terça-feira, 29 de setembro de 2020

F-16: DESTACAMENTO NA POLÓNIA EM ALTA ROTAÇÃO [M2185 – 103/2020]

F-16 das Esquadras 201 e 301 da FAP na Polónia     Foto: FAP

O destacamento das Esquadras de F-16 da Força Aérea portuguesa na Polónia continua em alta rotação, multiplicando-se em colaborações com o país anfitrião e aliados.

No passado 25 de setembro quatro F-16AM da FAP juntaram-se ao contratorpedeiro de mísseis guiados da classe Arleigh Burke,  USS Ross no mar Báltico, para simular uma variedade de cenários de defesa aérea. Os exercícios aumentaram a proficiência tática dos observadores durante um exercício de defesa aérea e intercepção. Os caças portugueses estão atualmente destacados em Malbork, Polónia, realizando atividades de treino e exercício com Aliados e parceiros ao abrigo das medidas de tranquilização da NATO.

Foto: FAP

Foto: FAP

Este exercício representa uma oportunidade única de treino com os nossos Aliados da NATO, para aumentar a nossa capacidade combinada”, disse o comandante. John D. John, oficial comandante a bordo do USS Ross. “Construir a nossa interoperabilidade colectiva ajuda a demonstrar o nosso compromisso contínuo com a manutenção da estabilidade no Báltico.”

NRP Corte-Real               Foto: Marinha Portuguesa

Recentemente, o USS Ross conduziu também exercícios de superfície com a fragata da classe Vasco da Gama da Marinha Portuguesa NRP Corte-Real (F 332), que está actualmente em destacamento regular programado, como parte integrante da Força Naval Permanente da NATO 1 (SNMG1), numa série de manobras de proximidade.

USS Ross     Foto: Marinha da Letónia 

O USS Ross é um dos quatro contratorpedeiros da Marinha dos Estados Unidos com base em Rota, Espanha, e atribuído ao Comando da Força-Tarefa 65 em apoio ao sistema integrado de defesa antiaéreo e antimíssil da NATO. 

A 6ª Frota da Marinha dos EUA, com sede em Nápoles, Itália, conduz todo o espectro de operações conjuntas e navais, muitas vezes em conjunto com parceiros aliados e interagências, a fim de promover os interesses de segurança nacional dos EUA e a segurança e estabilidade na Europa e na África.



SU-25 ARMÉNIO ABATIDO [M2184 – 102/2020]

Sukhoi Su-25 "Frogfoot"

 No seguimento da escalado do conflito entre a Arménia e o Azerbaijão, foi hoje 29 de Setembro de 2020, reportado o abate de um caça-bombardeiro Su-25 "Frogfoot" arménio, pelas 10h30 locais, no espaço aéreo arménio, sobre a cidade de Vardenis, no norte da Arménia.

Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum"

Segundo Tom Cooper, conceituado comentador e historiador de assuntos ligados ao Médio e Próximo Oriente, normalmente bem informado apoiado em fontes locais, o Su-25 terá sido abatido por um MiG-29 azeri e não um F-16 turco, conforme foi inicialmente veiculado pelo Ministério da Defesa Arménio, com eco nas redes sociais e comunicação social.

Segundo Cooper, através de fotos de satélite da manhã de hoje, não há evidências de quaisquer F-16 turcos actualmente no Azerbaijão e muito menos na base aérea de Ganja, a escassos 60km da linha da frente do combate, e portanto ao alcance de mísseis terra-ar arménios. 

F-16 turco no exercício Turaz Kartali realizado anualmente no Azerbaijão    Foto: MD Turco

As alegações de que F-16 turcos estariam envolvidos no abate do Su-25, poderão ter a ver com um recente exercício em que estes de facto estiveram destacados no Azerbaijão, bem como o apoio público do regime de Ancara, na disputa com a Arménia na região do Nagorno-Karabakh . O exercício contudo, terminou ainda nos primeiros dias de Agosto, tendo os F-16 entretanto regressado à Turquia.

Os relatos coincidem contudo, em que o piloto do Su-25 terá perdido a vida.


Atualização 30/09/2020

O Ministério da Defesa Arménio divulgou imagens dos destroços do Su-25, insistindo na tese de que terá sido abatido por F-16 turcos que teriam violado espaço aéreo arménio. Do lado azeri, há sugestões de que não um, mas dois Su-25 simplesmente embateram com a montanha, sem intervenção de qualquer aeronave agressora.

A identidade do piloto falecido foi revelada pelo MD Arménio, tratando-se do Major Valeri Danelin.




Fotos: MD Arménia





segunda-feira, 28 de setembro de 2020

F-16 DE AVIANO EM PATRULHA NATO NA BULGÁRIA [M2183 – 101/2020]


A NATO destacou recentemente seis caças F-16C da Força Aérea dos Estados Unidos habitualmente estacionados em Aviano, Itália para iniciar a patrulha aérea do espaço aéreo da Bulgária, já a partir de hoje, 28 de setembro de 2020. 
 As missões de policiamento aéreo da NATO são projetadas para proteger o espaço aéreo dos Aliados. 
Os caças habitualmente destinados ao policiamento aéreo, apresentam um elevado estado de prontidão e em escassos minutos procedem a operações  interceção, identificação e condução de  aeronaves militares ou civis que estiverem em perigo ou não, que representem ou não ameaça, levando-as a seguirem os regulamentos de voo internacionais, sobretudo se se aproximarem do espaço aéreo soberano de qualquer país da Aliança Atlântica.


A missão de quatro semanas terá o seu centro de operações aéreas na Base Aérea de Graf Ignatievo. Os caças norte americanos repartirão assim as responsabilidades de patrulha aérea com os velhos Mig-29 búlgaros, que se aprestam para passar à história - pelo menos uma parte deles... - assim que os novos F-16 cheguem.
Recorde-se que a arma aérea de Sófia está em processo de modernização, aguardando-se a chegada dos F-16 Block 70 que foram contratualizados pelo governo búlgaro à norte americana Lockheed Martin. Recorde-se, igualmente, que a dada altura do processo, Portugal chegou a propor negócio com F-16MLU modernizados.



domingo, 27 de setembro de 2020

COMPRA DE NOVO CAÇA VENCE REFERENDO NA SUIÇA [M2182 – 100/2020]

Os F-5E Tiger II da FA Suiça estão já em fim de vida 

Por uma margem de apenas alguns milhares de votos, a Suíça disse "sim" à multimilionária compra de novos caças para a sua Força Aérea.

Cerca de 50,1% dos eleitores aprovaram a compra de 6000M CHF (6,490 M USD) este domingo 27 de Setembro de 2020. Com quase 60%, a participação foi a maior desde 2016.

Depois de semanas de sondagens mostrando aceitação relativamente clara para a compra dos caças, a vitória por margem mínima do sim foi uma surpresa, com nenhum dos lados esperando um resultado tão apertado. Stefan Holenstein, presidente da Associação de Oficiais da Suíça, disse que foi "completamente inesperado" e que os defensores da compra esperavam um resultado muito mais claro.

O analista Urs Bieri disse à televisão pública suíça SRF que o custo de aquisição pode ter desempenhado um papel maior do que o esperado na formação da opinião pública. Uma sondagem recente feita pelo seu instituto de pesquisa GfS Bern estimou a aprovação da compra em cerca de 58%. 

F/A-18 Hornet da Força Aérea Suíça

A Força Aérea pode agora prosseguir com a compra de uma nova frota que substituirá os antigos F-5 Tiger e F/A-18 ainda em uso na Força Aérea Suiça. O contrato para o novo modelo será firmado posteriormente pelo governo e parlamento, estando quatro fabricantes atualmente em competição: Lockheed-Martin (F-35), Boeing (F/A-18E/F Super Hornet), Dassault (Rafale) e Eurofighter (Typhoon). Em Junho transacto os quatro modelos estiveram mesmo em avaliação operacional na base aérea de Payerne.

O "Grupo por uma Suíça sem Exército" (GSoA), que liderou a campanha contra a compra juntamente com grupos políticos de esquerda, já anunciou que lançará uma iniciativa popular para desafiar qualquer modelo que o governo escolher.

Como parte do pacote, a indústria suíça também beneficiará de um chamado acordo de compensação - um sistema de compensação que obriga a empresa envolvida no negócio a fazer pedidos a empresas suíças no valor de 60% do valor do contrato.

Ao contrário da  rejeição  em 2014 de uma compra de 3000M CHF  dos caças Gripen suecos, desta vez as  pesquisas  apontavam um sucesso mais claro.

Os JAS39 Gripen suecos chegaram a participar no famoso festival aéreo de Axalp em 2013 mas a compra não se viria a concretizar

Analistas do referido instituto de pesquisa GfS Bern, disseram num relatório de duas semanas atrás, que em 2014 a questão era vista como menos urgente, enquanto os defensores desta vez argumentaram que a rejeição deixaria o país incapaz de defender o seu espaço aéreo em 2030. No entanto, desde então houve já algumas polémicas pela falta de prontidão da defesa aérea do país.

As Forças Armadas - uma instituição importante da Suíça não-membro da NATO - não poderiam, portanto, cumprir o seu mandato de proteger o país, defendiam os apoiantes da compra, que incluíam o governo e uma maioria do parlamento.

Na prática, a Suíça tem poucos inimigos e não combate guerras há séculos. Mas o governo argumentou que a Força Aérea é vital para se manter independente e soberana, mesmo que um ataque aéreo total seja improvável.

Também aumentou o terrorismo e novas incertezas geopolíticas. “A Europa e o mundo ficaram mais instáveis”, e o exército precisa estar pronto para enfrentar qualquer ameaça desconhecida que apareça nos próximos 30 a 40 anos", escreveu o governo no caderno de votação oficial.



BÉLGICA REGRESSA AO COMBATE AO DAESH NO MÉDIO ORIENTE [M2181 – 99/2020]

F-16AM da Componente Aérea Belga no combate ao Daesh em 2015     Foto: Malek Azoug/DefBel

Na sequência do pedido dos EUA, e tal como o Pássaro de Ferro oportunamente informou, a Bélgica irá destacar novamente caças em apoio à Operação Inherent Resolve, de combate ao Daesh no Iraque e nordeste da Síria.

Com efeito, na próxima terça-feira 29 de setembro de 2020, quatro F-16 deixarão a base aérea de Florennes, na Bélgica, com destino ao Médio Oriente, como parte da operação “Inherent Resolve” da força internacional contra o auto-proclamado Estado Islâmico. A Defesa belga segue a decisão do Governo do país, datada de 26 de junho de 2020. 

O compromisso da Bélgica enquadra-se na estrutura da resolução 2249 do Conselho de Segurança das Nações Unidas de 2015, que se refere à ameaça global representada pelo Daesh para paz e segurança internacionais. O Governo belga prevê um empenhamento operacional dos F-16, pelo período de um ano. O custo total da missão ascenderá a 24M EUR, repartidos pelos orçamentos de 2020 e 2021.

Segundo o ministro da Defesa belga Philippe Goffin, os caças irão desempenhar missões "de reconhecimento e segurança, em apoio às forças da aliança, o que também envolve realizar ataques ao solo dirigidos a alvos inimigos", segundo referiu no Conselho de Ministros.

Um destacamento de cerca de 100 militares belgas apoiará as operações dos caças. Todos os membros do destacamento foram já mobilizados para a base de operação nas últimas semanas. Previamente ao destacamento, todos os membros foram colocados em quarentena, de prevenção à Covid-19. A primeira rotação será composta principalmente por pessoal da base aérea de Florennes.

F-16AM num dos abrigos da base de Al Azraq durante o anterior destacamento belga   Foto: DefBel

Trata-se do terceiro destacamento da Componente Aérea Belga em apoio à Operação Inherent Resolve, tendo os anteriores decorrido entre Setembro de 2014 e Juno de 2015 e mais tarde entre Julho de 2016 e Dezembro de 2017. Este novo destacamento é justificado com a necessidade de evitar o ressurgimento do Daesh, face aos renovados ataques registados ultimamente no Iraque e Síria. 

Á partida para mais uma missão da Operação Inherent Resolve em Al Azraq, Jordânia     Foto: DefBel

As aeronaves, os pilotos e o pessoal de apoio irão operar a partir de uma base no Médio Oriente, não revelada no comunicado da Defesa belga. Os destacamento anteriores foram contudo, levados a cabo na base Al Azraq na Jordânia.





sábado, 26 de setembro de 2020

SUPER TUCANO DA FAB SEGUEM NO CONTROLO DE FRONTEIRAS [M2180 – 98/2020]

A-29 Super Tucano

 A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou, na manhã desta sexta-feira 25 de Setembro de 2020, sobre o Estado do Pará, uma aeronave classificada como suspeita, segundo informações de inteligência da Polícia Federal (PF), reforçando a capacidade de monitorização e actuação na fronteira. As ações, realizadas em conjunto com a PF, envolveram dois caças A-29 Super Tucano e um E-99 de aleta, controlo e comando, além de todo o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA).

E-99 de alerta comando e controlo

A aeronave monomotor, modelo T210N Turbo Centurion II, foi identificada pelos radares e interceptada num ponto próximo à Serra do Cachimbo no sul do estado do Pará, sendo ordenada a aterragem numa pista determinada para averiguação, tudo sob a coordenação do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). O monomotor não cumpriu as determinações dos órgãos de Defesa Aérea e evadiu-se, realizando aterragem forçado em campo não preparado, localizado numa área a norte da Serra do Cachimbo, onde a Polícia Federal assumiu as acções. O piloto provocou um incêndio na aeronave e evadiu-se do local.


A aeronave incendiada na pista

O Comandante de Operações Aeroespaciais, Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas, destacou a prontidão da Defesa Aérea da FAB e o trabalho conjunto com os órgãos de segurança. "É importante ressaltarmos a prontidão da FAB e o trabalho conjunto com PF e outros órgãos de segurança. Cumprimos todos os procedimentos da Defesa Aérea e tudo transcorreu perfeitamente", ressaltou.

A acção fez parte da Operação Ostium destinada para coibir actividades ilícitas transfronteiriças, na qual actuam em conjunto órgãos de defesa e de segurança pública.



quarta-feira, 23 de setembro de 2020

P-3 DA FAP EM MISSÃO NO MEDITERRÂNEO [M2179 – 97/2020]




O P-3C CUP+ da FAP em acção em Málaga

 A Esquadra 601 - Lobos da Força Aérea Portuguesa tem um P-3C CUP+ e respectiva tripulação e pessoal de apoio, destacados em Málaga desde o dia 8 de setembro, em apoio à Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira – FRONTEX, para vigilância das fronteiras marítimas do sul de Espanha. 

Até ao dia de hoje, foram já realizadas mais de 43 horas de voo, tendo detectado 34 embarcações (19 relacionadas com o tráfico de estupefacientes e 15 relacionadas com a migração irregular).


Embarcação com migrantes ilegais         Foto: Esq 601 via EMGFA


A Agência FRONTEX, em conjunto com as autoridades espanholas, desenvolve esta operação conjunta, designada “INDALO 2020”, com a finalidade de combater o tráfico de estupefacientes, controlo da migração irregular, poluição marítima, pesca ilegal e salvaguarda da vida humana no mar através das missões de busca e salvamento.




O destacamento português é constituído pela respetiva tripulação da aeronave, equipa de manutenção e elementos de apoio à missão, com um efetivo de 30 militares, que se encontram a operar a partir de Málaga, até 5 de novembro de 2020.




Portugal empenha ainda um oficial de ligação em Madrid, no “International Coordination Center”, da agência FRONTEX.

O Pássaro de Ferro agradece a cedência das fotos ao spotter Carlos Gonzalez, que pode ser seguido através da sua conta Instagram 



terça-feira, 22 de setembro de 2020

F-16 PORTUGUESES NO EXERCÍCIO RAMSTEIN ALLOY 20-3 [M2178 – 96/2020]

F-16 portugueses e polacos e Typhoon italianos durante o exercício Ramstein Alloy 20-3      Foto: FAP


Os Eurofighter Typhoons italianos descolaram de Šiauliai, na Lituânia e juntaram-se aos F-16 portugueses e polacos, que voaram a partir da Polónia, para realizar exercícios de combate aéreo numa área de treino especialmente reservada, ontem 21 de Setembro.

Foto: FAP

Enquanto isso, um avião de transporte M-28 da Estónia descolou de Ämari, na Estónia, para simular uma aeronave com perda de comunicações no espaço aéreo finlandês, onde foi interceptado por F-18 desse mesmo país, sendo escoltado e "entregue" aos Typhoon alemães - que asseguram actualmente o policiamento aéreo também a partir de Ämari. O M-28 prosseguiu então para simular uma aterragem de emergência, tendo sido accionada a resposta nacional a emergências. Um grupo de meios de comunicação da Estónia esteve a bordo do M-28, tendo testemunhado os procedimentos simulados.

Intercepção ao M-28 estónio              Foto: Luftwaffe

Simulação de aterragem de emergência em Amari             Foto: FA Estónia

Uma avião-tanque KDC-10 da Real Força Aérea dos Países Baixos forneceu reabastecimento aéreo aos caças polacos, finlandeses e suecos, que estiveram envolvidos no treino de combate ar-ar, bem como aos Typhoon alemães que realizaram  missões de apoio aéreo próximo para os Controladores Aéreos Tácticos na Estónia.


F-18 finlandeses e Typhoon alemães       Foto: Luftwaffe


Esses cenários de treino complexos proporcionam uma prática importante para todos os Aliados e Parceiros regionais. As situações simuladas podem acontecer a qualquer momento e é importante que todos os participantes sejam coordenados na maneira como aplicam táticas, técnicas e procedimentos além das fronteiras nacionais.


Vídeo da "entrega" do M-28 pelos F-18 finlandeses aos Typhoon alemães

O treino regular e a cooperação com os nossos Aliados e Parceiros regionais são essenciais para garantir que temos uma força eficaz instalada para proteger a região do Báltico ”, disse o Sub-chefe de Operações do Comando Aéreo Aliado, Brigadeiro General da Força Aérea dos Estados Unidos, Andrew Hansen. “Estou confiante de que este será mais um evento de treino prático de sucesso aqui nos Estados Bálticos”, acrescentou.

Enquanto todos os participantes estiveram altamente empenhados no treino, os Typhoon da Força Aérea Alemã foram ainda accionados pelo Centro de Operações Aéreas Combinadas de Uedem para lançar uma missão real de policiamento aéreo da NATO, interceptando e acompanhando uma formação de aeronaves militares russas, voando sobre águas internacionais na costa dos Aliados Bálticos.

F-16C Bloco 52 da FA Polaca na sua base em Poznan-Krzesiny     Fotos: FA Polaca


O primeiro dia de exercício Ramstein Alloy ofereceu a todos os participantes um treino valioso para aumentar o nível de profissionalismo e cooperação. O segundo dia contará com uma aeronave do Sistema de Controle e Alerta Aéreo (AWACS) da NATO à lista de intervenientes. A aeronave AWACS está programada para controlar manobras de vários caças e para realizar um sobrevoo de Talin à tarde, a caminho de "casa", na Alemanha.



terça-feira, 15 de setembro de 2020

GRIPEN E: COLABORAÇÃO SUECA-BRASILEIRA [M2177 – 95/2020]

Gripen E brasileiro e sueco                         Foto: Saab
Gripen E sueco e brasileiro                  Foto: Saab

O primeiro Gripen E destinado à Força Aérea Brasileira, encontra-se a bordo do navio MV ELKE, que desembarcará o caça em Navegantes, Santa Catarina, Brasil. Seguirá depois para o aeroporto da mesma cidade, de onde partirá para as instalações da Embraer em Gavião Peixoto, São Paulo.

O primeiro F-39 Gripen E no navio a caminho do Brasil              Foto: Saab

A apresentação oficial do F-39 (como é designado localmente) com o número de cauda FAB4100, está prevista para 23 de Outubro de 2020 na base aérea de Anápolis, prosseguindo depois disso com as operações de ensaios em voo, em solo brasileiro.

O programa é fruto da colaboração entre Brasil e Suécia. Com o Gripen, as forças aéreas e a indústria de Defesa destes dois países formaram uma aliança, segundo o fabricante Saab "em busca da superioridade táctica em qualquer situação e época".

O programa centra-se agora na integração e teste de armamentos e sensores, entre outros componentes da aeronave. A verificação e validação conjunta da sua produção em série começou em 2019.

Foto: Saab

O Brasil e a sua indústria de Defesa têm grande participação no desenvolvimento do Gripen F. Ao todo, 400 engenheiros vêm trabalhando no desenvolvimento do caça bilugar, a maioria deles concentrados no Centro de Projetos e Desenvolvimento de Gripen (GDDN, do inglês Gripen Design and Development Network) nas instalações da Embraer em Gavião Peixoto, São Paulo. No mesmo local, o Gripen Flight Test Center começará a operar ainda este ano de 2020 e a primeira aeronave deve deixar a linha de produção da Embraer em 2023.

Foto: Saab

Entre outras coisas, a indústria brasileira está envolvida no desenvolvimento e produção de aeroestruturas, desenvolvimento de sistemas e aviónicos, na montagem final da aeronave, nos ensaios em voo e na manutenção do Gripen nas próximas décadas. Aliás, algumas das empresas brasileiras foram incluídas, na cadeia global de fornecimento de peças da Saab, para o Gripen E/F.

Todo este processo gerou um dos maiores programas de transferência de tecnologia já realizados para a Força Aérea Brasileira, bem como pela Saab para outro país. “Encontrámos no Brasil o parceiro perfeito. Eles não só têm o conhecimento operacional e uma indústria de aviação experiente, como também têm visão e compromisso de longo prazo, assim como nós”, afirmou Major-General Carl-Johan Edström, da Força Aérea da Suécia.

Atualmente, há um total de sete Gripen E a voar.




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