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quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

C295 EM BUSCA DA LETRA K [M2093 – 11/2020]

Um dos contactos molhados entre aeronaves C295 durante a bateria de testes de Janeiro de 2020      Foto: Airbus Defence

O avião de transporte táctico Airbus C295 alcançou com sucesso os primeiros "contactos molhados" (ie: com transferência de combustível entre as aeronaves), durante uma campanha de testes reabastecimento em voo (AAR). Antes, os primeiros contactos secos desta bateria de testes, ocorreram em Dezembro de 2019 e foram alcançados usando uma configuração de rampa fechada, mangueira de 100 pés (30m) e sistema de supervisão remota. Os contactos molhados, realizados em Sevilha, Espanha, ocorreram em Janeiro de 2020, entre uma aeronave Airbus C295 em configuração de avião-tanque e um C295 da Força Aérea Espanhola, que serviu como receptor, em velocidades de voo entre os 100 e os 130 nós (185 a 240 km/h).



No total, a aeronave equipada com o kit AAR removível realizou cinco contactos molhados, transferindo um total de 1,5 toneladas de combustível. Os testes foram conduzidos durante o período diurno.

O capitão Gabiña, piloto da Força Aérea Espanhola que participou da campanha de testes, disse a propósito: "O grau de dificuldade nos testes de voo é sempre alto, pois envolve a realização de manobras que ninguém havia feito antes. De notar que, devido ao comportamento positivo da aeronave, a operação decorreu bem e de forma simples ".

Testes de proximidade com EF-18 do Ejército del Aire          Foto: Airbus Defence

A campanha de testes de voo também incluiu operações de voo nocturno e um bem-sucedido teste de proximidade em posição de pré-contacto, desta vez com um caça F-18 da Força Aérea Espanhola, a uma velocidade de 210 nós (390 km/h).

Estes testes bem-sucedidos ampliarão a versatilidade, que é já imagem de marca do C295 para operações tácitas, que poderá agora incluir missões de reabastecimento a helicópteros, aeronaves de transporte e caças, que utilizem o sistema.

O prefixo "K", utilizado para designar aeronaves com capacidade de reabastecer outras em voo, poderá agora, por isso, ser adicionado à família C295.







quarta-feira, 7 de março de 2018

ANGOLA COMPRA C295 (M1957 - 17/2018)

Airbus Military C295M

Segundo notícia hoje veiculada pela agência Lusa, o Estado Angolano irá adquirir três aviões C295 à Airbus Defence and Space, por um valor a rondar os 160M EUR., destinados à Marinha de Guerra.

A agência Lusa cita um despacho datado de 2 de Março do corrente, assinado pelo presidente angolano João Lourenço, a autorizar a empresa pública Simportex a representar aquele país africano junto da Airbus.

Os aviões destinar-se-ão a "assegurar as missões de observação e vigilância" do espaço marítimo angolano e "garantir a soberania nacional".

O referido documento, justifica o negócio com a implementação do "Projecto Kalunga, que visa, entre outros, dotar a Marinha de Guerra Angolana com os meios necessários para a protecção do espaço marítimo e da zona económica exclusiva em particular".

O financiamento será realizado com o BBVA, estando o Ministério das Finanças autorizado a negociar o contrato, através do mesmo despacho. No total 159,9M EUR, que deverão ser inseridos no Programa de Investimentos Públicos.

Depois de Portugal e Brasil, Angola será assim o terceiro país de língua portuguesa a utilizar o C295 e o segundo país do continente africano, juntando-se à Argélia.






terça-feira, 30 de janeiro de 2018

BRASIL COMPRA MAIS UM C295 [M1944 - 04/2018]

Primeiro dos agora três C295 SAR encomendados pelo Brasil

O Brasil acionou a cláusula de opção para a compra de mais uma aeronave C295. A frota, designada localmente C-105 Amazonas, irá contar assim com um total de 15 aviões.

Depois de um contrato inicial de uma dúzia de C295 na versão básica de transporte, assinado em 2005, o Ministério da Defesa brasileiro assinou novo contrato em 2014 para aquisição de duas unidades da versão de Busca de Salvamento (SAR), com mais uma de opção. Esta opção seria agora confirmada no dia 22 de Janeiro de 2018, em comunicado da Airbus Military - fabricante do modelo.

A Força Aérea Brasileira encontra-se a operar a totalidade dos doze C295 de transporte, a partir das bases aéreas de Campo Grande e Manaus, tendo recebido já o primeiro C295 de SAR (SC-105 na designação brasileira) em 2017. Este avião e a tour de cinco semanas que realizou  através de quatro continentes, durante a qual demonstrou as suas capacidades em múltiplos e variados cenários, com 100% de prontidão, terão sido fundamentais para a decisão de confirmar a encomenda do terceiro SC-105. As entregas dos últimos dois aviões estão previstas para 2019 e 2020.

Atualmente, mais de duas centenas de C295 estão encomendados ou em uso em mais 26 países. Portugal opera 12 C295M nas versões básica (PG01), VIMAR (PG02) e RFOT (PG03).





sábado, 4 de julho de 2015

A Esquadra 502 “Elefantes” no 51º Festival Aéreo Internacional de Paris (M1814 - 06RF/2015)


A Força Aérea Portuguesa (FAP) marcou presença no 51º Festival Aéreo Internacional de Paris, que teve lugar entre os dias 15 e 21 de Junho, em Le Bourget, com um destacamento de seis elementos e uma aeronave C-295M (nº16710) da Esquadra 502 “Elefantes”.
A FAP não é alheia a marcar presença neste festival aéreo, nomeadamente com aeronaves deste tipo de missão. Recorde-se, a título de exemplo, a presença da então novíssima aeronave C-212-300MP (nº17201), da Esquadra 401 “Cientistas”, em 1995, a convite da Construcciones Aeronauticas S.A.
Mais recentemente, em 2014, a Esquadra 502 deslocou-se ao Sudeste Asiático a convite da Airbus para igual apresentação.
Esta versão do C-295M, resulta da experiência anterior da FAP no desempenho da sua missão, nomeadamente com o CASA C-212 Aviocar, na versão de vigilância marítima, sendo certo que todas as valências das missões atribuídas ou versões anteriores ainda não existem nas capacidades da FAP (ex.: a fotografia aérea).  Foi exactamente esta polivalência de missões num mesmo meio aéreo que o fabricante Airbus pretendeu mostrar aos seus clientes em Le Bourget. Com efeito, o C-295M da FAP presente em Paris, tinha instaladas as consolas de vigilância marítima, um conjunto de cadeiras e macas para ilustrar as versões de transporte de passageiros (civil e militar, de doentes ou feridos), e por fim, a palete de busca e salvamento, com as cadeiras dos observadores e o lançador de marcas (fumos ou flares) bem como as balsas de salvamento na rampa.


O aparelho apresentado em Paris é um de cinco que tem instalados um conjunto de sensores fixos que lhes permitem executar as missões de vigilância marítima (ex. de actividades ilegais sejam elas a imigração, tráfico de droga, bem como o controlo das pescas, a monitização da poluição, entre outros), no caso concreto, estes aparelhos tem instalados os SLAR (Side Looking Infrared Radar) da Ericsson, herdados dos Aviocar, o radar ELTA EL/M-2022A(V)3, os electro-ópticos FLIR Star Saphire HD, e comunicações por satélite SAT-2100 da Rockwell Collins, este último sistema permite o envio e recepção de dados referentes à missão em tempo real. Todos estes sistemas são interligados por um conjunto de computadores, conjunto designado por FITS (Fully Integrated Tactical System), e operados através de duas consolas, idênticas, em que um dos tripulantes tem a função de Coordenador Táctico (TACCO) e o outroa função de Operador de Sensores (SENSOR).
Existem três destes sistemas para as cinco aeronaves, e que são as plataformas aéreas com que Portugal, através da FAP, tem vindo a ser chamada a desempenhar, desde 2011, missões no âmbito do FRONTEX, tendo já operado em toda a vasta área de cobertura desta operação, desde as Colunas de Hércules até ás ilhas Gregas. Estando em curso a preparação para diversas missões no mesmo âmbito até ao final do corrente ano.


A título de curiosidade, refira-se que passaram pela aeronave da FAP, delegações oficiais de diversos países (alguns exemplos): Angola, Argentina, Benin, Brasil, Camarões, Canadá, Chile, Espanha, Finlândia, Grécia, Índia, Indonésia, Irlanda, Mali, Nações Unidas, Polónia, Sérvia, Suiça e... Portugal!
A Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional, Berta Cabral, em visita a Le Bourget para assinatura de contrato com a Turbomeca referente à manutenção dos motores da frota EH-101, visitou os nossos patrícios no dia 17 de Junho. Também Paulo Portas, Vice-Primeiro Ministro e antigo Ministro da Defesa, visitou Le Bourget a 15 de Junho, mas não se deslocou à exposição estática da Airbus.
A partir de 19 de Junho, o Salão abriu portas ao público em geral, e quase toda a exposição estática da Airbus foi reformulada, sendo nessa altura o C-295M colocado na retaguarda da exposição, o que, em boa verdade, não fez esmorecer os “Elefantes” dado que os visitantes passaram a ser, na sua maioria, todos aqueles aqueles que levam o nome de Portugal lá fora, os emigrantes.




Curiosidade já referida pelo Pássaro Ferro, na sua página de Facebook, o C-295M da FAP esteve em exposição durante o Salão a escassos metros do local onde, em 1927, aterrou Charles Lindbegh, depois do seu voo transatlântico!

Rui “A-7” Ferreira
Entusiasta de Aviação

Agradecimentos: o meu agradecimento ao pessoal da Esquadra 502 “Elefantes”, destacado em Le Bourget,, ao Sr. Kieran Daly, da Airbus Defence and Space e ao Pássaro de Ferro pela credenciação.


domingo, 15 de fevereiro de 2015

EATT 2015 GANHA FORMA (M1796 - 32PM/2015)



A semana passada reuniram-se em Eindhoven cerca de 80 peritos das onze nações envolvidas, para definir os objectivos de treino do maior exercício de Transporte Aéreo da Europa - European Air Transport Training (EATT 15).
O exercício, a desenrolar-se a partir da BA11 em Beja, entre 14 e 26 de Junho próximo, congrega a comunidade de transporte aéreo militar europeia, e irá apoiar-se num cenário que permita atingir os objectivos do treino, e incluirá Intel, ameaças aéreas e terrestres, evacuações aero-médicas, largada de equipamento e pára-quedistas, além de Operações Aéreas Combinadas (COMAO).
O treino terá início com sessões académicas  e voos de familiarização, mas rapidamente evoluirá para missões complexas com várias aeronaves e COMAO.

Os onze países marcarão presença em Beja com as seguintes aeronaves:

1.Bélgica (1x C-130H)
2.Alemanha (1x C-160D)
3. Finlândia (1x C-295)
4.França (1x C-130H, 1x CN235)
5. Itália (1x C-130J)
6. Lituânia (1x C-27J)
7.Países Baixos (1x C-130H)
8.Portugal (1x C-130H, 1x C295M)
9.Roménia (1x C-27J)
10.Suécia (2x C-130H)
11.Reino Unido (1x C-130J)

À direita o TCor Lourenço em Eindhoven na reunião no ETAC    Foto: ETAC

Uma novidade neste exercício anual, é a inclusão de tropas pára-quedistas das nações participantes, que aproveitarão a oportunidade para  realizar treinos em ambiente multinacional, tal como a maioria das operações reais actuais, efectuando certificação de equipamentos em diferentes aeronaves, garantindo uma inter-operabilidade das tropas com várias plataformas aéreas de diferentes nações.
Esta inter-operabilidade garantirá no futuro maior flexibilidade e eficiência na utilização das frotas de transporte europeias, da responsabilidade do European Air Transport Command (EATC).

A organização do EATT é patrocinada pela Agência Europeia de Defesa e é a primeira vez que Portugal é a nação anfitriã.




quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

MISSÃO NO MALI (com vídeo) (M1794 - 31PM/2015)

O C295M da Esq. 502 em operação no Mali    Foto: FAP

A Força Nacional Destacada (FND) no Mali continua ao serviço das Nações Unidas na missão de manutenção de paz daquele país. 

A missão está a decorrer desde o dia 12 de janeiro e, além da aeronave da Esquadra 502 – “Elefantes”, conta com 47 militares portugueses (41 da Força Aérea e 6 do Exército).

Devido ao período de instabilidade que se vive no Mali, existem algumas dificuldades no abastecimento rodoviário a Civis e Militares da MINUSMA. Neste contexto, o C-295 da Força Aérea Portuguesa tem-se revelado decisivo para continuar a garantir o apoio necessário. 

De referir que os militares portugueses continuam a sentir uma grande aceitação e reconhecimento por parte da população de Bamako, capital do Mali, onde se encontra instalada a missão. 

A FND vai estar no Mali durante quatro meses para realizar missões de transporte, apoio sanitário e lançamento de carga.

Acompanhe um dia de missão a bordo do C-295 da Esquadra 502 “Elefantes” .






segunda-feira, 23 de junho de 2014

MORTE À ESPERA DE EVACUAÇÃO AÉREA NOS AÇORES -atualizado (M1628 - 194PM/2014)

Ilha de São Jorge - Açores       Foto: José Silveira

O homem ficou “gravemente ferido” depois de ter sido colhido por um touro durante uma tourada à corda, tendo recebido assistência na Unidade de Saúde de Ilha de São Jorge, que, mais tarde, dado o agravamento do quadro clínico, pediu meios para uma transferência urgente para o hospital de Ponta Delgada, segundo as mesmas fontes.

No entanto, o helicóptero militar usado para estas situações não estava disponível, por estar a ser usado noutra operação, na Madeira, e foi então tentada outra solução, o envio de um avião C295, mas a Força Aérea informou que o aeroporto de São Jorge “não é certificado”. Na verdade, a certificação do INAC não permite operações noturnas, uma vez que existem montes na direção da pista que não estão iluminados. O C295 só pode por isso operar nesta pista durante o dia, o que não era o caso.

Sempre segundo as mesmas fontes, a Força Aérea disponibilizou-se para ir buscar o homem à ilha do Pico, a mais próxima, por o aeroporto ter outra certificação. As autoridades ainda desviaram o percurso de um dos barcos que ligam as ilhas do grupo central dos Açores para fazer a transferência do doente de São Jorge para o Pico, mas o homem acabou por morrer antes de embarcar.

As autoridades locais que prestaram estas informações à Lusa garantiram que tudo foi feito para transferir o doente para o hospital.

Segundo um comunicado divulgado hoje pela Marinha, no sábado à tarde, em articulação com a Força Aérea, houve uma operação de resgate de um pescador que seguia num barco a cerca de 577 quilómetros a sudeste da ilha de Santa Maria, que estava com problemas de saúde. O homem foi retirado do barco com a ajuda de um helicóptero do Centro de Busca e Salvamento Aéreo das Lajes (EH101 do destacamento permanente da Esquadra 751), tendo o pescador sido levado para o hospital do Funchal.

Resta ainda dizer, que devido ao êxodo de pilotos da FAP, a Esquadra 751 tem atualmente um número de tripulações muito reduzido, tendo o alerta do destacamento permanente desta esquadra no AM3-Porto Santo, deixado de estar operacional.

Já nos Açores, apesar do alerta estar ainda ativo, apenas três das nove ilhas do arquipélago têm hospital. Em caso de urgência, é a Força Aérea, que tem uma base nas Lajes (BA4), na ilha Terceira, que garante a transferência dos doentes.

Em 2013, foram realizadas nos Açores, pela Força Aérea, 156 missões de evacuação interilhas e transportados 176 doentes. Houve ainda um nascimento a bordo, três evacuações para o continente, 13 resgates de doentes que estavam em navios e 10 missões de busca e salvamento, tendo sido recuperados 31 náufragos, num total de 472 horas de voos.

Adenda (20:00h):
«Comunicado de Imprensa das RP da FAP
23 de junho de 2014
Esclarecimento sobre Evacuação Médica a um paciente de S. Jorge para S. Miguel
Relativamente às noticias que foram tornadas públicas sobre uma Evacuação Médica de um paciente de S. Jorge para S. Miguel que faleceu por alegadamente não existirem meios aéreos disponíveis, a Força Aérea informa que:
Foi solicitada à Base Aérea Nº4, nas Lajes, em 21 de junho de 2014 às 20H31, hora local, pelo Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores, uma evacuação aérea da Ilha de São Jorge para Ponta Delgada.
Dado que a previsão para aterragem em São Jorge ocorreria depois do pôr-do-sol, a evacuação teria de ser realizada por helicóptero EH-101 Merlin destacado na Base das Lajes, uma vez que a aeronave de asa fixa C-295 não opera naquele aeródromo no período noturno. Todavia, o helicóptero EH-101 Merlin encontrava-se a cumprir uma evacuação sanitária de um tripulante de um navio localizado a cerca de 980 Km da Ilha Terceira, estando por isso indisponível.
Assim, no quadro da coordenação desta missão, o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores sugeriu que a evacuação fosse realizada a partir da Ilha do Pico, aeródromo que reúne as condições de segurança para operação noturna por aviões, opção considerada válida pela Força Aérea do ponto de vista operacional. Quando a aeronave estava pronta para descolar, foi recebida a informação que o paciente tinha falecido e por isso foi cancelada a missão.
A Força Aérea lamenta profundamente o desfecho da situação em apreço, consciente, no entanto, que colocou, como sempre, todos os seus recursos disponíveis ao dispor da segurança e bem-estar das populações.»

Adenda (24/06/2014)
Comunicado da Associação de Oficias das Forças Armadas no Facebook
 "Segundo as informações de que dispomos esta situação que levou à morte deste concidadão tem directamente a ver com a falta de Pilotos Comandantes de EH-101 na Força Aérea Portuguesa. No sistema SAR nacional deveriamos ter 1 tripulação de EH e 1 de C295 em Porto Santo; 2 tripulações de EH e 1 de C295 nas Lajes e 1 tripulação de EH e 1 de C295 no Montijo; Temos 1 tripulação de EH (sem comandante o que é o mesmo que não estar lá) e 1 de C295 em Porto Santo; 2 tripulações de EH (só um comandante o que é o mesmo que estar lá apenas uma tripulação) e 1 de C295 nas Lajes e 1 tripulação de EH e 1 de C295 no Montijo. Na altura em que, infelizmente, teria sido necessário, o único Piloto Comandante de EH-101 existente nas Lajes tinha saído para uma outra missão de Busca e Salvamento na Madeira (onde não existe qualquer Comandante). Relembrando palavras do Ministro da Defesa há semanas atrás a gestão dos Recursos Humanos cabe ao CEMFA. Consequentemente, PALAVRAS NOSSAS, a culpa desta e de outras situações trágicas nunca será das políticas desastrosas que têm sido seguidas e que fazem com que a Força Aérea Portuguesa esteja reduzida à exiguidade de Recursos Humanos e Materiais que é absolutamente evidente, mas sim a quem gere os Recursos."


Fonte: Jornal Açores 9 e outras
Adaptação: Pássaro de Ferro

segunda-feira, 24 de março de 2014

EMPRESAS DE DEFESA DO ESTADO CUSTAM MAIS 39 MILHÕES (M1491 - 105PM/2013)

AgustaWestland EH101 Merlin

Em 2012, o Tribunal de Contas recomendou ao governo que ponderasse o fim das duas empresas de locação do sector: a Defloc e Defaerloc

A Defloc - Locação de Equipamentos de Defesa e a Defaerloc - Locação de Aeronaves Militares, duas empresas cuja extinção já foi recomendada pelo Tribunal de Contas, vão custar mais 39 milhões de euros aos contribuintes no próximo ano. De acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2014, estas duas empresas públicas da área da Defesa, que integravam a holding Empordef, foram reclassificadas e passaram para a esfera orçamental do ministério. A justificação dada no relatório do OE/2104 é que pretendem "conferir um enquadramento mais adequado às actividades por elas desenvolvidas."

Numa auditoria à "Empordef/Defloc: Helicópteros EH101", divulgada em Julho de 2012, o Tribunal de Contas chegou a recomendar aos ministros das Finanças e da Defesa que ponderassem "o interesse da subsistência de diversas entidades instrumentais utilizadas para a aquisição e manutenção de equipamentos militares (Defloc e outras sociedades-veículo integradas no grupo Empordef), que sendo detentoras de activos não exercem qualquer controlo efectivo, quer do seu uso, quer dos riscos e vantagens dos mesmos." Uma proposta que não foi acolhida.

A Defloc foi criada em Setembro de 2001 como "uma sociedade instrumental para a concretização de um único contrato": a compra de 12 helicópteros EH101 para substituir a frota de aparelhos PUMA, por um valor inicial de 326,5 milhões de euros. Em Dezembro desse ano, foi celebrado entre o Estado Português, a Defloc e a EH Industries, Ltd., um contrato para o fornecimento de 12 helicópteros EH101.

Dois deles foram adquiridos pelo Estado por cerca de 67 milhões. Os restantes 10 foram objecto de contrato de locação operacional entre o Estado Português e a Defloc, por um período de 15 anos, com início em 29 de Junho de 2006 (data de entrega do último helicóptero) e pagamentos de alugueres semestrais até 2020, que representam um encargo total de 392 milhões.

Esta empresa acabou por ceder os créditos de locação ao BPI e à CGD (este último também accionista da Defloc) a quem o Estado pagará os alugueres semestrais.

De acordo com o modelo de financiamento aprovado, a empresa passaria a assegurar apenas a manutenção dos helicópteros, podendo subcontratar esta responsabilidade, o que veio a acontecer.
O objectivo deste modelo era "ultrapassar as restrições orçamentais".

Em sede de contraditório, o ministro da Defesa informou os juízes do TC que tinha ordenado "a realização de um inquérito, pela Inspecção-Geral da Defesa Nacional, destinado ao apuramento dos factos" apurados na auditoria, nomeadamente "facturação duplicada e omitida à secretaria-geral do Ministério da Defesa."

Este relatório surge depois do TC ter feito outra auditoria à "Empordef/Defaerloc: aeronaves C295M", divulgada em Outubro de 2011, e cujas conclusões já iam no mesmo sentido. A Defaerloc foi constituída em Janeiro de 2006 com o objecto de "locação de aeronaves militares e prestação de serviços aeronáuticos". O principal objectivo da empresa já estava definido meses antes: adquirir 12 aeronaves C295M até ao montante de 356,8 milhões de euros, através do recurso a locação financeira por um período de 15 anos.

A Empordef, mandatada para a condução do processo de contratação de financiamento, acabou por assinar um contrato de cessão de créditos com um sindicato bancário constituído pela Caixa - Banco de Investimentos, Barclays Bank e CGD, para pagar à empresa que tinha ganho o concurso público - a EADS Construcciones Aeronauticas (EADS-CASA) - por 275 milhões de euros.

Acréscimo de custos de 115 milhões 

Os juízes do TC concluíram que "o deslizar do calendário de entregas e consequente pagamento das aeronaves conduziu à necessidade de se obter financiamento para um período adicional de 15 meses." Com consequências bem gravosas para o erário público: "Face ao preço das aeronaves, a estimativa inicial de rendas a pagar (303 milhões) representava um acréscimo de custos de 28 milhões (+10%). Os valores agora apurados, decorrentes da alteração contratual (390 milhões), representam um acréscimo de custos de 115 milhões (mais 42%), ou seja, o equivalente ao preço de mais 5 aeronaves".

O relatório de auditoria fazia ainda referência ao facto do Estado, "como já alertado pelo TC, tem vindo a constituir sociedades de capitais exclusivamente públicos, com as quais tem celebrado contratos de locação de equipamento militar, que cedem à banca os créditos emergentes daqueles contratos, obrigando-se o Estado a pagar directamente aos bancos as respectivas rendas." "Além dos importantes custos de financiamento, o Estado assume ainda todas as responsabilidades e riscos inerentes à propriedade dos equipamentos pelo que, partindo de uma locação operacional, acaba por adquirir uma posição contratual em tudo semelhante à de mero mutuário.", defendiam os juízes do TC, para recomendar, já na altura, que os ministros das Finanças e da Defesa ponderassem "o interesse na manutenção do actual quadro institucional, que serviu de suporte à aquisição e manutenção de equipamentos militares."

O i questionou o gabinete do ministro da Defesa sobre as razões que o levaram a não acolher as recomendações do TC e quais foram as conclusões do inquérito realizado pela Inspecção-Geral do Ministério, mas até à hora de fecho desta edição não recebeu nenhuma resposta.

Fonte: Jornal i

quarta-feira, 19 de março de 2014

ELEFANTES COM FLARES (M1479 - 94PM/2014)

Foto: Esq. 502
Foto: Esq. 502
Foto: Esq. 502

Guerra Electrónica (G.E.) - "É o conjunto de ações que compreende a utilização da energia eletromagnética para destruir, neutralizar ou reduzir a capacidade de combate do inimigo; tirar proveito do uso do espectro electromagnético pelo inimigo; e assegurar o emprego eficiente das emissões eletromagnéticas próprias."

Foto: Esq. 502
Foto: Esq. 502

Os C295M da Esquadra 502 - Elefantes estão equipados com diversos sistemas de proteção electromagnética, como RWR (Radar Warning Receiver)  para alerta de iluminação da aeronave por radares inimigos; MWS (Missile Warning System) para detecção de mísseis activos contra a aeronave; CMDS (Countermeasures Dispense System) que consiste na ejecção de Chaffs e Flares para protecção directa da aeronave contra mísseis com guiamento radar e infravermelho; e ECM (Electronic Countermeasures) que permite “bloquear” os radares das aeronaves e dos próprios mísseis, aumentando as probabilidades de sobrevivência.

C295M da Esq.502 equipado com pod ECM sob a asa

Com um espetro alargado de missões, aqueles em que a G.E. tem mais expressão são o Transporte Aéreo Tático e a Vigilância e Reconhecimento. Estas funcionalidades enquadram-se na realidade actual respondendo às necessidades de segurança em tempo de paz no que diz respeito ao combate ao terrorismo e crime organizado, através da cooperação e coordenação com outras entidades, civis ou militares.

Fonte: Esquadra 502
Adaptação: Pássaro de Ferro


segunda-feira, 17 de março de 2014

EXERCÍCIO SIRIO 2014 - ESPANHA (M1476 - 91PM/2014)

Uma parelha de EF-18 da Ala 12 no campo de tiro de Bardenas
Durante o exercício também foi utilizada a base aérea de Málaga
Configuração de um EF-18 da Ala 46 - Gando
EF-18 da Ala 15 de Saragoça descola com bombas inteligentes
Impacto das bombas no campo de tiro de Bardenas

Com o regresso dos aviões às respetivas unidades na sexta-feira, 14 de março, concluiu-se a última fase do exercício Sirio 2014, organizado pelo Comando Aéreo de Combate do Ejército del Aire espanhol. As 34 aeronaves de combate que durante a semana anterior permaneceram na base aérea de Saragoça para o desenrolar da fase "Tormenta", regressaram às bases de Badajoz, Sevilha, Torrejon e Canárias, além dos Harrier da Armada a Rota.

F-5 da Ala 23 de Badajoz em Bardenas

O exercício Sirio-Tormenta é o mais importante que se realiza anualmente em Espanha e contou com a visita do ministro da Defesa Pedro Morenés ao campo de tiro de Bardenas, acompanhado pelo Chefe de Estado Maior da Defesa e do Chefe de Comando Aéreo.

O ministro da Defesa na visita ao exercício

O ministro da Defesa assistiu a partir de um C295 da Ala 35 ao reabastecimento aéreo de caças F-18, tendo efetuado na mesma aeronave uma aterragem de máximo esforço numa pista não preparada, previamente balizada pelo pessoal da Esquadra de Apoio a Operações Aéreas. Oministro foi depois transportado de helicóptero para o campo de tiro de Bardenas, onde presenciou a fase final do treino de largada de armamento real por parte das unidades participantes.

Um Super Puma da Ala 48 sobre Aragão

Atirador do Super Puma no campo de tiro
Operações com paraquedistas

Na fase Tormenta executaram-se missões ofensivas planeadas e comandadas pelo Comando Aéreo de Combate, estabelecido para este exercício como Comando da Componente Aérea Conjunta (JFAC), em resposta a uma situação de crise. As missões ofensivas, tipo COMAO (Composite Air Operation) com utilização de armamento real ar-solo ficaram restringidas ao cenário do campo de tiro de Bardenas.

Texto e fotos: Ejercito del Aire
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

ESQUADRA 502: DE PORTUGAL À NOVA ZELÂNDIA (M1425 - 43PM/2014)




No âmbito do acordo de parceria estabelecido entre a Força Aérea e a Airbus Military, esta solicitou o apoio deste Ramo para que seja viabilizada a participação de uma aeronave C295M, numa demonstração das suas capacidades de vigilância marítima, em Singapura, na Feira Internacional “Singapore Airshow 2014”, de 06 a 26 de fevereiro. Adicionalmente, haverá a possibilidade de realizar demonstrações de capacidade, nomeadamente de vigilância e reconhecimento, busca e salvamento, noutros países do sudeste asiático e Oceânia, nomeadamente Timor-Leste e Nova Zelândia.

Imagem: Força Aérea

Esta solicitação da Airbus Military é demonstrativa do reconhecimento desta empresa da capacidade e empenhamento deste Ramo na exploração operacional da aeronave C295M, e também do contributo técnico dos militares portugueses para o desenvolvimento de soluções inovadoras que permitiram melhorar as capacidades instaladas naquele sistema de armas.
Releve-se a oportunidade do contacto com Timor-Leste, onde está previsto a realização de um voo com altas autoridades locais, possibilitando o contacto com as capacidades e valências deste tipo de aeronave.

O Cdt. da Esquadar 502

Enaltece-se, ainda, que com este evento a Força Aérea tem a oportunidade de demonstrar as capacidades da aeronave, assim como, todas as qualificações e competências dos seus militares na operação e manutenção das mais recentes inovações tecnológicas incorporadas neste meio aéreo.

O C295M da FAP sobrevoando o oceano Índico    Foto: Esq 502

Fonte: Força Aérea

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