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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

RÚSSIA DESTACA SU-57 NA SÍRIA [M1953 - 13/2018]

Frame do vídeo divulgado na rede Twitter alegadamente mostrando a aterragem de uma parelha de Su-57 na Síria

Circularam nas últimas horas imagens fotográficas e vídeo, de caça russos de 5ª Geração Su-57, alegadamente a aterrar na base aérea de Khmeimim, na Síria.
A parelha de Su-57 terá chegado à província síria de Latakia, juntamente com quatro Su-35S e outros quatro Su-25 e um A-50U de alerta aéreo.
As imagens começaram a circular ontem, 21 de Fevereiro e a sua veracidade foi comprovada por um oficial da USAF no dia seguinte.

Imagens vídeo da aproximação dos Su-57 à pista de Khmeimim

A intenção de destacar uma aeronave ainda em fase de protótipo, em cenário de guerra real, não é por enquanto ainda clara, mas pode ir desde simples manobra de propaganda, como ter interesses mais estratégicos.


A primeira opção é bastante verosímil e não é sequer situação nova em material russo/soviético. Durante o conflito na Síria, a Rússia tem aproveitado para demonstrar muito do seu material bélico, algumas vezes em acções pouco lógicas do ponto de vista militar, tais como missões realizadas com os seus bombardeiros estratégicos, através de rotas muito pouco eficientes, contornando toda a Europa Ocidental. Este tipo de acções parece ter como único objectivo mostrar o que o seu equipamento pode fazer. Novas plataformas operacionais, como os Su-30, Su-34 e Su-35S, todas conheceram baptismo de fogo na Síria.

Imagens de Su-25 (em cima) e Yak-38 (em baixo) ainda em fase de protótipos no conflito do Afeganistão


Já o destacamento em zona de guerra de protótipos, aconteceu também anteriormente, nomeadamente com Su-25 e Yak-38 durante o envolvimento da União Soviética no Afeganistão. Este tipo de acção com protótipos, tanto pode servir para angariar potenciais clientes, como para poder atribuir o título de "testado em combate" ao produto.

Um dos protótipos do Sukhoi Su-57, exibindo algumas características pouco "stealth" como o revestimento dos motores e os o bocais de exaustão (Imagem de arquivo)

O Su-57, e por se tratar de um protótipo de caça de 5ª Geração ainda sem os motores definitivos, nem configuração "invisível" completa tem, não estando no que serão as suas capacidades totais. Contudo, dois interesses estratégicos parecem possíveis: testar os sensores nos F-22 americanos e ao mesmo tempo intimidar as forças americanas, com as quais recentemente vários incidentes directos têm ocorrido.
Os riscos contudo, existem também da parte russa, dado que estarão a proporcionar uma oportunidade para os adversários terem contacto com o novel caça da Sukhoi.

Actualização 23/02/2018

A propósito desta notícia, o Gen. Mike Holmes, chefe do Air Combat Command da USAF, disse que "irá certamente aumentar o nível de complexidade que as nossas tripulações terão de enfrentar".

Entretanto, a empresa de imagens de satélite israelita Imagesat, divulgou uma imagem da base aérea de Khmeimim, em que é possível visualizar os dois Su-57, sendo inclusivamente possível distinguir a camuflagem denominada "tubarão", de um dos protótipos.

Foto: Imagesat


Quaisquer que sejam as intenções de Putin, devemos ter notícias nas próximas semanas.
Ou talvez não.




terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

SEXTA GERAÇÃO OU O PRINCÍPIO DO FIM DO F-35 (M1799 - 34PM/2015)

Imagem conceptual da Boeing para um caça de 6ª Geração

Não é segredo nenhum que o F-35 é, a par com o programa de defesa mais caro de todos os tempos, quiçá (ou talvez também por isso) um dos mais polémicos.
Por entre dúvidas sobre as suas capacidades para substituir adequadamente as aeronaves a que se propõe, no inventário da Forca Aérea, Marinha e Fuzileiros dos EUA (F-16, A-10, F/A-18, Harrier...), estão também inúmeros problemas técnicos, atrasos no programa e deslizes orçamentais.

Por entre vozes discordantes dentro e fora dos militares, a posição oficial tem sido a de que “o F-35 será a espinha dorsal das forças americanas”, e vários sistemas de armas foram até colocados como sacrificáveis, de modo a disponibilizar verbas para o F-35.

As entrevistas e informações oficiais divulgadas, de quem com o JSF tem vindo a operar, invariavelmente falam maravilhas do novo caça. Nas últimas semanas contudo, embora de um modo velado, foi possível observar-se uma inflexão na relação oficial com o  F-35. O maior sinal terá sido porventura o anúncio do início de desenvolvimento da 6ª Geração de caças para os EUA, alegadamente para “aproveitar a capacidade técnica acumulada” com o desenvolvimento da 5ª Geração. 

Levantando o véu sobre os objectivos para esta nova geração de caças, verifica-se que pouco tem a ver com a predecessora. Segundo o Chefe de Operações Navais da US Navy, Alm. Johnathan Greenert, o novo caça pode nem sequer ser stealth, nem especialmente rápido. É que por um lado, os avanços tecnológicos em curso podem tornar a tecnologia stealth obsoleta (IRST, radares passivos ligados em rede, etc), o que deita imediatamente por terra a “superioridade” de qualquer caça stealth. Mais ainda: sem a tecnologia stealth ficam a nu as insuficiências destes relativamente a caças convencionais, fruto das limitações impostas pela tecnologia stealth. E a China até já afirma conseguir detectar aeronaves stealth a distâncias  de 240 a 360 milhas (entre 400 a 575 km), o que significa duas a três vezes o alcance do míssil AIM-120 que o F-35 pode transportar. Apesar desta ser uma afirmação ainda por comprovar, a teoria que a sustenta é conhecida e facilmente compreensível: processando vários sinais provenientes de frequências rádio e a sua duração, de comunicações tácticas, equipamento de medição de distância, radar e sistema de identificação amigo/inimigo (IFF), para além da fonte de calor que continuarão a ser sempre os motores, ou até mesmo as perturbações aerodinâmicas causadas pela passagem de um aeronave na atmosfera, é possível detectar uma aeronave furtiva.

Por outro, os custos de desenvolvimento das aeronaves stealth, acabaram por levar ao paradoxo de os tornar “bons de mais” para por vezes serem usados na linha da frente, devido ao receio de perder aeronaves sobre território inimigo. Devido aos riscos que isso implica em termos do enorme custo das aeronaves em si, ou de permitir o acesso a essa tecnologia pelo inimigo (como já aconteceu na Sérvia e no Irão por exemplo). 

Por outro ainda, as limitações de venda de tecnologia de ponta a aliados, acabam por tornar os programas de desenvolvimento mais caros. O F-22 por exemplo não obteve permissão de exportação, apesar do interesse de vários aliados. O B-2 não está sequer estacionado permanentemente em qualquer base fora dos EUA, devido ao receio de fugas de informação na sua tecnologia.

O programa de caça de 6ª Geração, baptizado F-X (USAF) ou F/A-XX (US Navy), pode ainda assim incorporar novas armas entretanto em promissor desenvolvimento, como o laser (ou “energia dirigida” como é designado), ou outras que consigam suprimir as defesas inimigas sem colocar em risco a aeronave, colocando por isso a ênfase em destruir as capacidades inimigas e não em tentar esconder a aeronave atacante.O novo caça poderá ainda ser tripulado ou não, mas as capacidades de comunicação em rede serão certamente um dos pontos fortes do projecto.

A velocidade não será também um dos principais quesitos do novo caça, mais ou menos pelas mesmas razões do stealth. O novo conceito aponta em não desperdiçar recursos para tentar contrariar o inevitável. E ser suficientemente rápido para fugir a mísseis capazes de atingir Mach 4,5 entra decididamente no critério.

Mais sinais de que o F-35 poderá passar ao lado da carreira que para ele se pretendia, são igualmente a possibilidade de criar uma nova aeronave para substituir especificamente o A-10 nas funções de Apoio Aéreo Próximo, tal como anunciado este mês pelo Gen. Hawk Carlisle, Chefe do Comando de Combate Aéreo, com uma cimeira a decorrer já em Março de 2015, com representantes dos diversos ramos das FAs americanas, no intuito de definir opções para esta missão, em que o F-35 tem sido especialmente apontado como inadequado.

Já do lado da US Navy, a desconfiança relativamente ao F-35 mantém-se para substituir os F/A-18, apesar dos irrepreensíveis testes de mar realizados no final de 2014. Uma prova disso são as baixas encomendas que a Marinha mantém do JSF (apenas 9 unidades actualmente em serviço e encomendas de somente 2 para 2015 e  4 para 2016), deixam perceber o pouco entusiasmo no JSF, por contraste com a agora aberta possibilidade de “saltar” o F-35 como “faz-tudo” da aviação embarcada,  e passar directamente do Super Hornet ao F/A-XX.

Contudo, é ainda naturalmente cedo, para saber se a carreira do F-35 poderá vir a ser considerada bem-sucedida ou não. Programas anteriores com inícios difíceis (F-14, F-16), acabaram por ter desfechos felizes, mas o contrário é igualmente  verdade ou mais ainda (F-111, F-4, ...). O que a história não deixa de ensinar no entanto, é que sempre que se pretende que uma aeronave seja boa em tudo, acaba por não ser a melhor em nada. E embora oficialmente o F-35 não esteja para já a ser enjeitado pelos principais operadores, provavelmente devido aos principais aspectos económicos para todas as partes envolvidas (fabricantes, investidores, governos, operadores, ...) os sinais de alarme vão-se sucedendo. 

No mínimo, pode afirmar-se que a carreira do F-35 tem um grande ponto de interrogação perfeitamente visível, rodeado de muitas reticências.



quinta-feira, 24 de abril de 2014

JAPÃO COLOCA CAÇA STEALTH NO AR AINDA ESTE ANO (M1551 - 136PM/2014)

Modelo à escala real do ATD-X      Foto:TRDI

Falando ao comité de Negócios Estrangeiros e Defesa, o ministro da Defesa japonês Itsunori Onodera confirmou que o Mitsubishi ATD-X (advanced technology demonstrator experimental), futuro caça de demonstração, está em curso para voar ainda este ano, apesar de um ligeiro atraso. 
Originalmente para ser divulgado à comunicação social em maio, o ATD-X está agora alguns meses atrasado, mas deverá ser revelado mais tarde durante 2014, com o primeiro voo a ocorrer pouco depois.

O ATD-X é um projeto liderado pelo TRDI (Technical Research adn Development Institute) do Ministério da Defesa, tendo a Mitsubishi como principal prestador de serviços. O intuito do programa é construir um avião experimental para avaliação de maturidade, integração de fuselagem avançada e tecnologia de motores para futuros caças. O avião é coloquialmente conhecido como Shinshin (espírito do coração).

No final de 2005, um modelo a escala real do ATD-X foi usado para testes de assinatura radar em França e no ano seguinte um modelo à escala 1/5 de controlo por rádio foi construído, para testar a controlabilidade em elevados ângulos de ataque. Resultados preliminares destes testes levaram à decisão de prosseguir com um programa de voo de demonstração do ATD-X em 2007. Um ano mais tarde, pela primeira vez seria apresentado publicamente o modelo à escala real, num festival aéreo no Japão.

Tem-se especulado que o projeto terá sido iniciado para colocar pressão nos EUA, de modo a vender o F-22 Raptor ao Japão, o que a ser verdade, foi completamente mal sucedido. Contudo, evoluiu para um programa que poderá resultar num caça de 6ª Geração indígena, descrito como tecnologia I3 (Informado, Inteligente, Instantâneo). Entre as tecnologias a sere exploradas está o cabo ótico de controlo de voo fly-by-light, propulsão vetorizada tridimensional e sistema de controlo de voo autorreparável, que se recalibra automaticamente, em caso de danos nas superfícies de controlo.

As Ishikawajima_Harima Heavy Industries (IHI) desenvolveram o motor turbofan XF5-1 para propulsar o ATD-X. A empresa possui considerável especialização através de um longo historial de licenciamento de motores americanos e desenvolvimento local dos motores F3 que equipam o Kawasaki T-4. O XF5-1 foi já submetido a extensos testes.

O Ministério da Defesa japonês anunciou um plano para um caça "F-3", destinado a substituir o Mitsubishi F-2 na Força de Autodefesa Aérea Japonesa, para o final da década de 2020, sendo esperada uma decisão se será um caça desenvolvido internamente, ou se em alternativa procederá ao desenvolvimento conjunto, como sucedeu com o F-2 (um modelo alargado da fuselagem do F-16 equipado com sistemas japoneses).
Os testes de voo do ATD-X irão avaliar se as tecnologias japonesas têm maturidade suficiente para suportar um programa de desenvolvimento local, que seja financeiramente suportável.

Fonte: AIN Online
Tradução: Pássaro de Ferro

segunda-feira, 31 de março de 2014

MAIS DETALHES DO J-20 (1506 - 33AL/2014)


O Pássaro de Ferro tem acompanhado, em edições anteriores, o evoluír do caça chinês J-20.
Recentemente, surgiram novas fotografias na internet que revelam com mais alguma nitidez, alguns detalhes de um protótipo do caça "stealth" chinêsde 5ª geração. A foto acima continua a revelar a dimensão da aeronave, sendo de destacar a grande distância entre as entradas de ar dos motores e os bocais de exaustão, deixando por isso perceber que o avião é bastante comprido e no geral, tendo e conta a área alar, revela uma dimensão superior à do F-22 e F-35, talvez comparável à do congénere russo, Sukhoi T-50.
A pintura do avião é semelhante à dos caças norte-americanos de 5ª geração, F-22 e F-35, provavelmente com capacidade de diminuir a assinatura de infravermelhos. O canopy revela também ser constituído por duas partes e recebeu uma cobertura metalizado/dourado.


Percebem-se igualmente as arestas em formato recortado no radome e, atrás dele, pode ser vista a abertura de um sensor de imagem compatível com um alerta de aproximação de mísseis (MAWS). Abaixo do nariz é também visível uma abertura semelhante à encontrado no F-35, podendo ser um sensor térmico de busca e rastreio (IRST) ou um designador laser. Junto às entradas de ar podem ver-se algumas aberturas, algumas delas a fazer lembrar algumas existentes no F-117.


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

SUKHOI T-50: PROBLEMAS NO PARAÍSO (M1393 - 25PM/2014)

Sukhoi T-50     Foto: Sukhoi Company

A Força Aérea Indiana (IAF) fez uma surpreendente inflexão na sua direção, criticando duramente o projeto russo-indiano de co-desenvolvimento do futurístico caça de 5ª Geração FGFA, também conhecido na Rússia como PAK-FA (Sukhoi T-50).

Mesmo se Nova Deli e Moscovo finalizam um acordo no valor de 6000M USD, para o desenvolvimento do caça, com capacidades personalizadas aos interesses indianos, a IAF alega que os russos não serão capazes de manter as suas promessas relativamente às performances da aeronave.
O projeto é considerado vital para o futuro da IAF, de tal modo que o ministro da Defesa K. Antony rejeitou publicamente qualquer possibilidade de comprar o caça americano igualmente de 5ª Geração, F-35, considerando que o FGFA seria suficiente.

O acordo entre Rússia e Índia remonta a 2007. A 24 de dezembro passado no entanto, numa reunião em Nova Deli, entre representantes da IAF e o secretário de produção de Defesa Gokul Chandra Pati, a arma aérea apresentou queixas relativamente às qualidades do FGFA, definidas como "insuficiências em termos de performance e outras características técnicas".
 As três questões expostas pela IAF foram:
-relutância russa em partilhar informação crítica de projeto
-os atuais motores AL-41F1 são inadequados, sendo mais uma modernização dos AL-31 do Su-30
-é demasiado caro

A 15 de janeiro a IAF renovou o ataque em Nova Deli no Ministério da Defesa, durante uma reunião de revisão dos progressos do projeto. Nessa reunião, o vice-Chefe de Estado Maior da IAF declarou que os motores não são fiáveis, o radar é inadequado, as capacidades furtivas estão mal projetadas, a percentagem de trabalhos indianos é demasiado baixa e o preço do caça será exorbitante quando entrar finalmente em serviço.

Uma explicação para estes ataques, foi conhecida em forma de "teoria da cospiração" divulgada por fontes do Min. da Defesa indiano, que suspeitam estar a IAF a tentar libertar os fundos para a compra dos 126 caças Rafale, uma aquisição que está em banho maria devido a restrições orçamentais.

Os russos entretanto clarificaram que os motores do AL-41F1 são uma solução temporária para permitir desenvolver o programa. Um novo motor está em desenvolvimento na Rússia, que irá equipar o FGFA e PAK-FA. Esclareceram ainda que o programa prevê o desenvolvimento de um radar largamente superior ao utilizado nos protótipos. Neste ponto, os russos previam apenas um único radar de varrimento frontal, enquanto os indianos pretendem também radares laterais para ter uma visão global. A Rússia avalia agora  a aplicação de equipamento similar no PAK-FA.

Enquanto o menos exigente PAK-FA realizou já mais de 300 voos de teste, e a FA Russa tem expectativas de introduzir o modelo em utilização operacional por 2017/2018, apenas por essa altura deverá estar em voos de teste o FGFA, cuja configuração básica apenas foi definida em junho de 2013 e o contrato de investigação e desenvolvimento está atualmente em negociação.

Não foram entretanto emitidos comunicados oficiais da IAF ou Min. Defesa indiano.


Fonte: Defense News
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro




domingo, 3 de fevereiro de 2013

IRÃO FURTIVO? (M860 -41PM/2012)


Qaher 313         Foto:Agência MEHR
Foi revelado ontem 2 de fevereiro de 2013 no Irão, o que alegadamente é o primeiro caça furtivo fabricado no país.
"Um avião avançado com uma aparência avançada, tem uma assinatura radar muito pequena e é capaz de operar e voar a baixas altitudes" disse o Ministro da Defesa iraniano, brigadeiro general Ahmad Vahidi à agência noticiosa estatal.
Vahidi alega que o Qaher 313 foi construído com materiais high tech e incorpora sistemas eletrónicos avançados. Adicionalmente, pode ser equipado com armas fabricadas indigenamente. A aeronave é descrita ainda como sendo capaz de aterrar e descolar em pequenas pistas.

Se o exterior pode enganar o interior levanta algumas dúvidas quanto ao verdadeiro significado de high tech  Foto:FARS
A conceção e fabrico é da Aviation Industries Organization  (AIO) que pertence ao Ministério da Defesa do país e o sistema de armas foi apresentado como sendo totalmente desenvolvido no Irão.
Hassan Parvaneh, diretor do projeto Qaher 313 diz ainda que o avião agora revelado "é o primeiro caça iraniano a usar uma asa de controlo dianteiro", representando por isso também um avanço aerodinâmico.
Dadas as pequenas dimensões da aeronave e sendo um monomotor, pensa-se que o motor que equipa será baseado no General Electric J-85 que se sabe o Irão possuir.

Shahed 285           Foto:Domínio público
A apresentação do caça Qaher 313, vem no seguimento de novos aparelhos apresentados pelo Irão, como o helicóptero o Shahed 285 ou o Toufan 2, claramente também baseados em modelos ocidentais, estando por isso visível uma campanha de reequipamento e simultaneamente de propaganda, não sendo por enquanto discernível até onde o novo equipamento significa de facto capacidade militar aumentada.
O futuro encarregar-se-á de o revelar.

Fonte:Flight Global
Adaptação: Pássarode Ferro


sexta-feira, 14 de março de 2008

F-19 - O AVIÃO FANTASMA







No seguimento de histórias bizarras do tempo da Guerra Fria, passo a contar o estranho episódio do F-19.

E perguntarão neste momento “que raio de avião é o F-19??!!”

De facto a inexistência do F-19 (existem aviões de série ou protótipos até ao F-18 e depois passa para o F-20) é que despoletou um dos episódios mais curiosos dessa guerra de contra-informação dentro da Guerra Fria.

Sabendo que os aparentemente inofensivos kits à escala de aviões de combate comercializados no ocidente eram fonte de informação para os serviços de inteligência do Pacto de Varsóvia, dos EUA partiu uma campanha de desinformação com base no supostamente ultra-secreto F-19.

Supostamente alguma dessa informação teria sangrado para o exterior e por todo o ocidente circularam modelos à escala do F-19, com requintes de pormenor bastante elaborados. Superfícies arredondadas para alegadamente iludir os radares inimigos, canards e outros avanços tecnológicos fabulosos.

A campanha foi de tal modo realista que em pouco tempo, além de kits espalhados por todo o mundo, havia também um jogo de computador homónimo, cheio de "realismo".

Quando algum tempo mais tarde foi revelado o F-117, percebeu-se finalmente o engodo, ao verificar que este último era liminarmente diferente do fantasma F-19. Ao contrário do que antes fora apregoado, as superfícies anti-radiação não eram redondas, mas antes angulares conforme é agora sabido. Os únicos pontos comuns seriam mesmo as entradas de ar por cima das asas e os exaustores de baixa assinatura térmica (facto incontornável e que contribuiu até para credibilizar mais o modelo). No demais, semelhanças entre os dois são pura coincidência.

Existiu ainda uma versão equivalente para o B-2 Spirit, exactamente com os mesmos erros, mesmo ardil.

Existe ainda uma outra Teoria da Conspiração que continua a afirmar que o F-19 realmente existe numa versão RF-19 Aurora, continua secreto e é o substituto do SR-71 no reconhecimento estratégico.

Mas por enquanto continua mesmo a ser mais uma teoria.

Quanto às miniaturas de F-19 da década de 80, quem tiver algum exemplar, guarde-o como peça de relicário, dessa Guerra que felizmente não passou de Fria.

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