa altura em que a estabilidade no Golfo da Guiné assume crescente relevância estratégica.


A visita da Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades, Ana Isabel Xavier à FND      Foto via EMGFA 

A participação portuguesa no programa AMLEP visa melhorar a capacidade de resposta das autoridades locais contra ameaças como pirataria, tráfico ilícito e pesca ilegal, contribuindo para a proteção dos interesses marítimos da região e para o fortalecimento da segurança internacional.


Foto via EMGFA


Fonte: EMGFA

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