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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

ELBIT EQUIPA MAIS C-390 EUROPEUS COM SISTEMA DE GUERRA ELETRÓNICA [M2569 - 93/2024]

H225M e C-390     Ilustração: Elbit Systems
 

A Elbit Systems Ltd. anunciou no passado dia 10 de dezembro em nota de imprensa, a assinatura de dois contratos com um valor agregado de aproximadamente 175M USD, para o fornecimento de equipamentos de autoproteção EW (guerra eletrónica) e DIRCM (contramedidas infravermelhas direcionadas) para um país europeu da NATO, que serão executados ao longo de um período de cinco anos.

Ao abrigo destes contratos, a Elbit Systems entregará as Suites de autoproteção para instalação em aviões Embraer C-390 Millenium e helicópteros Airbus H225M deste país que não foi revelado, mas uma vez que apenas os Países Baixos e Hungria possuem frotas de C-390 e H225M, deverá trata-se de uma destas duas nações. 

Além disso, o contrato para o C-390 inclui um acordo com outro país europeu, prevendo a entrega da Advanced EW suite para instalação na sua frota de Embraer C-390 Millenium. Este detalhe parece sugerir que o contrato principal será assim com os Países Baixos e o secundário com a Áustria, uma vez que estas duas nações realizaram uma encomenda comum de nove C-390 com a Embraer, em julho passado.

Segundo a Elbit, os seus equipamenmtos de EW e a DIRCM Self-Protection Suite de última geração, a instalar em ambas as plataformas, fornecem capacidades de defesa aprimoradas ao detetar, analisar e combater autonomamente uma ampla gama de ameaças. O conjunto inclui o avançado Digital Radar Warning Receiver da Elbit Systems, o IR Missile Warning System (MWS), o Laser Warning System (LWS), o Countermeasure Dispenser System (CMDS) e o sistema DIRCM da família MUSIC™. Além disso, para os C-390, a Elbit Systems fornecerá o pod SPEAR de ECM Acançado (AECM), que pode ser facilmente instalado e transferido entre aeronaves, na linha de voo.

“Com os nossos EW Self-Protection Suites instalados em mais de 30 tipos de aeronaves em vários países, incluindo vários membros da NATO, a Elbit Systems é reconhecida como líder global em Guerra Eletrónica e tecnologia DIRCM.” disse Oren Sabag, Gerente Geral da Elbit Systems ISTAR & EW. “Estes novos contratos reforçam ainda mais a nossa posição global na área de Self-Protection Suites aerotransportadas”, acrescentando ainda: “O nosso design modular avançado permite atualizações contínuas, garantindo a adaptação às ameaças em evolução e fornecendo uma resposta rápida para aumentar a segurança das tripulações aéreas e das plataformas.”

Pod SPEAR da Elbit Systems montado num KC-390 da Força Aérea Portuguesa

A frota C-390 Millennium da Força Aérea Portuguesa recebeu equipamentos similares de autoproteção da Elbit Systems.



quinta-feira, 13 de junho de 2024

F-35 SUBSTITUI F-16 MLU NA CAPACIDADE NUCLEAR DOS PAÍSES BAIXOS [M2498 - 43/2024]

F-35A Lightning II da Real Força Aérea Neerlandesa

A Real Força Aérea Neerlandesa (RNLAF) cumpriu mais uma etapa na transição do F-16 para o F-35. A 1 de junho de 2024, o novel caça de 5ª Geração assumiu totalmente o papel nuclear dos Países Baixos para a NATO, substituindo o F-16 MLU nessa função, segundo informou a Ministra da Defesa neerlandesa, Kajsa Ollongren, no dia 31 de maio de 2024, à Câmara dos Representantes.

Os Países Baixos são um dos membros da NATO que contribuem com aeronaves de dupla capacidade para a dissuasão nuclear da Aliança, sendo nesse contexto, o primeiro país europeu a fazer a transição para o F-35, quando os EUA haviam anunciado a certificação operacional dos seus F-35, já a 12 de outubro de 2023.

A transição neerlandesa do F-16 para o F-35 no papel nuclear dentro da NATO foi contudo iniciada há vários anos, culminando com um processo abrangente de testes e certificação do F-35 nessas funções, nos Países Baixos, nos últimos tempos. Tal como os F-16 agora substituídos nessas funções, a Esquadra de F-35 com capacidade dupla (convencional e nuclear) ficará sedeada na base aérea de Volkel.


Botão de largada de armas nucleares nos F-16 MLU       Foto: Autor desconhecido 

Segundo nota de imprensa do Ministério da Defesa neerlandês, esta transição "reafirma o compromisso a longo prazo dos Países Baixos com a dissuasão nuclear da Aliança". Considerando ainda que a "dissuasão nuclear da NATO é essencial para a segurança da Aliança e, portanto, também para a segurança dos Países Baixos" e acrescentando que os "objectivos fundamentais da capacidade nuclear da NATO são preservar a paz, prevenir a coerção e dissuadir a agressão".




quarta-feira, 15 de novembro de 2023

CENTRO EUROPEU DE TREINO PARA F-16 INAUGURADO NA ROMÉNIA [M2447 – 79/2023]

Três dos cinco F-16 neerlandeses destinados ao EFTC na Base Aérea 86 em Fetești, Roménia   Foto: Embaixa EUA em Bucareste

O Ministro da Defesa Nacional, Angel Tîlvăr, e o seu homólogo do Reino dos Países Baixos, Kajsa Ollongren, inauguraram na segunda-feira, 13 de novembro, o Centro Europeu de Treino para F-16 (EFTC) na Romênia, que operará na 86 Base Aérea em Fetești, divulgou o Ministério da Defesa Romeno em nota de imprensa.

Foto: Embaixa EUA em Bucareste

Na cerimónia de inauguração estiveram presentes os embaixadores da Dinamarca, Estados Unidos, Países Baixos e Ucrânia e representantes do fabricante Lockheed Martin. Participaram ainda o Chefe do Estado-Maior da Defesa, General Daniel Petrescu, o Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Tenente-General Viorel Pană, chefes de algumas estruturas centrais do Ministério da Defesa [Romeno]. 

O projecto, o primeiro a nível europeu, "representa um marco importante, tanto para a cooperação romeno-neerlandesa como para a tradução prática da solidariedade aliada", refere ainda o comunicado do MD Romeno, que acrescenta também que "irá acelerar a formação de pilotos romenos para a operação das aeronaves F-16 adquiridas pela Roménia à Noruega e que em breve entrarão no equipamento da Força Aérea Romena".

“O Centro Europeu de Treinamento F-16 desempenhará um papel vital na formação de pilotos romenos para operar estas aeronaves de alto desempenho. Através desta ambiciosa iniciativa, pretendemos não só formar um número significativo de pilotos, mas também obter novas qualificações para aqueles que já operam aeronaves F-16 na Roménia”, afirmou a propósito, o  ministro da Defesa romeno.

Ao mesmo tempo, o ministro Tîlvăr destacou que o Centro da Base Aérea 86 visa criar uma resposta adequada, não só para as necessidades atuais e futuras da Força Aérea Romena, mas também para apoiar aliados e parceiros, como a Ucrânia: "Assinei, à margem da Cimeira da NATO em Vilnius, a participação da Roménia no estabelecimento da Coligação Internacional F-16, juntamente com um número significativo de estados. Isto demonstrou o que podemos alcançar juntos em apoio à Ucrânia, proporcionando ao mesmo tempo uma plataforma facilitadora para calibrar os nossos esforços com os dos Aliados e parceiros regionais. Actualmente, estamos a analisar as formas mais eficazes de integrar a formação de pilotos ucranianos no programa o mais rapidamente possível",  disse Tîlvăr, na cerimónia de inauguração .

O responsável romeno destacou a excelente cooperação entre a Roménia, o Reino dos Países Baixos e a empresa Lockheed Martin para tornar realidade um projecto tão complexo no menor tempo possível.

O Ministério da Defesa dos Países Baixos divulgou igualmente as palavras da ministra da Defesa do País, Kajsa Ollongren: “A Roménia poderá, portanto, dar um contributo crucial para a protecção do flanco oriental europeu. O futuro do centro de treino está em mãos capazes.” 


Um dos F-16 da Real Força Aérea dos Países Baixos à partida para a Roménia    Foto: MD Países Baixos

Já no dia 7 de Novembro, o Ministério da Defesa dos Países Baixos havia divulgado a informação de que os cinco primeiros caças F-16, de um total entre 12 a 18 para o EFTC, estavam a caminho da Roménia, salientando contudo, que os caças "continuam a ser propriedade dos Países Baixos". A mesma notícia adiantava ainda que o primeiro curso será para atualização dos instrutores de F-16 contratados, após o que se seguirá o treino para pilotos ucranianos e aliados da NATO. O fabricante, Lockheed Martin, "realizará manutenção em conjunto com a Roménia, de acordo com os requisitos da aviação militar neerlandesa e os regulamentos da aviação europeia". 

Portugal, através da ministra da Defesa, Helena Carreiras, reiterou por diversas vezes o empenhamento do país em contribuir para este centro de treino. Não há contudo, para já, ainda definição sobre em que se traduzirá esse contributo, ou também se os pilotos destinados às esquadras de F-16 da Força Aérea Portuguesa, poderão realizar o curso igualmente neste centro.




quarta-feira, 30 de agosto de 2023

PORTUGAL COMPRA FROTA P-3C ALEMÃ [M2428 - 60/2023]

P-3C Orion da Marinha Alemã
Foi hoje publicado em Diário de República a autorização para a aquisição seis aviões de patrulhamento marítimo da frota P-3C Orion alemã.

A Resolução de Conselho de Ministros n.º 102/2023, de 30 de agosto, autoriza o gasto de um total de 45M EUR, entre os anos de 2023 e 2027, para a compra de seis das oito aeronaves ao serviço da Marinha germânica.

O documento justifica a aquisição "de todo o inventário da frota proveniente da Alemanha (..) como uma oportunidade de garantir a operação do sistema de armas P-3C CUP+ nos próximos anos sem constrangimentos significativos, assegurando a sustentação com níveis elevados de disponibilidade, pois, sem tais recursos, o incremento das atuais taxas de aprontamento de aeronaves, que progressivamente vão tendo crescentes períodos de indisponibilidade por necessitarem de ações de manutenção para as quais não existe material disponível no mercado, ficará comprometido."

Mais refere ainda que o P-3 é a "única aeronave que assegura a cobertura de toda a área das duas regiões de informação de voo e de busca e salvamento sob jurisdição do Estado Português, contribuindo, assim, decisivamente para as missões de interesse público de busca e salvamento de muito longo alcance no âmbito do Sistema Nacional de Busca e Salvamento Aéreo e Marítimo, em cumprimento das obrigações internacionais quanto à salvaguarda da vida humana nos casos de acidente ou de situações de emergência ocorridos em ambiente marítimo."

O documento salienta ainda que "não se prevê a substituição [da frota P-3 portuguesa] por uma capacidade semelhante a médio prazo". 

De notar que, apesar da grande maioria dos operadores do P-3 a nível mundial ter começado a migrar para o sistema de armas P-8 Poseidon, tal como é o caso da Alemanha (o que motivou a colocação à venda da frota P-3 daquele país), a verdade é que o P-3 tem um alcance e autonomia superiores ao P-8, facto que se reveste de especial importância na vasta região do Atlântico sob jurisdição nacional.

A compra será feita no conceito de "whole package deal" (negócio de pacote completo), incluindo "todo o inventário da sua frota P-3C, constituído por seis aeronaves, conjuntos Mid-Life Upgrade (MLU), sobresselentes, equipamentos de apoio e bancadas de teste, bem como os simuladores de voo e de procedimentos táticos."

Refira-se a título de curiosidade que os seis P-3 da Marinha Alemã têm já origem nos Países Baixos, à semelhança da actual frota de cinco P-3C CUP+ operada pela Esquadra 601 da FAP, terminado por isso Portugal por ficar com onze P-3 ex-Países Baixos.




quinta-feira, 30 de março de 2023

ENCONTRO DE UTILIZADORES DE C-390 EM BEJA [M2390 - 22/2023]

 

Grupo de trabalho junto ao primeiro KC-390 português     Foto: FAP

Encontra-se a decorrer na Base Aérea nº11 em Beja, o primeiro encontro de utilizadores da aeronave C-390 Millennium.

No evento, que teve início no dia 28 e terminará a 31 de Março de 2023, intervenientes das Forças Aéreas Brasileira e Portuguesa e do fabricante Embraer, para cooperação, colaboração e partilha de conhecimentos com representantes da Áustria, Chéquia, Hungria, Países Baixos e também da OGMA, sobre o sistema de armas C-390 Millennium.


Cor. Carlos Lourenço Cdt. da BA11 e CEMFA Gen. Cartaxo Alves com os participantes à saída do edifício da futura Esquadra 506 que operará o KC-390 na FAP          Foto: FAP

O evento, que teve abertura pelo Chefe de Estado-Maior da FAP, Gen. Cartaxo Alves, contou com diversas apresentações sobre a aeronave, os participantes tiveram também oportunidade de conhecer as instalações que irão receber a frota de cinco KC-390 da Força Aérea Portuguesa e o simulador de voo, que estará disponível para outros utilizadores do modelo.

Visita ao hangar da frota KC-390 na BA11    Foto: FAP

A FAP adiantou ainda na mesma nota de imprensa que deu a conhecer o evento, que o primeiro KC-390, que se encontra em Beja em fase de certificações, deverá ser recebido oficialmente "até ao final do ano". 

Dos países participantes, o Brasil é o que se encontra em fase mais avançada de utilização, tendo sido emitido  recentemente o certificado de FOC (Full Operational Capability) do modelo. A Hungria tem duas aeronaves encomendadas, estando a primeira em fase final de montagem, enquanto os Países Baixos se comprometeram com a compra de cinco células. A República Checa por enquanto apenas faz parte do programa de produção de componentes.



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

CHEFE DE ESTADO-MAIOR DA REAL FORÇA AÉREA DOS PAÍSES BAIXOS EM PORTUGAL PELO C-390 [M2378 - 10/2023]

A sede da Esquadra 506 na BA11 que irá receber o KC-390       Foto: FAP

O Chefe de Estado-Maior da Real Força Aérea dos Países Baixos, General Dennis Luyt, realizou uma visita oficial à Força Aérea Portuguesa, tendo sido recebido pelo seu congénere, Gen. João Cartaxo Alves, no Estado-Maior da Força Aérea em Alfragide, no dia 13 de Fevereiro de 2023.

Gen. Cartaxo Alves e Gen. Dennis Luyt    Foto: FAP

No dia seguinte, a visita prosseguiu na Base Aérea nº11, em Beja, onde o Gen Luyt foi recebido pelo Comandante da unidade, Cor. Carlos Lourenço, tendo visitado as instalações dos exercícios internacionais, e especialmente o hangar e as instalações da futura Esquadra 506, que irá receber o avião KC-390 Millennium. 

À semelhança de Portugal, os Países Baixos escolheram também o avião de transporte da Embraer, para substituir a sua frota de C-130 Hercules na Força Aérea, razões por isso, para procurar pontos de possível cooperação.

O Cor. Carlos Lourenço na apresentação na BA11    Foto: FAP

Isso mesmo fez questão de referir o Gen. Luyt na sua conta da rede social Twitter:


Portugal irá dispor por exemplo, de um simulador de voo para o C-390, que estará disponível para outros utilizadores na Europa e Médio Oriente, mas muitas outras áreas poderão beneficiar de sinergias criadas pela operação do mesmo tipo de frota, à semelhança aliás, do que ocorreu com a frota F-16 MLU.



quinta-feira, 16 de junho de 2022

PAÍSES BAIXOS ESCOLHEM C-390 [M2324 - 39/2022]

Embraer KC-390 Millennium

O Ministério da Defesa dos Países Baixos anunciou o Embraer C-390M Millennium como o sucessor na substituição da frota de quatro C-130H Hercules na Koninklijke Luchtmacht (Real Força Aérea dos Países Baixos).

Apesar de inicialmente ter sido considerada a encomenda de número igual de C-390, o número final será de cinco aviões, devido às lições retiradas da evacuação do Afeganistão em 2021 e mais recentemente com a mudança do panorama de segurança internacional no Leste da Europa. A primeira entrega está prevista para 2026.

Segundo foi ainda revelado, o C-390 demonstrou melhores prestações em vários dos requisitos colocados, nomeadamente na taxa de disponibilidade, performances superiores em vários requisitos técnicos e mais baixa manutenção. O C-390 consegue ainda assegurar o requisito mínimo de 2400 horas de voo com quatro aeronaves, enquanto o C-130J necessita de cinco aeronaves para o mesmo tempo.

A Embarer emitiu entretanto um comunicado em que se manifesta "honrada com a decisão do Ministério da Defesa neerlandês de selecionar a aeronave de transporte multimissão C-390 Millennium". O comunicado prossegue ainda "Reconhecendo que ainda há muito trabalho a ser feito nos próximos meses, estamos comprometidos com o sucesso desta nova fase de cooperação com o Ministério da Defesa neerlandês. Nesse processo, a Embraer dedica-se a aprofundar a colaboração com a indústria local e centros de conhecimento".

De notar que a Embraer e a também neerlandesa Fokker assinaram recentemente um Memorando de Entendimento para uma parceria, que incluía já serviços de suporte para o sistema de armas C-390.

A frota de C-390M neerlandesa será integrada no Comando Europeu de Transporte Aéreo (EATC), consórcio para a partilha de aeronaves de transporte de sete países.

Os Países Baixos tornam-se assim o terceiro cliente europeu e da NATO do sistema de armas C-390 Millennium, depois de Portugal (cinco aeronaves) e Hungria (duas).

Com a decisão de redução da encomenda por parte da Força Aérea Brasileira - maior cliente do modelo - e da Suécia que também era apontada como potencial comprador do C-390 ter optado por adquirir C-130J usados à Itália, esta notícia é obviamente recebida com entusiasmo também pelos outros clientes, dado os receios que se vinham a criar de poucas aeronaves em operação poderem dificultar o apoio logístico durante a vida útil da frota.





quinta-feira, 5 de março de 2020

F-16 EM LEEUWARDEN PARA AVALIAÇÃO DO NOVO SOFTWARE [M2100 – 18/2020]

Foto: Harry Doesburg via Rui Bruno
Foto: Harry Doesburg via Rui Bruno

Como parte da Avaliação e Treino Operacional (OT&E) do novo sistema operativo S1.1.1 para os F-16 MLU, estiveram esta semana em Leeuwarden, Países Baixos, dois protótipos da frota portuguesa.

Para melhor entender o processo de desenvolvimento do Operational Flight Program (OFP ou Tape) dos F-16, sugerimos o nosso artigo publicado na revista Mais Alto de Set/Out de 2011.

A Tape S1.1.1 é a iteração seguinte da Tape S1.1, avaliada há sensivelmente um ano, e que agora é  também ela avaliada, após introdução das correcções identificadas como necessárias na avaliação operacional de 2019. Se validada com sucesso desta vez, será implementada posteriormente na restante frota operacional das frotas portuguesa, belga, dinamarquesa e dos Países Baixos.




domingo, 7 de abril de 2019

F-16 ATINGIDO PELA PRÓPRIA MUNIÇÃO [M2031 - 18/2019]

Estragos provocados pelo cartucho do canhão interno M61 Vulcan na fuselagem do mesmo F-16       Foto: RNLAF

Segundo a agência de notícias NOS dos Países Baixos, um F-16 da Força Aérea daquele país sofreu danos consideráveis ​​em Janeiro passado, durante uma missão de treino na carreira de tiro, que parece terem sido causados pela sua própria munição. Pelo menos um cartucho disparado causou danos na fuselagem e partes da munição também acabaram no motor.

O incidente aconteceu a 21 de Janeiro, quando dois F-16 disparavam rodadas de canhão contra um alvo no campo de tiro de Vliehors em Vlieland. Não causou felizmente quaisquer ferimentos e o piloto seguiu os procedimentos de emergência aplicáveis, tendo o caça aterrado em segurança na Base Aérea de Leeuwarden.

O Gabinete de Segurança de Voo da RNLAF tem a decorrer um inquérito para perceber como foi possível a aeronave disparar contra si própria, além de tentar perceber se a tripulação ou o pessoal de terra estiveram alguma vez em risco durante o exercício de treino.

Testes práticos estão a ser realizados e os inspectores estão em contacto com todos os envolvidos no incidente. "É um caso sério. Por isso, queremos descobrir o que aconteceu e como podemos evitar que venha a suceder no futuro", disse o inspetor-geral Bargerbos.

Não se sabe quanto tempo a investigação durará.


Imagens de treino de tiro com canhão no campo de tiro de Vliehors:





sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

F-35 COM PARAQUEDAS (M1764 - 08PM/2015)

F-35 norueguês com sistema de travagem por paraquedas     Imagem: Doug Moore/Lockheed Martin

Com a exceção do número de cauda e das marcas relativas ao operador, os aviões militares do mesmo modelo variam geralmente pouco. No
Contudo os F-35A da Noruega contudo, irão passar a distinguir-se por mais uma pequena protuberância entre os dois estabilizadores verticais. O volume, mais corretamente chamado "pod" irá conter o paraquedas de travagem, que permitirá a operação nas pistas pequenas e geladas do país. 
Apesar da Noruega ser o primeiro país a receber o sistema, o Canadá e os Países Baixos estão a considerar também adicionar esta característica aos seus Lightning II.

"Os três países usam sistema adicionais para travar os aviões nas aterragens em tempo frio" explica Suku Kurrien, o gestor da Lockheed Martin para o programa do sistema de paraquedas. "Na Noruega e Países Baixos usam paraquedas. Os canadianos usam gancho de paragem". De um modo geral os paraquedas são usados em caças que operam a partir de pistas curtas, ou em pistas molhadas ou geladas, nos climas frios.

Uma vez que nenhuma das configurações básicas do F-35 requeria paraquedas de travagem, o sistema representa a primeira modificação no projeto a ser introduzida após a fase de Demonstração e Desenvolvimento de Sistema e foi custeado pelos três países interessados.
 "Revimos muitas alternativas com a Lockheed Martin, incluindo inversores de impulso e asas maiores" explicou o TCor Christoffer Eriksen ex-Assistente Nacional que liderou o estudo para a Noruega. "Usámos este sistema com facilidade e sucesso nos nossos F-16. Quando o conceito nos foi proposto, ficámos tranquilos, tal como os nossos camaradas dos Países Baixos" concluiu.

Imagem: Doug Moore/Lockheed Martin

O maior desafio do programa foi desenhar um pod que não degradasse as capacidades stealth do F-35 nem a aerodinâmica. A Noruega aumentou ainda o desafio ao antecipar a entrega dos seus dois primeiros aviões para 2015: "Pedimos para que as características internas do sistema fossem incluídas, apesar dos requerimentos finais não estarem ainda completos" disse Erikssen. "Para poupar tempo, o programa de desenvolvimento começou pelo redesenhamento da estrutura da aeronave, definindo os requerimentos do programa em paralelo". Representantes da Lockheed Martin do programa conjunto do F-35 e da Noruega começaram o desenvolvimento do sistema de paraquedas em 2012. Os objetivos básicos foram definidos bem cedo, incluindo especificações mínimas de comprimentos de pistas, condições de pistas geladas, condições de voo e vida operacional para o paraquedas e estrutura. Foram também definidas as necessidades de manutenção. Os métodos de verificação e certificação do sistema foram estabelecidos. A Noruega está interessada num total de 52 F-35 e associados sistemas de travagem por paraquedas.

As mudanças estruturais envolvidas incluem um ponto de carga aplicado na parte superior da fuselagem, perto da parte posterior da asa, o que implicou redesenhar a superfície das asas e a  fuselagem posterior. As mudanças foram incorporadas na linha de produção em Fort Worh no Texas e Marietta na Geórgia para as asas e em Samlesbury no Reino Unido para a fuselagem.
O sistema em si consiste num pod amovível. Enquanto a Noruega irá provavelmente utilizar o sistema permanentemente, outros países terão a possibilidade de retirá-lo com esforço mínimo, tal como uma estação das asas.

No futuro, para acionar o paraquedas, o piloto aciona um interruptor na parte superior esquerda do painel de instrumentos que liberta o paraquedas. Após o avião ter perdido velocidade suficiente, acionando o mesmo interruptor solta-se o paraquedas, enquanto o avião pára finalmente.

O impacto do sistema em termos de performance de voo, assinatura radar e interferências com outros sistemas, terá de ser testado, tendo sido já realizados testes em túnel de vento que revelaram que o volume do mecanismo tem pouco ou nenhuma influência no voo do avião. Em 2017, para validar os testes de túnel de vento e certificação do sistema, será realizado um programa de testes de voo na base de Edwards, Califórnia. Posteriormente, em local ainda não definido - mas possivelmente em Elmendorf-Richardson no Alasca - serão realizadas provas em condições de pista gelada e operação do sistema a baixas temperaturas.





terça-feira, 8 de julho de 2014

RNLAF TERMINA DESTACAMENTO NO AFEGANISTÃO (M1645 - 204PM/2014)

Foto: RNLAF

Os caças F-16 MLU da Força-Tarefa Aérea (ATF) da Real Força Aérea dos Países Baixos (RNLAF), efetuaram a 30 de junho o último voo operacional sobre o Afeganistão. Durante quase 12 anos estiveram a apoiar as tropas me terra da International Security Assistance Force (ISAF).

"Demos uma contribuição muito importante para um Afeganistão mais seguro e para garantir que as tropas no terreno fossem capazes de executar as suas funções eficazmente" disse o Ten.Gen Alexander Schnitger da RNLAF, em Mazar-e-Sharif.

Foto: RNLAF

A 30 de junho imediatamente após o  voo que selou o fim oficial da ATF,  todas as tropas destacadas estiveram presentes numa cerimónia na base aérea, que teve início com a habitual saudação com o canhão de água dos bombeiros, à última aterragem dos F-16 em Mazar-e-Sharif.

Apesar da ATF estar de regresso a casa, há ainda tropas dos Países Baixos no Afeganistão, nomeadamente unidades de logística e oficiais na sede da ISAF em Cabul.

Visão geral de implantação F-16 no Afeganistão

Manas, Bishkek (Quirguistão), outubro de 2002 - Outubro de 2003:
6 F-16, a partir da Primavera de 2003 4 F-16s
Manas, Bishkek (Quirguistão), setembro de 2004 - Novembro de 2004:
6 F-16
Aeroporto Internacional de Cabul, Cabul (Afeganistão), março de 2005 - novembro de 2006:
4 F-16, a partir de Maio 8, 2006 F-16
Kandahar Airfield, Kandahar (Afeganistão), Novembro de 2006 - Novembro de 2011:
6 F-16 (mais tarde quatro)
Mazar-e-Sharif (Afeganistão), novembro de 2011-junho 2014:
4 F-16 da ISAF


terça-feira, 6 de maio de 2014

FWIT 2014 - LEEUWARDEN - FOTOS (M1571 - 152PM/2014)

Algumas imagens com ilustrativas do desenrolar do primeiro módulo do curso FWIT (Fighter Weapons Instructor Training) em Leeuwarden nos Países Baixos e que conta com a participação da Força Aérea Portuguesa, tal como noticiado na semana passada:









terça-feira, 8 de abril de 2014

FRISIAN FLAG: TRABALHO E SANDES DUVIDOSAS (M1516 - 116PM/2014)

F-16AM portugueses voam em formação com o KDC-10 da RNLAF

O comandante do destacamento da Força Aérea que participa num dos maiores exercícios militares na Europa diz que a valia dos seus homens "está acima de média". E revela alternativa às sandes holandesas servidas à hora de almoço.

Atacam e defendem espaços aéreos. Reabastecem em voo. Aterram e descolam duas vezes por dia. Ao almoço comem sandes, ao jantar cozinham. Dormem pouco. Assim é o dia a dia dos 49 militares da Força Aérea portuguesa que até sexta-feira participam com cinco caças F-16, na base de Leeuwarden, na Holanda, num dos maiores exercícios militares aéreos realizados na Europa, o 'Frisian Flag'.

"Intenso." É assim que o comandante do destacamento luso, o Piloto-Aviador João Rosa, 22 anos de Força Aérea e mais de duas mil horas de voo em F-16, define ao Expresso o quotidiano dos militares portugueses.

"Deixamos os bungalows onde estamos alojados no exterior da base, pelas 5h30 (4h30 em Portugal), e só regressamos às 19h30. A primeira descolagem está marcada para as 8h00 e a segunda para as 12h00. No final de cada voo reunimos para analisá-lo em pormenor", conta o TenCor. João Rosa.

Em cada descolagem saem da base 44 aeronaves, entre F-16, F-18 e Eurofighter. Seguem juntas até ao local do exercício previamente definido. Aí, umas quantas aeronaves assumem o papel de "inimigas" e tentam, por exemplo, entrar no espaço defendido pelos restantes pilotos, que realizam ainda um outro tipo de missão onde o objetivo é destruir (de forma simulada) alvos terrestres em território inimigo. Quem lança o ataque é sempre protegido por outros aviões da sua esquadra.

Quando o céu está nublado, como já aconteceu por duas vezes, a bem da segurança de homens e aparelhos o número de participantes nas missões, onde o objetivo é defender o espaço aéreo, é consideravelmente reduzido para seis contra seis ou quatro contra quatro. "Seria muito perigoso coordenar o voo de 44 aeronaves num ambiente sem visibilidade plena. Além disso, a Força Aérea Portuguesa está preparada para cumprir este tipo de missões mesmo com o céu nublado, mas em alguns países não", diz ao Expresso o TenCor. João Rosa.

As capacidades já demonstradas pelos militares portugueses levam o também comandante da Esquadra 201 "Falcões", a operar desde a Base Aérea n.º 5, em Monte Real (Leiria), a concluir que deveriam ser um "motivo de orgulho para todos os portugueses". "Estamos a voar com pilotos de países que operam F-16 há mais anos do que nós e conseguimos destacar-nos da média. Temos a tendência para nos avaliarmos mais pequenos do que realmente somos", afirma João Rosa.

O que os militares lusos não conseguem de todo é almoçar as "intragáveis sandes" - as palavras são do Tenente-coronel João Rosa -, servidas nas messes da base holandesa. Mas peritos em desenrascanços, à boa maneira portuguesa, têm um "plano B" que está a funcionar em pleno. Todos os dias um "voluntário" da representação nacional vai até à loja de uma cadeia internacional de "sandes ao minuto", que fica à entrada da base, e trata de manter as hostes motivadas. O jantar é cozinhado pelos próprios, quando voltam ao alojamento.

Assim será até sexta-feira, 11, dia em que regressam a Portugal.

Fonte: Expresso

sexta-feira, 7 de março de 2014

ORANGE LION TROCA PINTURA EM PORTUGAL (M1458 - 73PM/2014)

O Orange Lion à partida de Volkel     Foto:Theo van den Boomen/RNLAF
A última descolagem com a pintura envergada por cinco anos     Foto: Theo van den Boomen/RNLAF

Na tarde de ontem 6 de março de 2014, o F-16 da Equipa de Demonstração da Real Força Aérea dos Países Baixos partiu da base aérea de Volkel com destino a Portugal.
Infelizmente não para realizar uma exibição, mas para realizar tratamento anti-corrosão nas instalações da OGMA em Alverca, o que implicar
á a destruição da pintura que adornou a aeronave n/c J-015 durante os últimos cinco anos, conhecida como "Orange Lion".
Durante esse período de tempo, três equipas diferentes realizaram numerosas exibições um pouco por toda a Europa.

O J-015 na aproximação a Alverca        Foto: Rui Sequeira

As exibições irão continuar, mas doravante com uma aeronave F-16 com a pintura standard de uso operacional em tons cinza, para que nenhuma esteja limitada no uso em missões militares reais.
Esta decisão foi tomada devido a reduções no orçamento de Defesa, além das crescentes limitações no número de F-16 operacionais na RNLAF.

A Equipa de Demonstrações de 2014 voará a partir da base aérea de Leeuwarden.





quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

PAÍSES BAIXOS REVELAM PLANO DE TRANSIÇÃO PARA O F-35 (M1368 - 05PM/2014)

Modelo escala 1/1 de um F-35A Lightning II da RNLAF

A Esquadra 322 da Real Força Aérea dos Países Baixos (RNLAF) será a primeira unidade operacional a voar o Lockheed Martin F-35, após concluir a conversão do F-16 para o novo modelo.
Também presentemente baseada na base aérea de Leeuwarden, a Esquadra 323 irá terminar a sua atividade operacional com o F-16 a 1 de novembro de 2014. A unidade será relocalizada para os EUA, de modo a tomar parte na fase de Testes Operacionais e Avaliação Inicial (IOT&E), a par com esquadras dos EUA e Reino Unido, em Edwards, California, já em 2015.

A Lockheed Martin entregou já dois F-35A à RNLAF nos EUA, para permitir a participação do país nas atividades de IOT&E. O Maj. Laurens Jan Vije tornou-se no primeiro piloto do país das tulipas a voar um F-35 da RNLAF em dezembro passado, na base aérea de Eglin, Flórida, tal como o Pássaro de Ferro noticiou.

Fonte:FlightGlobal
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

F-35 DOS PAÍSES BAIXOS JÁ VOA (M1332 - 393PM/2013)

A partida para o histórico voo que marca o início das operações com os F-35 na RNLAF   Foto: Samuel King Jr./USAF

O primeiro F-35A Lightning II dos Países Baixos descolou de Eglin ontem, 18 de dezembro de 2013, pilotado pelo Maj. Laurens Vijge da Royal Netherlands Air Force (RNLAF). Os Países Baixos tornam-se assim o segundo parceiro internacional dos EUA a operar o JSF, depois do Reino Unido.

O Maj. Laurens Vijge antes do voo    Foto: Samuel King Jr./USAF
Após 210 horas de treino teórico e 13 voos de simulador, o piloto subiu finalmente ao cockpit do primeiro F-35 das cores da Casa de Orange. No regresso do voo as suas impressões não podiam ser melhores: "o caça manobra-se muito bem e é muito fácil de pilotar - de facto, é até mais fácil de pilotar do que no simulador" comentou. "Não poderia estar melhor preparado  para este voo e só tenho a agradecer a dedicação de todos os que trabalham no Centro Académico de Treino do F-35".

Um dos dois F-35 dos Países Baixos estacionado em Eglin, Flórida     Foto: Samuel King Jr./USAF

Os Países Baixos têm atualmente dois F-35 estacionados em Eglin, onde continuarão a treinar pilotos para o Treino Operacional e Avaliação (OT&E) da aeronave, que iniciará em 2015. Pilotos e pessoal de terra da RNLAF estão integrados  no 58º FS da USAF.

Finalmente o tão esperado momento de subir ao cockpit dum F-35    Foto: Samuel King Jr./USAF

O Maj Vijge, piloto experiente em F-16, com mais de 2500 horas de voo no modelo, não escondeu o entusiasmo pelo feito realizado: "Foi incrível: não só o meu primeiro voo em F-35 aconteceu no primeiro avião da RNLAF, como tive oportunidade de realizar este voo histórico com o TCor Mathew Renbarger (Cdt do 58ºFS) como meu asa", acrescentando depois num tom mais sério: " foi fantástico começar este dia, sabendo que muita gente nos EUA e nos Países Baixos trabalharam muito para que isto pudesse acontecer".

A primeira descolagem dum F-35 da RNLAF pilotado por um piloto próprio    Foto: Samuel King Jr./USAF

O programa F-35 completou  já 7400 voos num total 11.600 horas, até à data. Mais de 3200 voos e 4250 horas foram realizadas a partir de Eglin, durante os últimos dois anos.

 Vídeo:

 
Fonte: USAF
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

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