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quinta-feira, 28 de agosto de 2025

A-29N SUPER TUCANO PARA A FAP INICIAM TRAVESSIA DO ATLÂNTICO (atualizado 22h30 de 30 de agosto)


Dois dos três A-29N à partida em Recife

O lote com os três primeiros A-29N Super Tucano (matrículas temporárias PT-CXA, PT-CYV e PT-CVN) destinados à Força Aérea Portuguesa, iniciou a travessia do Atlântico na manhã de hoje.

PT-CXA em Recife       Fotos: Felipe Aviation

PT-CYV em Recife      Foto: José Ricardo Araújo

As aeronaves encontravam-se em Recife, Brasil, desde o final da tarde de dia 25, dia em que iniciaram o voo ferry desde Gavião Peixoto, no estado de S. Paulo.

Apesar de ter chegado esta manhã (28 de agosto) a Recife um P-3C Orion (n/c 14807) da Esquadra 601, para apoiar os  Super Tucano na travessia do Atlântico (comunicações, radar meteorológico, busca e salvamento, etc), estes descolaram previsivelmente rumo ao arquipélago brasileiro de Fernando de Noronha, ainda sem a ajuda do quadrimotor, que a eles deverá juntar-se mais tarde.

P-3C Orion dos Lobos em recife esta manhã   Foto: Felipe Aviation

Fazendo fé no que têm sido anteriores entregas e travessias do Super Tucano que impliquem voo transatlântico, a rota deverá incluir escala em Cabo Verde, antes de rumar a Portugal.

Uma dessas ocasiões foi a entrega dos Super Tucano às Filipinas em 2021, do qual o fabricante Embraer realizou um pequeno filme que abaixo apresentamos:

A chegada a Portugal dos primeiros três, de um contrato para o fornecimento de 12 A-29N Super Tucano está prevista para dia 30 de agosto, quando serão entregues à OGMA, para instalação de equipamentos NATO, antes de finalmente serem incorporados na FAP.

Atualização 17h30 de 28 de agosto de 2025

Vídeo da chegada das três aeronaves a Fernando de Noronha

Trio de A-29N Super Tucano em Fernando de Noronha

Foto: Canal Youtube  Papa Charlie Golf TV

Foto: @Diego Spotter


Atualização 10h30 29 de agosto de 2025

Descolagem do P-3 Orion n/c 14807 de Recife para reunir com os Super Tucano à passagem por Fernando de Noronha e dar início ao trajeto até Cabo Verde

Imagem: ADSB Exchange



Atualização 22h30 de 30 de Agosto de 2025

Imagens da escala dos Super Tucano no aeroporto Amílcar Cabral na ilha do Sal em Cabo Verde, onde pernoitaram de dia 29 para 30 de agosto, bem como o P-3 Orion dos "Lobos" que os apoiou na travessia do Atlântico.

Foto: Hedder
Foto: Hedder
Foto: Hedder
Foto: Hedder

Foto: Hedder

No dia 30 de agosto, os Super Tucano cumpriram o percurso entre a ilha do Sal e a Gran Canaria, onde realizaram mais uma escala, enquanto o P-3 prosseguiu para Beja.

A chegada dos monomotores a Portugal, está prevista finalmente para o dia 31 de agosto, após cumprir o último percurso entre a Gran Canária e  Alverca.





Agradecimentos: Valter Andrade, José Ricardo Araújo; Felipe Aviation ;
Papa Charlie Golf TV ; André Luiz ; Diego Spotter; Hedder 



terça-feira, 5 de agosto de 2025

FUTURO A-29 SUPER TUCANO DA FAP EM VOO NO BRASIL

Frame do vídeo do canal YT Brazil Aviation Araraquara SP
 

Um dos futuros A-29 Super Tucano destinados à Força Aérea Portuguesa foi captado ao final do dia de hoje, 5 de agosto de 2025, a voar a partir da pista do fabricante Embraer, em Gavião Peixoto, no interior do estado de São Paulo, no Brasil.

Recordamos que Portugal adquiriu um total de 12 aeronaves de ataque leve e instrução através de contrato assinado em dezembro de 2024, com a apresentação da primeira aeronave no passado dia 17 de julho.

Este é contudo o primeiro vídeo não oficial conhecido, que nos chega através do canal Youtube "Brazil Aviation Araraquara SP"

De acordo com informação veiculada pelo ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, os primeiros cinco exemplares serão entregues ainda em 2025.


As aeronaves terão de receber equipamentos de comunicação e navegação NATO, trabalho que será realizado na OGMA, ficando depois sedeadas na Base Aérea nº11, em Beja.



segunda-feira, 21 de julho de 2025

PORTUGAL EM PROGRAMA DE CAÇA DE 6ª GERAÇÃO COMO OBSERVADOR

Modelo à escala natural do "Tempest", projeto GCAP de 6ª Geração
 

O ministro da Defesa, Nuno Melo, afirmou em entrevista à CNN Portugal na passada sexta-feira 18 de julho de 2025, a intenção de fazer parte de um dos dois projetos europeus de caça de 6ª Geração, como "observador", fazendo questão de frisar que é uma posição que "não tem custos".

A qual dos dois programas de 6ª Geração em curso na Europa, Portugal irá aderir - GCAP  (Reino Unido, Itália e Japão) ou FCAS (França, Alemanha e Espanha) - não está para já definido. 

Muito embora o GCAP, por exemplo, mantenha o ano horizonte de 2027 para o primeiro voo de um protótipo, e 2035 para a entrada em serviço do modelo batizado "Tempest", esta segunda data parece algo ambiciosa demais, pelo menos se tivermos em conta o que foi o tempo de desenvolvimento de programas similares, e principalmente se envolver consórcios, como é o caso. E entretanto a frota F-16M da Força Aérea Portuguesa, enfrenta problemas crescentes de obsolescência e operacionalidade, que terão de ser colmatados.

O titular da pasta da Defesa Nacional acabaria no entanto por contornar a questão acerca de Portugal poder adquirir entretanto caças F-35 de 5ª Geração, para substituir a atual frota de F-16, referindo que a sua substituição "não está em cima da mesa", uma declaração algo estranha neste contexto.

Complementando no entanto estas palavras com reportagem da TVI Notícias e entrevista transmitida no mesmo dia, em que foi aflorado o mesmo tema, Nuno Melo disse realmente de modo idêntico, que a substituição do F-16 não está em cima da mesa, mas apenas "a curto prazo", e que "o que é exigido a Portugal, nomeadamente em missões externas, mas também no âmbito da NATO, do lado dos nossos Aliados, implica um caminho para uma 5ª Geração". 

Na prática e nos tempos mais próximos isto apenas pode significar F-35.





sexta-feira, 11 de julho de 2025

TERCEIRO KC-390 DA FAP EM VOO DE EXPERIÊNCIA (vídeo)

Frame do vídeo do canal Brazil Aviation Araraquara

O terceiro KC-390 destinado à Esquadra 506 da Força Aérea Portuguesa, foi registado hoje novamente em voo de experiência, a partir das instalações da Embraer, em Gavião Peixoto, Brasil.

O futuro n/c 26903 da FAP foi assim captado em vídeo pelo canal de Youtube Brazil Aviation Araraquara, que nos fez chegar as imagens, nas quais é possível ver a aeronave nas imediações de Gavião Peixoto, com a porta de carga traseira aberta.

Recordamos que o primeiro voo desta célula ocorreu no dia 29 de maio, tendo realizado mais alguns voos de experiência nos dias seguintes.

O ministro da Defesa, Nuno Melo, já confirmou entretanto também que Portugal irá acionar a cláusula de opção para uma sexta aeronave destinada à FAP, além de adicionar opção por dez células mais, para possível revenda a países da NATO.





sexta-feira, 20 de junho de 2025

C-130 DA FAP NO REPATRIAMENTO DE PORTUGUESES DO MÉDIO ORIENTE

Passageiros no C-130 Hercules da Esquadra 501 da Força Aérea Portuguesa     Foto via EMGFA

Em resposta ao agravamento do conflito entre Israel e o Irão, as Forças Armadas Portuguesas conduziram, a partir de 15 de junho de 2025, uma operação de repatriamento de cidadãos nacionais localizados em zonas de risco. A missão foi executada pela Força de Reação Imediata (FRI), que assegurou uma intervenção célere e coordenada, permitindo a evacuação segura de aproximadamente 120 pessoas.

Passageiros desembarcando do C-130 Hercules   Foto via EMGFA

A operação foi desencadeada na sequência de um pedido do Ministério dos Negócios Estrangeiros ao Ministério da Defesa Nacional, tendo envolvido o Comando e o Estado-Maior da FRI na elaboração do plano de ação e na sua execução operacional. 

Uma aeronave C-130H da Esquadra 501 – “Bisontes” da Força Aérea Portuguesa foi mobilizada e colocada em condições de operar em menos de 24 horas após a ativação da força. Paralelamente, meios navais foram mantidos em elevado estado de prontidão, como parte do dispositivo de apoio.

A complexidade da missão exigiu uma articulação constante entre diversas entidades governamentais, refletindo não só a capacidade de projeção estratégica da FRI como também o nível de prontidão operacional das Forças Armadas.


Um dos pelo menos dois voos realizados pelo 16806 entre o Chipre e o Egito    Imagem: ADSB Exchange

Ao que nos é dado a perceber da observação através do radar virtual ADSB- Exchange à atividade do C-130 n/c 16806, destacado para a operação, este realizando uma ponte aérea entre Sharm el-Sheikh, no Egito e Lanarca no Chipre, tendo regressado ao final do dia de ontem, 19 de junho de 2025, a Portugal.

Voo de regresso do Chipre no dia 19 de junho    Imagem: ADSB Exchange

Segundo nota de imprensa do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA), esta operação "evidencia a capacidade de projeção estratégica e a prontidão que caracteriza a FRI, reafirmando o compromisso das Forças Armadas Portuguesas na defesa dos interesses nacionais e na proteção de cidadãos portugueses em qualquer parte do mundo", porquanto a " FRI, unidade operacional do EMGFA, está permanentemente preparada para assegurar uma resposta célere em situações de emergência, crises humanitárias ou catástrofes naturais, dentro ou fora do território nacional".​



quinta-feira, 29 de maio de 2025

DELEGAÇÃO PORTUGUESA NA LOCKHEED MARTIN PELO F-35 [M2617 - 40/2025 ]

Lockheed Martin F-35A Lightning II

A Delegação Portuguesa à Assembleia Parlamentar da NATO (AP NATO), composta pelo Deputado Hugo Patrício de Oliveira (PSD), na qualidade de Presidente da Delegação; pelo Deputado Marcos Perestrello (PS), Presidente da AP NATO, pela Deputada Mariana Vieira da Silva (PS), na qualidade de Vice-Presidente da Delegação em exercício, e pelos Deputados Pedro Pessanha (CH), Bruno Vitorino (PSD), Martim Syder (PSD) e Luís Dias (PS), participou na Sessão da Primavera da AP NATO, entre 22 e 26 de maio de 2025, em Dayton, no Ohio, Estados Unidos da América.

De acordo com informação avançada pela Assembleia da República, esta mesma Delegação realizaria uma visita às instalações da Lockheed Martin em Fort Worth, Texas, no dia 21 de maio de 2025, a convite da Vice-Presidente da Lockheed Martin Aeronautics Company para as áreas da Estratégia Aeronáutica e Desenvolvimento Empresarial, para partilhar informação sobre o programa F-35 daquela companhia e debater uma cooperação industrial.

Recordamos que no seguimento das posições da Administração Trump em relação à NATO e tradicionais aliados, o ministro da Defesa Nuno Melo assumiu publicamente considerar outros modelos de caça - eventualmente de fabrico europeu - para substituir a frota F-16 da Força Aérea Portuguesa. 

Já depois disso, no entanto, o Chefe de Estado Maior da Força Aérea, reafirmou a preferência pelo F-35, que não tem nos tempos mais próximos, um equivalente operacional.



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

CIRRUS PARA A FORÇA AÉREA E BLACK HAWK PARA O EXÉRCITO [M2589 - 13/2025 ]

Cirrus SR22T     Ilustração: Cirrus

Na audição do ministro da Defesa na Comissão de Defesa Nacional ontem, 25 de fevereiro de 2025, Nuno Melo revelou a compra de  aviões de instrução Cirrus para a Força Aérea e helicópteros Black Hawk para o Exército.

E se os modelos eleitos para os respetivos programas de (re)apetrechamento destes dois ramos das Forças Armadas Portuguesas eram já algo esperados e até comentados, as quantidades anunciadas foram algo surpreendentes, bem como alguns dos valores envolvidos.

Por exemplo doze aviões de instrução básica Cirrus, revelados pelo titular da pasta da Defesa, para substituir os vetustos Chipmunk, por 7,3M EUR, são uma quantidade consideravelmente superior aos sete exemplares inscritos no Caderno de Encargos do programa de aquisição.

Helicóptero de combate UH-60 Black Hawk

Nuno Melo acrescentou ainda que os "cinco Black Hawk para o Exército" custarão 50M EUR, quando o Despacho que autoriza a aquisição de helicópteros de apoio, proteção e evacuação para o Exército Português menciona 40,9M EUR e a quantidade anteriormente anunciada era de quatro helicópteros (3+1 opção). Por outro lado, a verba inicialmente inscrita na Lei de Programação Militar (LPM) para este programa, era de facto de 53M EUR, um valor mais próximo do agora ventilado pelo ministro da Defesa.

Note-se que estes Black Hawk não estão relacionados com os já adquiridos para a Força Aérea, para o combate a incêndios florestais e missões de proteção civil.

Contudo, dada a discrepância de alguns destes dados, com os valores e quantidades anteriormente inscritos nos respetivos programas, os dados agora revelados carecem de confirmação na documentação que oficializa estas aquisições, bem seja publicada. Nuno Melo adiantou no entanto, que algumas compras estão a ser realizadas com verbas da LPM, enquanto outras não, o que poderá explicar algumas das alterações.

Em resposta a pergunta do deputado Nelson Brito do PS, o ministro da Defesa esclareceu ainda que a decisão de mudar o atual Campo de Tiro da Força Aérea para os concelhos de Mértola e Serpa, devido à previsível construção do novo aeroporto de Lisboa nos terrenos do atual Campo de Tiro dito de Alcochete, ainda não está tomada, apesar dos estudos que indicavam a sua nova localização nos concelhos do Baixo Alentejo, e que transitaram do anterior Governo.

De igual modo adiantou que do investimento de 200M EUR em doze aeronaves A-29N Super Tucano de origem brasileira e respetivo simulador, 75M EUR serão integrados na indústria de Defesa nacional.

Anunciou ainda um investimento de 39M EUR no sistema de proteção antiaérea Rapid Ranger para o Exército.






sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

FORÇAS PORTUGUESAS NA RCA EM BLACK HAWK TUNISINOS [M2587 - 11/2025 ]

Militares da 16ª FND na RCA junto ao UH-60M Black Hawk da Tunísia    Foto: EMGFA
 A 16ª Força Nacional Destacada (FND) na República Centro-Africana realizou recentemente um voo de reconhecimento aéreo crucial para avaliar a situação de segurança e a acessibilidade de importantes eixos rodoviários na sua área de operações, divulgou hoje o Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA) em nota de imprensa.

A missão em voo "permitiu obter informações valiosas sobre o terreno e a presença de potenciais ameaças", de acordo com a mesma nota, tendo como principais objetivos:

• avaliar as condições dos itinerários;

• monitorizar as atividades em curso nas aldeias, procurando indícios de movimentos suspeitos ou atividades ilícitas;

• detetar postos de controlo ilegais;

• detetar a presença de grupos armados;

• detetar possíveis zonas de aterragem para operações de evacuação médica, reabastecimento e outras necessidades logísticas.​

À semelhança das FNDs anteriores na Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA), a 16ª FND teve o apoio de helicópteros de países terceiros, no caso UH-60M Black Hawk tunisinos.




Esta não é aliás, a primeira vez que as forças portuguesas participam em operações combinadas com aeronaves tunisinas, apesar de em ocasiões anteriores terem voado em AB-205 e não nos atuais Black Hawk, destacados em setembro de 2024.

Recordamos que o Ministério da Defesa Nacional tem em curso um programa para apetrechamento do Exército Português com Helicópteros de Apoio, Proteção e Evacuação (HAPE). Todavia, e enquanto não há mais desenvolvimentos, as Forças Nacionais terão que continuar a contar com a colaboração de outras nações para este tipo de missão, uma vez que os EH101 Merlin da Força Aérea Portuguesa parecem nunca ter sido opção para destacar nos teatros africanos, e os Black Hawk recebidos até ao momento em Portugal não podem desempenhar funções operacionais de combate.

Fotos via EMGFA



domingo, 6 de outubro de 2024

UE E DE HAVILLAND CANADA FECHAM ACORDO DOS NOVOS CANADAIR [M2557– 81/2024]

Ilustração: DHC

A De Havilland Canada anunciou  a conclusão das negociações contratuais com os líderes da Comissão Europeia, do Governo do Canadá e de Estados-Membros da UE, para a produção de 22 novos aviões bombardeiros de combate a incêndios anfíbios.

Na sexta-feira 4 de outubro em Bruxelas, a De Havilland Canada apresentou simbolicamente ao Comissário da União Europeia, Janez Lenarčič, uma miniatura da aeronave nas cores do programa RescEU, bem como aos representantes dos Estados-Membros da UE, reunidos para assinalar a ocasião e assinalar o encerramento do processo de negociação do contrato.

Apresentação da De Havilland Canada em Bruxelas     Foto: DHC

Como parte do evento, a De Havilland Canada anunciou também que o nome do DHC-515 será alterado para refletir a história e o sentimento incontornável em relação nome “Canadair” na Europa.

“Quando as pessoas estão perto de um incêndio florestal na Europa, perguntam quando é que os Canadairs vêm ajudar a proteger a sua comunidade”, disse o CEO da De Havilland Canadá, Brian Chafe. “Hoje, estamos a reconhecer o historial de serviço da frota Canadair ao renomear a aeronave como ‘De Havilland Canadair 515’.”

Na verdade, o programa Canadair, passou de mãos por várias vezes nas últimas décadas, primeiro com a aquisição pela Bombardier, depois pela Viking Air, até ser finalmente incorporado na De Havilland Canada, que optou agora por valorizar, desta forma, a designação inicial e mais popular "Canadair".

A De Havilland Canada lançou ainda um vídeo que descreve o estado atual de produção da aeronave, bem como uma imagem do novo modelo nas cores do Programa RescEU da União Europeia.

“Para a nossa empresa, hoje é um grande dia, pois marca o fim da discussão e o início da produção a alta velocidade”, disse Chafe. “Mas o verdadeiro trabalho está apenas a começar. Os países europeus depositaram a sua confiança na De Havilland Canada e cabe-nos a todos entregar-lhes as aeronaves a tempo.”

Dos Canadair 515 objeto do presente contrato, dois serão fornecidos à Força Aérea Portuguesa, que os irá receber durante o biénio 2029/30, através de acordo assinado a 18 de julho pretérito, que incluirá formação, infraestruturação e equipamentos, no âmbito do programa de edificação da capacitação própria do Estado Português, no combate aos incêndios florestais. A UE comparticipará a aquisição das duas aeronaves portuguesas com 100M EUR, sendo os restantes 11,8M EUR provenientes de verbas do orçamento próprio da Força Aérea.




domingo, 31 de dezembro de 2023

Centro Multinacional de Formação de Helicópteros com Capacidade Operacional Inicial em Sintra [M2455 – 87/2023]


Demonstração de helicópteros da FAP na cerimónia de transferência do MHTC para Sintra   Fotos: FAP/MDN

No dia 1 de janeiro de 2024 o Centro Multinacional de Formação de Helicópteros (MHTC), sediado na Base Aérea n.º 1 em Sintra, atingirá a Capacidade Operacional Inicial. A Capacidade Operacional Plena deverá ser alcançada em 2026. 

MHTC na BA1 em Sintra     Foto via MDN

O centro MHTC visa o desenvolvimento de capacidades militares de aeronaves de asa rotativa, reunindo diversas valências num centro multidisciplinar, incluindo simuladores de voo, para formação prática e doutrinária, e formação de instrutores. Ficará instalado em Portugal por um período mínimo de 15 anos. É um projeto da EDA do qual Portugal é agora o país anfitrião, disponibilizando as instalações e acolhendo os participantes dos 14 estados-membro.

Os programas de treino para helicópteros da EDA

Os helicópteros são um dos principais facilitadores das operações militares atuais, fornecendo capacidades de transporte e combate em todos os tipos de terreno.

Sem equivalente na NATO, os programas de helicópteros da EDA incluíram diversas actividades de formação, incluindo cursos de táctica, guerra electrónica e planeamento de Operações Aéreas Compostas - COMAO, exercícios multinacionais e um simpósio anual sobre tácticas de helicópteros.

Estas atividades visam melhorar a interoperabilidade entre as frotas de helicópteros europeus e promover formação para as tripulações e pessoal de terra em tácticas da guerra em operações modernas. Envolvem regularmente a participação de pessoal e meios das Força Aéreas, do Exército e da Marinha, incluindo helicópteros, jatos rápidos, aeronaves de transporte, equipamento de defesa aérea e tropas terrestres. 

Visitas ao MHTC em Sintra     Foto via MDN

“Os programas de helicópteros da EDA são um excelente exemplo da cooperação europeia em matéria de defesa”, disse o Chefe do Executivo da EDA, Jiří Šedivý, durante a cerimónia de transferência realizada em 28 de novembro de 2023, que contou com a presença da Ministra da Defesa de Portugal, Helena Carreiras, bem como de autoridades militares e civis de Portugal e dos países pertencentes aos programas de helicópteros da EDA e do MHTC. “A cooperação reforçada é uma necessidade se quisermos aumentar a prontidão, fortalecer a resiliência e modernizar as nossas Forças Armadas”, acrescentou. 

A Ministra da Defesa, Helena Carreiras por sua vez afirmou que: “O nosso compromisso conjunto para melhorar os projectos de defesa europeus, como o Centro Multinacional de Formação de Helicópteros, reflecte uma abordagem virada para o futuro, enfatizando a interoperabilidade e a preparação da cooperação”, acrescentando ainda "Somos capazes de responder em conjunto de forma mais eficaz aos desafios de segurança colectiva e, portanto, contribuir para um cenário europeu mais seguro e estável."

Após a cerimónia, os helicópteros realizaram uma demonstração de recuperação de pessoal envolvendo um AW-119 Koala e um EH-101 Merlin.

A EDA lançou as suas actividades de formação em helicópteros em 2008. Ajudou a colmatar uma lacuna de capacidades evidenciada pelas deficiências identificadas durante as missões europeias no Afeganistão e nos Balcãs, quando o pessoal militar não tinha conhecimentos em tácticas de helicóptero, e porque alguns Estados-Membros necessitavam de formação adicional à medida que mudavam de helicópteros da era soviética para modelos ocidentais mais recentes.  

São fundadores do MHTC: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslovénia, Finlândia, Grécia, Hungria, Itália, Portugal, Países Baixos, República Checa, Sérvia e Suécia.

Programas de treino de helicóptero da EDA em números

Entre 2009 e 2023, os exercícios da EDA mobilizaram mais de 340 helicópteros, 2.325 tripulantes e mais de 15.000 militares. Um total de 1.050 tripulantes de 20 países diferentes graduaram-se no Curso de Tática de Helicóptero da EDA ao longo das suas 81 edições. Além disso, 163 tripulantes de helicópteros de 10 países diferentes graduaram-se no Curso de Instrutores de Táticas de Helicóptero ao longo de suas nove edições

O 14º e último Simpósio de Táticas de Helicópteros da EDA ocorreu no início de novembro, quando cerca de 70 especialistas de 15 países europeus, incluindo a Ucrânia, bem como representantes da NATO, se reuniram para esse evento.

No total, instrutores militares e elementos da indústria aeronáutica ministraram mais de 20 cursos de planeamento de Guerra Eletrónica e Operações Aéreas Compostas. Além disso, a EDA criou os seus próprios Procedimentos Operacionais Padrão para helicópteros, que são a base para todo o treino e ajudam a promover a standardização e a melhorar os níveis de interoperabilidade.


Infografia: EDA

Todas estas atividades foram ministradas em toda a Europa, embora o treino em terra e em simulador tenha sido realizado exclusivamente no centro de treino de helicópteros da EDA, anteriormente localizado no Reino Unido, e desde 2020 em Portugal.

Além disso, durante a última década e meia, a EDA forneceu uma filosofia de treino de helicópteros e actividades que proporcionaram resultados valiosos, tangíveis e imediatos aos Estados-Membros, e que apoiaram a melhoria da capacidade dos helicópteros europeus e da interoperabilidade de tripulações de helicópteros.

A EDA como catalisadora

Mesmo com o sucesso da EDA na formação de helicópteros, o Chefe do Executivo, Šedivý, sublinhou o papel mais amplo da Agência no estabelecimento da cooperação em defesa na União Europeia. A principal tarefa da EDA não é ser um instituto de formação, mas sim um catalisador de actividades cooperativas, disse. 

“Estamos aqui para lançar iniciativas que possam proporcionar um valor acrescentado aos Estados-Membros. Quando atingem um nível de maturidade suficiente, transferimo-los para Estados-Membros ou organizações multinacionais dispostos e capazes, permitindo que a AED liberte recursos e se concentre no desenvolvimento de novas iniciativas», acrescentou Šedivý. 

A Agência Europeia de Defesa (European Defense Agency - EDA) entregou por isso agora os seus programas de formação de helicópteros de longa duração, a um centro dedicado em Portugal, marcando o fim de um dos empreendimentos de maior sucesso da Agência, nos seus 19 anos de história. 

Fonte: EDA e Ministério da Defesa
Adaptação: Pássaro de Ferro


quinta-feira, 14 de setembro de 2023

BOMBARDEIROS "INVISÍVEIS" B-2 REGRESSAM AOS AÇORES [M2430 – 62/2023]

Em mais uma demonstração da cooperação dentro da NATO, um bombardeiro B-2 Spirit da Base Aérea de Whiteman, Missouri, realizou uma operação de reabastecimento "a quente" (Hot Pit Refueling), isto é, com os motores em marcha, na Base aérea nº4 nas Lajes, Portugal, a 12 de setembro de 2023.

Este raro acontecimento sublinhou a dedicação dos Estados Unidos e de Portugal na dissuasão de potenciais ameaças e reforçar a Aliança da NATO, servindo como um testemunho dos laços duradouros desta vital parceria internacional e da importância geoestratégica dos Açores.


A última vez que os B-2 realizaram escala  na base insular portuguesa foi em 2021.

Após o reabastecimento, o bombardeiro B-2 Spirit seguiu para "casa" na Base Aérea de Whiteman, Missouri, terminando o destacamento de um mês na Base Aérea de Keflavik, na Islândia.


O reabastecimento a quente é um multiplicador de força. Alivia o peso na frota de reabastecedores aéreos, dando-nos a opção de reabastecer no solo e aproveitar as capacidades de nossos Aliados e parceiros”, disse o tenente-coronel da Força Aérea dos EUA, Andrew Kousgaard. , comandante da 393ª Esquadra Expedicionária de Bombardeiros.

Também reduz o risco de mau funcionamento da aeronave e a quantidade de tempo gasto no solo porque, com equipamentos e tripulações devidamente certificados, podemos abastecer-nos com o combustível de que necessitamos sem desligar a aeronave. "

À medida que as missões da Força-Tarefa de Bombardeiros continuam a desenrolar-se no teatro europeu, a missão de reabastecimento na Base das Lajes mostra a parceria inabalável entre os Estados Unidos e Portugal. Sublinha a forte capacidade da Aliança da NATO em trabalhar harmoniosamente, para enfrentar habilmente um amplo espectro de desafios globais.

A capacidade das forças armadas e do equipamento dos EUA para colaborarem continuamente com Aliados e Parceiros é fundamental no estabelecimento de uma rede alargada de alianças e parcerias capazes de enfrentar de forma decisiva os desafios multifacetados de hoje e do futuro.

O Tenente-Coronel Kousgaard enfatizou ainda a importância da interoperabilidade com os Aliados e da utilização dos recursos das nações parceiras para operações de reabastecimento.

Fonte: USAFE
Adaptação: Pássaro de Ferro
Fotos: USAFE


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