segunda-feira, 27 de setembro de 2010

SPOTTERS NIGHT MONTIJO '10 - FOTOS (M421-34PM/2010)











domingo, 26 de setembro de 2010

SPOTTERS NIGHT '10 - BA6 MONTIJO (M420-33PM/2010)


Construindo já uma certa tradição no relacionamento com os spotters, entusiastas, fotógrafos de aviação e afins, realizou-se no passado dia 23 do corrente mês de Setembro na BA6 - Montijo, mais um evento destinado a facilitar contacto próximo com esses objectos de desejo que são as máquinas voadoras.
Depois de alguns eventos organizados avulso pelas esquadras individualmente, o Spotters Day  no Montijo vai já na terceira edição, desta vez com a nuance de se realizar à noite (chamando-se por isso desta vez apropriadamente Spotters Night) e proporcionar assim imagens diferentes do habitual.

Estiveram dispostas na placa junto da torre de controlo, as aeronaves sediadas na BA6 - tanto da Força Aérea como da Marinha, energizadas, portanto com luzes de navegação acesas o que contribuiu sobremaneira para embelezar as imagens captadas. Foi por isso assim possível captar imagens de C-295, C-212, EH-101, C-130 e Super Lynx com as luzes de Lisboa e Almada como pano de fundo e uma atmosférica lua cheia a completar o cenário. O acesso à torre de controlo foi também facilitado, tendo sido por isso possível uma nova perspectiva das aeronaves, quase sempre inacessível.
Reservado como surpresa pela Organização, houve passagens à vertical da Base de algumas dessas aeronaves, bem como para despedida, a colocação em marcha e rolagem das aeronaves em exposição estática.
Esta última fase seria já complementada por uma inusitada e copiosa chuva que completaria as surpresas reservadas para o serão e levaria o caldo verde tomado na Esquadra 751 ao fim da noite a saber muito melhor.

Da parte do Pássaro de Ferro, que pôde desta vez testemunhar e desfrutar das excelentes facilidades concedidas a todos os que se deslocaram à BA6 (e foram cerca de 90!), ficam os parabéns e o agradecimento à Organização do evento.
Uma palavra de apreço também, e como não podia deixar de ser, para a  Força Aérea pela salutar política de abertura para com quem nutre uma enorme admiração por essa Instituição e seus profissionais, e tenta contribuir com as suas imagens para a engrandecer e perpetuar no tempo.

Amanhã segunda parte da reportagem apenas com fotos.


NOTA: Agradecimentos mais uma vez ao Jorge Ruivo pela cedência da imagem acima, representativa dos patches alusivos aos três eventos para spotters realizados na BA6

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

TU-22 - MAIS UM ÍCONE DA GUERRA FRIA - (M419-39AL/2010)

Do antigo "Leste", uma das mais impressionantes marcas do poderio aéreo soviético era, sem dúvida, o TU-22. Era presença obrigatória nos manuais da aviação militar do tempo da "guerra fria",  fazia tremer o "equilíbrio do terror", era parte activa na famosa tese da "destruição mútua assegurada"!
Originalmente, estes aparelhos tinham os respectivos motores colocados ao fundo da deriva, na versão TU-22 "Blinder", que estava equipada com asas fixas.
Esta versão, bem como a que lhe sucedeu, mantinham a tradição soviética na auto-defesa dos aparelhos, isto é, metralhadoras de cauda, mesmo tratando-se de aviões a jacto...

Nesta foto, são claramente visíveis os dois motores no fundo da deriva e a asa fixa da versão "original" do Tu-22, o "Blinder", também mais lento e menos capaz (em termos de capacidade de carga de armamento - cerca de 13 toneladas) do que o que lhe viria a suceder. Este jacto mantinha uma certa tradição com o desenho dos aviões soviéticos, não combinando sempre fiabilidade/eficácia com as condições de operação pelas tripulações e o efectivo poderio como aeronave "para o efeito". Notar as metralhadoras para auto-defesa um pouco abaixo dos bocais de exaustão dos motores - Crédito da foto.

A colocação dos motores passou, na versão M - "Backfire", para o corpo principal da fuselagem. Em qualquer dos casos, estava-se na presença de aeronaves que faziam parte do grande poderio da arma aérea soviética e, quanto mais não fosse pelo seu aspecto ameaçador, povoaram muitos pesadelos sobre o holocausto e a sua possibilidade.

O TU-22M3 "Backfire" é um bombardeiro mais moderno, seja nas capacidades, seja no desenho, pese embora assuma algumas insuficiências e vulnerabilidades tradicionais neste tipo de aparelhos. Esta versão possuía asas de geometria variável e, apenas por aí, poderia ser vagamente comparável com o F-111, muito embora bastante maior... Notar também nesta versão, as metralhadoras de cauda colocadas logo acima dos bocais dos motores Kuznetsov NK-25. Crédito da foto.

Os TU-22 eram aviões que beneficiaram da tradicional propaganda que era prática comum aos dois lados  mas mais bem usada pelo Pacto de Varsóvia e, segundo se sabe, principalmente a versão "Blinder", era muito cara, de manutenção intrincada e, a par dessa fama, protagonizaram bastantes acidentes o que acabou por desmistificar um pouco esse tom ameaçador que ostentavam...

O "Backfire" voa a Mach 2.3, pode transportar 23 toneladas de armamento e ainda hoje está ao serviço da Força Aérea russa, contribuindo para o "vago equilíbrio" no "confronto" actual com o ocidente. Crédito da Foto.

Naqueles tempos, havia sempre a tentação de tentar comparar os aviões ocidentais com os do Pacto de Varsóvia, mas neste caso, essa tarefa era difícil, dado não existir a ocidente nada que se pareça com a série TU-22.
Portanto, estamos em presença de um avião - Bombardeiro - que provocou oscilações no equilíbrio da chamada "balança do terror". Estes bombardeiros transportavam armamento nuclear e eram, portanto, factores de  dissuasão no confronto directo e "a feijões" no que tocava a ogivas nucleares contabilizáveis.
Hoje, o TU-22 "Blinder" apenas pode ser visto em museus, o TU-22M "Backfire" ainda opera, pese embora em número mais reduzido.

Parelha de TU-22M "Backfire" Russos. Crédito da foto.

 Vistas do TU-22 "Blinder"

Vistas do TU-22M "Backfire"

domingo, 19 de setembro de 2010

MOVIMENTOS EM MONTE REAL -1991 (M418-38AL/2010)



 "A" DO-27 3357, estacionada junto à Torre de Controle.


Um Alouette II, numa imagem rara, muito provavelmente pouco tempo antes de alguns exemplares terem sido cedidos à GNR.



 Três vistas do T-6 1774, "armado até aos dentes".

 O T-6 1765, com a muito conhecida pintura nos tons metal e day-glo.

 Uma imagem típica, com o Tiger Moth a ser empurrado pelo pessoal...

 Close do Tiger Moth, já com um elemento da tripulação dentro e o outro no "check list"...

O AL-III de alerta, em Monte Real, ainda com a pintura que antecedeu o esquema wrap around que ainda hoje ostentam.
-
Estas fotografias, uma vez mais cedidas do espólio do Paulo Moreno - a quem o Pássaro de Ferro agradece novamente - retratam a passagem pela BA5-Monte Real, algures em meados de 1991, de algumas aeronaves do Museu do Ar que escalaram a base a caminho da exposição/festival aéreo comemorativo do 39º aniversário da FAP, esse ano realizado no Porto.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

AERONOSTALGIA 2010 (M417-32PM/2010)

Vista geral do evento

Boeing Stearman e Do-27 a sobrevoar

Boeing Stearman
North American OV-10B Bronco

Idem

Bücker 131 Jungmann
Bücker 131 Jungmann em formação com o Boeing Stearman

Diana Gomes da Silva e o seu Pitts S-2B

Idem
Yak-52 da patrulha nacional Smokewings

Jorge Fachadas exibe a bandeira nacional
 
A Base Aérea 1 em Sintra, acolheu no passado fim-de-semana mais uma edição do evento "Aeronostalgia", que para os mais distraídos é nem mais nem menos que uma concentração de aeronaves clássicas, que vem sendo realizada desde 2004.
Para este ano, além de aeronaves clássicas com capacidades de voo do espólio do Museu AeroFenix e do Museu do Ar (Força Aérea)  as atracções estavam centradas num exemplar de um OV-10 Bronco, convidado pertencente ao Musée de l’Aviation de Chasse.
Oportunidade portanto para ver em acção aeronaves de tempos idos e poder contribuir (as verbas angariadas destinavam-se aos dois museus organizadores - AeroFenix e Museu do Ar) para a preservação dessas memórias vivas da aeronáutica do nosso país.
Oportunidade ainda para quem não se tinha deslocado à BA1 nos tempos mais recentes, de passar em revista as aeronaves estáticas do Museu do Ar, que conta com renovadas instalações e modelos no seu espólio.
Como extra, e porque aviões nunca são de mais, a actuação da já conhecida patrulha acrobática "Smokewings" em dois Yak-52 pilotados por Jorge Fachadas e Hugo Rodrigues e a não menos celebrizada Diana Gomes da Silva no seu colorido Pitts S-2B, que pintaram os céus com fumos e manobras, quiçá menos aconselháveis para grande maioria das aeronaves alvo das honras do dia.
O director e grande impulsionador do evento, Cdt. Jorge Munkelt efectuou também a sua exibição no incontornável  Chipmunk, peça pertencente ao acervo do Museu AeroFenix.

Evento distinto da maioria dos existentes, por dedicado às aeronaves mais antigas, o Aeronostalgia serve ainda de "desculpa" para que profissionais da aviação de outros tempos se reencontrem e revivam histórias porventura com a idade das aeronaves em apreço.

Recordar é preciso. Um povo sem memória é um povo que não existe.

Nord 2501 Noratlas no Museu do Ar

Fica ainda o registo das aeronaves presentes no evento:
3357 : Dornier DO27-A4
CS-ACH : Piper Super Cub PA-18
CS-AIA : Piper Super Cub PA-18
CS-AJC : Citabria 7 ECA
CS-ALA : Piper Colt PA-22
CS-ALB : Neiva Paulistinha 56C1
CS-ALP -:Piper Colt PA-22
CS-AQN : Piper SUper Cub PA-18
CS-UKO : Quicksilver MXL II Sport
D-ELMP : Aviat Husky
D-EXUG : Extra 300
EC-DAL : Bucker 131 Jungmann
EC-YUK : Taylorcraft 
F-AZKM : NA OV10B Bronco
G-IIIE : Pitts S2B
HB-OER : Piper L4 Grasshoper
N4122N : Cessna 140
N62TS : Boeing Stearman
RA-3420K : Yakovlev 52
RA-3466K : Yakovlev 52



Dornier Do-27



Nota: O Pássaro de Ferro agradece a colaboração de Jorge Ruivo, Rafael Vieira e João Santos, sem os quais esta peça não teria sido possível.

domingo, 12 de setembro de 2010

BUCCANEERs EM MONTE REAL (M416-37/AL2010)

O Paulo Moreno cedeu ao Pássaro de Ferro, uma vez mais, um conjunto de fotografias carregadas de história e simbolismo.
Trata-se de imagens da passagem com escala técnica de três aviões Buccanner da RAF - Royal Air Force - pela BA5, algures no início de 1991, vindos das Operações Aliadas aquando do primeiro conflito no golfo - justamente conhecido como "Guerra do Golfo".

Este conflito, na altura incrivelmente mediatizado e como é mais ou menos consensual, inaugurou o conceito de "guerra em directo". Conceito que provocou, como se verificou mais tarde, o "condicionamento" das acções militares que passaram a ocorrer, digamos que quase em coordenação com as cadeias de televisão mais poderosas, bem como sobre o fio condicionador da actualidade.
Aliás, foi também a "Guerra do Golfo" que introduziu mais um conceito nos conflitos modernos, isto é, o  da "minimização dos efeitos colaterais", através da introdução de armamento inteligente e de armas de grau de destruição "limitado".
Por alturas da passagem dos 20 anos deste conflito, o Pássaro de Ferro prevê fazer algumas abordagens às operações aéreas ocorridas, bem como às mudanças que elas operaram, seja na ponderação geo-estratégica mundial, seja no mais "focado" plano da operação dos meios aéreos em stricto sensu.
Voltando a Monte Real, os aviões captados ostentam, como se vê, as típicas marcas - pinturas, esquemas - mais ou menos prática corrente no seio das esquadras e das forças aéreas que, deste modo criativo mostram a eficácia das suas máquinas, bem como o espírito que envolve as operações, mesmo quando tudo isso se passa em plena guerra.






Nesta última foto, o autor das fotos surge no lugar de trás de um dos aparelhos.

O AVIÃO - BUCCANNER

O Buccaneer é um típico avião de Ataque ao Solo. Foi construído com esse intuito e pode afirmar-se sem rebuços, que cumpriu de forma tremendamente eficaz esse desiderato.
É um avião capaz de voar extraordinariamente baixo e rápido e foi, durante alguns anos e até ser completamente substituído pelos Tornado, um dos melhores aviões de ataque ao solo da história da aviação mundial.
Para não variar, cumpre a "tradição" britânica, já por diversas vezes aflorada aqui, de não ser propriamente bonito.
Ficam as principais características da aeronave:
Comprimento: 19,33 m
Envergadura: 13,41 m
Altura: 4,95 m
Peso vazio: 13,610 Kg
Máximo na descolagem: 28,125 Kg
Velocidade Máxima: Mach 0.85 (1040 Km/)
Tecto máximo de operação: 12,190 m
Motores: 2 Rolls Royce Turbofan RB.168 Spey Mk 101
Tripulação: Piloto - lugar da frente e Operador de Armamento, atrás.
Operou no conflitos do Golfo, em 1991 - Operação Tempestade no Deserto - Desert Storm - , já citado, e na zona Sul do continente Africano, sob a bandeira da África do Sul (o seu único utilizador fora da Inglaterra), nomeadamente nas fronteiras da Namíbia e em operações no Sul de Angola, algures entre 1978 e meados da década de oitenta.
A Inglaterra retirou-os do serviço operacional (RAF e Royal Navy) em 1994.












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