quarta-feira, 25 de julho de 2018

KOALA AINDA EM 2018 (M1990 - 50/2018)

Leonardo AW119Kx Koala       Foto: Leonardo


Segundo noticia o Diário de Notícias nesta quarta-feira 25 de Julho de 2018, o Tribunal de Contas já emitiu parecer favorável à aquisição dos helicópteros ligeiros AW119 Koala, para a Força Aérea Portuguesa.

Tendo vencido o concurso para o fornecimento de cinco helicópteros (com mais dois de opção) destinados a substituir os veneráveis Alouette III  da FAP, a Leonardo (ex-AgustaWestland) não viu ainda o contrato concretizado, devido a esclarecimentos complementares solicitados pelo Tribunal de Contas ao Ministério da Defesa em Abril passado. No dia 17 do corrente, o TdC pronunciar-se-ia por fim favoravelmente.

Ainda assim, o fabricante terá mesmo dado início à construção das duas primeiras unidades, após ter sido reconhecido vencedor do concurso, mas ainda sem contrato assinado. Esta atitude da Leonardo terá sido bastante apreciada dentro da FAP e permitirá manter a calendarização inicial que previa as primeiras entregas ainda em 2018, evitando os cerca de três meses de atraso no programa, que o processo no TdC poderia ter causado.

Será portanto de esperar que os primeiros AW119 com as cores nacionais cheguem até Dezembro, conforme ambição da FAP, permitindo uma transição suave da actual frota de (três) Alouette III, que continuará a voar ainda durante os primeiros meses de 2019, pese embora estarem a esgotar as últimas horas de vida útil.



sábado, 21 de julho de 2018

66 ANOS DA FORÇA AÉREA - AM1 ABERTO (M1989 - 49/2018)


No passado domingo, dia 15 de julho, o Aeródromo de Manobra nº1 em Maceda, Ovar, abriu as suas portas ao público, no âmbito das comemorações dos 66 anos da Força Aérea Portuguesa.

O Vought TA-7P Corsair II 5545

Fiat G-91 R3, com pintura "Tiger"

O AM1 é, também, um Pólo do Museu do Ar e, nesse sentido, apresenta uma já notável coleção de aeronaves preservadas que constituem sempre um importante motivo de atração a uma visita.
Passado e presente aliaram-se neste dia para estas comemorações.

 Northrop T-38A Talon

 Dornier Alpha Jet A

 Cessna T-37C

Alouette III

F-16M

Apesar de não ser uma base aérea operacional, o AM1 é frequentemente usado em voos de treino pelas diversas esquadras de voo da Força Aérea e, pontualmente, para escala técnica de aeronaves militares de diversos países e também como base operacional para treino de esquadras de vários países, como acontece, por exemplo, com os C-130 da Bélgica.

 TB-30 Epsílon


DH-1 Chipmunk


C295M

Simulação de voo.

Recuperação de um T-6

Edição: Pássaro de Ferro/AL
Fotografia: Rui Ferreira e Pedro Ferreira

sexta-feira, 20 de julho de 2018

... À PASSAGEM POR ALJEZUR (M1988 - 48/2018)


Há dois anos atrás, enquanto ultimava os preparativos para uns dias de férias, a banhos de sol de mar no Reino dos Algarves, que me dei conta, distraído como sempre, que no regresso a casa pela rota “costodrómica”[1], iria passar por Aljezur e o seu belo castelo altaneiro,  75 anos depois de ter ali perto tido lugar a “Batalha de Aljezur”, a 9 de Julho de 1943 [2].  

Foi durante a II Grande Guerra, em que o Portugal neutral foi palco de inúmeros episódios de confrontos aéreos entre as forças beligerantes, nomeadamente frente à nossa costa, em combates navais e aéreos (de fazer por certo mossa ao venerável Major Jaime Eduardo de Cook e Alvega), entre comboios de navios cargueiros auxiliados por vasos de guerra e aviões aliados, defendendo-se de submarinos e aviões alemães. Naquele dia, como em diversos outros, um comboio aliado descia a costa rumo ao Mediterrâneo, acompanhado por alguns navios de escolta e, no plano aéreo, por dois Beaufighters e um Hudson. Foram atacados por uma esquadrilha de quatro Condors que se envolveram num intenso combate aeronaval resultando, da refrega, que dois dos Condors retiraram para Norte, um terceiro foi atingido e afastou-se na direcção de Espanha e um quarto, ferido de morte, ainda tentou uma aterragem na costa Vicentina, sem sucesso, despenhando-se na orla da falésia entre a Ponta da Atalaia e a Praia da Arrifana.

Naturalmente que, as minhas palavras são quase vazias, já que, sobre o tema, não conseguiria acrescentar nada mais ao brilhante e extenso trabalho de investigação histórica, dos autores já nossos conhecidos, José Augusto Rodrigues [4] e Carlos Guerreiro [5], e também o trabalho que a Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Aljezur (ADPHAA) está a fazer na preservação da vasta história e património da região, e também deste evento.
A ADPHAA, mantém uma secção dedicada ao tema nas suas instalações que, com muita pena minha, não pude visitar aquando da minha primeira visita mas que, dois anos mais tarde, fiz questão de voltar a Aljezur para visitar a pequena exposição de artefactos deste Focke-Wulf Fw200C, recuperados ao longo dos anos, bem como alguns modelos à escala que integram a exposição. 




Quando passei por Aljezur dessa primeira vez, a 9 de Julho de 2018, compilei um conjunto de fotografias, nomeadamente do cemitério municipal, onde estão inumados os sete militares alemães que perderam a vida em 1943. Neste cemitério de feição moderna, o espaço todo ele muito bem cuidado, é por estes dias, e desde algumas décadas, visitado pela comunidade alemã em Portugal, e também em Novembro, altura em que a cerimónia integra o “Volkstrauertag” (Dia da Memória), em que são evocados os militares que perderam a vida em acções militares ou de violência. Até ao início dos anos 90 essa homenagem era organizada pelo Comando da Luftwaffe baseado em Beja, é desde então da responsabilidade da Embaixada Alemã em Lisboa, que promove a homenagem com a autarquia. Possivelmente por ser dia de semana, a cerimónia teve lugar alguns dias depois, conforme deu disso notícia a ADPHA na sua página no FB, e de novo em Novembro do mesmo ano, o Dia da Memória




O aparelho era o Focke-Wulf Fw200C-4 “Condor”, nº0178 / F8+NT da III/Kg.40 (Kampfgeswader 40), baseado em Bordeus-Merignac, e a sua tripulação era composta dos seguintes aviadores,

Leutenant (Tenente)       Karl-Günter Nicolaus    Comandante
Unteroffizier (Sargento)     Hans Weigert             Piloto
Unteroffizier (Sargento)     Werner Riecke           Rádio-Telegrafista
Unteroffizier (Sargento)     Walter Beck               Rádio-Telegrafista
Unteroffizier (Sargento)     Martin Angermann    Mecânico de Voo
Obergefreiter  (Cabo) Ernest Friedrich Herppich   Observador
Feldwebel (Sargento) Johann Bauer                       Artilheiro



Volksbund

À semelhança de outras referências já aqui efectuadas, acerca dos militares sepultados em Portugal, no contexto da 2ª Grande Guerra, nomeadamente a referência às Commonwealth War Graves, a sua congénere alemã, a Volksbund Deutsche Kriegsgräberfürsorge e. V. (trad. livre: Comissão Alemã de Sepulturas de Guerra), abreviado para Volksbund ou VDK, surge num mesmo contexto, no final da 1ª Grande Guerra.
Nasce da iniciativa privada, por parte do povo alemão, por não existir na então jovem e periclitante República de Weimar, nem a força política, nem os meios financeiros para empreender a tarefa de sepultar os seus mortos de guerra. É criada a 16 de Dezembro de 1919, ao abrigo do Artigo 225 do Tratado de Versailles, defenindo como objectivos sepultar condignamente todos os que deram a vida pelo seu país, perpetuando a homenagem pelo seu sacrifício, registando, mantendo e cuidando dos túmulos dos mortos de guerra alemães no estrangeiro. 
Até ao início da década de 1930, já tinha estabelecido diversos cemitérios de guerra, sendo que durante o período da 2ª Grande Guerra essa responsabilidade passou a ser das forças armadas e, a partir de 1946, retorna essa responsabilidade para a Volksbund, altura em que cria mais de 400 cemitérios de guerra.
Actualmente e desde 1954, é a responsável perante o governo pela localização, salvaguarda e manutenção de todos os locais de repouso eterno de militares alemães no estrangeiro.  
A Volksbund leva a cabo a sua missão com fundos provenientes de donativos particulares (cerca de 70%), sendo o restante proveniente de auxílio governamental.

À data do escrito, são responsáveis por 832 cemitérios em 46 países, e um número em excesso de 2.75 milhões de sepulturas, de ambas as guerras mas que incluem também cemitérios e locais de memória da guerra Franco-Prussiana (1870-1871), Primeira e Segunda Guerras de Schleswig (1848-1852 / 1864), e do período colonial da Alemanha.

Em Portugal não existem cemitérios de guerra que integram este conjunto, existe sim, e à semelhança de muitas das sepulturas da CWG, são cemitérios locais onde se encontram sepulturas que, de acordo com o sítio oficial, são da responsabilidade da Volksbund, nomeadamente em Aljezur [7], Angra do Heroísmo [17], e Moura [6], sendo que as de Angra são do período da 1ªGG. 
Em Aljezur, contrariando um pouco isso, e como refiro atrás, é a comunidade alemã, nomeadamente através da embaixada, e de cidadãos alemães residentes na região, quem promove as cerimónias evocativas, aquando da data do acidente, e no Dia da Memória (“Volkstrauertag”), quando se assinala a data do Armistício da 1ª Grande Guerra, a 11 de Novembro. Em verdade, não encontrei na bibliografia que consultei qualquer evidência de ser a Volksbund a responsável. Tema a aprofundar eventualmente de uma próxima vez.



Quanto em 2018, rumei à Ponta da Atalaia, para aceder ao local onde se despenhou o aparelho, onde foi erigido um pequeno marco em memória dos que ali perderam a vida. Apesar de ter procurado saber de antemão o local exacto, não tive grande sorte e, com muita pena minha, não dei com ele...
Valeu ao menos pelo passeio, e pela lindíssima paisagem Vicentina.




Foi só dois anos mais tarde que lá voltei, e não sem dificuldade, encontrei o marco que assinala o local onde se deu este acidente.




No final de ambas estas romagens, não me demorei muito por ali, mesmo até porque a paciência das minhas companheiras de viagem conhece alguns limites, e ainda tínhamos muitos quilómetros a percorrer … mas isso, são outras histórias.



Rui Ferreira
Entusiasta de Aviação



Agradecimentos:  ADPHA; Carlos Guerreiro; José Augusto Rodrigues;


Nota do Autor - Meus caros leitores Pássaro-Ferrosianos, algo que já advogo há algum tempo, e que deriva por certo do meu magro trabalho colaborativo no projecto EMOOS [3], a ideia de que, falta fazer um roteiro completo de todos os locais de interesse aeronáutico no nosso país, por forma a manter, de forma organizada, concisa e séria, uma espécie de inventário vivo de todos os locais, histórias, património material e imaterial, etc. 


Fontes/Referências:

[1] – expressão curiosa que aprendi com alguns pilotos de A-7P;

[2] - 9 de Julho é também data importante, por outros motivos, já que foi nesse dia, em 1832, que D. Pedro entrou na Cidade do Porto com o Exército Libertador dos seus 7500 bravos desembarcados na praia do Pampelido, dando início a um longo período de guerra civil, destacando-se deste período, o Cerco do Porto, no qual militares e civis, leais à causa Liberal, defenderam estoicamente durante mais de um ano a cidade, ante a metralha dos Miguelistas! Mas isso, já são outras histórias, histórias de … Homens de Ferro.

[3] – EMOOS – European Military Out Of Service, da autoria dos Srs. Otger van der Kooij e Andy Marden;

[4] – José Augusto Rodrigues autor das quatro edições em livro, revistas e já muito alteradas do “Batalha de Aljezur” (2004, 2006, 2013 e 2018); 

[5] – Carlos Guerreiro, autor do livro “Aterrem em Portugal” e  responsável pelo trabalho-vivo no ciber espaço sobre o  … [http://aterrememportugal.blogspot.com] 


Outras fontes:

ADPHA - Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Aljezur www.adpha.pt   e   http://www.facebook.com/AssociacaoDefesaPatrimonioAljezur/

C.M.Aljezur
http://www.cm-aljezur.pt/pt/noticias/1717/comemoracoes-do-75-aniversario-da-batalha-de-aljezur.aspx

Lusotopia
https://www.facebook.com/Lusotopia/posts/629306400494652

Notícias Magazine
https://www.noticiasmagazine.pt/2016/o-iii-reich-em-aljezur/

Sul Informação
http://www.sulinformacao.pt/2018/07/aljezur-e-vila-do-bispo-recordam-como-ii-guerra-mundial-tambem-passou-pelo-algarve/

TSF
https://www.tsf.pt/sociedade/interior/o-obrigado-de-hitler-ao-portugues-que-deu-dignidade-a-morte-de-soldados-nazis-9562935.html

Volksbund Deutsche Kriegsgräberfürsorge e. V.
https://www.volksbund.de



quinta-feira, 19 de julho de 2018

F-16 PARA A ROMÉNIA SAIRÃO DA FAP (M1987 - 47/2018)

F-16 portugueses (esq) e romenos (dir) na base aérea de  Monte Real


No seguimento da notícia que aqui divulgámos na passada segunda-feira 16 de Julho, dando conta do interesse romeno em adquirir mais F-16 portugueses, ficou a dúvida sobre a proveniência das células a alienar.

Em resposta à Agência Lusa, o Ministério da Defesa confirmou esta quinta-feira a venda à Roménia, tendo adiantado que as aeronaves sairão do "inventário nacional", sendo posteriormente repostas por outras adquiridas aos EUA: "Tal como no programa anterior, as aeronaves a alienar fazem parte do inventário nacional, sendo repostas por aeronaves adquiridas aos EUA que são sujeitas a um programa de atualização, `Mid-Life Upgrade´, conduzido pela Força Aérea Portuguesa e pela Indústria de Defesa Nacional".

Em resposta ao pedido de informação realizado pela Roménia, o ministro da Defesa Azeredo Lopes deu despacho favorável ao processo, tendo a Força Aérea Portuguesa respondido poder ceder "até cinco aeronaves adicionais" [às 12 já alienadas].

O negócio necessita contudo ainda da anuência dos EUA, de onde são oriundos os F-16, mas dado o anterior processo de venda, bem como a parceria também estabelecida com Portugal para similar venda à Bulgária, será de crer não existirem impedimentos desse quadrante. Apesar da Roménia ter feito saber pretender as aeronaves com a maior brevidade possível, a calendarização da venda está, ainda assim, dependente destes aspectos burocráticos a resolver.

Ao contrário do que sucedeu com a primeira encomenda para a Roménia, em que nove aeronaves estavam no mercado como excedentes, a frota em uso na Força Aérea Portuguesa está actualmente reduzida ao número considerado ideal para as necessidades nacionais (30 células). Na verdade está ainda abaixo desse número, dado que as três células adquiridas aos EUA para completar as três dezenas definidas, não foram ainda entregues à FAP pela OGMA, onde se encontram em processo de modernização.

Entre compromissos da NATO  (NRF e patrulhamento aéreo de países aliados), patrulhamento aéreo do espaço aéreo nacional e treino de pilotos, o número de aviões disponíveis é por isso exíguo. Se retirarmos ainda os aviões em manutenção e o baixo número de mecânicos de material aéreo para lhes fazer face, este número é ainda menor. Qualquer alienação pode implicar por isso, uma redução da capacidade operacional da Arma Aérea nacional.

Apesar do comunicado do Ministério da Defesa referir que os aviões de reposição serão sujeitos ao programa Mid Life Upgrade (MLU), será também de questionar esta lógica, de continuar um programa que está em final de vida, quando existe já o padrão V, que torna as aeronaves compatíveis com caças de última geração e a par com a tecnologia "state of the art" dos aliados.

Esperamos para ver se há capacidade política para transformar numa oportunidade de modernização, aquilo que à partida parece ser apenas mais uma delapidação da capacidade de defesa nacional.





terça-feira, 17 de julho de 2018

CRÓNICA DE FÉRIAS (M1986 - 46/2018)



Confesso que não faço planos de férias tendo sempre em mente os Pássaros de Ferro, por isso e por comer muito queijo, e portanto ficar esquecido das coisas, passo muitas vezes ao lado dos sítios de aviação sem lhes dar a devida atenção. Este tem sido o caso de Tavira, onde já passei inúmeras vezes férias, e tenho por “sítios de aviação” as conversas de esplanada com os dois amigos que lá vivem, e o Aeródromo de Tavira, nome pomposo para um campo de ervas daninhas que conheceu poucos aviões.
No período de férias que passei por lá, recentemente, e num dia qualquer que não sei precisar, fui dar um giro ao centro, qual turista, de máquina fotográfica em riste, assente na “almofadinha do amor”, a disparar a torto e a direito para os monumentos e curiosidades várias, eis se não quando, passei pela Casa de Fotografia Andrade, e decidi entrar para fazer uma pergunta:

-- haverá fotografias do avião que nos anos 40 aterrou ali para as bandas da praia
de Sta. Luzia?

A resposta foi por demais animadora, mais ainda porque prontamente me mostraram a dita… fotografia, feita pelo avô do Sr. Luís Andrade, também ele fotógrafo e proprietário da casa. A fotografia que procurava, está acessível para visionamento de todos, já que integra um espaço magnífico, de sua criação, um museu da fotografia, onde se pode encontrar uma pequena amostra do espólio de mais de 120 anos desta casa na fotografia da cidade e da região. Na exposição é possível ainda ver uma outra foto, de um avião que se despenhou nas salinas de Tavira, por altura da guerra civil de Espanha, mas que não consegui identificar.
O espólio constante da exposição, e muito outro, encontra-se compilado em livro, que aliás o Sr. Luís Andrade com muito orgulho me mostrou, e nele consta ainda uma terceira foto, de um aparelho que, no período da 2ª Grande Guerra, se despenhou em Moncarapacho.
Conversamos um pouco sobre fotografia, direitos de autor e tudo mais, justificando-me o porquê de não me vender as fotos, o que compreendi. Bem sei o que é ver fotos em livros e na internet sem dizer: água vai…

A aeronave visada na foto que procurava é, a que, devido ao mau tempo que se fazia sentir, aterrou de emergência na praia de Santa Luzia a 27 de Agosto de 1942. Um Vickers Wellington Mk.I C (reg. HD967) da RAF (10th ADU), que provinha de Portreath, na Cornualha (Inglaterra) rumo a Gibraltar. Todos os 6 tripulantes saíram ilesos e o aparelho foi integrado na Aeronáutica Militar [1].

Quanto às demais aeronaves, e com muita pena minha, não me foi possível saber as datas concretas das mesmas, nem consegui tão pouco distinguir pelas imagens quais seriam.

Naturalmente, e como não queria deixar de ofertar aos meus caros leitores Pássaro-Ferrosianos uma fotografia, de motivo, digamos … aeronáutico, segue a foto abaixo, durante a longa e árdua tarefa de rascunhar a presente posta …


Rui Ferreira
Entusiasta de Aviação




Nota do autor: 
O autor deseja tornar público o seu agradecimento ao Sr. Luís Andrade (Casa Fotografia Andrade), pela simpatia e disponibilidade com que me recebeu e pelos esclarecimentos que me facultou.

Fontes:
[1] – José Augusto Rodrigues autor das três edições em livro, revistas e já muito alteradas do “Batalha de Aljezur” (1988 1988 1988);


Outras fontes:

Museu - http://barlavento.pt/destaque/familia-andrade-oferece-museu-de-fotografia-a-tavira


Livro - http://barlavento.pt/destaque/os-andrade-fotografos-de-tavira-imortalizados-em-livro


segunda-feira, 16 de julho de 2018

ROMÉNIA QUER MAIS F-16 PORTUGUESES (M1985 - 45/2018)

F-16 romenos e portugueses: uma parceria para continuar


O ministro da Defesa romeno revelou na passada sexta-feira 13 de Julho de 2018, a intenção de adquirir mais cinco F-16 a Portugal, a adicionar à encomenda inicial de doze, entregues entre 2016 e 2017, e a operar no país dos Cárpatos.

Em declarações à imprensa local, Mihai Fifor acrescentou que o pedido foi realizado pelo secretário de Estado Mircea Dusa, durante a visita que este realizou a Portugal no início de Julho.
A intenção é de aumentar a actual frota de F-16 romena que inclui nove versões monolugares e três bilugares, com mais quatro monolugares e um bilugar.

Sobre os valores envolvidos no potencial negócio, Mihai Fifor não se alongou, tendo adiado a questão para depois:"Falaremos sobre o montante a pagar por estes aviões mais no final do ano, quando temos a intenção de levar uma Lei ao Parlamento, para continuar o programa F-16. É ainda cedo para falar de custos neste momento", concluiu acerca do assunto.
A Roménia pagou um total de 628M EUR pela dúzia de F-16 iniciais, embora este valor incluísse treino de pilotos e técnicos, bem como material de apoio e armamento.

As ambições da Roménia de aumentar a sua frota de F-16 não se esgotam contudo nesta segunda encomenda a Portugal: "No próximo período, discutiremos também os outros 36 F-16 que queremos comprar. Temos várias possibilidades em equação, falámos com vários Estados que têm F-16 e que os podem disponibilizar para venda, incluindo os EUA, Israel ou Grécia".

Esta vontade de criar mais Esquadras de voo equipadas com F-16 tinha já sido expressa anteriormente pelo executivo romeno, podendo actualmente ter ganho maior força, com o acidente com um MiG-21, que vitimou o piloto e levou à paralisação da frota por motivos de segurança.
Os MiG-21 romenos, apesar de modernizados, estão já em fim de vida, necessitando de substituição.

Da parte portuguesa não se conhecem ainda comentários oficiais acerca do tema. Sabe-se contudo que Portugal realizou no ano passado uma oferta à Bulgária para o fornecimento de oito F-16 MLU, que viriam dos EUA e seriam modernizados pela OGMA em Portugal, para depois seguirem para a Bulgária. Será por isso de acreditar, que os moldes deste potencial negócio com a Roménia, estejam dentro do mesmo princípio, o que não implicaria por isso uma redução da frota de F-16 ao serviço da Força Aérea Portuguesa, estabelecida em 30 aeronaves.

A OGMA está aliás,a  concluir a modernização das três últimas células, que completam os 30 F-16 da frota nacional, depois da saída dos doze aviões com as cores romenas.
Quer a venda à Roménia, quer à Bulgária, permitiriam à OGMA manter a linha de modernização de F-16 em aberto, por mais alguns anos.










domingo, 15 de julho de 2018

FORÇA AÉREA DA AUSTRÁLIA TRAZ BOEING 737 A LISBOA (M1984 - 44/2018)


Na sequência da recente passagem por Lisboa do Governador Geral da Austrália, Peter Cosgrove, surgiu a oportunidade - se não única, pelo menos rara - de fotografar um Boeing 737 da Real Força Aérea daquele país.
Ficam em registo, as belas imagens de Paulo Fernandes e Fernando Machado, que gentilmente nos cederam as fotos que obtiveram. 






sexta-feira, 13 de julho de 2018

PROGRAMA KC-390 CUSTA 600 MILHÕES (M1983-43/2018)

Protótipo 02 do Embraer KC-390 no RIAT 2018. A aeronave seguirá no Domingo 15/7 para Farnborough.


O Correio da Manhã avançou esta quarta-feira 11 de Julho de 2018, que o Governo português teria já chegado a acordo com a Embraer - fabricante do KC-390 - por uma verba a rondar os 600M EUR, por cinco unidades do novo avião de carga de uso militar.

Apesar de não citar a fonte, a mesma publicação avançava então, que o Primeiro-ministro António Costa poderia aproveitar a cimeira da NATO que decorreu em Bruxelas, para anunciar oficialmente o negócio, o que não veio a confirmar-se. O Pássaro de Ferro teve entretanto oportunidade de contactar fonte oficial da Embraer, que negou haver já confirmação oficial dos valores ou mesmo do negócio fechado.

Relembramos que as negociações entre o Estado português e a Embraer encontram-se a decorrer há já aproximadamente um ano, depois do Governo ter autorizado as mesmas em Diário de República em Julho de 2017, ficando então definido o final de Outubro do mesmo ano, como data limite para a sua conclusão, o que não viria a verificar-se. Sabe o Pássaro de Ferro que as condições financeiras do negócio têm sido o entrave principal à efectivação do acordo que transformaria Portugal no primeiro comprador externo do avião de carga brasileiro. Portugal tem contudo também participação no projecto e produção das aeronaves através da OGMA, bem como na manutenção de futuros operadores.

Os KC-390 destinam-se a substituir a envelhecida frota C-130H Hercules em uso na Força Aérea Portguesa, a voar já há alguns anos com algumas restrições, devido principalmente à necessidade de actualização de sistemas de comunicações e navegação. O programa contempla ainda equipamento de apoio e um simulador de voo, com opção para uma sexta célula de KC-390.

A feira internacional de aviação de Farnborough que se inicia na próxima segunda-feira 16 de Julho, e onde a Embraer marcará presença com um protótipo do KC-390, parece para já, uma ocasião mais apropriada para anunciar um possível acordo que levará o KC-390 a voar com as cores lusitanas.





terça-feira, 10 de julho de 2018

66 ANOS DA FORÇA AÉREA PORTUGUESA - ÉVORA, JULHO 2018 [III] (M1982-42/2018)


Terceira e última parte da reportagem fotográfica do Pássaro de Ferro (pela objetiva do Paulo Frenandes) nos 66 anos da Força Aérea Portuguesa, comemorados nos céus de Évora no passado dia 1 de julho.
Edição integralmente dedicada aos convidados.


Na imagem, "Vador", o piloto do F-16 "Dark Falcon" belga que rasgou de forma impressiva os céus de Évora. Um privilégio!








Patrulha Acrobática "ASPA" de Espanha.

 Patrulha acrobática "Marche Vérte" de Marrocos.


Os Yakstars".



O Europhigter Typhon, de Espanha.

Fotografia: Paulo Fernandes


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