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domingo, 30 de junho de 2019

SU-30 INDIANOS EM FRANÇA [M2040 - 27/2019]

Su-30 e Il-78 indianos em rota para Mont-de-Marsant                           Foto: IAF

A Base Aérea francesa 118 em Mont-de-Marsant, que recentemente acolheu o célebre exercício NATO Tiger Meet, irá agora ser anfitriã do exercício Garuda VI.

No passado dia 28 do corrente mês de Junho, viu por isso aterrar quatro Sukhoi Su-30MKI, aos quais se irão juntar Rafale, Alpha Jet, Mirage 2000, KC-135F, E-3F, C-130 e CN235 do Armée de L'Air, para participar no exercício franco-indiano, entre 1 e 12 de Julho de 2019.

As tripulações de Su-30 à chegada a Mont-de-Marsant           Foto: IAF

Il-78 em Mont-de Marsant                Foto: IAF

Il-78 e C-17 indianos em Mont-de-Marsant                Foto: IAF


Os Su-30 indianos pertencem à Esquadra 24 "Hunting Hawks", com base em Bareilly e foram acompanhados no destacamento por um Il-78 para reabastecimento aéreo e dois C-17 para transporte logístico de material e dos 120 militares que integram o destacamento.


O Garuda é um exercício táctico bilateral que visa "aprimorar a interoperabilidade das duas forças na defesa aérea e ataque ao solo". Realiza-se alternadamente em França e na Índia e dentro de um "processo global de cooperação". Apesar da primeira edição do Garuda se ter realizado já em 2003, no ano passado os dois países firmaram um acordo de cooperação que pretende aprofundar ainda mais a cooperação entre os dois países, que incluirá a utilização partilhada de instalações militares, incluindo bases navais. Está igualmente em análise a realização no futuro, de um exercício conjunto e composto com os três ramos das forças armadas de ambos os países.

Um dos Su-30MKI que participaram no exercício Hindradhanush em Coningsby 2015

A última vez que os Su-30 indianos participaram em exercícios na Europa foi em 2015, então no exercício Hindradhanush em Coningsby, Reino Unido. Em França a última presença foi no já longínquo ano de 2010, na quarta edição do exercício Garuda, então na base de Istres.

Dois Su-30 deverão marcar presença no Meeting National de l'Air (FOSA) em Cazaux.



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

BOMBARDEIROS RUSSOS À VISTA (outra vez) (M1871 - 08/2017)


Mirage 2000-5F da Esquadrilha das Cegonhas e os "Blackjack" russos

O Armée de L'Air (ForçAérea Francesa), divulgou já imagens de dois bombardeiros russos Tupolev Tu-160, interceptados esta tarde no Golfo da Biscaia.

Antes ainda foram seguidos pelas parelhas de alerta da Royal Air Force em Lossiemouth e Coningsby (Typhoon FGR4), quando contornavam o norte da Escócia e costa ocidental da Irlanda. 



Imagens da intercepção pela RAF


Os bombardeiros estratégicos supersónicos da Força Aérea Russa, conhecidos no Ocidente como "Blackjack", inverteram a rota já no Golfo de Biscaia, acompanhados por uma parelha de alerta francesa, constituída por dois Mirage 2000 da famosa "Esquadrilha das Cegonhas". 

Um avião tanque KC-135 francês esteve também afecto à operação de intercepção e acompanhamento, de modo a prestar apoio aos dois caças, na eventualidade dos bombardeiros se demorarem tempo superior à autonomia dos Mirage. O mesmo havia já sucedido no Reino Unido, no caso um A330 Voyager da RAF, que descolou de Brize Norton para apoio aos Typhoon.






Ao contrario do ultimo episódio semelhante, desta vez não chegaram ao espaço de jurisdição portuguesa. À hora que escrevemos esta noticia (16h30min), estão descritos como regressando ao Norte.

Os dois bombardeiros possuíam número de cauda RF-94100 e RF-94108 e mantiveram-se sempre em espaço aéreo internacional.


Grafismo: Daily Mail






sábado, 20 de setembro de 2014

FRANÇA AO ATAQUE NO IRAQUE (M1678 - 223PM/2014)

Configuração com duas GBU-12 em cada asa       Foto:MD

Após o primeiro ataque já com apenas uma GBU-12 em cada asa        Foto:MD

A 19 de setembro de 2014, por ordem do Presidente da República francesa, foi realizada uma operação militar aérea dirigida contra o grupo terrorista Daech. A operação destinou-se a destruir a partir do ar, um depósito de apoio logístico da Daech avistado na região de Mossul, durante as missões de reconhecimento e inteligência realizadas durante a semana transata.

À descolagem em Al Dhafra       Foto:MD

A descolagem do KC-135FR para os reabastecimentos aéreos   Foto:MD

Reabastecimento após o primeiro ataque      Foto:MD

No decurso desse voo de cinco horas, a parelha de Rafale do Armée de L'Air foi reabastecida em voo três vezes por um C-135FR. Os caças franceses equipados com pods designadores de alvos Damocles, Largaram a sua carga letal constituída por quatro bombas guiadas a laser GBU-12, entre as 9:40 e as 9:58.

A colocação das GBU-12 nos pylons das asas     Foto:MD

O Atlantique 2 usado como plataforma de infromação e inteligência      Foto:MD

O avião de patrulha marítima Atlantic 2 levou a cabo uma missão que durou 10 horas, coordenada com a dos Rafale .Os seus equipamentos permitiram gerir a informação da missão e efetuar a verificação dos danos realizados (Battle Damage Assessment - BDA), transmitindo imediatamente ao centro de planificação e comando de operações em Paris. 

Alvo antes e depois do ataque    Foto:MD

Durante esta missão a equipa de busca e salvamento em combate (CSAR), ou seja a capacidade de resgatar pilotos caídos em zona hostil, foi assegurada por meios americanos. 

Dassault Rafale da Esq. de Caça 3/30 com pod de reconhecimento      Foto:MD

De acordo com a vontade do Presidente (francês), novos ataques terão lugar nos próximos dias, para apoiar as forças iraquianas na luta contra Daech. Os ataques serão novamente realizados em estreita colaboração com as autoridades iraquianas, assim como com os aliados ocidentais presentes no teatro de guerra.

O pod RECO NG             Foto:MD

Dois Rafale da Esquadra de Caça 3/30 "Lorraine" realizaram igualmente ontem (19/9) um voo de reconhecimento, equipados com o pod RECO NG, novamente acompanhada e coordenada com  Atlantique 2, para recolha e transmissão de informação acerca das posições dos comabtentes da Daesch. Mais voos de reconhecimento serão realizados durante os próximos dias, a partir da base francesa de Al Dhafra.




domingo, 1 de junho de 2014

COLISÃO IMINENTE (M1606 - 179PM/2014)

Mirage 2000N

Aconteceu há pouco mais de dez anos, quando era instrutor na CFEN da Força Aérea Francesa (Armée de L'Air). Na altura, passava a maior parte do tempo a voar no backseat com jovens pilotos, largados em Mirage 2000 em Orange, que voltavam para "casa" para serem treinados na versão N e depois serem colocados em esquadras operacionais em Luxeuil ou Istres. 

A missão dessa noite era relativamente simples a nível de programa: treino de aproximações a outra aeronave, com posterior voo em formação cerrada. O objetivo seria a familiarização de procedimentos para a aproximação a algum aparelho em dificuldades ou um avião-tanque, além de aperfeiçoar a prática do voo em formação cerrada, bastante útil quando a meteorologia não é desfavorável sobre o alvo, tal como era o caso nessa noite. Céu limpo, bem estrelado e sem (ou pouco) luar no horário de voo.

Uma parelha de dois aviões. O líder, um experiente piloto, tal como todos os instrutores do CFEN, voaria com um navegador estagiário, que se familiarizava com os procedimentos das aproximações no ar e que deveria, assim que voássemos em formação, fornecer dados ao seu piloto, com base em informação fornecida pelo controlo. No meu avião, um jovem piloto estagiário, um pouco "louco" mas aplicado em desempenhar bem o seu papel, e eu atrás, com um pouco mais de 2000 horas em Mirage 2000N para contar...

Se a missão era simples de preparar, podia gerar uma quantidade de stress considerável nos estagiários, já que o voo noturno é sempre especial. E quando duas aeronaves se juntam em voo, as coisas podem rapidamente tornar-se críticas.

O briefing decorre pacificamente, após a refeição da noite na messe. Todos estão atentos. O piloto comandante de missão, que efetua o briefing, insiste bastante na gestão de luzes da aeronave que estiver em função de líder, relativamente à tripulação que se aproximará. Ficar desorientado e com falsas estimativas de distância, não são situações por que se queira passar. Encorajo o meu piloto a não ser tímido e a pedir ao líder para diminuir a intensidade das luzes quando nos estivermos a aproximar. Em tal situação não podemos estar com escrúpulos no rádio, "medo de incomodar", porque é fundamental.

Começamos a voar. Separações e aproximações começam a suceder-se e alternamos os papeis, para que os dois estagiários  possam tirar partido da missão. A última aproximação será para nós, e o melhor, é que assim que terminada, podemos passar à formação cerrada e fazer uma última passagem em formação, antes da aterragem individual.
O meu piloto desenrascou-se bem até então. O meu papel nas fases de aproximação era adquirir o líder no radar, para termos informações de distância e velocidade de aproximação. Não é obrigatório, mas é mais confortável. Para a última aproximação, o meu piloto pergunta-me "meu capitão, gostava de fazer a aproximação sem ajuda radar, é possível?". Resposta afirmativa da minha parte. "Pense bem em todas as fases da aproximação: preparação, retirada, separação... um eixo de cada vez... e quando em dúvida, para abortar, para baixo e para trás... Compreendido? - Afirmativo meu Capitão! - Ótimo e pense em fazer diminuir as luzes deles quando estivermos mais perto... -OK..."

Começamos a aproximação e até aí tudo bem. Chegamos à distância mínima para adquirir contacto visual para a aproximação final. Devido à meteorologia dessa noite, não houve qualquer problema. O meu piloto prossegue com a aproximação. Preparação, retirada, separação... qualquer coisa me chama a atenção... e falo com o meu piloto: "diz-me uma coisa, não achas as luzes anti-colisão demasiado fortes? - Não, não, ainda bem que estão assim, senão não as via..."

"Acendeu-se" uma pequena luz vermelha de aviso no meu espírito: na verdade, com as luzes anti-colisão fortes, tenho grande dificuldade em avaliar a distância e velocidade de aproximação. E tudo acontece muito rápido... Vejo a silhueta do líder crescer a olhos vistos, mas não se desvia da nossa direção. Isso significa que se não fizermos nada, vai haver contacto... Instantaneamente, sem refletir, a minha reação imediata: "Mexe o manche!" Gritei literalmente para as minhas pernas. Soou como um tiro... e o tempo parece que se tornou elástico... o meu piloto executa a manobra imediatamente, tão rápido como um reflexo nervoso demora a passar na espinal medula. E bem o faz... o Mirage 2000 é bastante ágil, mas sinto a manobra de rodar o avião para inverter o voo com uma lentidão infinita, até a trajetória mudar finalmente.

Passamos por um avião tão grande como o nosso, a grande velocidade, para sair sob a sua asa esquerda. Passámos realmente perto, porque cheguei a ouvir o barulho do motor do líder.
Pergunta do líder: " Tens a certeza que não tentaste seguir uma estrela?" (isso acontece... raramente, mas acontece...). Eu respondi calmamente: "Não, nós vimos-vos... eu vou explicar..."
À frente, o meu piloto está esbaforido. Acaba de compreender o que podia ter acontecido. É necessário acalmá-lo um pouco, se queremos que o regresso seja normal. Dirijo-me a ele com a voz o mais calma possível: "Escuta, está tudo bem... quando tocamos, tocamos... e desta vez não aconteceu nada disso... Por isso, respira pelo nariz, acalma-te e vamos regressar em formação cerrada..."
O meu piloto está bloqueado. E também não percebeu todo o alcance das minhas palavras, como me apercebi depois. Alguns anos antes, o meu avião entrou em rota de colisão com um planador... (dessa vez tocou mesmo... mas isso já é outra história).

Voltamos a encontrar a serenidade necessária para terminar a missão e regressar ao solo. Perante a lentidão do meu piloto em aproximar-se do líder e mantendo uma distância prudente, o líder começa a desconfiar que se passou alguma coisa. Forçosamente debaixo dum caça não se vê grande coisa... e de noite ainda pior.

Regressamos à base e aterramos em segurança. Chegamos à placa de estacionamento dos aviões. Colocam-se as seguranças, corta-se o motor. Depois de nos termos juntado ao líder lá em cima, não trocámos muitas mais palavras, à parte dos diálogos standard. Descemos do avião... os mecânicos da linha da frente perguntam-nos se correu tudo bem... "Se pusermos a coisa dessa forma..." sorrio eu, estou inteiro e vivo... O meu piloto tem a viseira baixada. Reconforto-o um pouco, repetindo "desde que não toque, desde que não toque..." Ele não percebe tudo, mas sente que já tive alguma experiência dentro do assunto. Sente que o debriefing vai ser "sangrento". Mas não é grave... Principalmente porque podemos debriefar...

Com efeito, mesmo antes do debriefing, quando nos encontramos com a tripulação líder na placa, antes de abandonar os aviões, o meu camarada líder de parelha compreende que se passou alguma coisa... e coloca a questão: "O que é que aconteceu?"
Respondo "falhámos a aproximação por trás no último treino... Quando eu disse que vos vimos bem, foi de muito perto, vimos-vos muito perto..."
Ele vira-se contra o piloto estagiário e explode, sob o medo em retrospetiva: "Mas tu és parvo?! Ca###o, não foi por falta de te avisar no briefing!!! Ainda por cima a menos dum mês de me reformar!"

Com efeito, o debriefing foi realmente "sangrento"...

Na manhã seguinte, enquanto falava com o comandante de Esquadra, sobre a possibilidade de realizar as missões de manhã, por oposição a fazê-lo de tarde, devido à incerteza da meteorologia, um outro piloto-aluno, provocando-me disse: "Na verdade meu capitão, tem direito de ter medo..."
O insolente...

Uma semana depois, com esse mesmo aluno que me provocou, caímos 15.000 pés numa perda de controlo durante um treino de combate aéreo. Curiosamente não me deu réplica quando eu perguntei se ele se importava que eu tivesse medo...

Fonte: Defense Aero
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro







terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

ALERTA AÉREO: ITÁLIA E FRANÇA SIM, SUIÇA NÃO (M1430 - 48PM/2014)

Mirage 2000C francês de alerta carregando mísseis reais R.550 Magic 2

Eram 4:10 horas da madrugada de 17 de fevereiro de 2014 quando o centro interaliado de operações aéreas de Torrejón (Espanha) informou o Centro Nacional de Operações Aéreas (ACON) de Lyon- Mont Verdun (França) do desvio de um avião da Ethiopian Airlines para a Suiça, tal como ontem noticiado pelo Pássaro de Ferro.

Depois de analisar a situação no ACON, a  Alta Autoridade de Defesa Aérea (HADA) ordena a descolagem de uma aeronave em alerta permanente da base aérea 115 em Orange, para intercetar a aeronave desviada, colocando simultaneamente outros caças em alerta.

Pelas 5:07 horas o Boeing 767 é intercetado por dois Typhoon italianos, passando o acompanhamento do avião civil a um Mirage 2000C francês às 5:12. Às 5:17 o reconhecimento à distância feito pelo piloto do caça francês confirma que o avião da Ethiopian sequestrado se direciona para a Suiça. Um negociador designado pelas autoridades suiças no aeroporto de Genebra está em contacto com o sequestrador, que se recusa aterrar o avião até que as suas exigências sejam aceites.

Às 5:56 horas, o HADA dá ordem de descolagem a um segundo Mirage 2000 para apoiar o primeiro. As negociações são bem sucedidas e o voo ETH702 entra na aproximação a Genebra e aterra às 6:02 horas. O sequestrador foi imediatamente detido pela polícia suiça e os dois Mirage 2000 regressam à base de Orange.

Este caso real de sequestro de uma aeronave civil permitiu testar toda a cadeia de comando e segurança da aviação italiana, francesa e suiça. Ainda assim, na imprensa helvética e após este episódio, duras têm sido as críticas e a partir de vários quadrantes, ao facto da Força Aérea do país não ter podido responder com prontidão a este tipo de situação, colocando caças no ar, tal como Itália e Suiça. Na verdade, o sistema de policiamento aéreo suiço só está ativo durante o "horário de expediente", ou seja, entre as 8 e as 17 horas (com intervalo para almoço entre as 12 e as 13:30). Uma vez que o episódio decorreu durante a madrugada, não havia aeronaves em estado de alerta e prontidão, para acorrer a uma situação de emergência do tipo.

A Suiça tem acordos de cooperação com os países limítrofes, situação que permitiu a entrada dos Mirage franceses para acompanhar o 767 até à aterragem em Genebra. Os caças estrangeiros não estão contudo autorizados a carregar armamento dentro de espaço aéreo helvético.

Curiosamente, França e Itália ainda em 21 de janeiro passado treinaram procedimentos através de um exercício transfronteiriço (APEX), para fazer face a situações similares à agora ocorrida com o Boeing 767 da Ethiopian.

Fonte: Armée de L'Air e Blick



domingo, 19 de janeiro de 2014

MIRAGE III: PEDIU EM COR DE ROSA? (M1388 - 22PM/2014)



Há histórias que resistem ao tempo e esta é digna de figurar entre as que provam o que se pode chegar a fazer entre esquadras "rivais".

Numa festa em 1979 na Base Aérea 110 do Armée de L'Air em Creil, França, o pessoal de terra da Esquadra 1/10 "Valois", com o beneplácito do comandante, resolveram pregar uma partida aos seus camaradas da Esquadra 2/10 "Sena". Numa noite, todos os participantes pintariam o Mirage IIIC com número de cauda 55 10-RO de... cor de rosa!

Para conseguir a façanha foi necessária a colaboração de várias pessoas, incluindo o Oficial de Dia piloto da Esq 1/10, que distraiu o outro Oficial de Dia pertencente à Esq 2/10, as Forças Aéreas Estratégicas, que cederam as suas instalações na Base Aérea 110 e o comando da manutenção que retiraria do hangar a aeronave a receber a nova cor.

Na manhã seguinte, enquanto os pilotos chegavam para as missões de treino previstas, enorme pânico: faltava um avião! Toda a base se lança numa procura do avião perdido, o que não era tarefa fácil, já que esta se encontra submersa numa neblina matinal, pelo que a visibilidade não era a melhor. 9:00 horas... 10:00...  e só às 11:00 quando começou a levantar o nevoeiro é que o comandante da Base viu a aeronave, bem perto do seu gabinete!

O comandante das Esq. 2/10 teve que se resignar e realizar a sua missão no Mirage IIIC pintado de rosa "bom-bom", com um belo bigode a adornar mesmo por trás do radomo.


Poderia pensar-se que a história acabava aqui, mas não. Em janeiro de 1980 quando as duas esquadras "Sena" e "Valois" estavam destacadas na Base Aérea 126 em Solenzara para o treino de tiro, foi a vez da vingança e todo o material de escritório da Esq 1/10 foi mobilizado para o campo de futebol da unidade. Não querendo ficar-se com uma derrota, a Esq. 1/10 decidiu replicar de novo pelas festas de Stº. Eloi desse ano. Decidiram emparedar o gabinete do comandante da Esq.2/10, deixando algumas galinhas lá dentro...

Testemunhos do que a rivalidade entre esquadras é capaz de fazer, perpetuando as tradições e o espírito aeronáutico pelas gerações.

Fonte: The Fying Men
Tradução: Pássaro de Ferro

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

AIRBUS OFICIALIZA ENTREGA DO PRIMEIRO A400M (M1179 - 272PM/2013)

Airbus A400M

A Airbus Military irá celebrar no próximo dia 30 de setembro, a entrega da primeira unidade de produção do A400M, com uma cerimónia a realizar nas instalações de Sevilha.
Com este evento, a empresa da EADS pretende remarcar a importância desta primeira entrega, que nas palavras do Conselheiro Delegado da Airbus Military, Domingo Ureña, "supõe também o início da fase de exportações".
O ato, contará com a presença dos responsáveis máximso da EADS e Airbus Military, bem como dos ministros da defesa dos oito países que formam parte do programa (França, Turquia, Reino Unido, Alemanha, Malásia, Espanha, Luxemburgo e Bélgica), que adquiriram um total de 174 aparelhos. As previsões da Airbus Military passam por vender mais cerca de 400 aviões até 2030.

O último país que anunciou a escolha pelo A400M foi para já o Cazaquistão, após a recente visita de Domingo Ureña às autoridades de Defesa, daquele país.

Como curiosidade, a unidade cuja entrega se celebrará, foi já transferida administrativamente para a França já em agosto, mas devido ao período estival em que tal sucedeu, a Airbus Military preferiu adiar o ato oficial até ao outono, para facilitar e promover a presença da comunicação social e altas individualidades.
A França irá utilizar este primeiro avião numa primeira fase,  para o treino continuado de tripulação. Passará depois a formar parte da frota operacional de transporte do Armée de L'Air.

Segundo o calendário de entregas fornecido, até ao final do ano serão entregues a segunda e terceira unidades do A400M, para a FA Turca e Francesa, respetivamente. Em setembro de 2014 será a evez do Reino Unido e em novembro do mesmo ano a Alemanha. Para janeiro de 2015 está prevista a entrega da primeira unidade para a Malásia e por fim em princípios de 2016 o primeiro A400M espanhol.

Fonte: Rincon de las Fuerzas Armadas
Tradução: Pássaro de Ferro

sexta-feira, 7 de junho de 2013

PRIMEIRA INTERCEÇÃO DOS MIRAGE F1CR FRANCESES NO BÁLTICO (M1030 - 167PM/2013)


A 3 de junho uma parelha de Mirage F1CR intercetou um Ilyushin Il-20 russo

Menos de dez minutos após soar a sirene de alarme, dois Mirage F1 CR decolaram da base de Siauliai, na Lituânia, para intercetar uma aeronave militar não pertencente a nenhum país membro da NATO.
Mediante as ordens do CRP (Centro de Controlo e Informação), com base em Amari, Estónia, os caças dirigiram-se ao Mar Báltico. Os Mirage F1CR rapidamente adquiriram contacto visual com a aeronave. Identificam um avião russo Ilyushin Il-20 Coot-A. Após verificar todos os critérios da aeronave, acompanharam-na por algumas dezenas de milhas náuticas, até que dois JAS-39 Gripen suecos assumiram o controlo da situação.


Desde 30 de abril de 2013, que cerca de 90 soldados franceses e quatro Mirage F1CR garantem a missão no Báltico sob mandato da NATO. 
Durante quatro meses, o destacamento levará a cabo missões de assistência e policiamento aéreo no espaço aéreo da Lituânia, Letónia e Estónia. 

Fonte: EMA
Tradução: Pássaro de Ferro



terça-feira, 2 de abril de 2013

OPERAÇÃO SERVAL: PONTO DE SITUAÇÃO NO MALI (M937 - 93PM/2013)


Mirage 2000D em operação a partir de Bamako   Foto:EMA

Apesar terem vindo a diminuir as notícias divulgadas nos órgãos de comunicação social sobre o assunto,  a situação no Mali não está ainda resolvida. Assim, durante a semana passada, voaram-se  95 missões, 30 das quais dedicadas a ataques ar-superfície, centrados principalmente nas zonas de Adrar des Iforas, e ao longo do rio Níger, entre Gao e Tombuctu. 40 missões foram dedicadas ao transporte de tropas e equipamentos, tendo sido as restantes de apoio.

As forças terrestres continuam com duas frentes principais, nomeadamente a norte me Tessalit e no centro na região fronteiriça na região do Níger já mencionada.

Gradualmente e após o controlo dos focos de insurgência em várias cidades,  tem vindo a ocorrer uma transferência de responsabilidades das forças francesas para as forças da MISMA (constituída por tropas de vários países africanos), que são já em número superior a 6800 soldados, a adicionar aos cerca de 4800 das Forças Armadas do Mali.

O Chefe de Estado Maior das Forças Armadas Francesas Almirante Edouard Guillaud, inteirou-se da situação no teatro de operações, visitando as suas tropas a 28 de março,  tendo-as felicitado pelos resultados alcançados e ações desenvolvidas.


Fonte:EMA/Ministério da Defesa Fr
Tradução e adaptação:Pássaro de Ferro

segunda-feira, 25 de março de 2013

DESTACAMENTO FRANCÊS NA REPÚBLICA CENTRO AFRICANA (M925 - 85PM/2013)

C-130 Hercules do Armée de L'Air        Foto:EMA

No seguimento do golpe de estado e instabilidade que se tem feito sentir na República Centro Africana, durante as noites de 22 e 23 de março de 2013 e durante o dia 24, o Ministério da Defesa gaulês reposicionou 300 militares das Forças Francesas no Gabão, para a sua outra antiga colónia no coração de África, onde se juntaram ao 1º Regimento de Infantaria já colocado no âmbito da Operação Boali, de modo a reforçar as forças já destacadas e a assegurar a integridade de cidadãos e Corpo Diplomático franceses.

A viagem dentro do C-130    Foto:EMA
No dia 22 seguiu marcha um estado-maior tático do 6º Batalhão de Infantaria de Marinha e uma companhia do 8º Regimento de Paraquedistas de Marinha, igualmente a partir do Gabão, onde se encontravam em missão de curta duração.
Já no dia 24, mais uma companhia do 3º Regimento de Infantaria de Marinha seria ainda deslocada, para reforçar os efetivos militares no terreno.
O transporte das tropas foi efetuado através de aeronaves C-130 Hercules e C-160 Transall da Força Aérea Francesa (Armée de L'Air).

As tropas francesas abandonam o C-130 que as transportou até à República Centro Africana   Foto:EMA

A França possui tropas na República Centro Africana desde 2002 na citada Operação Boali, destinada a fornecer recursos logísticos, administrativos, técnicos e operacionais, à MICOPAX (Missão para a Consolidação da Paz na República Centro Africana). 
Os militares franceses também asseguram as missões de treino das forças armadas Centro Africanas, assumindo elas mesmas a segurança dos cidadãos e interesses franceses no território, sempre que a situação assim o exija, como é o caso.

Foto:EMA

Fonte: EMA/Ministério da Defesa Francês
Tradução e Adaptação: Pássaro de Ferro 
Agradecimentos ao TCor (Res) Miguel Machado pela ajuda na tradução técnica


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

MALI: PONTO DE SITUAÇÃO (M862 - 42PM/2012)


Os Mirage 2000D continuam a castigar alvos de superfície dia e noite    Foto:EMA
Desde 31 de janeiro, as operações aéreas francesas no Mali prosseguiram com mais de 135 saídas. Dentre elas, mais de trinta foram relativas a aeronaves de combate, tendo sido focadas em mais de 25 alvos militares, relacionados com o apoio logístico das forças rebeldes, bem como campos de treino no norte do país, nas zonas de Aguelhok e Tessalit. Foram realizados por caças-bombardeiros na sua maioria, mas também por helicópteros armados.
No terreno, as tropas francesas, conjuntamente com forças africanas, prosseguiram com a consolidação do controlo de Timbutctu e Gao, conquistadas durante a semana transata.

Um helicóptero francês Tigre em Gao      Foto:EMA

Em Kidal, 1800 soldados do Chade penetraram na cidade para reforçar a segurança, enquanto as forças francesas asseguraram o controlo do aeroporto graças a um reforço de duas secções de tropas paraquedistas.

Tropas paraquedistas francesas sobre o aeroporto de Kidal       Foto:EMA
No total, encontram-se cerca de 4000 soldados franceses mobilizados em solo do Mali. As forças africanas  totalizam cerca de 3800 homens, pertencentes a várias nações, como o Chade, Togo, Burkina Faso, Nigéria, Níger, Benin e Senegal.

As tropas do contingente MISMO de países africanos   Foto:EMA
A Operação Serval dura já há três semanas e tem como objetivo libertar o país dos grupos radicais islamitas do controlo da rede terrorista al-Qaeda.


Fonte: EMA
Adaptação: Pássaro de Ferro


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

PRIMEIRO A400 ATLAS DE SÉRIE SAI DA FÁBRICA (M833 -16PM/2013)

Primeiro A400 de série já com cores francesas         Foto:Airbus Military

Hoje 15 de janeiro de 2013, saiu das instalações da Airbus Military em Sevilha, o primeiro A400 Atlas de série.
Após deixar a linha de montagem final da Airbus, a aeronave prosseguirá agora com os necessários voos de experiência com vista à sua aceitação por parte do novo dono, no caso o Armée de l'Air francês, que será assim também o primeiro operador a nível mundial.
A entrega definitiva está prevista para o segundo trimestre de 2013.




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