Mostrar mensagens com a etiqueta CWG. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta CWG. Mostrar todas as mensagens

sábado, 21 de agosto de 2021

Crónicas da II Grande Guerra – um acidente aéreo em Loriga [M2268 - 56/2021]

 



Já nem sei há quanto tempo guardo, nem tão pouco como o arranjei, este recorte de uma edição do Correio da Manhã, de 2 de Abril de 2001, há tanto tempo que, na altura em que o arranjei não pensava sequer em entreter-me a escrever sobre este tema, um pouco tétrico, dirão alguns.


 


Talvez por me dedicar há algum tempo ao tema dos aviation wrecks&relics, um bocadinho por arrasto, e sobretudo a partir do meu escrito “Açores - Contingências da sinistralidade”, surge a temática dos locais de acidentes aéreos, túmulos e memoriais, nomeadamente do período da 2ª Grande Guerra, temas aos quais tenho dedicado alguma atenção, como por certo, os leitores mais perspicazes, já terão reparado. 

Aqui há uns meses, e em viagem de férias pelo centro do país (começo aqui a encontrar um padrão nos meus escritos), desenhei um percurso que passasse por Loriga, caminho que faria de qualquer maneira, já que, gosto muito de conduzir em estradas nacionais, quanto menos percorridas melhor, onde me deixo levar pelo seu encanto, das coisas simples da paisagem, a vegetação e a orografia, a organização desorganizada do território, do caminho feito aos “esses”, e as pessoas, com que nos cruzamos no caminho. Por isso, lá me apeei do asfalto lisinho das autoestradas, e fui pelas curvas e contracurvas, de Viseu, Nelas, Seia, até Loriga (não vos vou maçar com o percurso todo). Assim fiz, fui lá prestar devida homenagem a estes aviadores.

Loriga é um dos muitos pontos de passagem “obrigatória”, para quem se interessa pela história da aviação da 2ª Grande Guerra. Com efeito, a História da 2ª Grande Guerra passou por Loriga, quando pouco depois da meia-noite do dia 22 de Fevereiro de 1944, despenha-se a poucos quilómetros a Norte desta aldeia, em plena Serra da Estrela, numa encosta conhecida por Penha do Gato (1500m), um Lockheed Hudson Mk.VI, aparelho com o registo EW906/NO-P (c/n 42-6615), do 48th (RAF) Squadron, vitimando os seus seis ocupantes.  

Testemunho interessante, as fotos, que também perpectuam o momento. 
Fonte: internet (ver referências)

As diferentes fontes referem estar na origem do acidente a baixa visibilidade e a pouca altitude do aparelho, tendo nele perdido a vida a tripulação de quatro e mais os dois passageiros, que aproveitaram a boleia desde Gibraltar, deste voo destinado a Inglaterra.
Segundo a bibliografia consultada, os corpos dos militares foram transportados para a aldeia e colocados em caixões, velados na Capela de Santo António, seguindo-se no dia seguinte o funeral, para o cemitério local, em cortejo, a que não faltaram as autoridades e a população local, representantes ingleses, e até, o acompanhamento musical da banda de música local.


                            Tripulação
                            Lieutenant    J Barbour (SAAF)
                            Captain Robert Taverner Hildick (SAAF)   
                            Lieutenant J.P. Thom (SAAF)
                            Lieutenant Daniel De Waal Walters (SAAF)

                            Passageiros
                            Corporal Jack Learoyd Walker (RAF)
                            Corporal Henry Ernest Hedges (RAF)



Actualmente os túmulos apresentam a tipologia das CWG mas isso não foi sempre assim, já que estas pedras tumulares só foram aqui colocadas a 17 de Junho de 1951, não chegando a saber qual o tipo de sepulturas existentes entre 1944 e essa data, supondo-se que só a vedação seja original. Em 1972, uma doente mental por aqui andou a fazer alguns (des)arranjos no cemitério, acabou por destruiu três destas lápides que, dois anos depois, foram substituídas pela CWG, que enviou pedras novas, através da Embaixada Britânica. 

Apesar de estarem longe, estes túmulos são visitados desde longa data e com alguma regularidade, quer por familiares, pessoas anónimas e visitantes oficiais das comunidades sul africana e inglesa, no Dia de Todos os Santos, mas em especial no Remembrance Day.

Encontram-se várias referências na internet sobre a vontade de perpectuar a memória do acidente erigindo alguma espécie de memorial alusivo no local onde caiu o avião, a Penha do Gato, neste sentido, a 1 de Maio de 2014, foi erigido um pequeno memorial no local, após romagem e missa campal.  

Mais ainda, em 2019 estava em curso uma alteração a um dos percursos pedestres locais para contemplar a passagem pelo local do acidente, local onde aliás já existe há algum tempo também um Geocache.

Fico sempre com pena de não haver grandes ou nenhuns vestígios destes aparelhos, uma espécie de relíquias, que há semelhança de outros locais, lá acabam por aparecer, pois há sempre alguém que recolhe um pedaço do avião. Conhece-se também aqui, a existência, de três artefactos pequenos do aparelho: um pedaço de tecido, uma munição e uma esfera, sem se ter uma correcta relação de onde seriam. 

Quanto ao avião, ao que se julga saber, e como tantos outros pelo país fora, foi sucateado. Aqui, reza a “lenda”, o dinheiro angariado com a venda da sucata, reverteu para a edilidade, tendo sido utilizado para obras de pavimentação da rua principal da aldeia, a Rua Gago Coutinho, … "e esta, hein?"


Rui “A-7” Ferreira
Entusiasta de Aviação

Nota – O autor não escreve segundo o actual acordo ortográfico.




Fontes / Referências

“Aterrem em Portugal” de Carlos Guerreiro (ver também http://aterrememportugal.blogspot.com) 

Junta de Freguesia de Loriga - https://www.jf-loriga.com/queda-do-aviao/  ; http://www.loriga.de/memorias.htm

Commonwealth War Graves Comission - https://www.cwgc.org/visit-us/find-cemeteries-memorials/cemetery-details/2086509/LORIGA%20CEMETERY/

Galicia en La Segunda Guerra Mundial - http://galiciaenlasgm.blogspot.com/2015/02/lhudson-ew916-2221944.html

IPMS (NL) -  https://www.ipms.nl/artikelen/nedmil-luchtvaart/vliegtuigen-l/vliegtuigen-l-lockheed-hudson

History of War - http://www.historyofwar.org/air/units/RAF/48_wwII.html




Este cemitério integra a estrutura mundial da Commonwealth War Graves Commission, conhecendo-se em Portugal 119 sepulturas distribuídas da seguintes forma, 





Loriga (6)


Portimão (1)


Porto (11) - Oporto St. James Cemetery [parte 1][parte 2].





sábado, 5 de outubro de 2019

Apontamentos para a história da aviação nos Açores - coisas que não encontrei… [M2069 – 56/2019]


Cheguei aqui com o propósito de comprar queijadas fresquinhas mas não consegui que me atendessem, e por isso tive de voltar outro dia qualquer. Mas, já que tinha feito a viagem, aproveitei e perguntei ao Nosso Infante algo que, pensei eu, por ele estar para li há uns anos, me soubesse responder... Mas ele não sabia.
Não encontrei, ou não soube encontrar, evidência em Vila Franca do Campo da existência de algum marco ou memorial da chegada a estas paragens, a 9 de Maio de 1926, do “Infante de Sagres”, o hidroavião Fokker T.III (nº25) tripulado pelos Tenentes Moreira de Campos e Neves Ferreira. Estes aviadores da Marinha, empreendiam a primeira ligação Lisboa-Madeira-Açores-Lisboa, uma expedição que visava estudar as rotas transatlânticas entre a Europa e o continente Americano. No dia seguinte à sua chegada a Vila Franca do Campo, completaram esta etapa da viagem, voando para Ponta Delgada. Infelizmente, alguns problemas com o avião fizeram com que já não regressasse pela via aérea.

O “Infante de Sagres” amarado na baía de Vila Franca do Campo.

O “Infante de Sagres” na rampa dos hidroaviões da antiga US Naval Base 13, 
e do antigo CAN dos Açores, junto ao Forte de S. Brás.

Num outro dia qualquer, vindo da Ribeira Grande, subindo estrada fora até ao Pico da Barrosa, num dos deslumbrantes miradouros semeados pelo caminho, à vista da Lagoa do Fogo, encontrei por lá um memorial, composto por um painel azulejado e um cruzeiro, que perpetuam a memória do acidente aéreo ocorrido a 12/10/1968. O painel inspira algum cuidado, merecendo já há uns anos um restauro dos maus tratos do clima mas, sobretudo da estupidez de alguns humanos… 
Como o dia estava bom, saí do carro e subi até ao cruzeiro (até dei um tombo, pena é não haver a competente fotografia!), e estando lá, avista-se para Nascente o Pico da Vara [1.103m], local onde ocorreram dois acidentes aéreos, um que vitimou o piloto de um dos Gloster Gladiator da Esquadrilha Expedicionária de Caça nº 1, baseado em Rabo de Peixe, e um outro, bem mais grave, um acidente com um Lockheed Constelation da Air France, onde perderam a vida 48 pessoas
Nunca lá fui acima, ao Pico da Vara, e tenho mesmo de planear lá ir de uma próxima vez, mesmo até porque há um percurso pedestre que nos leva ao topo, e que passa pelos memoriais alusivos a estes dois acidentes. 





Alguns dias depois, em Ponta Delgada, fui visitar um outro local, sem ligação com a temática da aviação, mas antes à marinha, o British Protestant Cemetery, na Rua da Mãe de Deus, onde fui visitar as Commonwealth War Graves (CWG) ali existentes. Na minha curiosidade apenas quis de alguma forma completar a lista das sepulturas da CWG que existem em Portugal, 113 no total, já referidas em outros trabalhos.

Ainda na capital micaelense, pela marginal fora, dirigi-me ao Forte de S. Brás em busca, aqui sim, de algo aeronáutico... Aeronaval é mais correcto. Aproveitei até para uma visita ao Museu Militar dos Açores que fica no seu interior. Ainda que a visita fosse rápida, percorri todas as salas da exposição.
Contudo, e fora a maquete de um Curtiss R-6 do United States Marine Corps, logo à entrada, não encontrei por lá, em lugar nenhum, memorial ou referências à US Naval Base 13 [1917-1919] ou ao Centro de Aviação Naval dos Açores (1919 – 1921) nem ao CAN de Ponta Delgada (1941 – 1946). 






No exterior, já bastante modificado em relação há 100 anos, nada resta do local, das rampas, dos edifícios, ainda que na face do forte existem indícios de construções anteriores que, remontam quem sabe à presença naval norte-americana ou portuguesa, talvez à localização de edifícios desses tempos. Mas nem tudo se perdeu, por exemplo, o hangar da base norte-americana ainda está de pé em S. Jacinto, fazendo com que seja talvez o segundo hangar mais antigo existente, sendo o primeiro, o hangar de balão, em Alverca.



Outros edifícios haverá por certo, que nesses tempos recuados foram utilizados para fins militares. Exemplo disso, ainda de pé, mas com outra serventia, na Avenida Roberto Ivens, o edifício onde esteve localizado o Quartel General das forças norte-americanas.


De notar, junto à entrada do museu, uma homenagem levada a cabo há dois anos, aos marinheiros que desde 1975 mantém uma presença de soberania na região.

Depois de andar de um lado para o outro, à procura de resquícios da presença da aviação, os que lá estão e os que não, fui almoçar em casa de Amigos, que é uma das coisas boas que tem os Açores, a gente planta amizades, depois eles cobram a nossa presença e dão-nos de comer e beber …  chatice!


Rui “A-7“ Ferreira
Entusiasta de Aviação


Nota – o autor insiste em escrever na graphia antiga.

Adenda – quando terminava a edição deste texto e fotos, fui chamado à atenção, que no Alto da Mãe de Deus, existe um memorial alusivo ao centenário da criação do Centro e Aviação Marítima dos Açores, inaugurado em Março deste ano, com toda a pompa e circunstância, e … sem aviões. Nem aviões, nem tão pouco o memorial está junto ao local onde “deveria” estar, o local onde a aviação naval se iniciou na ilha…

Agradecimento especial ao Com. Hugo Cabral pela preciosa ajuda.

sábado, 24 de novembro de 2018

... à passagem por Sagres (M2009 - 69/2018)



Nas minhas férias deste ano também passei por Sagres, um dos quatro cantos do nosso simpático rectângulo à beira mar plantado, e aproveitei a deslocação para visitar as Commonwealth War Graves que se encontram no cemitério local.
Foi a 22 de Março de 1943 que a população de Sagres foi surpreendida com a passagem a muito baixa altitude de um Catalina da RAF, tão baixo ao ponto de colocar toda a população em alvoroço, havendo registo de a mesma ter saído de suas casas «esbaforida», com receio que o aparelho se fosse despenhar por cima das suas cabeças.
De acordo com a descrição no livro “Aterrem em Portugal”[1] , o susto terá sido tão grande que a guarnição da Fortaleza de Sagres saiu em auxílio da população que estava em pânico, temendo o pior. Uma das descrições refere mesmo que o Catalina passou «tão baixo que parecia que lhe podíamos tocar, se esticássemos o braço.»[2] !!!  
O avião estaria com problemas mecânicos, ou poderia ter sido atingido em combate, o que era muito comum nesta altura, confrontos entre a aviação aliada de escolta a comboios de navios e FW200 ou com submarinos alemães. Estaria a tripulação, por uma razão ou pela outra, a descer do coberto de nuvens para poderem ver terra ou o oceano para aí aterrarem ou amararem. Dizem as descrições que o aparelho saiu das nuvens a rasar a povoação, voltando logo a ganhar altitude em direcção da Baía no Tonel, por certo para tentar a amaragem. Não chegaram a tanto porque, já sobre a baía, e à vista da população, 
o aparelho desfez-se contra as ondas a 200 metros da praia, tendo posteriormente explodido.
Ainda se fizeram ao mar, o cabo do mar Joaquim Maurício e mais seis voluntários para localizar sobreviventes [3].
Da tripulação de 10 elementos, apenas foi encontrado, ainda preso à cadeira o Sargento Artilheiro Orton, perto da capela de Nossa Senhora da Graça. Alguns dias depois, deu à costa o corpo do Operador de rádio/Artilheiro Gibson, tendo sido ambos enterrados no dia seguinte, ao cemitério local, com honras militares. Numa outra versão, que resulta da leitura do relatório da Capitania do Porto de Portimão refere que o aparelho ainda demorou uns 10 minutos a afundar-se, e que antes de a ele ter chegado o socorro, há testemunhos que referem ter visto um sobrevivente agarrado aos destroços. Porém o relatório refere a recolha de dois cadáveres.
O aparelho, um Consolidated Catalina Mk.Ib, com o registo FP154/DA-D, pertencia ao 210º Esquadrão do Comando Costeiro da RAF, operado em missões de luta anti-submarina e escolta de comboios de navios.
Durante esta época o esquadrão estava baseado em Pembroke Dock, Pembrokeshire, País de Gales, mantendo um destacamento operando a partir do Air Head Quarters de Gibraltar, de onde saiu para missão de escolta a um comboio de navios (designado “SV8”) cerca das 08H12M desse dia, para onde já não regressou.

A tripulação era composta por:

Flight Officer    Martin Joseph French (GB)      Piloto
Flight Sergeant Robert Joseph Gordon Campbell (GB)
Sergeant  Gilbert Joseph Orton (GB)*     Artilheiro
Flight Sergeant     George Tod Wright Gibson (GB)* Operador Rádio/Artilheiro
Sergeant           Cyril Field (GB)
Sergeant           Ian Lockarbie Maclean (GB)
Sergeant           Ernst Hugh Strathearn Marsh (GB)
Sergeant           Eric Mckim (GB)
Sergeant           Eric Joseph Smith (GB)
Flight Officer  George Eriksen McNaughton (AUS)

(*) sepulturas no Cemitério de Sagres;



  
977499 Flight Sergeant
G.T.W. GIBSON
Royal Air Force
22nd March 1943 Age 33

THE DEAR SON,
OF ALEX, AND MARGARET GIBSON
LOCKERBIE, DUMFRIES, SCOTLAND
“REST IN THE LORD”



1495606 Sergeant
G.J. ORTON
Royal Air Force
22nd March 1943 Age 21

LET PERPETUAL LIGHT
SHINE UPON HIM, O LORD:
MAY HE REST IN PEACE


Rui “A-7” Ferreira
Entusiasta de aviação

Nota: o autor escreve na grafia antiga por opção.

Agradecimento: à muita e sempre preciosa ajuda do Carlos Guerreiro!


Notas:
[1] “Aterrem em Portugal”, de Carlos Guerreiro, Ed. Pedra da Lua, 2008
[2] Carlos Guerreiro cita no seu livro uma outra publicação: o jornal “The Portuguese Resident”, na sua edição de 4 de Novembro de 2002, onde publica um trabalho sobre este acidente, da autoria de Jon Rivelson Wilson.
[3] Portugal 1939-1945: https://www.portugal1939-1945.org/catalina-fp154-despenhou-se-em-sagres.html

Outras referências:
Aterrem em Portugal: http://aterrememportugal.blogspot.com/2011/04/sagres-homenageia-combatentes-e.html
CWGC Portugal:https://www.cwgc.org/find/find-cemeteries-and-memorials/results?country=Portugal
Forum Keypublishing: https://forum.keypublishing.com
WW2 Forum: https://ww2aircraft.net
History of War: http://www.historyofwar.org/articles/weapons_PBY_catalina_RAF_service.html
Relatório da Capitania de Portimão, nº.3, Proc. 90, de 24 de Março de 1943;

CWG

Este cemitério integra a estrutura mundial da Commonwealth War Graves Commission, conhecendo-se em Portugal 119 sepulturas distribuídas da seguintes forma, 
Portimão (1)
Porto (11) - Oporto St. James Cemetery [parte 1][parte 2].


domingo, 6 de setembro de 2015

Commonwealth War Graves – o Cemitério Britânico do Porto (M1819 – 11RF/2015) [parte 2]


Commonwealth War Graves – o Cemitério Britânico do Porto [2ª parte]
Cemitérios do Porto – o cemitério dos Ingleses: um roteiro de aviação?
Commonwealth War Graves

O cemitério britânico do Porto, recebeu em 1941 os primeiros inumados da 2ª Grande Guerra, sendo que o conjunto total de seis lápides (11 inumados), se constitui numa pequena secção inserida num dos talhões.
Estes referem-se a três acidentes aéreos distintos, a saber,

Na sepultura colectiva nº774 (duas lápides/seis inumados), encontram-se os restos mortais da tripulação de um Vickers-Armstrong Wellington Ic, de registo Z8780, do Overseas Aircraft Delivery Unit, da Royal Air Force , que por volta das 14H30M de 13 de Julho de 1941 se despenhou no oceano, ao largo de de Fão, perto de Esposende.Tratava-se de um voo de entrega, que partiu desde a base da RAF de Portreath, na Cornualha, rumo a Gibraltar. A tripulação era composta por 6 elementos, tendo todos eles perdido a vida.Da informação consultada, os diferentes autores são unânimes em dizer que não é clara a razão do acidente, sendo factores plausíveis para o sucedido problemas com o aparelho, no motor, ao qual o mau tempo e o mar agitado não terão ajudado. Pensamos que ainda há espaço para investigação séria sobre o tema, junto da imprensa local e junto até dos familiares dos homens do mar que acorreram ao auxílio destes aviadores. Os familiares do Sgt. William Bernard Oakes, ainda procuram nos dias de hoje encontrar uma explicação, seja ela qual for, para o acidente. As descrições da imprensa, são muito ricas no relato às exéquias que movimentaram a comunidade britânica do Porto, mas também da sociedade civil e militar local, ainda que, a censura terá tido um papel importante no refrear a imprensa, quer sobre o acidente em si, quer sobre as cerimónias, por certo que muito ficou por dizer.Estas sepulturas, como se pode verificar pelas fotos, diferem das demais por não ostentarem os símbolos da arma a que pertenciam, talvez por ser uma sepultura colectiva.
As lápides tem as seguintes inscrições:

R.65516 SERGEANT
McNEILL, STEPHEN THOMAS,
AIR GUNNERROYAL 
CANADIAN AIR FORCE
13TH JULY 1941
 

546317 SERGEANT 
OAKES, WILLIAM BERNARD,
PILOT
ROYAL AIR FORCE
13TH JULY 1941 
AGE 21IN 
GOD’S GARDEN OF MEMORY
WE MEET EVERY DAY
MUM AND DAD
BROTHERS AND SYSTERS

R.65821 SERGEANTPEEL, 

HENRY GERALD,
ROYAL CANADIAN AIR FORCE
13TH JULY 1941 AGE 23HE 
                                                           DIED FOR HIS COUNTRY  
                                                           HE LIVES WITH HIS LORD


990743 SERGEANT
DAVIES, TREVOR VAUGHAN
ROYAL AIR FORCE
13TH JULY 1941 AGE 20
TREASURED MEMORIES ALWAYS
DEAR TREVOR
 

1106166 SERGEANT
DIXON, COLIN JAMES,
WIRELESS OP.AIR GUNNER
ROYAL AIR FORCE
13TH JULY 1941 AGE 20
 

923871 SERGEANT
HAYNES, DEREK CECIL
PILOT
ROYAL AIR FORCE
13TH JULY 1941 AGE 19
LOVE NEVES DIES


O segundo conjunto de sepulturas, nºs.776 e 777 (duas lápides / dois inumados), referem-se à tripulação de um Vickers Wellington IC, de registo HX390, do 1st Overseas Aircraft Delivery Unit, da Royal Air Force, em voo de ferry, entre Portreath e o Egipto, via Gibraltar, que se despenhou junto à praia de Vila Chã, a Sul de Vila do Conde, a 29 de Maio de 1942.
De acordo com uma das fontes consultadas, o autor Carlos Guerreiro, devido a problemas de motor o aparelho, ao amarar, partiu-se. Dois dos tripulantes morreram, correspondendo aos túmulos existentes no cemitério e todos os restantes se salvaram, « Gould e Jakson, com lesões diversas, incluindo braços partidos, subiram para uma asa. Anstey e Wallace-Cox conseguiram entrar para um bote de borracha. A aterragem foi observada da costa e um grupo de pescadores conseguiram recolhê-los. Os dois feridos graves foram enviados para o Hospital no Porto. Anstey e Cox foram transferidos para uma unidade militar na Póvoa do Varzim, onde estiveram durante três semanas, antes de serem  transferidos para as Caldas da Rainha. Os dois regressaram a Inglaterra a 12 de Julho. Wallace-Cox morreu em 27-07-1943 e está sepultado no Ashbourne Cemetry, no Reino Unido.»
A tripulação completa era constituida,«Sergeant H. Jakson Sergeant M.H.Thompson (*)Sergeant J. W. Gould Segeant I. Wallace-Cox P/O J. P. AnsteySergeant John Gordon Daniels (*)»(*) túmulo em St. James.
A data inscrita nas lápides em St. James como a data do acidente e do falecimento dos tripulantes difere das referidas por Carlos Gomes, que refere uma consulta ao Evade&Escape Report desse acidente, este refere a data do acidente como sendo 28 de Maio, que difere também da data que o autor refere no seu livro,  30 de Maio. Uma discrepância que fica por esclarecer..

1312337 SERGEANT
DANIELS, JOHN GORDON
PILOT
ROYAL AIR FORCE
29TH MAY 1942 AGE 20



HE GAVE US
THE LOVE AND LAUGHTER.
SHARED JOY AND TEARS.
AND LEFT LOVED MEMORIES.

(grave no.777)




1320384 SERGEANT
THOMSON, MATHEW HALL
AIR GUNNER
ROYAL AIR FORCE
29TH MAY 1942 AGE 20


MAY THE SUNSHINE HE MISSED
ON LIFE'S HIGHWAY
BE FOUND IN
GOD'S HAVEN OF REST

(grave no.776)






O terceiro conjunto, a sepultura colectiva nº 567 (duas lápides / três inumados), referem-se à tripulação de Lockheed Hudson IIIA, registado FK791 (s/n 42-47347), do Esquadrão 269 da Royal Air Force, da base RAF Davidstow Moor, que se despenhou perto de Mira no dia 6 de Março de 1944. Esta unidade tinha sido colocada nas Lajes, Terceira, Açores, para onde se estava a deslocar vinda de Gibraltar. O acidente resulta de inicialmente terem perdido o motor de bombordo devido a uma tempestade eléctrica, e algum tempo depois o de estibordo também falhou. Três dos tripulantes morreram , mas um quarto, o Flight Sergeant Potwalka, foi recolhido por uma embarcação de pesca.

39548 SQUADRON LEADER
McPETRIE, DAVID DUNCAN 
PILOT
ROYAL AIR FORCE
6TH MARCH 1944 AGE 31
 

GREATLY LOVED
BY HIS WIFE AND CHILDREN
REMEMBERING HIM,
WE WILL BE BRAVE & STRONG








 

R.99353 WARRANT OFFICER 
GALLOP, PHILLIP ARTHUR 
WIRELESS OP./AIR GUNNER
ROYAL CANADIAN AIR FORCE
6TH MARCH 1944 AGE 23
 

SLEEP BELOVED, SLEEP
AND TAKE THY REST
WE LOVED THEE WELL
BUT JESUS LOVED THEE BEST

401996 WARRANT OFFICER
McLEAN, GEORGE GORDON 
ROYAL AUSTRALIAN AIR FORCE
6TH MARCH 1944 AGE 25
 

NOT LOST
BUT GONE BEFORE


Agradecimentos:
Kelvin Youngs (webmaster Aircrew Remembered);
Mrs A Francis (Enquiries Administrator at Commonwealth War Graves Commission);
Terrence Weineck (Memeber of Church Council)

Reverend Rober John Bates (Chaplain, St James Anglican Chaplaincy, Porto)
e ao Carlos Guerreiro, pela ajuda e partilha, e permissão por aqui utilizar algum do seu material.


Fontes de Informação:
Maj.(RES) Adelino Cardoso, in Aeronaves Militares Portuguesas do Seculo XX, Edição Essencial, Lisboa, 2000.
Dr. Francisco Queiroz, in Cemitérios do Porto – Roteiro, publ.2000 DMASUCMP-DMHP, da C.M.Porto.
Carlos Guerreiro, in Aterrem em Portugal, livro e online ... http://aterrememportugal.blogspot.pt/http://www.landinportugal.org/
José Augusto Rodrigues, in A Batalha de Aljezur, JF Aljezur, 2013
St. James Anglican Church Porto http://www.stjamesoporto.org
Commonwealth War Graves Commission www.cwgc.org
Aircrew Remembered [http://www.aircrewremembered.com]
Wellington IC Z8780 - http://aircrewremembered.com/haynes-derek.html
Hudson IIIA FK791 - http://www.aircrewremembered.com/mcpetrie-david-duncan.html
Altimagem - http://altimagem.blogspot.pt/2013/08/66-vickers-armstrong-wellington.html
WW2 Talk - http://ww2talk.com/forums/topic/10859-war-graves-in-portugal/
Key Publishing Ltd. Aviation Forums http://forum.keypublishing.com/archive/index.php/t-112211.html
RAF Davidstow Moor http://www.rafdavidstowmoor.org/crash-log/crash-index/
Joe Baugher’s Serials http://www.joebaugher.com/usaf_serials/1942_2a.html


Notas Finais – adicionalmente a este escrito que evoca os militares sepultados na secção da Commonwealth War Graves, ficam aqui algumas fontes de informação relativas a alguns dos militares e respectivas unidades, evocadas no cruzeiro aos combatentes de ambas as guerras,

THE FIFTH BATTALION HIGHLAND LIGHT INFANTRY IN THE WAR 1914-1918http://www.gutenberg.org/files/20250/20250-h/20250-h.htm

Nota (muito pessoal) do Autor – Numa altura em que vai tomando uma dimensão maior, a vertente do turismo cultural relativo à arte e à história (da Cidade e do País), que podemos encontrar nos cemitérios do Porto, nomeadamente os de maior dimensão, destaca-se um conjunto de visitas culturais, já na sua 13ª edição (2018), num trabalho desenvolvido por parte da Câmara Municipal do Porto. Neste sentido, surge-me a ideia, com laivos de sugestão, que uma das vertentes a explorar poderá bem ser a vertente militar da história da cidade, nomeadamente pelos jazigos e talhões onde esta se pode evocar, desde o Cerco do Porto, mas também as 1ª e 2ª Grande Guerras, a Guerra Colonial, as Invasões Francesas, ... fica o repto. Quem sabe…


Como é referido na primeira parte do texto, este cemitério integra a estrutura mundial da Commonwealth War Graves Commission, conhecendo-se em Portugal 119 sepulturas distribuídas da seguintes forma, 







Portimão (1)


Porto (11) - Oporto St. James Cemetery [parte 1][parte 2].














sábado, 5 de setembro de 2015

Commonwealth War Graves – o Cemitério Britânico do Porto (M1819 – 11RF/2015) [parte 1]



Commonwealth War Graves – o Cemitério Britânico do Porto
Cemitérios do Porto – o cemitério dos Ingleses: um roteiro de aviação?

 A presença da comunidade britânica na cidade do Porto remonta à Baixa Idade Média, sempre ligada ao comércio, e com maior ênfase com o crescimento dos negócios relacionados com o Vinho do Porto. É só a partir do Sec.XIX que foi permitida a construção de um local de culto, a St. James Church. cuja construção, entre 1815 e 1818. A sua construção é posterior à construção do cemitério, igualmente uma aspiração antiga da comunidade, implantado num terreno adquirido em 1787, e que recebeu as primeiras inumações em 1788. Este pode-se considerar o primeiro cemitério permanente da cidade do Porto.
Longe de explanar aqui as razões históricas e sociais deste conjunto, igreja e cemitério, e que passa totalmente despercebido para muitos Tripeiros pela forma discreta com que se insere na cidade (uma das condições para a sua construção: «o sítio de inumação deveria ser separado da zona comercial da cidade e fora dos seus limites»), voltamos a nossa atenção para um conjunto de túmulos que podemos encontrar no seu interior, do período 1939-1945, demoninado por Commonwealth War Graves [de algum modo, no seguimento de um outro escrito publicado no Pássaro de Ferro. ]


Commonwealth War Graves Commission
[Comissão dos Túmulos de Guerra da Commonwealth]

Originalmente denominada por Imperial War Graves Commission, fundada pelo Sir Fabian Ware, é constituída por Carta Régia em 21 de Maio de 1917, e muitos anos mais tarde, a 28 de Março de 1960, recebe a sua actual denominação. A Commonwealth War Graves Commission (CWGC), é uma comissão intergovernamental constituída por seis estados-membros (Austrália, Canadá, India, Nova-Zelândia, África do Sul, Reino Unido), que tem por função assinalar, registar e manter os locais onde se perpectua a memória dos membros da Commonwealth que servindo nas forças armadas perderam a vida nas duas Grandes Guerras. Para além disso, incluem-se também no foro das suas responsabilidades, a evocação dos civis mortos em resultado de acções inimigas durante a 2ª Grande Guerra.

O seu mandato estipula a responsabilidade de perpectuar a memória de todos os mortos de guerra da Commonwealth individualmente e de forma igual, nomeadamente através de lápides ou memoriais idênticos, independentemente das suas patentes, raça ou denominação religiosa.


Os números são surpreendentes, a CWGC é responsável por 1,7 milhões de inumados, em 153 países, tendo sido responsável pela construção de cerca de 2.500 cemitérios de guerra e memoriais. É responsável ainda por manter mais de 23.000 locais de enterramento e mais de 200 memoriais em todo o mundo. Mantém ainda mais de 40.000 túmulos de não membros da Commonwealth e mais de 25.000 túmulos de militares e civis não relacionados com as guerras.

Refira-se que, em Portugal, e deste mesmo período, existem vários locais onde estão assinalados acidentes aéreos, , bem como conjuntos de túmulos em diversos cemitérios, onde descansam os restos mortais de aviadores dos dois lados do conflito. Os livros “Aterrem em Portugal”, da autoria de Carlos Guerreiro, e “A Batalha de Aljezur” da autoria de José Augusto Rodrigues, são exemplos recentes de trabalhos de investigação séria sobre estas temáticas, com bom enquadramento social e político que nos ajuda a entender toda a intrincada trama histórica deste período em que, ainda que fossemos neutrais, a guerra passava também por Portugal. Nessas publicações, referidas na bibliografia, são muitos os acidentes e os combates aéreos enumerados, e que tiveram lugar no território nacional.

Assim, e neste contexto, Portugal também integra o conjunto de países que tem túmulos e memoriais geridos pela CWGC, totalizando 119 inumados em 8 locais, a saber: Porto (11)[parte 1][parte 2]; Funchal, Madeira (6); Horta, Faial (2)Lajes, Terceira (49), Lisboa (39), Loriga (6), Ponta Delgada (3), Portimão (1), Sagres (2).

Destes apenas um cemitério, nas Lajes, que é também o único cemitério de guerra (2ªGG).


A Cruz do Sacrifício

De acordo com a CWGC, os cemitérios com mais de 40 túmulos, contém uma Cruz do Sacrifício, da autoria do Arquitecto Reginald Blomfield. Esta inspira-se nas cruzes medievais muito comuns no cemitérios Ingleses, mas com proporções mais comuns com as cruzes celtas. A cruz é uma cruz latina de quatro pontas, assente numa base octogonal, com tamanhos que variam entre 4,3 a 9,8 metros. Na face frontal da cruz, espada longa, em bronze, com a lâmina para baixo. A cruz representa a fé da maioria dos inumados, e a espada representa o carácter militar do cemitério, pretendendo-se com esta simbologia estabelecer uma ligação entre os soldados britânicos e conceito cristão de auto-sacrifício.

No Porto, existe também uma Cruz do Sacrifício, frente à igreja, construída em 1922, onde se evoca a memória de todos os 32 elementos da Comunidade Britânica do Porto que pereceram nas duas grandes guerras. Os seus nomes estão gravados na base octogonal da cruz, em cima os que morreram na 1ªGG e em baixo dos da 2ªGG.

Na sua face frontal, virada para a entrada da igreja, ostenta a seguinte inscrição:

FOR GOD, FOR KING
FOR COUNTRY

TO THE GLORY OF GOD
AND IN GRATEFUL
MEMORY OF THOSE
CONNECTED WITH THE
BRITISH COMMUNITY
IN OPORTO
WHO GAVE THEIR LIVES
FOR THEIR COUNTRY
IN THE GREAT WARS
1914 – 1918
AND
1939 – 1945



1ª Grande Guerra

CAPT. WILFRID G. CASSELS – 8TH BORDER REGT. – FRANCE
2ND.LIEUT. II JONES – ROYAL FIELD ARTILLERY – FRANCE
CAPT. SPENCER PONSONBY – 12TH MIDDLESSEX REGT. – FRANCE
LIEUT. PHILIP R. TAHOURDIN – 47TH SIKIIS - MESOPOTAMIA

2ND. LIEUT. RONALD DALBERTANSON M C – 3RD EAST SURREYS ATT. 6TH DORSETS – FRANCE
2ND.LIEUT. HAROLD V. H. MASON – 6TH EAST KENT REGT. – THE BUFFS – FRANCE
CAPT. GEORGE W. REID – 2ND. HAMPSHIRE REGT. 29TH DIVN. – GALLIPOLI
2ND.LIEUT. F. THICKE – ROYAL ARTILLERY – FRANCE

2ND.LIEUT. ALBERT L. DAGGE – ROYAL FIELD ARTILLERY – FRANCE
CAPT. GORDON MILNE – 5TH HIGHLAND RIGHT INFANTRY – PALESTINE
2ND. LIEUT. ROBERT W K REID – 9TH ROYAL NORTH LANCASHIRE REGT. – FRANCE

2ND. LIEUT. ALFRED C. FLOWER – 4TH GRENADIER GUARDS – FRANCE
2ND. LIEUT. WALTER B. MORGAN – 6TH SOUTH LANCASHIRE REGT. – GALLIPOLI
CAPT. G.E.SELLERS – CANADIAN CYCLING CORPS – FRANCE

2ND. LIEUT. F.GODFREY FLOWER – ROYAL FLYING CORPS – FRANCE
LIEUT. ALBERT E.MORGAN – ROYAL FUSILIERS AND R.F.C. – FRANCE
2ND. LIEUT. ERNEST K.SMITH – EAST KENT REGT.- THE BUFFS - FRANCE

SUB.LIEUT. MALISE GRAHAM R.N. – SUBMARINE G8 – NORTH SEA N 60.50 W L00
PTE. RICHARD OWEN – 2OTH MANCHESTER REGT. – FRANCE
2ND. LIEUT. BENJAMIN A.STRANDING – 2ND ROYAL WARWICKSHIRE REGT. – FRANCE
2ND. LIEUT. KENNETH M.WALKER – ROYAL AIR FORCE – FRANCE

PTE.TOM JONES – 10TH MANCHESTER REGT. – FRANCE
L/CPL. JAMES T.POLLOCK – ROYAL ENGINEERS – BELGIUM
LIEUT. HENRY F.STEVENSON – 9TH CHESHIRE REGT. – FRANCE
2ND. LIEUT. RICHARD YATES – ROYAL FLYING CORPS - EGYPT

2ª Grande Guerra

P/O J. LATIMER ATKINSON – ROYAL AIR FORCE

F/SGT. A.E.H.EDWARDS - ROYAL AIR FORCE

SGT. R.V.P.ENNOR – ROYAL AIR FORCE

F/O D.A.KLIMPTON – ROYAL AIR FORCE

F/LT. T.F.Mc CRORIE – ROYAL AIR FORCE

F/O C.J. NIBLETT – ROYAL AIR FORCE

F/O J.H.R.S.ST.JOHN – ROYAL AIR FORCE

A comunidade britânica do Porto efectua uma cerimónia religiosa, no Remembrance Day, a 11 de Novembro, honrando a memória destes e de todos os que deram a vida For God, For King and For Country, em todas as guerras.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Lajes War Cemetery - Pássaros de Éter [*] (M1263 - 14RF/2013)



Notas sobre o Lajes War Cemetery 

Na oportunidade conferida de realizar uma recolha, meramente ilustrativa, para um estudioso da arte cemiterial, dos túmulos existentes no Lajes War Cemetery, ouso tecer algumas notas sobre aquele que é o único cemitério de guerra em território nacional, alusivo ao período 1939-1945, e portanto da 2ª Grande Guerra.
Este conflito, em que o nosso País apenas participou, se assim se pode dizer, numa fase mais tardia das hostilidades, não possui outro cemitério do género, pese embora existam, como se sabe, em diversas localidades, sepulturas de diversos militares estrangeiros que pereceram em combate neste período.

A construção do Lajes War Cemetery, tem origem na presença militar inglesa a partir de 1943, na ilha Terceira, cujo inicio tem lugar com o desembarque do contingente britânico no dia 8 de Outubro de 1943, para as obras de ampliação da pista e a instalação do contingente inglês no Campo de Aviação das Lajes. A sua inauguração oficial, depois  das alterações, tem lugar a 15 de Dezembro de 1943.
Uma das primeiras referências que encontrei sobre o cemitério dá nota que, «Nos primeiros dias de Novembro de 1943, os oficiais britânicos, juntamente e com o capelão da RAF, Pearce, e com o Reverendo H.L.O. Rees, pediram para se fazer um cemitério aos soldados britânicos que pudessem falecer na Ilha. Combinou-se que a Câmara reservaria um espaço no cemitério Municipal, pagando os britânicos por sepultura comum 100$00 e 500$00 por uma concessão permanente. Contudo, a Câmara Municipal decidiu que seria melhor fazer um cemitério só para os britânicos, junto ao Bairro Nossa Senhora de Fátima, relativamente perto da Base das Lajes.(...) » [1]
De facto, o túmulo mais antigo, de um dos Sapadores dos Royal Engineers, tem como data de óbito o dia 3 de Novembro de 1943, sendo que até ao final desse ano mais oito óbitos se registaram, alguns deles resultantes do primeiro acidente aéreo.
«(...)a 4 de Dezembro , a “Fortaleza Voadora” B-17 FK206 “K” depois de ter descolado às 03:26 da pista de chapas das Lajes, caiu no mar 30 segundos depois, tendo falecido a tripulação e os passageiros. Esta aeronave era comandada pelo “FG Officer” Desmond E. Morris.
Os corpos dos falecidos jazem no “Lajes War Cemetery” localizado na Canada Joaquim Alves, junto ao Bairro Nossa Senhora de Fátima.» [2]
A julgar pela análise da informação na tabela abaixo, nem todos os corpos resultantes deste acidente poderão ter sido resgatados.
Refira-se ainda que, num acidente aéreo em particular, a 14 de Março de 1945, em que um Liberator se despenhou logo após a descolagem, perderam a vida 19 militares, entre tripulação e passageiros.

À entrada do cemitério, pode ler-se uma inscrição em inglês e português,

1939 – 1945
THE LAND ON WHICH THIS CEMETERY STANDS IS THE GIFT OF THE PORTUGUESE PEOPLE FOR THE PERPETUAL RESTING PLACE OF THE SAILORS SOLDIERS AND AIRMEN WHO ARE HONOURED HERE.

1939 – 1945
O TERRENO ONDE ESTÁ ESTE CEMITÉRIO É UMA DÁDIVA DO POVO PORTUGUÊS PARA QUE SIRVA DE LUGAR ETERNO DESCANSO AOS MARINHEIROS SOLDADOS E AVIADORES CUJA MEMÓRIA AQUI SE PERPETUA.


Localização

Coordenadas GPS: 38°44'28.15"N  27° 4'47.77"W

Esquema 


Sepulturas
No total, podemos encontrar 49 sepulturas, na sua quase totalidade resultantes de acidentes aéreos, e na sua grande maioria de militares da Royal Air Force, mas também do Royal Engineers (2), Royal Australian Air Force (2), Royal Canadian Air Force (7), Royal New Zealand Air Force (1), Royal Navy (1), Forças Polacas (1), e ainda um elemento da Marinha Mercante Inglesa, conforme esquema e listagem. As nacionalidades dos militares são, Austrália (2), Canadá (7), Checoslováquia (3), Nova Zelândia (1), Polónia (1), e Reino Unido (35).
A par dos óbitos que se registam de forma esporádica, os que resultam de acidentes aéreos são os que causam mais vítimas, se não vejamos, 4 Dezembro 1943 (3); 13 Dezembro 1943 (4); 20 Fevereiro 1945 (2); 8 Março 1945 (8) e 14 Março 1945 (19).

Nota - Nem todas as sepulturas são relacionadas com acidentes aéreos. 
Todos os acidentes aéreos que consegui relacionar se encontram-se no: [link].


Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

1

Czech Forces

LUDVIK KONDZIOLKA

RTM.LET.V ZÁL.

Flight Sergeant

Royal Air Force

24.8.1912

14.3.1945

Flight Engineer

RAF 246 Sqdn

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

2

RAF

1019159 Sergeant

G.A.CAIN

Royal Air Force

-

14.3.1945

 


Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

3

RAF

1083184 Sergeant

J.H. LAWRENCE

Royal Air Force

-

14.3.1945

Age 38

There’s a smile

I’ll always remember

Of one I loved so dear.

Loving wife Frances

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

4

RAF

1019060 Corporal

F. JECKELLS

Royal Air Force

-

14.3.1945

 


Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

5

RAF

1061656 LDG. Aircraftman

E. JONES

Royal Air Force

-

14.3.1945

Age 36

In loving remembrance

Till we meet again.

Hilda, David and Margaret

  

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

6

RAF

952211 Corporal

W. McKENZIE

Royal Air Force

-

14.3.1945

Age 26

Elder son of

Mitchell and Mary McKenzie.

Greenock.

Ever remembered

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

7

RAF

855984 LDG. Aircraftman

W. BRIDGEN

Royal Air Force

Auxiliary Air Force

-

14.3.1945

Age 33

 

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

8

RAF

654457 LDG. Aircraftman

D. LINDSAY

Royal Air Force

-

14.3.1945

 


 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

9

RAF

983321 Ldg. Aircraftman

C.S. HUBBARD

Royal Air Force

-

14.3.1945

 

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

10

Merchant Navy

H. LANDRY

Assistant Steward

S.S. “Freetown”

-

14.4.1946

 

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

11

Czech Forces

DALIBOR BROCHARD

RTM.LET.V ZÁL.

Warrant Officer

Royal Air Force

11.5.1924

14.3.1945

 

http://fcafa.wordpress.com/2011/12/15/dalibor-brochard/

 


 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

12

RAF

Flying Officer

A.P.R. WALKER

Pilot

Royal Air Force

-

14.3.1945

 

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

13

Czech Forces

VÁCLAV JÍLEK

PPOR.LET.V ZÁL.

Flying Officer

Royal Air Force

11.8.1919

14.3.1945

 

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

14

RAF

Flying Officer

C.G. MONTGOMERY

Royal Air Force

-

14.3.1945

 

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

15

RAF

Flight Lieutenant

A.J. VOLEK

Navigator

Royal Air Force

-

14.3.1945

 

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

16

RAF

Flight Lieutenant

A.K. MURDOCH. DFC.

Navigator

Royal Air Force

-

14.3.1945

Age 29

“Yet will I fear no ill

For Thou art with me

And Thy rod

And staff me comfort still”

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

17

RCAF

Flight Lieutenant

L.F. JARVIS

Air Gunner

Royal Canadian Air Force

-

14.3.1945

Age 34

“Whatever is … is best”

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

18

RAF

Flight Lieutenant

J.E. YARNALL

Royal Air Force

-

14.3.1945

Age 37

 

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

19

RAF

Squadron Leader

A.J. DAVEY. DSO.

Royal Air Force

-

14.3.1945

Age 21

Au revoir, my boy.

Until we meet again.

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

20

Royal Navy

Commander

THE VISCOUNT COLVILLE OF CULROSS. RN.

H.M.S. “Hesperides”

-

14.3.1945

Age 57

“All peaceful

In the everlasting arms”

 

Charles Alexander Colville, 3rd Viscount Colville of Culross (1888–1945)

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

21

RAF

3006273 Sergeant

G.A. REEVE

Air Gunner

Royal Air Force

-

8.3.1945

Age 20

 

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

22

RAF

1671632 Sergeant

A.D.DODD

Navigator Bomber

Royal Air Force

-

8.3.1945

Age 22

In silence we remember

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

23

RAF

1605452 Flight Sergeant

F.C.D. EVANS

Flight Engineer

Royal Air Force

-

8.3.1945

Age 20

He lives with us in memory

And will for evermore

Mum and Dad

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

24

RAF

1159989 Flight Sergeant

L.J. BENCE

Pilot

Royal Air Force

-

8.3.1945

Age 23

 


Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

25

RAF

1895730 Sergeant

R.G. HERRING

Air Gunner

Royal Air Force

-

8.3.1945

 

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

26

RAF

Flight Lieutenant

C.D.M. THOMPSON

Pilot

Royal Air Force

-

13.5.1945

Age 26

 

The dearly loved son

of Lt. Commander

And Mrs. T.D. Thomson

And brother of Geoff.


Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

27

RCAF

R.257034 Flight Sergeant

W. HOLOWATY

Royal Canadian Air Force

-

18.6.1945

Age 26

In memory

Of our beloved son.

Rest in peace

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

28

RAF

1154386 Ldg. Aircraftman

E. WILLIAMS

Royal Air Force

-

4.8.1945

Age 25

Not one from memory

Not gone from love

But gone to

His Father’s home above

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

29

RAF

1065950 Sergeant

H. CULYER

Royal Air Force

-

15.8.1945

Age 37

In loving memory

Of a dear husband and daddy

Always remembered

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

30

RAAF

422812 Warrant Officer

N.V. RYAN

Royal Australian Air Force

-

8.3.1945

Age 20

God has him in His keeping

We have him in our hearts

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

31

RCAF

Flying Officer

H.D. LARONDE

Navigator

Royal Canadian Air Force

-

8.3.1945

Age 25

 


Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

32

RAF

Pilot Officer

I.L. MUNCE

Pilot

Royal Air Force

-

8.3.1945

Age 23

 

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

33

-

417306 Flying Officer

T.H. MONSON

Royal N.Z. Air Force

-

20.2.1945

Age 31

 


Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

34

Polish Forces

KPT.

J.M. GOLDHAAR

-

20.2.1945

Age 30

 


Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

35

RAF

1626361 Corporal

G.W. COOK

Royal Air Force

-

25.8.1944

Age 30

Although buried

In foreign soil

He is not forgotten

By those at home. R.I.P.

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

36

RAF

1242906 Corporal

C.W. CRANE

Royal Air Force

-

16.6.1944

Age 23

Dearly Loved


Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

37

RAF

1344726 Aircraftman 1st Cl.

S.S. NEIL

Royal Air Force

-

18.12.1943

Age 22

Too far away

Your grave to see

But not to far

To think of thee

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

38

RCAF

R.125388 S-O.Brev.II

J.E.R. BOUDREEAULT

Wireless Operator / Air Gunner

Royal Canadian Air Force

-

4.12.1943

Age 22

Heureux les artisans

De Paix: Ils seront

Appeles fils de Dieu!

MT.5.9.

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

39

RCAF

R.121119 Warrant Officer II

C.T. FLACK

Wireless Operator / Air Gunner

Royal Canadian Air Force

-

4.12.1943

Age 23

Fond memories linger

Every day

Remembrance keeps him near

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

40

RAF

1640757 Aircraftman 1st Cl.

G.A. INCE

Royal Air Force

-

31.3.1944

Age 21

Everlasting memories

Of our dear George.

Mother, Father,

Sister and brothers.

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

41

Royal Engineers

14581441 Sapper

V.E. CARTER

Royal Engineers

-

3.11.1943

Age 26

In loving memory

Of our son Victor.

Mother, Father

Sisters and brothers.

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

42

Royal Engineers

1924335 L.SJT

T.A. STEAD

Royal Engineers

-

13.11.1943

Age 28

To the beautiful

And ever loving memory

Of my darling husband

“MIZPAH”

 

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

43

RAF

902756 LDG.Aircraftman

W.T.E. POTTER

Royal Air Force

-

21.11.1943

 

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

44

RAF

An Airman

Of the

1939-1945

War

Royal Air Force

-

Known unto God

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

45

RAAF

Pilot Officer

J.G. JOHNSON

Royal Australian Air Force

-

4.12.1943

Age 20

His duty fearlessly

And nobly done.

For ever remembered

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

46

RAF

1332918 Flight Sergeant

G.F. HANDEL

Pilot

Royal Air Force

-

13.12.1943

Age 23

He left a happy memory

With everyone who knew him.

We shall meet again.

Mum and Dad

 

Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

47

RAF

1338168 Flight Sergeant

A.H. SEVERN

Navigator (Bomber)

Royal Air Force

-

13.12.1943

Age 21

In loving memory

Of “Tony” our son

Your courage, our pride.

Rest in peace

 


Nº.

Simbolo

Simbol

Identificação

Identification

Nasc./Óbito

Birth/Death

Notes

48

RCAF

R.90160 Warrant Officer I

J.H.YORKE

Wireless Operator / Air Gunner

Royal Canadian Air Force

-

13.12.1943

Age 22

Greater love

Hath no man than this

That a man lay down

His life for his friends

 

Nº.

Simbolo

Identificação

Nascimento

Óbito

Observações

49

RCAF

R.90316 Warrant Officer I

W.E.R. MACHAN

Wireless Operator / Air Gunner

Royal Canadian Air Force

-

13.12.1943

Age 21

He died that we might live

 




Notas

[1] – extracto da tese de mestrado “O impacto da presença britânica na ilha Terceira (1943-1946), de Francisco Miguel Lima Nogueira, Setembro de 2008.
[2] – extracto do livro “Base Aérea das lajes (Contribuição para a sua história), de Manuel de Meneses Martins, Março de 2003.

[*] - Os Pássaros de Ferro, sendo criaturas de ar e de sonho, assumem para mim todas as formas que possamos imaginar e mais umas quantas formas que não conseguimos conceber pelas limitações próprias das nossas capacidades de compreender o Real.
Assim, ouso chamar a estes outros pássaros, Pássaros de Éter, porque possuem uma forma que vai para lá de um conjunto mais ou menos organizado de átomos.

Fontes Adicionais:
Free Czechoslovak Air Force - http://fcafa.wordpress.com/page/13/
RAF Commands: https://www.rafcommands.com/

Agradecimentos: MAJ.USAF C.C.Masotti, Dr. Francisco Queiroz, Manuel de Meneses Martins, Miguel Santos, Pedro Santos, João Calado, 




Edição (texto, fotos, esquemas e pesquisa): Rui "A-7" Ferreira

CWG
Este cemitério integra a estrutura mundial da Commonwealth War Graves Commission, conhecendo-se em Portugal 119 sepulturas distribuídas da seguinte forma, 
Portimão (1)
Porto (11) - Oporto St. James Cemetery [parte 1][parte 2].





ARTIGOS MAIS VISUALIZADOS

CRÉDITOS

Os textos publicados no Pássaro de Ferro são da autoria e responsabilidade dos seus autores/colaboradores, salvo indicação em contrário.
Só poderão ser usados mediante autorização expressa dos autores e/ou dos administradores.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Laundry Detergent Coupons
>