segunda-feira, 30 de junho de 2014

BRAGA AIR SHOW - FOTOS (M1634 - 197PM/2014)



Os Smokewings de Jorge Fachadas e Marco Rodrigues







 O Famoso Pitts S2-B de Luís Garção


 O Chipmunk do Museu Aro Fénix pilotado pelo Cdt Munkelt Gonçalves

 Bell 212 da Protecção Civil





E o incontornável Citabria de Pedro Cunha Pereira

Agradecimentos: João Matos e Miguel Macedo


PRIMEIRO SU-25 RUSSO CHEGA AO IRAQUE (M1633 - 75AL/2014)


 O primeiro Su-25 russo, usado, a chegar ao Iraque.

Em 28 de junho, conforme demos notícia, a Força Aérea Iraquiana anunciou a compra urgente de aviões SU-25, de ataque (usados) à Rússia. Hoje chegou o primeiro.
As  doze aeronaves serão utilizadas para colocar mais pressão sobre os rebeldes (ligados à Al Qaeda) que ultimamente tem lançado fortes ataques em várias partes do Iraque e que os helicópteros Mi-35 não conseguiram suster, sendo que, inclusivamente, um desses helicópteros foi abatido na semana passada, o que fez soar as campainhas de alarme nas forças armadas do Iraque. 
A Rússia tem um excedentário de aviões Su-25 e irá, numa primeira fase, disponibilizar pessoal para a instrução nesses aparelhos, tanto na pilotagem como na manutenção, pelo menos enquanto o Iraque não conseguir alguma autonomia, digamos.
Recorde-se que o Iraque utilizou aviões deste tipo até ao início da década de 90, mas que, por descontinuidade na frota, não dispõe, de imediato, de tripulações aptas a começar a voar estes aviões.
As aeronaves agora adicionadas ao arsenal aéreo iraquiano ficarão baseadas em Tallil.
Recorde-se que esta compra repentina pretende colmatar os atrasos na entrega dos 36 F-16 por parte dos EUA, conforme já se referiu anteriormente.

Foto: Reuters
Tradução e adptação: Pássaro de Ferro

sábado, 28 de junho de 2014

MEMÓRIAS DUM MECÂNICO DE ALOUETTE EM ÁFRICA - 6 (M1632 - 196PM/2014)

AL III sobre as picadas de África       Foto: Autor desconhecido



Sempre com a protecção do T-6, dias mais tarde fomos fazer reabastecimento à tropa que estava no mato, perto de Tenente Valadim e de regresso, passámos pela picada que liga Tenente Valadim, Nova Viseu a Vila Cabral. Vejo uma série de inimigos na picada, digo ao piloto que podíamos fazer uma passagem e fazíamos fogo. Só que o piloto preferiu comunicar ao T-6, que fez uma rapada e disse que não viu nada. 
Nessa noite em Vila Cabral e depois de um jantar bem regado no Miralago, fomos ao cinema ABC e qual não é o meu espanto, ao ver o Alferes Ribeiro de Nova Viseu e uns soldados. Fomos ter com eles que nos disseram que tinham vindo de coluna, buscar abastecimento para o aquartelamento. Disse-lhe que tinha visto uns inimigos na picada, em determinado local, perto de uma viatura Berliet, que estava destruída. Para estarem atentos. 
Passados dias tivemos de ir a Nova Viseu. Mal saí do heli, fui rodeado de soldados a agradecerem o meu alerta, pois tinham tirado da picada oito minas anti-carro!


Como sempre, o pessoal dos helis, tinha de estar continuamente de prevenção. Nunca sabíamos quando éramos chamados para uma evacuação, nem onde.
Eu, o Zé Grande, o Barbosa e o Azevedo mais conhecido por Zbdum (estes últimos eram pilotos), estávamos em destacamento em Vila Cabral.
Pela altura da Páscoa, estávamos a limpar o guincho do helicóptero, quando o Pimpão (piloto de T-6) diz que vai fazer acrobacia aérea e descola. Começa a subir, depois começa a exibição. Passados 5 minutos vemos o avião entrar a pique a rodar sobre si e dissemos "está a cair, ele não vai aguentar". Deixámos de o ver, ouvimos o barulho do motor e logo de seguida um violento estrondo.
Pusemos o heli em marcha, veio um piloto e com mais elementos fomos até ao sitio onde tinha caído o T-6. 
Cheguei perto, chamei pelo nome do piloto, quando vejo o capacete vermelho dentro da carlinga e um bocado mais atrás a asa por cima. Voltámos para ir buscar mais pessoal e a maca, o Zé Grande disse que era a vez dele ir…

Mais um amigo que tinha "partido".

Conheci o Pimpão em 1969. Estudámos na Escola Industrial e Comercial de Tomar. Ele no curso de electricista ou carpintaria, eu no curso de serralheiro. Foi nos anos 69/70 e 70/71, quando estive no Colégio Nuno Álvares e tinha aulas no exterior, pois queria frequentar o curso industrial.

A História não acaba aqui. Quem sabe se um dia mais tarde volto a pegar na caderneta de voo e…



Texto: Abdul Osman, Ex-MMA



IRAQUE COMPRA AVIÕES SUKHOI (M1631 - 74AL/2014)

F-16 iraquiano, o único entregue de um total de 36.

Em declarações à BBC, o primeiro -ministro iraquiano, Nouri al-Maliki confirmou a compra de aviões Sukhoi SU-25 à Rússia e Bielorrússia, de modo a colmatar o atraso na entrega de F-16 por parte dos Estados Unidos, que, como já noticiámos, se iniciou no começo deste mês.
O primeiro-ministro iraquiano afirmou que os EUA estão a demorar na entrega dos 36 caças F-16, o que está a deixar as tropas iraquianas sem apoio aéreo nas suas ações contra os rebeldes.
Por seu turno, um porta-voz do Pentágono - coronel Steve Warren - disse em Washington que os F-16  serão entregues no próximo outono. E confirmou também que o Iraque receberá nas próximas semanas 200 mísseis ar-superfície "Hellfire".
Enquanto isso, em Moscovo, o presidente russo, Vladimir Putin, abordou a questão da crise do Iraque numa conversa telefónica com Al Maliki e reiterou o seu apoio ao governo do Iraque, bem como aos seus esforços para libertar os territórios ocupados pelos rebeldes.
A situação no Iraque deteriorou-se dramaticamente desde o início de junho, quando militantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante tomou as cidades de Mosul e Tikrit e anunciou a sua intenção de implementar uma ofensiva na capital Bagdad. 
Enquanto isso, as tropas do exército iraquiano tiveram que recuar em algumas áreas do país, sendo que continuam a lutar para deter o avanço dos rebeldes que, por seu lado, tentam controlar zonas de território ricas em petróleo. Nas últimas semanas, muitos soldados do exército do Iraque foram capturados e executados pelos islamistas.

Fonte: RT/BBC
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


quinta-feira, 26 de junho de 2014

NOS AIR RACE - PROGRAMA (M1630 - 195PM/2014)

Imagem: NOS Air Race
A derradeira competição aeronáutica NOS Air Race Championship, inspirada nas famosas Reno Air Races, decorrerá nos próximos dias 4, 5 e 6 e Julho, sobre a Baía de Cascais.
Estamos prestes a assistir ao evento aéreo mais emocionante e competitivo que Portugal já teve oportunidade de vivenciar. Estarão em prova 18 aeronaves distribuídas por duas categorias – Vintage e Extreme – pilotadas por um grupo de aviadores de elite de várias nacionalidades, incluindo portugueses, que entrarão em prova num circuito exclusivo e selecionado.
A primeira edição do NOS Air Race Championship contará ainda com duas parcerias inéditas, a Marinha e a Força Aérea Portuguesa, esta executará na Baía de Cascais algumas demonstrações de alta performance dos aviões que fazem parte das diversas esquadras operacionais e montará ainda uma exposição ao longo da baía com diversos aviões do Museu do Ar.
O NOS Air Race Championship é um evento a não perder, que combina a competitividade com a acrobacia, a audiência massiva, a localização privilegiada e um espetáculo emocionante.

PROGRAMA:

4 de JULHO
TREINOS

10:00     Briefing da Organização
11:00 – 11:30     Briefing Operacional
14:00 - 14:30     Treino Livre– Classe Vintage
14:50 – 15:15     Treino Especial Livre – Classe Extreme
15:15 – 15:45     Participação Especial I
15:45 – 16:10     Treino Especial Livre – Classe Vintage
16:30 – 16:50     Treino Especial Livre – Classe Extreme
17:00 – 17:30     Participação Especial II
17:30 – 18:00     Resumo do Dia
     
Apresentação do dia seguinte
18:00     Encerramento do SKY LOUNGE e Ocean lounge

5 DE JULHO 
QUALIFICAÇÕES

09:00     Briefing da Organização
10:00 – 10:45     Briefing Operacional
11:00 – 11:30     Participação Especial III
11:30 – 12:00     Qualificações para a corrida – Classe Vintage
12:00 – 12:30     Special Invitation IV
12:30 – 12:45     Qualificação Especial – Classe Extreme
12:45 – 13:05     Participação Especial V
13:05 – 14:00     Almoço
14:00 – 14:15     Qualificação Especial – Classe Vintage
14:15 – 14:35     Participação Especial VI
14:35 – 14:55     Classificação para corrida - Classe Extreme
14:55 – 15:25     Participação especial VII
15:25 - 16:15     Apresentação das Qualificações / Resumo do dia
Apresentação do dia seguinte
16:30     Encerramento SKY LOUNGE e VIP OCEAN

6 DE JULHO
CORRIDA

10:00     Briefing da Organização
11:00 – 11:45     Briefing Operacional
11:45 – 12:15     Participação Especial VIII
12:15 – 12:30     Qualificações Especial Final – Vintage Class
12:30 – 12:50     Participação Especial IX
12:50 – 13:05     Qualificações Especial Final – Classe Extreme
13:05 – 14:15     Almoço
14:15 – 14:35     Participação Especial X
14:35 – 15:00     Apresentação das Qualificações
Resumo da Qualificação / Entrevista aos Pilotos (LPCS)
15:00 – 15:20     Corrida Final - Classe Vintage
15:20 – 15:40     Apresentação Dos Resultados da Classe Vintage / Resumo da Qualificação / Entrevista aos Pilotos (LPCS)
15:40 – 16:00     Corrida Final - Classe Extreme
16:00 – 16:20     Apresentação dos Resultados da Classe Extreme / Resumo da Qualificação / Entrevista aos pilotos (LPCS)
16:20 – 16:45     Participação Especial XI
17:00 – 17:30     Entrega dos prémios aos vencedores nas Classes Vintage e Extreme


terça-feira, 24 de junho de 2014

F-35 INCENDEIA-SE NA DESCOLAGEM (M1629 - 73AL/2014)



Um aparelho F-35A teve de abortar sua decolagem, ontem dia 23 de junho, na Base Aérea de Eglin (EUA), após um princípio de incêndio na zona trazeira do avião
O F-35A ficou bastante danificado e não se sabe se recuperável. O incidente não causou vítimas  e decorre já uma investigação para se apurar o ou os motivos que levaram a este incidente.
O avião estava pronto para realizar mais uma missão de treino, tendo tido por isso de abortar a decolagem, segundo referiu um comunicado da USAF. 
As equipas de emergência da Base Aérea lograram apagaram o fogo com recurso a espuma, não evitando, como já se disse, elevados danos na aeronave.
Este é o primeiro incidente desta gravidade no programa JSF/F-35. 
Atualmente existem 104 aeronaves Lightning II no inventário dos EUA, divididos entre a USAF, USNavy e USMC.
Este incidente acontece na altura em que não está longe a entrega das primeiras aeronaves à RAF, lançando seguramente alguma apreensão, que se junta à recente paragem de toda a frota norte americana por problemas no motor, conforme já aqui aludimos recentemente.

Fonte: USNI/News
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


segunda-feira, 23 de junho de 2014

MORTE À ESPERA DE EVACUAÇÃO AÉREA NOS AÇORES -atualizado (M1628 - 194PM/2014)

Ilha de São Jorge - Açores       Foto: José Silveira

O homem ficou “gravemente ferido” depois de ter sido colhido por um touro durante uma tourada à corda, tendo recebido assistência na Unidade de Saúde de Ilha de São Jorge, que, mais tarde, dado o agravamento do quadro clínico, pediu meios para uma transferência urgente para o hospital de Ponta Delgada, segundo as mesmas fontes.

No entanto, o helicóptero militar usado para estas situações não estava disponível, por estar a ser usado noutra operação, na Madeira, e foi então tentada outra solução, o envio de um avião C295, mas a Força Aérea informou que o aeroporto de São Jorge “não é certificado”. Na verdade, a certificação do INAC não permite operações noturnas, uma vez que existem montes na direção da pista que não estão iluminados. O C295 só pode por isso operar nesta pista durante o dia, o que não era o caso.

Sempre segundo as mesmas fontes, a Força Aérea disponibilizou-se para ir buscar o homem à ilha do Pico, a mais próxima, por o aeroporto ter outra certificação. As autoridades ainda desviaram o percurso de um dos barcos que ligam as ilhas do grupo central dos Açores para fazer a transferência do doente de São Jorge para o Pico, mas o homem acabou por morrer antes de embarcar.

As autoridades locais que prestaram estas informações à Lusa garantiram que tudo foi feito para transferir o doente para o hospital.

Segundo um comunicado divulgado hoje pela Marinha, no sábado à tarde, em articulação com a Força Aérea, houve uma operação de resgate de um pescador que seguia num barco a cerca de 577 quilómetros a sudeste da ilha de Santa Maria, que estava com problemas de saúde. O homem foi retirado do barco com a ajuda de um helicóptero do Centro de Busca e Salvamento Aéreo das Lajes (EH101 do destacamento permanente da Esquadra 751), tendo o pescador sido levado para o hospital do Funchal.

Resta ainda dizer, que devido ao êxodo de pilotos da FAP, a Esquadra 751 tem atualmente um número de tripulações muito reduzido, tendo o alerta do destacamento permanente desta esquadra no AM3-Porto Santo, deixado de estar operacional.

Já nos Açores, apesar do alerta estar ainda ativo, apenas três das nove ilhas do arquipélago têm hospital. Em caso de urgência, é a Força Aérea, que tem uma base nas Lajes (BA4), na ilha Terceira, que garante a transferência dos doentes.

Em 2013, foram realizadas nos Açores, pela Força Aérea, 156 missões de evacuação interilhas e transportados 176 doentes. Houve ainda um nascimento a bordo, três evacuações para o continente, 13 resgates de doentes que estavam em navios e 10 missões de busca e salvamento, tendo sido recuperados 31 náufragos, num total de 472 horas de voos.

Adenda (20:00h):
«Comunicado de Imprensa das RP da FAP
23 de junho de 2014
Esclarecimento sobre Evacuação Médica a um paciente de S. Jorge para S. Miguel
Relativamente às noticias que foram tornadas públicas sobre uma Evacuação Médica de um paciente de S. Jorge para S. Miguel que faleceu por alegadamente não existirem meios aéreos disponíveis, a Força Aérea informa que:
Foi solicitada à Base Aérea Nº4, nas Lajes, em 21 de junho de 2014 às 20H31, hora local, pelo Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores, uma evacuação aérea da Ilha de São Jorge para Ponta Delgada.
Dado que a previsão para aterragem em São Jorge ocorreria depois do pôr-do-sol, a evacuação teria de ser realizada por helicóptero EH-101 Merlin destacado na Base das Lajes, uma vez que a aeronave de asa fixa C-295 não opera naquele aeródromo no período noturno. Todavia, o helicóptero EH-101 Merlin encontrava-se a cumprir uma evacuação sanitária de um tripulante de um navio localizado a cerca de 980 Km da Ilha Terceira, estando por isso indisponível.
Assim, no quadro da coordenação desta missão, o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores sugeriu que a evacuação fosse realizada a partir da Ilha do Pico, aeródromo que reúne as condições de segurança para operação noturna por aviões, opção considerada válida pela Força Aérea do ponto de vista operacional. Quando a aeronave estava pronta para descolar, foi recebida a informação que o paciente tinha falecido e por isso foi cancelada a missão.
A Força Aérea lamenta profundamente o desfecho da situação em apreço, consciente, no entanto, que colocou, como sempre, todos os seus recursos disponíveis ao dispor da segurança e bem-estar das populações.»

Adenda (24/06/2014)
Comunicado da Associação de Oficias das Forças Armadas no Facebook
 "Segundo as informações de que dispomos esta situação que levou à morte deste concidadão tem directamente a ver com a falta de Pilotos Comandantes de EH-101 na Força Aérea Portuguesa. No sistema SAR nacional deveriamos ter 1 tripulação de EH e 1 de C295 em Porto Santo; 2 tripulações de EH e 1 de C295 nas Lajes e 1 tripulação de EH e 1 de C295 no Montijo; Temos 1 tripulação de EH (sem comandante o que é o mesmo que não estar lá) e 1 de C295 em Porto Santo; 2 tripulações de EH (só um comandante o que é o mesmo que estar lá apenas uma tripulação) e 1 de C295 nas Lajes e 1 tripulação de EH e 1 de C295 no Montijo. Na altura em que, infelizmente, teria sido necessário, o único Piloto Comandante de EH-101 existente nas Lajes tinha saído para uma outra missão de Busca e Salvamento na Madeira (onde não existe qualquer Comandante). Relembrando palavras do Ministro da Defesa há semanas atrás a gestão dos Recursos Humanos cabe ao CEMFA. Consequentemente, PALAVRAS NOSSAS, a culpa desta e de outras situações trágicas nunca será das políticas desastrosas que têm sido seguidas e que fazem com que a Força Aérea Portuguesa esteja reduzida à exiguidade de Recursos Humanos e Materiais que é absolutamente evidente, mas sim a quem gere os Recursos."


Fonte: Jornal Açores 9 e outras
Adaptação: Pássaro de Ferro

domingo, 22 de junho de 2014

EUA BLOQUEIAM RETIRADA DEFINITIVA DO A-10 EM 2015 (M1627 - 73AL/2014)

A-10 - Créditos na imagem.

A Câmara dos Representantes do Senado norte-americano bloqueou, no passado dia 19 de junho a retirada definitiva dos A-10 durante o próximo ano de 2015.
A operação dos A-10 absorve, segundo o governo norte-americano afirma, 900 milhões de USDólares.
Em fevereiro passado, a administração Obama havia já submetido um orçamento que contemplava a retirada do A-10, dos helicópteros Bell OH-58D e  do mítico avião "espião" U-2.
Ainda assim, tendo em conta as muitas dúvidas que ainda pairam sobre o F-35, é de esperar que estas decisões ainda possam ser revistas, uma vez que as pressões para os EUA manterem as suas capacidades militares não são de escamotear, sobretudo nas alas mais conservadoras da administração daquela nação.

Nota: Para um melhor enquadramento da situação, ver esta edição do Pássaro de Ferro.

Fonte: FG
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

sábado, 21 de junho de 2014

MEMÓRIAS DUM MECÂNICO DE ALOUETTE EM ÁFRICA - 5 (M1626 - 193PM/2014)

Os "buracos" em que muitas vezes os AL III se metiam      Foto: Autor desconhecido
Capítulo 1
Capitulo 2 
Capítulo 3 
Capítulo 4

Abril de 1974

 Estava no hangar e na conversa com outros elementos que estavam em Vila Cabral em comissão, quando surge o Braga a dizer que tínhamos uma evacuação de “Zero Horas” para fazermos. Com o heli preparado, e com um T-6 a proteger-nos, lá fomos para mais uma missão de Soberania. 
Depois de hora e pouco de voo, chegamos ao local da evacuação. Preparo-me para dar indicações ao piloto, quando noto que o espaço era muito apertado para conseguirmos entrar no "buraco". Eram árvores altas, uma delas estava seca e representava um perigo se batêssemos com as pás principais.  Transmito ao piloto que não dava para aterrarmos, ele responde que dá, eu aceitei, abri a porta, pus meio corpo para fora do heli e comecei a dar indicações para aterrar.
Aterramos e qual não é o meu espanto, quando percebo que o ferido era um inimigo. Vinha com o soro metido no braço. Meti-o no heli e começámos a descolar. Estava eu a dar indicações para sairmos em segurança, quando de repente ouvimos um estrondo e sentimos o heli a estremecer. Tínhamos batido com as (pás) principais. Foram frações de segundo. Olhámos um para o outro e rapidamente perguntámos "que foi esta merda?"...

O Braga ficou pálido, a voz sumiu-lhe e eu a mesma coisa. Tivemos sorte, conseguimos sair do "buraco" e com um barulho esquisito enquanto voávamos, comunicámos ao piloto do T-6 que estávamos com problemas. Responde ele que estava a ouvir o barulho das pás. Pensámos em aterrar algures, pois o heli estava com muitas vibrações e lá fomos até um aquartelamento no mato, para “Nova Viseu”. Enquanto íamos, verifiquei que a agulha do soro tinha saltado. Eu com a minha boa-vontade voltei a meter a agulha no inimigo. Nem quis saber se estava bem ou mal colocado, pois ainda estava com a revolta, raiva, pois a morte do capitão Castelo era recente e o sentimento de vingança estava vivo.

AL III e T-6 em formação sobre África       Foto: Autor desconhecido

Aterramos em Nova Viseu e somos rodeados pelos soldados que lá se encontravam. Saio do heli e faço-os recuar. Começo a ouvi-los a quererem saber o que se passava eu digo que trazemos um ferido, sem referir que era um inimigo.
Entretanto, chega o Alferes e nós comunicamos que trazíamos um inimigo ferido. Abro as portas do heli, e os soldados com pronúncia dos Açores começam a dizer “olha um turra, deixem-me matar esse fdp”. Entretanto, o alferes manda retirar o ferido para a enfermaria.
Vou ver o que tinha acontecido e verifico que na ponta das pás os saumons  (ver a parte laranja  na foto abaixo) estavam completamente rebentados. Viam-se os veios com contra-pesos. Estavam  com as pontas dobradas. Chamo o piloto e digo: "nem imaginas a sorte que tivemos, mais 2 cm para dentro e a pancada tinha sido nas pás e tínhamos ido desta para melhor".


O nosso protetor T-6 seguiu para Vila Cabral. Nós passámos lá a noite. Mataram um galo que lá tinham para o jantar e durante a refeição vieram muitas conversas, muitas histórias. Soube que numa das evacuações que fiz, o corpo completamente desfeito que vinha num saco de lona era a de um soldado que era o relojoeiro dessa unidade. Nessa noite soube o que tinha acontecido:

Durante uma operação de reconhecimento, o Alferes Ribeiro ia à frente e quando iam a chegar ao rio, o relojoeiro disse ao alferes que ele iria para a frente. Deu uns passos e logo se ouviu uma grande explosão. Tinha sido uma mina antipessoal, reforçada com uma mina anticarro. Tiveram que recolher os bocados do corpo que estavam espalhados pelas árvores (fizemos a evacuação quatro dias depois).

Depois do jantar, tivemos de ir para a pista, pois tinha sido pedido uma evacuação a uma empresa de táxi aéreo, que apareceu para levar o ferido (inimigo). Os soldados ficaram revoltados, pois se fosse com eles, tinham de aguentar que os helis ou aviões da FAP os viessem evacuar. A psicologia estava a funcionar. Os nossos militares tinham de aguentar e o inimigo não. Tínhamos de mostrar que não estávamos ali para os matar  (por isso o avião civil para evacuar o ferido).

Enquanto esperávamos pela manhã, ouvíamos as aventuras e momentos desse pessoal. Uma delas  ficou-me na memória, pois fartei-me de rir:
Eram os inimigos a gritarem para os soldados, a dizerem para irem embora, porque "a terra não era deles" e "o que estavam lá a fazer". Respondiam os nossos soldados com sotaque açoriano: "turras excomungados" que "largassem as armas", etc. Quando havia ataques à morteirada, os soldados só ouviam as explosões a quilómetros, pois o aquartelamento estava entre dois montes e o inimigo ao lançar morteiradas, atirava para outra colina e vice-versa.

Nessa noite, ficámos à espera de um ataque do inimigo, pois um heli destruído era sempre um troféu apetecido. Fui tentar dormir, não consegui, sempre com um olho aberto e outro fechado em estado de alerta à espera da manhã.
No dia seguinte, pela madrugada, depois de tentar tirar os restos dos saumons, para evitar muitas vibrações, o que era impossível. E eu a imaginar a porca e os contra-pesos a saltarem durante o voo e nós a batermos com o "focinho" no chão. O que vale é que foi só imaginação durante o voo. Chegados a Vila Cabral, passados dois dias, já o heli já estava operacional. Tinham sido enviadas de Nampula as três pás para substituir.

Nunca senti uma sensação como aquela. Foram uns segundos em que a minha vida esteve por um fio. Anos mais tarde vim a saber o que tinha acontecido: as árvores eram altas e a deslocação de ar, fez com que as copas das árvores fechassem e criassem um vácuo… e na descolagem o heli ia perder a sustentação.

(Último capítulo no próximo sábado)

Texto: Abdul Osman, Ex-MMA

sexta-feira, 20 de junho de 2014

62 ANOS DA FORÇA AÉREA PORTUGUESA (M1625 - 72AL/2014)


A Força Aérea celebra entre os dias 20 de junho e 1 de julho, nas regiões de Lisboa e Sintra, as comemorações do seu 62º Aniversário.
Os 62 anos de existência e atividade são assinalados com diversas atividades, exposições temáticas e de fotografia, uma cerimónia militar e concertos da Banda de Música da Força Aérea. Em exposição estarão também algumas aeronaves, de entre as quais se destaca o F-16, que celebra em 2014 vinte anos de operação ao serviço da Força Aérea Portuguesa.
As atividades prosseguem com os Dia de Base Aberta, no qual as bases aéreas estarão abertas ao público, com datas e programas que pode consultar no sítio da Foraça Aérea Portuguesa.

Fonte: FAP



quinta-feira, 19 de junho de 2014

ENCONTROS IMEDIATOS NO BÁLTICO (M1624 - 192PM/2014)

Typhoon da RAF e um Su-27 russo armado em configuração ar-ar    Foto: Dan Herrick

Typhoons de alerta da Royal Air Force (RAF) estacionados na Lituânia foram enviados na passada terça-feira 17 de junho, para intercetar múltiplos aviões russos, como parte da missão de proteção do espaço aéreo báltico.

Os aviões da Esquadra 3 da RAF foram acionados após quatro grupos separados de aviões foram detetados pelas defesas aéreas da NATO em espaço aéreo internacional, nas proximidades dos estados bálticos.

Os mísseis ar-ar do Su-27 perfeitamente visíveis   Foto: Dan Herrick
Uma vez no ar, os caças britânicos identificaram as aeronaves como sendo um bombardeiro Tu-22, quatro caças Su-27, um Beriev A50 de alerta aéreo antecipado e um An-26 de transporte, que aparentavam estar a realizar vários treinos de rotina. Os aviões russos foram monitorizados pelos Typhoons e escoltados ao longo da sua rota.

Typhoon da RAF acompanha An-26 russo     Foto: Dan Herrick

Os pilotos da RAF envolvidos na interceção forma o Flt Lt Mark Long e um piloto francês do programa de troca de pilotos, Cdt. Mar-Antoine Gerrard.

Mark Long disse a propósito da missão: "O Typhoon é um avião soberbo, que torna a interceção de outras aeronaves excecionalmente fácil. A interceção dos Flankers russos hoje, é um dia normal para um piloto de caça da RAF".

Interceção a grande altitude       Foto: Dan Herrick
O comandante do destacamento britânico Ian Townsend disse ainda: "Nós intercetamos regularmente aviões russos e civis a partir do Alerta de Reação Rápida (QRA) no Reino Unido, pelo que este é o nosso tipo de missão principal, e é exatamente por isso que fomos enviados pela NATO para a região báltica. Foi uma operação totalmente bem sucedida, com as equipas na terra e no ar a atingirem os elevados níveis de profissionalismo que esperava."

Texto: RAF
Tradução: Pássaro de Ferro

quarta-feira, 18 de junho de 2014

PENTÁGONO MANDA PARAR TODA A FROTA F-35 (M1623 - 71AL/2014)


O Pentágono mandou parar, temporariamente, toda a frota de aviões F-35, no início do fim de semana passado, após um dos aviões da versão B do USMCorps ter sofrido uma fuga de óleo do motor e ter por isso declarado emergência em voo
Enquanto a suspensão dos voos de testes na sexta-feira foi descrita por funcionários do programa F-35 como um movimento de precaução, é a segunda vez em cerca de ano e meio que problemas de motor obrigam toda a frota a ficar no chão. Este problema ocorre a apenas escassas duas semanas de o avião fazer sua primeira aparição internacional.
O fabricante de motores Pratt & Whitney, disse que a maioria da frota de 104 jatos havia sido disponibilizada para retomar os voos na tarde de sábado, após as inspeções de segurança impostas pelos gestores do F-35. Contudo, os departamento técnico responsável pelo programa F-35 disse que foram encontrados problemas potenciais em mais dois aparelhos.

Fonte: WSJournal
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro 


terça-feira, 17 de junho de 2014

FAP NA OPERAÇÃO ACTIVE ENDEAVOUR (M1622 - 191PM/2014)

P-3C CUP+ Orion da Esquadra 601

O ministro da Defesa José Aguiar-Branco assiste esta terça-feira, na Base Aérea nº 11 em Beja, a uma demonstração de capacidades dos aviões P-3C da Esquadra 601 da Força Aérea Portuguesa, que no dia seguinte participará em mais uma missão internacional da Operação Active Endeavour. 

Sob a égide da NATO, a Operação Active Endeavour tem como finalidade patrulhar e monitorizar o mar Mediterrâneo, no sentido de dissuadir, defender e proteger os países aliados de ataques terroristas. Na área de operações são monitorizadas igualmente situações de narcotráfico, imigração ilegal e poluição marítima.

Em 2014 esta será a sexta missão da Esquadra 601 no âmbito da Active Endeavour.


segunda-feira, 16 de junho de 2014

EUA ENVIAM TROPAS E MEIOS PARA O IRAQUE (M1621 - 190PM/2014)

Super porta-aviões USS George Bush         Foto: Winston Likert/US Navy

À medida que os extremistas islâmicos se aproximam dos subúrbios de Bagdad, o Pentágono destacou soldados do Exército e Fuzileiros na embaixada americana, para reforçar a segurança e garantir a evacuação de pessoal diplomático.

A chegada das tropas ontem, domingo, marcou o primeiro destacamento operacional de tropas americanas, desde a retirada em dezembro de 2011.

Entretanto, pelo menos dois navios de guerra da US Navy foram posicionados no Golfo Pérsico, onde irão para já proporcionar "mais opções ao Comandante-em-Chefe para proteger cidadãos e interesses americanos no Iraque, se assim decidir usá-los", disse o porta-voz do Pentágono, Contra-Almirante John Kirby em comunicação oficial hoje 16 de junho.

A administração Obama está entre as espada e a parede, ao ter de escolher entre duas opções de alto risco: voltar a colocar tropas americanas no terreno, ou enfrentar críticas semelhantes às que se sucederam em 2012, quando o consulado dos EUA em Bengazi na Líbia foi atacado, com a consequente morte de quatro diplomatas, incluindo o Embaixador.

Também esta segunda-feira, o navio de desembarque anfíbio USS Mesa Verde foi destacado para águas do Golfo Pérsico, onde se juntará ao super porta-aviões USS George Bush, já mobilizado no sábado passado. O porta-aviões transporta caças-bombardeiros F/A-18 que podem aportar poder de fogo sobre o Iraque, enquanto o USS Mesa Verde transporta a 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros, bem como aeronaves MV-22 Osprey, que ficarão de sobreaviso, no caso de ser necessária uma evacuação da embaixada em Bagdad.

Também durante o dia de hoje, as forças rebeldes ISIS divulgaram através do Twitter, fotos de execuções sumárias de soldados iraquianos, que alegadamente se terão rendido, tendo sido conduzidos a valas comuns, onde foram então executados. A autenticidade das fotos foi já confirmada pelo porta-voz do Exército iraquiano, Gen. Qassim al-Moussawi.

Esta é a primeira de uma série de fotos divulgadas que mostram a execução sumária dos cativos, numa vala comum, às mãos do auto-denominado Estado Islâmico. Optámos por não as exibir dado o seu conteúdo altamente violento

Numa iniciativa inédita desde há quase quatro décadas, o Irão manifestou disponibilidade para cooperar com Washington, no sentido de garantir a estabilidade no Iraque.


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