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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

IRÃO AFUNDA "PORTA-AVIÕES" AMERICANO - com vídeo (M1800 - 35PM/2015)

Imagem retirada da reportagem da TV iraniana 

O impensável aconteceu: o Irão atacou um porta-aviões americano! Ou quase...
Por entre rockets e o barulho ensurdecedor de armas de vários navios de assalto iranianos, uma réplica em madeira do porta-aviões americano USS Nimitz foi destruída, durante exercícios de larga escala realizados pelas forças de Teerão na entrada do Golfo Pérsico.

Com direito a honras de transmissão televisiva, a manobra de propaganda planeada há já bastante tempo, tal como o Pássaro de Ferro havia noticiado, significa decididamente que, a "aliança" de ocasião com os EUA para combater o Estado Islâmico, deve ficar-se só por aí.

Amigos, amigos, porta-aviões à parte...

E o vídeo, sem legendas. Não precisa.


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

GENERAL IRANIANO MORTO EM ATAQUE DE HELICÓPTERO ISRAELITA (M1768 - 11PM/2015)

AH-64 Apache da FA Israelita     Foto: IAF

O Irão confirmou a morte do General Allahdadi da Guarda Revolucionária, num ataque de um helicóptero israelita na Síria.
A confirmação foi dada na forma de um comunicado publicado esta segunda-feira, no sítio de internet da Guarda Revolucionária Iraniana.

Na altura do ataque, o General estava destacado, para fornecer "conselhos cruciais" às Forças Armadas Sírias, no combate aos extremistas.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano comentou o sucedido num meio de comunicação social local, classificando o ataque israelita como "um ato de terror", condenando-o veementemente.

Ainda segundo a imprensa local, o ataque perpetrado no domingo 18 de janeiro, perto da cidade de El Quneitra, matou seis oficiais da Guardas Revolucionária Iraniana, entre os quais um comandante do Hezbollah, Mughniyah.

A viatura em que seguiam, estaria em trânsito do Líbano para a Síria, quando foi alvejada por um helicóptero israelita.

Uma fonte próxima do Hezbollah referiu que o grupo já jurou vingar o ataque, mas "não se precipitará em decidir que passos serão dados" em resposta à morte de Mughniyah.

Mughniyah era comandante de uma unidade do Hezbollah que combatia o Estado Islâmico e outros grupos jihadistas. 


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

IRÃO INICIA "PRODUÇÃO EM MASSA" DE CAÇA LOCAL (M1761 - 05PM/2015)


Segundo notícia veiculada pela agência noticiosa oficial iraniana Fasr, Teerão iniciou a produção em massa do caça Saeghe (raio), desenvolvido localmente.
Apesar de claramente baseado no F-5 também em uso na Força Aérea do país, com algumas nuances de F/A-18, ao contrário do Qaher F-313, é mesmo um avião a sério, tendo sido mostrado em voo de formação com um F-5F. Ainda segundo fontes oficiais iranianas, as performances em voo e de equipamentos, são mesmo equiparadas às dos F/A-18C, embora não seja possível para já avaliar a a veracidade destas afirmações.


Segundo a agência de notícias Fars, o país persa tem atualmente já "várias esquadras" operacionais equipadas com o novo caça. Revelado inicialmente em 2007, até à divulgação da notícia, acreditava-se que apenas três Saeghe estariam em operação, na Esquadra 23 sedeada em Tabriz no noroeste do Irão. 


Embora não haja dados oficiais, a imprensa iraniana adianta que um total de 24 unidades dos 141 F-5E/F fabricados na década de 70 e entregues à FA Iraniana, deverão ser transformados para o novo padrão Saeghe pela HESA.







terça-feira, 2 de dezembro de 2014

F-4 IRANIANO ATACA ESTADO ISLÂMICO (M1740 - 329PM/2014)

F-4 ataca alvos no Iraque        Imagem extraída de vídeo Al Jazeera


Pelo menos um F-4 Phantom II iraniano atacou com bombas alvos do Estado Islâmico em Diyala, província oriental do Iraque, segundo se pode inferir de imagens difundidas em canais de TV locais.

Inicialmente mal identificado como um caça iraquiano pelas cadeias noticiosas, a silhueta permite contudo reconhecer um F-4 Phantom II. 
Dada a proximidade do local com a fronteira iraniana e a relutância do outro operador de Phantom na região (Turquia) em se envolver ativamente no conflito, deverá por exclusão de partes tratar-se de um F-4 da Força Aérea da República Islâmica do Irão (IRIAF).

Apesar do Irão ter oferecido Su-25 ao Iraque para contribuir na luta contra o EI (embora se suspeite serem pilotados por pilotos iranianos), estas imagens são a primeira prova de um envolvimento direto de Teerão no conflito.

As imagens exibidas pela Al Jazeera foram alegadamente captadas no dia 30 de novembro mostram um F-4 em apoio a tropas iraquianas na reconquista da cidade Sa'adiya, naquela que é tida como a maior operação governamental contra o EI desde junho.

Já algo comentada desde junho também, uma possível colaboração entre iranianos e americano, na luta contra o inimigo comum, parece agora ganhar consistência, quanto mais não seja através de mera coordenação, de  modo a evitar encontros indesejáveis no ar, entre os até há bem pouco tempo improváveis "aliados".


Silhueta de F-4 Phantom II claramente identificável aos 0:20 minutos:





segunda-feira, 16 de junho de 2014

EUA ENVIAM TROPAS E MEIOS PARA O IRAQUE (M1621 - 190PM/2014)

Super porta-aviões USS George Bush         Foto: Winston Likert/US Navy

À medida que os extremistas islâmicos se aproximam dos subúrbios de Bagdad, o Pentágono destacou soldados do Exército e Fuzileiros na embaixada americana, para reforçar a segurança e garantir a evacuação de pessoal diplomático.

A chegada das tropas ontem, domingo, marcou o primeiro destacamento operacional de tropas americanas, desde a retirada em dezembro de 2011.

Entretanto, pelo menos dois navios de guerra da US Navy foram posicionados no Golfo Pérsico, onde irão para já proporcionar "mais opções ao Comandante-em-Chefe para proteger cidadãos e interesses americanos no Iraque, se assim decidir usá-los", disse o porta-voz do Pentágono, Contra-Almirante John Kirby em comunicação oficial hoje 16 de junho.

A administração Obama está entre as espada e a parede, ao ter de escolher entre duas opções de alto risco: voltar a colocar tropas americanas no terreno, ou enfrentar críticas semelhantes às que se sucederam em 2012, quando o consulado dos EUA em Bengazi na Líbia foi atacado, com a consequente morte de quatro diplomatas, incluindo o Embaixador.

Também esta segunda-feira, o navio de desembarque anfíbio USS Mesa Verde foi destacado para águas do Golfo Pérsico, onde se juntará ao super porta-aviões USS George Bush, já mobilizado no sábado passado. O porta-aviões transporta caças-bombardeiros F/A-18 que podem aportar poder de fogo sobre o Iraque, enquanto o USS Mesa Verde transporta a 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros, bem como aeronaves MV-22 Osprey, que ficarão de sobreaviso, no caso de ser necessária uma evacuação da embaixada em Bagdad.

Também durante o dia de hoje, as forças rebeldes ISIS divulgaram através do Twitter, fotos de execuções sumárias de soldados iraquianos, que alegadamente se terão rendido, tendo sido conduzidos a valas comuns, onde foram então executados. A autenticidade das fotos foi já confirmada pelo porta-voz do Exército iraquiano, Gen. Qassim al-Moussawi.

Esta é a primeira de uma série de fotos divulgadas que mostram a execução sumária dos cativos, numa vala comum, às mãos do auto-denominado Estado Islâmico. Optámos por não as exibir dado o seu conteúdo altamente violento

Numa iniciativa inédita desde há quase quatro décadas, o Irão manifestou disponibilidade para cooperar com Washington, no sentido de garantir a estabilidade no Iraque.


quinta-feira, 8 de maio de 2014

IRÃO PROMETE AFUNDAR PORTA-AVIÕES AMERICANOS EM SEGUNDOS (M1575 - 156PM/2014)

Propaganda iraniana com simulação de ataque a porta-aviões americano

O comandante da Marinha de Guerra do Irão, almirante Ali Fadavi, em entrevista à agência Fars News declarou que o Exército de Guardiões da Revolução Islâmica (EGRI) “exerce pleno controlo sobre o estreito de Ormuz, podendo fazer frente à Esquadra dos EUA quando esta aumentar a sua atividade na região”.

Segundo o almirante, neste momento, estão em curso manobras militares com o objetivo de aniquilar maquetas de navios de guerra norte-americanos. Modelos de contratorpedeiros e fragatas foram criados há muito para o efeito, completou. No decurso dos exercícios, foram alcançados resultados palpáveis – uma maqueta, atingida por um míssil, afundou-se em menos dum minuto.

Ainda de acordo com Ali Fadavi, o Irão é um dos dois países que possuem mísseis submarinos de alta velocidade (320 km/hora). Enquanto isso, os EUA gastaram dezenas de milhares de milhões de dólares tentando projetar  tecnologia análoga. As pesquisas realizadas durante 10 anos não deram resultado.

No mês passado, foram divulgadas fotos de uma cópia do porta-aviões CVN 68 Nimitz norte-americano, em vias de construção no Irão. Na altura, o objetivo dos trabalhos era desconhecido. Segundo peritos, a cópia era semelhante, embora se parecesse mais com uma decoração para filmes militares de Hollywood.

O modelo de porta-aviões ainda não foi contudo usado para a prática de tiro, apesar de já ter sido confirmado oficialmente esse intuito.


Fonte: Voz da Rússia
Adaptação: Pássaro de Ferro

domingo, 27 de abril de 2014

IRÃO VAI USAR RÉPLICA DE PORTA-AVIÕES PARA EXERCÍCIOS (M1556 - 141PM/2014)

O verdadeiro USS Nimitz     Foto: Aiyana Paschal/US Navy

No seguimento da descoberta de que uma réplica do porta-aviões americano USS Nimitz está em construção no Irão, e de toda a especulação gerada acerca do intuito de tal obra, eis que finalmente um jornal iraniano divulga os planos existentes no país para usar o referido modelo em exercícios militares futuros.

O jornal The Sunday cita o Almirante Ali Fadavi, chefe da Marinha dos Revolutionay Guards iranianos, dizendo que "(as forças iranianas) devem usar o porta-aviões para treino de tiro, após estar terminado", acrescentando ainda que "devemos aprender as fraquezas e pontos fortes do nosso inimigo".

Esta é a primeira reação de fontes oficiais iranianas às notícias que surgiram em março passado, dando conta da construção da réplica do Nimitz num porto de Bandar Abbas. Fontes oficiais não comentaram então a notícia, tendo a TV do Estado persa avançado o uso num filme como a razão de ser para o bizarro "navio".

Fonte: Navy Times
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


terça-feira, 25 de março de 2014

AINDA O "PORTA-AVIÕES" IRANIANO (M1494 - 107PM/2014)

Imagem do modelo do porta-aviões em construção no Irão       Foto:Autor desconhecido

Após a revelação pelo New York Times de que o Irão está a construir uma réplica a 2/3 do tamanho, de um porta-aviões americano da classe Nimitz, surgiu na imprensa persa a explicação de que o mesmo se destina à realização de um filme sobre um avião de linha aérea iraniano, alegadamente abatido por um navio americano em 1988.

Mas os custos da construção de tão grande modelo fazem suspeitar que o uso seja apenas esse. É pelo menos essa a opinião de Christopher Harmer do Instituto de Estudos de Guerra, EUA. "Só faz sentido construir um modelo deste tamanho, para um filme que seja um sucesso comercial de primeira grandeza". Harmer admite contudo que o filme possa ser para fins de propaganda do estilo dos épicos Nazis do fim da II Guerra Mundial: "seria um desperdício de dinheiro absurdo, mas é possível que os iranianos sejam assim tão estúpidos".

Já a hipótese de que a réplica possa servir para o treino de técnicas de ataque massivo em "enxame". Depois de perder várias batalhas com a Marinha dos EUA na década de 80, os iranianos perceberam que não poderiam derrotar os americanos em luta convencional, pelo que adotaram táticas tipo kamikaze, em que centenas de pequenas embarcações armados com lançadores de foguetes ou metralhadoras lançariam ataques suicidas contra navios de guerra americanos.

"Para tal precisariam de um grande navio, mais ou menos parecido com um porta-aviões, paar poder treinar o ataque e achara as suas vulnerabilidades" disse Harmer.

Apesar do tema já ter chegado a altas instâncias políticas e militares nos EUA,as teorias para a sua explicação, soam tão estranhas tal como o facto em si é bizarro.

Outra possível explicação será o treino de disparo de mísseis, mas na verdade é que no Ocidente se sabe com muito pouca certeza para que está em construção em Bandar Abbas, perto do Estreito de Ormuz,  um modelo dum porta-aviões americano.

 



sábado, 22 de março de 2014

PORTA-AVIÕES IRANIANO?! (M1485 - 100PM/2013)

Imagem satélite do "porta-aviões" iraniano em cosntrução     Foto: Digital Globe

O Irão está a construir uma cópia do porta-aviões americano USS Nimitz (CVN-68), segundo relata o canal de televisão CNN.

Os serviços de informação dos EUA conseguiram tirar fotos do navio a partir de satélite, que revelam que o pretenso navio possui apenas 2/3 do tamanho real e tem já aviões a bordo ainda em doca seca, o que seria totalmente despropositado num porta-aviões real.

Washington acredita por isso que o objetivo será construir um modelo em tamanho (quase) natural e explodi-lo, transmitindo isso num canal de televisão nacional para fins de propaganda, à semelhança de ações idênticas  no passado.

Uma das mais famosas manobras de propaganda dos últimos tempos, foi quando regime de Teerão divulgou com pompa e circunstância a apresentação do primeiro caça furtivo fabricado no país, que contudo se verificou  não passar de um embuste.

Fonte: Voz da Rússia
Adaptação : Pássaro de Ferro

domingo, 9 de fevereiro de 2014

O DIA EM QUE UM P-3 IRANIANO FEZ UMA RAPADA A UM PORTA-AVIÕES AMERICANO (M1418 - 40PM/2014)

Foto: US Navy
Foto: US Navy
Foto: US Navy
Algures durante o verão de 2012, um P-3F da Força Aérea Iraniana sobrevoou a baixa altitude o porta-aviões USS Abraham Lincoln da Marinha dos EUA (US Navy), a navegar então no Golfo Pérsico.
A notícia foi sabida primeiro através de um sítio de internet iraniano, que mostrava inclusivamente fotos da ocorrência, tiradas a partir do P-3 iraniano. Mais tarde, a US Navy divulgaria também fotos tiradas a partir do porta-aviões e do piloto do F/A-18 que escoltou o P-3 para longe do Lincoln.

A partir das imagens e alguns depoimentos, foi possível reconstituir o sucedido:

Um dos quatro P-3F da década de 70, operados pelo Irão, aproximou-se do Abraham Lincoln a baixa altitude. A ação teve lugar em águas internacionais, onde tanto o grupo do porta-aviões, como o P-3 têm direito de poder estar.
Segundo um antigo piloto de P-3 americano, que analisou as  fotos, "o P-3 parece executar uma manobra conhecida como eight-point rig. A manobra destina-se a proporcionar uma série de fotos de oito perspetivas do encontro"(...) "Esta manobra usava-se regularmente sobre navios mercantes, para determinar o nome, porto de origem, bandeira, tipo de casco, convés de carga, rumo e velocidade, além de fotos, do navio".

Pelas fotos pode verificar-se que o P-3 parece evitar passar diretamente apontado ao Lincoln, traçando antes uma espécie de quadrado à sua volta, o que o ex-piloto de P-3 confirma: "é de propósito. A manobra destina-se a evitar uma aproximação ameaçadora relativamente ao navio, apesar de que sempre achei que a simples proximidade é ameaçadora para um navio militar".

Foto via Aerospacetalk.ir
Foto via Aerospacetalk.ir

O USS Abraham Lincoln enviou um F/A-18E Super Hornet para intercetar o P-3, quando este subiu a altitudes mais elevadas após as passagens baixas.
Destes instantes de contacto entre o Super Hornet e o P-3, há imagens de ambas as tripulações a fotografarem-se mutuamente.

Foto: US Navy
Foto: US Navy

Fonte: war is boring
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

segunda-feira, 6 de maio de 2013

OS RAIDES ISRAELITAS NA SÍRIA (M983 - 128PM/2013)


F-16 I Sufa israelita   Foto: IAF

Apesar de terem passado já alguns dias desde as primeiras informações de que aeronaves israelitas terão perpetrado ataques contra instalações sírias, dados concretos são ainda difusos.
Durante o dia de hoje, observadores internacionais alegam terem perecido 42 soldados sírios, em consequência dos ataques, com cerca de uma centena de de possíveis óbitos ainda por confirmar.
Os raides ocorreram durante a passada sexta-feira e no domingo de manhã, visando um armazém de armamento nos arredores de Damasco e/ou uma coluna de veículos transportando mísseis iranianos Fateh-110, alegadamente para uso por parte do Hezbollah, no Líbano, contra alvos em Israel.

Segundo algumas fontes, o uso de equipamento de guerra eletrónica terá permitido à Força Aérea Israelita efetuar os bombardeamentos, sem qualquer interferência das forças sírias.  Outras fontes contudo, alegam que as aeronaves israelitas não terão chegado a sobrevoar espaço aéreo sírio, tendo desferido os ataques a partir do Líbano, justificando assim a passividade das defesas sírias, que não esboçaram qualquer tipo de reação. Esta segunda versão é  perfeitamente verosímil, considerando o uso por parte da aviação da Estrela de David, de mísseis ar-solo do tipo Rafel Popeye ou Spice fabricados localmente, dado o raio de ação atribuído a estas armas, bem como o poder explosivo.

Apesar de numa primeira fase não ter havido confirmação dos ataques por parte de fontes oficiais israelitas, segundo informações mais recentes de fontes não-oficiais, estes terão sido aprovados numa reunião de segurança, presidida pelo Primeiro Ministro Netanyahu. Apesar de não confirmarem que o alvo seriam armas químicas, que vêm sendo faladas como estando a ser usadas na guerra civil síria, os alvos visados nos raides israelitas, foram descritos por oficiais deste país, como sendo "capazes de mudar o rumo dos acontecimentos".

Pelo resto do mundo, Rússia  e China expressaram alarme pelas repercussões que os ataques israelitas podem ter no equilíbrio delicado da região. Já dos EUA, que oficialmente alegam não ter sido informados previamente por Israel da iminência dos ataques, o executivo de Obama reafirma a intenção de não enviar tropas americanas para o conflito.



domingo, 7 de abril de 2013

OPERAÇÃO EAGLE CLAW - CRÓNICA DE UM DESASTRE (M943 - 99PM/2013)


As imagens que correram mundo do fim da Operação Eagle Claw no deserto salgado iraniano

No seguimento da revolução que depôs o Xá do Irão, Mohammed Reza Pahievi em 1979, a Embaixada dos EUA em Teerão foi invadida pelos revoltosos, em protesto contra o país que sempre apoiou o regime deposto e inclusivamente deu guarida ao ex-líder, fugido do país.
Assim começa o galardoado filme Argo, cujo enredo, conta a história da operação de resgate de um punhado de funcionários da invadida Embaixada.
Para todos os outros cidadãos americanos feitos prisioneiros, foi planeada em segredo uma ação de resgate, confiada a uma força-tarefa militar, pelo então Presidente dos EUA Jimmy Carter, enquanto oficialmente declarava ser essa opção uma loucura.
A Força Delta, criada poucos anos antes (1977) foi a escolhida para a operação de libertar os 66 reféns do novo regime dos Ayatolas.

Faixas vermelhas foram pintadas para distinguir os F-4 americanos em possíveis confrontos com F-4 iranianos
Os RH-53 no convés de voo do USS Nimitz já com a pintura de deserto    Foto:US Navy

A missão não era fácil e várias alternativas se colocaram para a ação, tendo a opção final recaído na utilização dos helicópteros RH-53D Sea Stallion (trimotor) devido à sua grande capacidade de carga, mas vários obstáculos se continuaram a colocar à operação, tais como a falta de autonomia dos helicópteros para atingir um porta-aviões na zona, o que obrigaria a abastecer nalgum ponto intermédio. Mesmo a escolha dos próprios pilotos não foi consensual (primeiro da Marinha, depois dos Fuzileiros). 
A opção seria por isso deslocar a Força Delta em C-130 até um ponto de encontro no terreno, para depois prosseguir nos RH-53 que viriam de um porta-aviões, reabastecendo no ar. Após o resgate dos reféns, novo transbordo ainda no Irão para aviões de asa fixa, no caso C-141 e o regresso.
Todos os preparativos contudo tiveram que ser feitos no maior secretismo, de modo a não levantar suspeitas, com movimentações de aeronaves e forças fora do comum.

Um dos MC-130 que participaram na Operação    Foto:USAF
O EC-130 que viria a ser perdido no acidente em Desert One

Previamente à missão, um agente da CIA infiltrado no Irão, localizou e assinalou uma pista de aviação no deserto, designada Desert One, a cerca de 500 km de Teerão. 
Seria o local de encontro da Força Delta (vinda da Alemanha, via Egito e Omã, para embarcar nos MC-130 que efeatuariam a penetração no Irão), com os RH-53 vindos do porta-aviões USS Nimitz estacionado no Mar Arábico. 
Em Desert One os RH-53 seriam reabastecidos e embarcariam a Força Delta, seguindo depois para o ponto  Desert Two, a 80 km de Teerão. Os helicópteros descarregavam então as forças, deslocando-se para um ponto de espera apenas com a tripulação, aguardando durante todo o dia seguinte pelo decorrer das ações no terreno.

1-Nimitz; 2-Desert One; 3-Desert Two; 4-Teerão; 5-Desert Three

A Força Delta entretanto, deslocar-se-ia em camiões até à Embaixada, onde deveria reunir os prisioneiros e conduzi-los até um campo de futebol, onde embarcariam nos helicópteros vindos entretanto do ponto de espera no deserto, para prosseguir até ao ponto Desert Three, onde se faria o transbordo para C-141 para a saída do Irão. Simples? Não. Era contudo o plano.
A 24 de abril de 1980, as forças envolvidas na operação estavam a postos e a missão teve início.

Dois dos C-130 em Desert One

Esquema das aeronaves em Desert One      Fonte: Wikipedia




Os incidentes porém, começaram logo à chegada do primeiro MC-130 (de 3 MC-130 e 3 EC-130) ao posto Desert One, onde estavam três veículos iranianos. Um foi prontamente dominado, outro atingido e o terceiro conseguiu escapar. Os oito helicópteros RH-53 que deveriam chegar meia hora depois, chegaram bastante atrasados, entre uma hora a 90 minutos depois do programado. E dos oito, só seis chegaram de facto. O heli nº6 aterrou de emergência no deserto, com os tripulantes a seguirem missão no nº8, e o nº5 regressou ao USS Nimitz após perda de alguns dos instrumentos e controlos de voo na tempestade de areia, que acabaria por atrasar todos os outros helis que seguiram missão. E os que chegaram não estavam também em boas condições, um mesmo sem capacidade para prosseguir devido a problemas hidráulicos e os restantes com outras falhas de vária ordem. Após algumas acaloradas discussões via rádio, a decisão de cancelar a missão acabaria por chegar do próprio presidente Jimmy Carter.

Apesar do plano inicial prever abandonar os RH-53 em Desert Three (para o regresso em C-141), foi decidido não os deixar em Desert One, uma opção que viria a revelar-se fatal. No meio da poeira, durante as manobras para a partida, um dos helicópteros acabou por colidir com o EC-130, sendo em pouco tempo consumidos ambos pelas chamas.

Destroços das aeronaves acidentadas com um dos RH-53 abandonados em segundo plano

Milagrosamente, vários elementos da Força Delta dentro do EC-130 conseguiram escapar, antes do fogo se propagar por toda a aeronave. Vários outros helicópteros acabaram por ficar irrecuperáveis, sendo os seus tripulantes encaminhados para os Hercules restantes, em que regressaram a Masirah em Omã.
A missão terminou com oito vítimas mortais, dois RH-53 e um EC-130 destruídos e cinco RH-53 abandonados em Desert One, mais tarde destruídos pelos iranianos.
Planos posteriores para nova ação militar foram realizados e testados nos EUA, mas não chegariam a concretizar-se. Os reféns só viriam a ser libertados por via diplomática quase um ano depois e após 444 dias de cativeiro.
Jimmy Carter não voltaria a ser eleito Presidente dos EUA. 

RH-53 abandonado no deserto iraniano




terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

IRÃO FURTIVO? - REPRISE (M863 - 43PM/2013)

Qaher F-313        Foto:Agência FARS
No seguimento da divulgação com pompa e circunstância, do primeiro caça stealth (furtivo) totalmente produzido no Irão, as reações de especialistas (e até para olhos menos treinados) não se fizeram esperar: ao avião batizado Qaher F-313 foram apontadas várias falhas que comprometeriam o seu desempenho: tamanho geral muito pequeno, entradas de ar demasiado pequenas, um painel de instrumentos duvidoso para uma aeronave "high tech", já para não falar na estrutura interior do aparelho, visível no cockpit, a parecer (se não é mesmo) um chamado "mockup" (modelo à escala real), com a diferença de que provavelmente nem à escala real estaria.
Se da análise das fotos, a credibilidade da aeronave já deixava muito a desejar, a cereja no topo do bolo, foi um vídeo divulgado pela cadeia de TV estatal, alegadamente mostrando o Qaher 313 em voo, cuja análise parece não mostrar mais do que um modelo de rádio controlo com a forma do F-313.

Dado o "ceticismo" internacional quanto à veracidade da aeronave apresentada, do Irão chegou um comunicado através da agência MEHR, em que são descritas as 10 características principais do Qaher F-313, a saber (e ler com cautela):

"1- A utilização de duas entradas de ar proporciona ar ao motor. Devido a um ângulo indireto das entradas de ar a refletividade de radar é reduzida, tal como no F-35
2- Os gases quentes da exaustão são misturados com ar frio das entradas de ar, arrefecendo a massa de ar antes da saída pelo bocal de exaustão, reduzindo assim os efeitos do calor na superfície da aeronave.
3- A utilização de materiais que absorvem as ondas de radar tornam o Qaher F-313 uma aeronave furtiva
4- Considerando o comprimento e altura da aeronave ser inferior a 16 e 4 m, respetivamente, os dois compartimentos de  bombas têm capacidade para duas bombas de 900 kg, ou um número maior de bombas mais pequenas de precisão, ou mísseis, ou ainda pelo menos seis mísseis ar-ar da categoria R-17 ou PL-12.
5- A relativamente grande área dos estabilizadores verticais, cria estabilidade direcional favorável, tal como a inclinação das mesmas traz benefícios aerodinâmicos, nomeadamente em manobras laterais.
6- A grande canópia proporciona visibilidade a 360º, essencial para voos a baixa altitude, ataque ao solo e combates ar-ar a curta distância (dogfights).
7- As asas com ângulo lateral variável em forma de M, são um exemplo perfeito dos projetos indígenas, que são a melhor forma para os aviões.
8- O trem de aterragem de ciclo único é a melhor prova de que o F-313 é uma aeronave leve, com peso mínimo à descolagem de 12 a 14 toneladas e máximo de 20 toneladas.
9- O cockpit tem oito ecrãs analógicos, o que significa que a tecnologia MFD (multi functional displays) ainda pode progredir no F-313.
10- Considerando que a manche de comando, os sistemas de controlo, as superfícies móveis nas asas, leme e estabilizadores verticais são hidráulicos, o sistema não é fly-by-wire (comando computorizado).

No projeto do F-313, foi usado software avançado de design (CATIA), métodos de análise aerodinâmica tais como dinâmica dos fluidos computacional (CFD), com a ajuda de software de geração de matrizes (GAMBIT) e análise de fluidos (FLUENT), além de outros programas de design por computador, que demonstram um trabalho científico completo em várias áreas científicas nacionais, utilizadas no projeto do F-313."

Ora bem....
Vejamos ainda o vídeo:



Sem mais comentários.




domingo, 3 de fevereiro de 2013

IRÃO FURTIVO? (M860 -41PM/2012)


Qaher 313         Foto:Agência MEHR
Foi revelado ontem 2 de fevereiro de 2013 no Irão, o que alegadamente é o primeiro caça furtivo fabricado no país.
"Um avião avançado com uma aparência avançada, tem uma assinatura radar muito pequena e é capaz de operar e voar a baixas altitudes" disse o Ministro da Defesa iraniano, brigadeiro general Ahmad Vahidi à agência noticiosa estatal.
Vahidi alega que o Qaher 313 foi construído com materiais high tech e incorpora sistemas eletrónicos avançados. Adicionalmente, pode ser equipado com armas fabricadas indigenamente. A aeronave é descrita ainda como sendo capaz de aterrar e descolar em pequenas pistas.

Se o exterior pode enganar o interior levanta algumas dúvidas quanto ao verdadeiro significado de high tech  Foto:FARS
A conceção e fabrico é da Aviation Industries Organization  (AIO) que pertence ao Ministério da Defesa do país e o sistema de armas foi apresentado como sendo totalmente desenvolvido no Irão.
Hassan Parvaneh, diretor do projeto Qaher 313 diz ainda que o avião agora revelado "é o primeiro caça iraniano a usar uma asa de controlo dianteiro", representando por isso também um avanço aerodinâmico.
Dadas as pequenas dimensões da aeronave e sendo um monomotor, pensa-se que o motor que equipa será baseado no General Electric J-85 que se sabe o Irão possuir.

Shahed 285           Foto:Domínio público
A apresentação do caça Qaher 313, vem no seguimento de novos aparelhos apresentados pelo Irão, como o helicóptero o Shahed 285 ou o Toufan 2, claramente também baseados em modelos ocidentais, estando por isso visível uma campanha de reequipamento e simultaneamente de propaganda, não sendo por enquanto discernível até onde o novo equipamento significa de facto capacidade militar aumentada.
O futuro encarregar-se-á de o revelar.

Fonte:Flight Global
Adaptação: Pássarode Ferro


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

VANT AMERICANO ALVEJADO PELO IRÃO (M753 - PM112/2012)

MQ-1 Predator                                          Foto: General Atomics

Às 8:50h (GMT) do dia 1 de novembro de 2012, um Su-25 iraniano abriu fogo sobre um Veículo Aéreo Não tripulado (VANT/UAV) MQ-1 Predator norte-americano, alegadamente enquanto este efetuava misssão de vigilância sobre águas internacionais no Golfo Arábico.
Acerca de 16 milhas da costa iraniano, o Su-25 efetuou várias passagens à volta do Predator, disparando pelo menos duas rajadas de canhão, seguindo-o depois durante várias milhas, antes de o abandonar.
O VANT regressou contudo ileso à base sem ter sido atingido pelos disparos.
A informação apenas ontem foi confirmada pelo Pentagono, alegadamente por ter chegado ao conhecimento público por outras fontes, uma vez que se tratava de uma operação secreta.
Outra teoria é a de que terá sido retida, para ser revelada apenas depois das eleições nos EUA.
O Pentagono, aproveitou no entanto para informar que as missões de vigilância com VANTs são para continuar.
As missões com drones no Médio Oriente vêm levantando cada vez mais polémica de parte a parte, conforme o Pássaro de Ferro tem vindo a dar a conhecer em artigos anteriores sobre Israel, o Paquistão e mesmo já o Irão, quem dezembro de 2011 reclamou o abate de um outro modelo de VANT, então sobre o seu território em situação nunca muito bem esclarecida.



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