![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-9Axq9WV3SX8kjyFMJlKjPQtNUXpRlPx4e3EPiRiHP0NtsVjtFbDyfXnA9JsStHy-BxioSEGq55Sy6HrxVsd-WSmnOWXJAglhmg6fFNV-tT_O-7GN2ZEu_ebOeF5QYLB4Mu7gtQ/s400/fantome.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjKMP7L9Koxz5OwJunnTUYxS_i5xDJ67h5jXzKtqktzPT4-C65-wqRRslAnqIoS1ddhn7KUZDLFL_yApriSi69hpy22D6RmylIwuBtG1N_NmEfT6ln0HV2_wFf2Ey6fE7E9_kCWQ/s400/fantome+02.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSEMeeUsDe2-NJhCFyIc4EMCMoe4VeDsnBdFlINyRy-1CgUMZvEurxtQ6TzdJIoA0qcJ8PpNjGCB8t9MuLNiKpCAaJYAsCcPTXzggqE2mBCjrj-swSMAbX9gB9hbp_E9znVti4Kg/s400/fantome+03.jpg)
Nos finais da década de 80, mais concretamente a 4 de Julho de 1989, ocorreu um dos mais insólitos, senão mesmo bizarros, episódios da longa lista de incidentes entre a NATO e o Pacto de Varsóvia.
Depois da ejecção do respectivo piloto, um Mig-23 soviético baseado na Polónia continua o seu voo, atravessando todo o território da então R.D.A. e penetrando em espaço aéreo da NATO.
Já de sobreaviso por informação directa dos controladores aéreos inimigos, uma parelha de F-15 de Bittburg interceptou o acéfalo agressor, confirmando os insólitos dados recebidos. Aquilatada a inofensividade da aeronave, sem piloto e sem armamento, os pilotos dos F-15 optaram por não abater o aparelho, com receio de provocar a sua queda em zonas habitadas e confiando que a sua rota o levaria a desaparecer no mar.
Tal no entanto não viria a acontecer, e o Mig viria mesmo a despenhar-se na Bélgica, já sem combustível, depois de ter sobrevoado cinco países (Polónia, RDA, RFA, Holanda e Bélgica) , tirando a vida ao único ocupante da casa onde embateu.
O Mig-23 foi um avião de qualidades dúbias, e este episódio quase caricato (não fosse o facto de ter morrido uma pessoa e poder-se-ia mesmo atribuir-lhe esse adjectivo) foi o canto do cisne de uma aeronave decadente, à semelhança do regime que no dia 9 de Novembro desse mesmo ano conheceria o princípio do fim com a queda do Muro de Berlim.