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terça-feira, 16 de julho de 2024

DESTACAMENTO "HADDOCK" DE LYNX DA MARINHA TERMINA TREINO NO REINO UNIDO [M2516 - 60/2024]

Lynx Mk.95A da EHM (n/c 19205) ostentando o emblema do destacamento Haddock   Foto: Marinha Portuguesa 

O destacamento "Haddock" da Esquadrilha de Helicópteros da Marinha (EHM) e o seu Lynx Mk.95A terminaram na semana passada o Fleet Operational Standards and Training (FOST) em águas britânicas, embarcados na fragata NRP D. Francisco de Almeida.

Envolvendo militares de diversas marinhas aliadas, quer na estrutura do FOST, quer com navios no mesmo treino, esta missão "reforçou os laços de cooperação com países como o Reino Unido, Países Baixos e a Noruega, promovendo um maior nível interoperabilidade, elementos críticos para enfrentar os atuais desafios de segurança marítima a nível internacional", pode ler-se na nota de imprensa da Marinha Portuguesa. Sendo a "experiência adquirida durante as seis semanas de treino fundamental, para elevar a capacidade do navio a novos patamares de performance no mar."

Fragata NRP D. Francisco de Almeida       Foto: Marinha Portuguesa

O FOST é um treino avaliado, sendo considerado o expoente máximo da preparação operacional de um navio de guerra, "representando também uma jornada que fortalece a coesão e o espírito de equipa das guarnições que o realizam".

O Portuguese Operational Sea Training (POST) é, ainda de acordo com a Armada, "um investimento vital na prontidão operacional do NRP D. Francisco de Almeida para qualquer tipologia de missão em qualquer ponto do mundo e em que cada membro da guarnição demonstrou um compromisso inabalável para com a segurança e a soberania de Portugal, espelhando a missão da Marinha Portuguesa."



sexta-feira, 17 de março de 2017

TORNADO: ORDEM PARA RETIRAR (M1881 - 18/2017)



Os Tornado despediram-se hoje da Escócia, com a desactivação da Esquadra XV (R) de Lossiemouth.
Para marcar a efeméride, um último voo oficial foi realizado, numa formação de cinco aeronaves, que sobrevoaram entre outros, locais marcantes para o treino das tripulações deste caça-bombardeiro a partir de Lossiemouth, como Leuchars, Aberdeen e o campo de tiro de Tain.




A Esquadra XV (R) chega também ao fim, depois de uma história de 102 anos, dos quais os últimos 24 anos, foi uma unidade de conversão de tripulações para o Tornado, fornecendo pilotos e oficiais de armamento prontos para o combate, às unidades da linha da frente. Com o aproximar do final de vida da frota Tornado GR4 na Royal Air Force, os derradeiros cursos de piloto e de "refrescamento" no modelo terminaram no final de Fevereiro pretérito, sendo por isso desactivada a Esquadra de Conversão.



O Tornado continuará contudo a voar com as cores britânicas até 2019, estando a partir de agora todas as unidades concentradas na base aérea de Marham, em Inglaterra.

A base de Lossiemouth, no noroeste da Escócia, fica restringida às três esquadras de Typhoon FGR4 que asseguram o Alerta de Reacção Rápida (RQA) do norte do Reino Unido, às quais se juntará uma mais, nos próximos tempos.
A base irá ainda sofrer obras de melhoramento da pista e outras infraestruturas e será a casa dos Boeing P-8 Poseidon de patrulhamento marítimo, quando entrarem ao serviço da RAF.



Fotos:MoD/Crown

sábado, 4 de fevereiro de 2017

F-35 MAIS BARATO (M1868 - 05/2017)

Lockheed Martin F-35 Lightning II


A Casa Branca emitiu um comunicado ontem, 3 de Fevereiro de 2017, a anunciar o acordo entre o Departamento de Defesa e a Lockheed Martin, relativamente aos custos do último lote de produção do polémico caça de 5ª Geração F-35.

O Lote de Produção Inicial nº10, coloca os custos do modelo A abaixo dos 100M USD, pela primeira vez. Os modelos B (STOVL) e C (Marinha), embora igualmente mais baratos, relativamente ao contrato anterior, estão ainda acima da marca dos 100M USD, conforme a lista apensa:

·        F-35A:  94.6M USD (7.3% redução do Lote 9)
·        F-35B: 122.8M USD (6.7% redução do Lote 9)
·        F-35C  121.8M USD (7.9% redução do Lote 9)

A redução de custo no modelo A é contudo a mais relevante, uma vez que este representa cerca de 85% do programa geral. Relativamente ao Lote 1, a redução de preço situa-se já em cerca de 60%.

O Lote 10, que contempla 90 células de F-35, significa igualmente um aumento no número de células fabricadas, na ordem dos 40% relativamente ao lote anterior, que consistiu em 57 caças.
A distribuição de células do Lote 10, pelos países integrantes do Programa será de acordo com a lista discriminada abaixo:

·        44 F-35A USAF
·        9 F-35B US Marines
·        2 F-35C U.S. Navy
·        3 F-35B Reino Unido
·        6 F-35A Noruega
·        8 F-35A Australia
·        2 F-35A Turquia
·        4 F-35A Japão
·        6 F-35A Israel
·        6 F-35A Coreia do Sul

O Lote 10 significa por isso uma redução de um total de 728M USD, relativamente aos preços do Lote 9.

De notar que a administração Trump tem sido particularmente crítica do Programa F-35, mesmo ainda antes da tomada de posse. A par com as reduções de custos que reclamava e agora conseguidas, terá já ordenado um estudo comparativo com o F-18E/F Super Hornet da Boeing, para aferir até que ponto este modelo ou uma evolução dele, poderá substituir  parcialmente o F-35 nas Forças Armadas americanas.







segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

24 HORAS DE TRÁFEGO AÉREO EM 2:30 MINUTOS (M1738 - 328PM/2014)



O Reino Unido tem um dos espaços aéreos com maior intensidade de tráfego do planeta. Diariamente por lá passam cerca de 6000 voos, dos quais cerca de metade de ou para Londres.
Neste vídeo podem observar-se além dos normais voos comerciais, também os voos militares (min 1:30 e 1:50), ou as ligações de helicóptero do heliporto mais movimentado do mundo em Aberdeen para as plataformas petrolíferas do Mar do Norte.

Um vídeo com tanta informação que deve ser visto mais do que uma vez para conseguir reter todos os pormenores.





sexta-feira, 31 de outubro de 2014

"YOU WILL BE SHOT DOWN!" (M1713 - 307PM/2014)

Eurofighter Typhoon FGR4

Os céus europeus têm andado bastante ativos com interceções e situações algo tensas. No mesmo dia da perseguição aos Tu-95 russos, que chegaram a espaço aéreo português depois de atravessar todo o Atlântico Norte, no Reino Unido descolou a parelha de alerta desde Coningsby, para intercetar um avião de carga, que não comunicava com o controlo de tráfego aéreo.

O avião, um Antonov AN-26 de registo letão (YL-RAA) foi intercetado nas proximidades de Londres e obrigado a aterrar no aeroporto de Stansted, no nordeste da capital, tendo a polícia britânica tomado conta da ocorrência, uma vez no solo.

Durante a interceção, a parelh de Typhoon foi autorizada a voar a velocidades supersónicas, causando um "boom sónico" no sueste de Inglaterra. As aeronaves militares apenas estão autorizadas a voar a velocidades supersónicas sobre terra, quando estritamente necessário.

A proximidade da aeronave sem comunicações do centro de Londres, levou a que a situação fosse tratada com extrema seriedade, para mais quando existe presentemente conhecido risco ocorrência de atentados terroristas.

Nas comunicações entre os caças e o avião então por identificar, divulgadas pela BBC, pode ouvir-se claramente " I’m instructed by Her Majesty’s government of the UK to warn you if you do not respond you will be shot down", ou seja "estou autorizado pelo Governo de Sua Majestade do Reino Unido para avisar de que se não responderem serão abatidos".





quarta-feira, 29 de outubro de 2014

OUTRA VEZ OS RUSSOS. AGORA PORTUGAL (M1711 - 306PM/2014)

F-16AM da FAP em configuração ar-ar sobre o Atlântico


A NATO detetou e monitorizou quatro grupos de aeronaves russas em manobras militares significativas, dentro de espaço aéreo europeu sobre o Mar Báltico, Mar do Norte e Oceano Atlântico, a 28 e 29 de outubro. Este grupo representa um aumento invulgar no nível de atividade aérea no espaço aéreo europeu.

Aproximadamente às 3:00 da manhã (2:00 em Lisboa) de 29 de outubro, radares da NATO detetaram oito aeronaves a voar em formação sobre o Mar do Norte. F-16 da Real Força Aérea Norueguesa foram chamados a intercetar e identificar as aeronaves, que revelaram serem quatro bombardeiros estratégicos Tu-95 Bear H e oito Il-78 de reabastecimento aéreo. A formação provinha da Rússia continental e foi intercetada sobre o Mar da Noruega em espaço aéreo internacional. Seis dos aviões regressaram então para trás para nordeste em direção à Rússia, enquanto dois dos Tu-95 continuaram para sudoeste, paralelos à costa da Noruega. Prosseguiram depois pelo Mar do Norte, quando caças Typhoon da Royal Air Force responderam ao alerta a partir do Reino Unido.

A interceção pelos Typhoon britânicos       Foto: RAF via NATO

Já sobre pleno Oceano Atlântico a Oeste de Portugal, os dois bombardeiros foram intercetados por F-16 MLU da Força Aérea Portuguesa, que descolaram de Monte Real, Base Aérea nº5 . As aeronaves russas voltaram então rumo a nordeste, voando em direção ao ocidente do Reino Unido. Aeronaves deste país e da Noruega estavam ainda a postos, enquanto equipamento de deteção da NATO no ar e no solo seguiram os movimentos russos.
Aparentemente dirigiram-se para a Rússia, mas às 16:00 (15:00 de Lisboa) encontravam-se ainda no ar.

Os bombardeiros e aviões-tanque russos não possuíam plano de voo nem efetuaram qualquer contacto rádio com as autoridades de controlo aéreo civil, não utilizando também transponders.
Esta atitude representa risco potencial para o tráfego civil, uma vez que os controladores civis não conseguem detetar as aeronaves nesta condições, nem garantir que não aconteça interferência com o tráfego aéreo civil.


Fonte: NATO
Tradução: Pássaro de Ferro

terça-feira, 15 de julho de 2014

HOTBLADE 2014 ARRANCA AMANHÃ (1656 - 87AL/2014)

Grafismo: FAP

Tem início amanhã, dia 16 e com ações até ao dia 30 deste mês, mais uma edição do Hotblade, exercício multinacional de helicópteros, que terá a sua base operacional, como é hábito, no Aeródromo de Manobra nº1, em Maceda/Ovar.
Para além dos helicópteros, outras aeronaves da Força Aérea participarão no exercício, nomeadamente o C295, P-3C Cup+ e caças F-16.
O representante de asa rotoativa nacional é o EH101 Merlin, da Esquadra 751 e para além deste tipo de helicóptero, as operações contarão com o Agusta A109 da Bélgica; o UH-1D da Alemanha; CH-47D Chinook dos Países Baixos; o AB-212 da Austria e o Puma do Reino Unido.
Como também é "tradição", haverá lugar à realização de dois "spotters day", a 22 e 29, oportunidades únicas para registar por imagens, helicópteros e toda a ação à sua volta.
O Pássaro de Ferro acompanhará, também, este importante exercício multi-nacional.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

TU-95 RUSSOS - "DIGRESSÃO PELA EUROPA" (M1552 - 137PM/2014)

Typhoon britânico na escolta a um dos Tu-95

Caças dos Países Baixos foram enviados ontem para intercetar dois bombardeiros russos que entraram no seu espaço aéreo. Uma ação normalmente considerada rotineira, mas que acontece num período de especial tensão entre a Rússia e os países da NATO.
O Maj. Ter Horst revelou que pelas 15:50 dois Tu-95 "Bear" entraram cerca de meia milha dentro de espaço aéreo dos Países Baixos.
Uma parelha de F-16 de alerta foi por isso lançada para escoltara as aeronaves russas e assegurar que voariam para fora do espaço aéreo do país das tulipas. 

Foto: MD Britânico
Os dois Tu-95 e um Typhoon     Foto: MD Britânico

Posteriormente, os Tu-95 seriam escoltados por Typhoon britânicos que descolaram de Leuchars "para determinar a identidade de aeronaves desconhecidas que se aproximaram da Área de Policiamento Aéreo da NATO a norte da Escócia e não puderam ser identificadas por outros meios". No comunicado que dá conta da ocorrência, o Ministério da Defesa britânico sublinhou que os bombardeiros não chegaram a entrar em espaço aéreo do Reino Unido, nem qualquer avião russo o fez. "Os aviões militares russos mantiveram-se em espaço aéreo internacional, tal como é seu direito", pode ler-se no comunicado.
Foto: MD Britânico


Fonte: CNN
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro



domingo, 16 de fevereiro de 2014

TORNADO AJUDA NAS CHEIAS NO REINO UNIDO (M1428 - 46PM/2014)

Tornado GR4 equipado com sistema de reconhecimento aéreo Raptor sob a fuselagem     Foto: M.Defesa

Apesar do título ser aparentemente paradoxal, a verdade é que um avião Tornado da Royal Air Force (RAF), juntou-se ao contingente militar que presta ajuda nas cheias que têm assolado o Reino Unido este inverno.

O Tornado GR4 de Marham, Norfolk, equipado com equipamento de reconhecimento fotográfico foi destacado para fazer o levantamento das zonas afetadas do vale do Tamisa.

Fontes do Ministério da Defesa britânico informaram que os planificadores de situações de emergência usarão as imagens de alta resolução obtidas pelo Tornado, na realização de mapas de prevenção de inundações, para prever os níveis que atingirão as águas nos próximos dias e assim permitir aos engenheiros construir ou reforçar diques de defesa.

Imagens obtidas pelo sistema de reconhecimento Raptor transportado pelo Tornado    Foto: M.Defesa

Aeronaves de reconhecimento Sentinel baseadas em Waddington, Lincolnshire, estão também de prevenção e efetuaram já missões do mesmo teor.

Neil Tomlin, comandante da Ala Aérea a que pertence o Tornado disse a propósito: "Espera-se que as imagens obtidas pelo nosso sistema de reconhecimento, forneçam apoio necessário para minorar o efeito das cheias."

O número de militares das Forças Armadas envolvidos é de cerca de 2000, enquanto alguns milhares mais se encontram de prevenção. Fontes da Defesa disseram que se trata do maior destacamento civil desde o surto de febre aftosa em 2001, quando as tropas foram chamadas para ajudar no abate de gado. Um número também muito significativo de militares participou nos Jogos Olímpicos de 2012.

No Surrey, soldados distribuíram água potável aos moradores, por suspeita de contaminação da água modesta nessa zona.
Em muitas outras zonas, tropas continuam a encher e distribuir sacos de areia, construindo barreiras contra inundações. Fontes da Defesa dizem esperar cada vez mais pedidos de ajuda, uma vez que as autoridades locais se têm visto cada vez mais incapazes de fazer face às condições. 
As mesmas fontes rejeitam acusações de que os militares se tenham mobilizado tarde demais.
Segundo o Governo, as tropas tiveram que esperar por pedido de ajuda das autoridades  locais: "Nós não podemos simplesmente ir e impor-nos sobre a polícia ou as autoridades locais. Se eles querem que nós façamos alguma coisa, vamos fazê-lo, mas não podemos simplesmente aparecer".

Fonte: The Telegraph
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

REINO UNIDO MODERNIZA FROTA MERLIN (M1402 - 27PM/2014)

AgustaWestland EH101 Merlin Mk.3 da RAF          Foto: RAF

A AgustaWestland ganhou um contrato no valor de 454M GBP (554M EUR) para a modernização da frota da Royal Air Force (RAF) de helicópteros de apoio Merlin, para utilização em operações anfíbias.
Vint ee cinco da atual frota de 28 AgustaWestland EH101 Merlin Mk.3 e Mk.3A serão submetidos às operações de atualização para o padrão Mk.4/4A, para uso na Commando Helicopter Force (CHF) da Royal Navy. A modernização faz parte do programa de sustentação e projecto de otimização da frota Merlin, que foi aprovado pelo Ministério da Defesa britânico em dezembro passado. O anúncio formal por parte do Governo deverá ser formalizado durante a presente semana.

Os Merlin modernizados irão substituir os envelhecidos Westland Sea King Mk.4 atualmente em uso na CHF, que serão retirados de serviço, tal como todos os restantes Sea King em uso no Reino Unido, até março de 2016.

A AgustaWestland irá utilizar a experiência acumulada com o desenvolvimento da versão naval do Merlin, o AW101 da Marinha Italiana. Uma das modificações consistirá na troca da secção de cauda por outra dobrável (NR: As unidades EH101 portuguesas na versão 516  têm também esta capacidade - n/c 19609, 10, 11 e 12). Será também aplicado um rotor principal dobrável, trem de aterragem reforçado e pontos de fixação ao convés de navios, além de um novo ponto para fast-rope. No cockpit serão aplicados aviónicos similares aos Merlin da Royal Navy atualizados para missões anti-submarino e anti-superfície. Os trabalhos incluirão ainda atualizações para melhorar a manutenção e fiabilidade da frota.

Uma vez que o programa inclui os seis Merlin ex-dinamarqueses, adquiridos pelo Reino Unido em 2008, a AgustaWestland terá que desenvolver um sistema de saída de emergência distinto para estas aeronaves, uma vez que têm configurações diferentes dos aparelhos inicialmente britânicos. As células ex-dinamarquesas passarão a servir finalmente na linha da frente, uma vez que até agora têm estado relegadas para funções de treino.

As duas primeiras células entrarão no processo de conversão no final do ano, com o primeiro Mk.4 totalmente convertido e disponível para experiências em setembro de 2017. A Capacidade Operacional Inicial do Merlin Mk.4 é esperada para o início de 2018, com sete aeronaves.

Para proporcionar capacidade de transporte anfíbio entre a retirada do Sea King e a introdução dos primeiros Mk.4, será aplicado um rotor dobrável a vários Merlin, para permitir a operação em navios, caso haja necessidade de um destacamento. Estes Merlin serão conhecidos interinamente como Merlin Mk.3i.

Fonte: Aviation Week
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

HARRIER DA ARMADA ESPANHOLA: SEGUE A POLÉMICA (M1381 - 16PM/2014)

AV-8B Harrier da Armada Espanhola

Os cortes no orçamento da Defesa em Espanha estão "a chegar ao osso", segundo palavras de um alto comando militar. Já não se trata apenas de prescindir de material obsoleto que chegou ao fim da sua vida útil, mas também de sistemas plenamente operacionais, mas com custos de manutenção elevados.

O tema de especial polémica em Espanha pelos dias de hoje, é que nalguns desses equipamentos foram despendidas quantias avultadas. Neste caso incluem-se os quatro AV-8B Harrier que a Armada Espanhola decidiu retirar de serviço, tal como Pássaro de Ferro noticiou
Apesar de não terem recebido as modernizações completas que incluíam novo radar, à semelhança das restantes unidades que continuarão em operacional ao serviço da 9ª Esquadrilha, foram ainda assim alvo de um upgrade no valor de 11,5 M EUR, que incluiu  motor e aviónicos.

A decisão de os abater ao serviço foi tomada, uma vez que segundo da Defesa espanhola a sua modernização e manutenção custaria entre 2,5 a 3M EUR, uma verba de que a Armada Espanhola não pode dispor com o atual orçamento. 
As aeronaves foram colocadas à venda, mas não existem até ao momento propostas, em grande parte devido ao Reino Unido que colocou no mercado a "preços de saldo" as unidades que retirou de serviço em 2010.

Fonte: El Pais
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

ATOR BRITÂNICO TOM HARDY VOA EM TORNADO (M1346 - 406PM/2013)

Os Tornado GR4 da Esquadra 31 da RAF     Foto: RAF/Crown

O ator Tom Hardy, conhecido por participações em filmes como Batman, Bronson ou A Origem, realizou um sonho de infância ao experimentar em primeira mão o poder do Tornado GR4 da Royal Air Force (RAF).

"Quando era miúdo sempre quis voar num caça, foi fantástico! Tive uma boa dose de adrenalina e pude ver porque é tão entusiasmante voar num rápido jato. É preciso um certo tipo de pessoa para pilotar àquela velocidade e tenho um imenso respeito por eles. Foi um prazer passar este tempo com a RAF. Apoio totalmente as nossas Forças Armadas." disse a propósito.

Tom viajou para a base aérea de Marham em Norfolk, Reino Unido, no dia 21 de novembro, para um voo de treino com a Esquadra 31 "Goldstars". O primeiro encontro foi com a secção de equipamento, que o colocaram dentro do fato de voo e capacete. Presenciou depois uma palestra sobre segurança em voo, um briefing com a tripulação de voo e realizou um rigoroso exame médico: "Os procedimentos de segurança foram muito claros. Asseguraram-se de que o capacete estava colocado corretamente e de que eu tinha o equipamento adequado para poder ir lá para cima. São uma equipa altamente profissional de homens e mulheres. Conheci depois os pilotos, que são profissionais muito inteligentes, talentosos e altamente qualificados. no fundo a eficiência e clareza durante todo o dia, foi muito precisa, ao ser levado de um lugar par ao outro. Fui briefado sobre a missão, o que durou mais ou menos uma hora. Foi algo que eu nunca julguei experimentar, sendo civil e sinto-me por isso muito honrado, foi um grande privilégio voar".

Tom Hardy na Secção de equipamentos de voo   Foto: RAF/Crown
O Flt Lt Steve Tucker foi o piloto que voou com Tom Hardy: "Foi ótimo voar com o Tom, ele adorou toda a experiência. Estava genuinamente interessado no avião e nas pessoas que conheceu e demonstrou um respeito enorme pelo nosso trabalho operacional".

O Fl Lt Steve Tucker à esq. e Tom hardy à dir.   Foto: RAF/Crown
Tom voou num Tornado GR4 por ocasião da atribuição dos Prémios Militares Sun de 2013, nos quais o destacamento da 904 Air Expeditionary Wing ganhou a prestigiada categoria de Melhor Unidade. Tom Hardy foi convidado a entregar o prémio na cerimónia transmitida pela TV britânica.

Para terminar Tom acrescentou "estou muito grato a todos os militares da Esquadra que andam lá fora a zelar pelas nossas tropas no terreno, mantendo-os em segurança, e em última instância pelo modo como a RAF cuida de nós enquanto país, para que possamos dormir descansados à noite, sabendo que eles estão a cumprir um trabalho fantástico. Levo deste dia uma sensação de eficiência e profissionalismo da RAF. A experiência no Tornado foi excelente!".

Os Tornado GR4 da RAF estão em serviço operacional desde há 23 anos consecutivos, com serviços distintos no Iraque, Kosovo, Líbia e Afeganistão em apoio aéreo aproximado, reconhecimento e informações. Nestes 23 anos, os Tornado voaram mais de 300 milhões de milhas, mais de três vezes a distância da Terra ao Sol. Só na Operação Herrick no Afeganistão, a frota Tornado voou cerca de 11 milhões de milhas o que é o mesmo que 440 voltas ao mundo ou ir 22 vezes à Lua e regressar.

Fonte: RAF/Crown Agency
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

ESCÓCIA TEM PLANOS PARA FORÇA AÉREA INDEPENDENTE (M1303 - 370PM/2013)

Eurofighter Typhoon: para ver com cores escocesas?

Tal como é do conhecimento público, a Escócia tem intenção de referendar a independência do território do Reino Unido.
E uma prova de que os locais estão a levar o assunto a sério, são por exemplo os planos para a criação de forças armadas autónomas, segundo revelado no "White Paper" publicado pelo Partido Nacional Escocês (SNP).
Relativamente à Força Aérea, o referido documento prevê 16 aeronaves de defesa aérea, seis de transportes tático, além de aeronaves de asas rotativas e de patrulhamento marítimo, mantendo a capacidade de contribuir com "excelentes capacidades convencionais" para a NATO. 
A suportar os referidos meios técnicos, uma força de 2000 militares e 300 reservistas. As aeronaves seriam "pelo menos 12 Typhoon, baseados em Lossiemouth, uma esquadra de transporte tático, incluindo seis C-130J Super Hercules e uma esquadra de helicópteros"

De acordo com o mesmo documento, elementos chave para a futura Força Aérea Escocesa, deverão partir de meios a negociar, atualmente pertencentes ao Reino Unido, principalmente a capacidade de patrulhar o espaço aéreo escocês, de acordo com os padrões NATO. O White Paper, estabelece ainda o período de cinco anos após independência, para efetuar a transição. A importância da continuidade na NATO, fica várias vezes patente no documento.

Já para o patrulhamento marítimo, delapidado na Escócia pela Royal Air Force em 2010, ao cancelar os Nimrod MRA4, o SNP sugere quatro aeronaves, tendo como base as forças de países com características semelhantes. Já o treino de pessoal de terra e tripulações para a nova Força Aérea, não está considerado ser realizado por meios próprios, sendo a realizar através de "acordos conjuntos com aliados".

O total de gastos com Defesa e Segurança está previsto situar-se nas 2500 M GBP (cerca de 3000 M EUR) por ano, abaixo das 3300 M GBP com que a Escócia contribui atualmente para os gastos militares do Reino Unido, segundo informações do SNP.




quinta-feira, 28 de novembro de 2013

REINO UNIDO NECESSITA DE DOIS PORTA-AVIÕES (M1293 - 362PM/2013)

Ilustração do Prince of Wales e Queen Elizabeth          Imagem: Royal Navy

A proposição é válida se a Coroa britânica pretender continuar a ser uma potência global, segundo declaram os especialistas.
A discussão à volta do tema teve início, quando uma proposta de Governo para vender um dos dois porta-aviões da classe Queen Elizabeth de 65.000 ton, em construção, foi divulgada.

Segundo Tobias Ellwood parlamentar britânico, citado pelo jornal Telegraph, vender um dos porta-aviões é que será um mau uso de dinheiro público, conforme explica:

"O Reino Unido ou necessita de ter porta-aviões, ou não necessita. Se necessita, então duas unidades no mínimo são requeridas, de modo a ter sempre pelo menos um disponível. (...) Operar dois porta-aviões cimentará a Grã-Bretanha como uma força global, com poder militar de primeiro nível" disse.

Ilustração de um F-35B a aterrar no Queen Elizabeth     Imagem: Royal Navy

Um exemplo do que a falta de porta-aviões pode causar, é por exemplo a recente campanha na Líbia (2011), em que os aviões de ataque britânicos Tornado e Typhoon foram obrigados a realizar missões de 3000 milhas (cerca de 4500 km) de ida e volta. Mesmo depois de baseados em Itália, as missões eram ainda assim quatro vezes mais dispendiosas, do que se fossem lançadas a partir de um porta-aviões no Mediterrâneo. 
O porta-aviões, é pelas suas características de mobilidade, flexibilidade e independência, um dos primeiros meios a ser deslocado para qualquer foco de instabilidade no globo.

Operar um único porta-aviões, significa que só se poderá dispor desse meio durante cerca de 200 dias por ano, devido aos necessários trabalhos de manutenção. 

Segundo o Secretário da Defesa Philip Hammond, uma decisão definitiva só será tomada em 2015, quando for revista a estratégia de defesa e segurança do país.

O HMS Queen Elizabeth em construção em Rosyth   Foto: Royal Navy




sexta-feira, 18 de outubro de 2013

TERMINA EXERCÍCIO JOINT WARRIOR 13-2 NO REINO UNIDO (M1218 - 300PM/2013)

Mirage 2000N em Leeming no exercício Joint Warrior


De 7 a 17 de outubro de 2013, estiveram destacados como parte do exercício JOINT WARRIOR 13-2 no norte do Reino Unido, quatro Mirage 2000N da Esquadra (CE) 2/4 "La Fayette" da base aérea de Istres 125. A participação pretendeu reforçar as equipas técnicas e manter o seu nível de excelência.

O JOINT WARRIOR  (ver Joint Warrior 13-1) é um exercício conjunto e combinado, que faz parte de um treino operacional bilateral. O objetivo é manter a cooperação militar franco-britânica. Entre as medidas implementadas, quatro Mirage 2000N foram destacados para a base aérea, de Leeming.

A principal missão do Esquada 2/4 "La Fayette"  é a dissuasão nuclear. No entanto, os seus meios são também usados ​​para executar missões convencionais. Para tal, as equipas treinam-se diariamente, de dia e de noite e tomam parte em numerosos exercícios. É isso que torna as forças estratégicas em unidades  verdadeiramente versáteis.

A participação da CE 2/4 "La Fayette" no exercício JOINT WARRIOR 13-2 tinha por fim o treino num ambiente realista. As tripulações tiveram que enfrentar os diferentes estágios de uma missão aérea tática. Entre os pilotos e navegadores atuais, dez deles realizaram a sua primeira missão no exterior. A missão faz parte do treino dito "convencional". É crucial para a sua qualificação e permitir-lhes-á melhorar significativamente o seu trabalho em equipa.

Além de envolver mais jovens que no ano passado, uma outra especificidade foi acrescentada: Três  navegadores integrados no destacamento foram qualificados como Controladores Aéreos Avançados (FAC - Forward Air Controller), incluindo um Supervisor FAC . O papel da FAC é orientar, a partir do solo, aviões de combate dedicado à missão de CAS ( Close Air Suport - Apoio Aéreo Aproximado). Possuindo essa qualificação, permite melhora o diálogo Aeronaves-FAC de forma significativa e, assim, aumentar a eficiência. Com esta complementaridade, o EC 2/4 "La Fayette" demonstrou um compromisso total. 
Para garantir o bom funcionamento do exercício, nada menos do que cinquenta pessoas, dentre as 270 que tem a Esquadra, trabalharam na Base Aérea Operacional Projetada (BOP).

Vídeo:




Fonte:
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

terça-feira, 17 de setembro de 2013

GREEN FLAG BRITÂNICO-SAUDITA (M1158 - 255PM/2013)


Tornados britânicos     Foto:RAF

Typhoons da Esq 10 da Real Força Aérea Saudita (RSAF) voaram desde a Base Aérea Rei Fahad em Taif, juntamente com Tornados da Esq 75 de Dhaharan, até Coningsby no Reino Unido para operação conjunta com Typhoons da Esq 3 da RAF e Tornados GR4 de Marham. 
Durante o exercício de dez dias, as tripulações britânicas e sauditas voaram em conjunto, numa série de missões com aumento gradual de complexidade.
Como sempre, estas ocasiões são oportunidade para aprofundar relações e trocar conhecimentos sobre o modo de operação de outras forças aéreas, além de permitir explorar de modo aprofundado as potencialidades de cada tipo de avião, de modo a conseguir um resultado global mais satisfatório.

Typhoon saudita       Foto: RAF

O comandante da Base Johnny Stringer referiu a propósito: "Para Coningsby e para a RAF, este é um exercício bastante significativo, uma oportunidade de voar os mesmos tipos de aviões, com os nossos amigos da RSAF, partilhar o nosso pensamento tático e como utilizamos as nossas plataformas.  Para nós é também importante, como base de suporte a um destacamento de uma força aérea longe do seu ambiente." Continuando depois: "no final do exercício chegaremos a um ponto em que o sucesso para nós, e penso que posso falar também pela RSAF, será que os nossos pilotos, navegadores, engenheiros e controladores - todas as pessoas que a RSAF trouxe e que acolhemos em Coningsby e pelo Reino Unido - não só se compreendam e conheçam entre si um pouco melhor, mas também que se alguma vez tivermos de voar lado a lado a sério, tenhamos confiança uns nos outros de que conseguiremos fazê-lo.

O Brigadeiro-General da RSAF Mohammed Al-Shahrani, comandante do destacamento disse: "Um objetivo muito importante que temos, é assegurarmo-nos de que todo o nosso pessoal, desde tripulações, a engenheiros, administrativos, controladores e todas as outras funções, trabalham lado a lado com a RAF, para estarem prontos, se alguma vez precisarmos de operar em conjunto".

Operação conjunta também na messe      Foto:RAF

Johnny Stringer acrescentou ainda:"em termos da tipologia do exercício, Coningsby foi obviamente escolhida por haver Typhoons e Tornados a operar em conjunto, mas também temos pessoal da RSAF a trabalhar noutras unidades de apoio ao exercício."

Do ponto de vista saudita, dois aspetos se revestem de especial importância: o exercício é o primeiro destacamento de um número significativo de Typhoons fora da Arábia Saudita e é também a primeira vez que o reabastecedor aéreo A330 MRTT foi usado operacionalmente para acompanhar aeronaves em destacamento de longa distância, por qualquer força aérea no mundo (NR: estas aeronaves fizeram testes e certificação de sistemas com os F-16 da Força Aérea Portuguesa). No caso, os Typhoons sauditas fizeram voo diretamente da Arábia Saudita até ao Reino Unido, com recurso ao A330 MRTT. Shahrani comentou a propósito: "é a primeira vez que destacamos Typhoons por um longo período fora do nosso país, o que significa que atingimos capacidade para o nosso apoio logístico a cerca de 3000 milhas, e é muito importante para nós testarmos isso. Também é a primeira vez que usamos o MRTT para sair da Arábia Saudita , o que tem decorrido bem até ao momento."

A330 MRTT saudita em certificação de sistemas sobre Monte Real

A terminar Stringer acrescentou que "os sauditas têm sido nossos amigos e aliados há já longo tempo (...) e quando é preciso operar com aliados, saber que podemos pegar no telefone e falamos com alguém conhecido do outro lado, é algo de muito valioso".

Fonte: RAF
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro




quinta-feira, 18 de julho de 2013

ESQUADRA "DAMBUSTERS" SERÁ A PRIMEIRA A RECEBER O F-35 NA EUROPA (M1084 - 206PM/2013)


O primeiro F-35B Lighting II da RAF     Foto: Lockheed Martin

A Royal Air Force (RAF) anunciou hoje que a Esquada 617, a famosa "Dambusters" será a primeira unidade operacional no Reino Unido e na Europa a utilizar o F-35B Lightning II.

O Chefe de Estado Maior Sir Stephen Dalton, fez hoje o anúncio, durante uma conferência sobre poder aéreo. No discurso a vários oficiais superiores de várias forças aéreas de todo o mundo, Sir Stephen informou que a 617 Sqd será desativada em abril do próximo ano, como parte do programa de retirada da frota Tornado GR4. Será depois reativada em 2016, para receber o caça de nova geração Lightning II.

"Estou encantado por poder anunciar que a contribuição fora de série da Esquadra 617 - no passado e no presente - irá inequivocamente continuar, quando for reativada como a primeira unidade operacional do F-35B no Reino Unido" disse Sir Stephen. "As capacidades topo de gama, furtivas e de ataque a alvos de precisão, juntamente com a força de Typhoon já testadas em combate, complementar-se-ão e formarão as bases para o ISTAR (Intelligence,Surveillance, target Aquisition and Reconnaissance) de um poder aéreo contemporâneo global, para os anos 2020 e posteriormente. O Lightning será usado conjuntamente por pilotos da Força Aérea e Marinha, a partir de terra ou do porta aviões Queen Elizabeth. Em suma, será uma capacidade conjunta altamente flexível para o futuro" concluiu.

A variante do Reino Unido é o F-35B Lightning II, de descolagem curta e aterragem vertical (STOVL), que permite a utilização a partir de pequenas pistas em terra, ou em vasos de superfície no mar. Após a reformulação, a Esquadra 617 terá pessoal da RAF e Royal Navy. Utilizará numeração da Royal Navy, mas terá um número equiparado de tripulações de ambos os ramos.

Fonte: RAF
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


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