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Modelo à escala natural do "Tempest", projeto GCAP de 6ª Geração |
O ministro da Defesa, Nuno Melo, afirmou em entrevista à CNN Portugal na passada sexta-feira 18 de julho de 2025, a intenção de fazer parte de um dos dois projetos europeus de caça de 6ª Geração, como "observador", fazendo questão de frisar que é uma posição que "não tem custos".
A qual dos dois programas de 6ª Geração em curso na Europa, Portugal irá aderir - GCAP (Reino Unido, Itália e Japão) ou FCAS (França, Alemanha e Espanha) - não está para já definido.
Muito embora o GCAP, por exemplo, mantenha o ano horizonte de 2027 para o primeiro voo de um protótipo, e 2035 para a entrada em serviço do modelo batizado "Tempest", esta segunda data parece algo ambiciosa demais, pelo menos se tivermos em conta o que foi o tempo de desenvolvimento de programas similares, e principalmente se envolver consórcios, como é o caso. E entretanto a frota F-16M da Força Aérea Portuguesa, enfrenta níveis crescentes de obsolescência e operacionalidade, que terão de ser colmatados.
O titular da pasta da Defesa Nacional acabaria no entanto por contornar a questão acerca de Portugal poder adquirir entretanto caças F-35 de 5ª Geração, para substituir a atual frota de F-16, referindo que a sua substituição "não está em cima da mesa", uma declaração algo estranha neste contexto.
Complementando no entanto estas palavras com reportagem da TVI Notícias e entrevista transmitida no mesmo dia, em que foi aflorado o mesmo tema, Nuno Melo disse realmente de modo idêntico, que a substituição do F-16 não está em cima da mesa, mas apenas "a curto prazo", e que "o que é exigido a Portugal, nomeadamente em missões externas, mas também no âmbito da NATO, do lado dos nossos Aliados, implica um caminho para uma 5ª Geração".
Na prática e nos tempos mais próximos isto apenas pode significar F-35.
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