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sexta-feira, 17 de março de 2023

MARINHA REALIZA PRIMEIRO TESTE COM NOVOS DRONES [M2387 - 19/2023]

Primeiro teste com novo drone da Marinha Portuguesa    Foto: Marinha Portuguesa
 A Marinha Portuguesa noticiou ontem 16 de Março de 2023, a realização do primeiro teste dos Veículos Aéreos Não Tripulados da Marinha adquiridos no âmbito do PRR.

Os testes realizaram-se esta semana nas instalações e espaço aéreo do Centro de Experimentação Operacional da Marinha e Zona Livre Tecnológica Infante D. Henrique, com os novos veículos aéreos não tripulados (VANT) adquiridos pela Marinha à empresa Beyond Vision no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Segundo pode ler-se na mesma notícia, "a Beyond Vision é uma empresa portuguesa  que desenvolve aeronaves com múltiplos sistemas de comunicação e Inteligência Artificial. Além da linha comercial, a empresa possui ainda um forte histórico de Pesquisa e Desenvolvimento".


Fotos: Marinha Portuguesa

Pelas imagens divulgadas, o drone em questão parece ser do modelo VTOne, um quadcóptero de asa fixa de Classe 3, com autonomia de 150 minutos de voo e 120 km/h de velocidade máxima.

Quadcóptero Beyond Vision VTOne       Foto: Marinha Portuguesa




quinta-feira, 18 de agosto de 2022

PRIMEIRAS 1000 HORAS DE VOO DA ESQUADRA 991 [M2331 - 46/2022]

Ogassa OGS42N da Esquadra 991 da FAP na base avançada da Lousã

Da antiga mitologia grega "harpias", eram criaturas com corpo de ave e cabeça de mulher, mensageiras dos deuses e desciam à Terra para castigar os mortais que tivessem cometido crimes graves. "Harpias" foi também o nome escolhido para a Esquadra 991, a mais recente esquadra de voo da Força Aérea Portuguesa (FAP), sendo igualmente a primeira com a missão de operar Sistemas Aéreos Não Tripulados (SANT).

Emblema da Esquadra 991

Apesar da operação de SANT não ser uma novidade na FAP, com diversos programas de investigação e desenvolvimento desde há vários anos, seria apenas através da Directiva 01/2021 do Chefe de Estado-Maior da Força Aérea a concretização de uma Unidade Aérea, exclusivamente dedicada à operação de SANT, absorvendo parte do pessoal e equipamento do Núcleo de “Unmanned Air Systems” (NUAS), que deu início à operação do sistema de armas OGASSA OGS 42N/VN em 2020, adquirido no ano anterior.

Os OGS42 no CFTMFA na Ota       Foto: 1SAR Manuel Cascalheira/FAP

Sediada no Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea (CFTMFA), na Ota (ex-BA2), o comandante da Esq. 991, Maj. PILAV Luis Coelho da Silva, recebeu a 24 de Março, as certificações no âmbito da formação de Pilotos Remotos Militares de Aeronaves Não Tripuladas por parte da Autoridade Aeronáutica Nacional (AAN), de  reconhecimento como organização de Formação de Qualificação Operacional. A Esq. 991 depende funcionalmente do Chefe do Centro de Operações Aéreas do Comando Aéreo.

Missão

A Esq. 991 tem por missão a execução de missões de Informação, Vigilância e Reconhecimento com os seguintes elementos:

- Vigilância terrestre e marítima;

- Apoio adicional no quadro do combate a incêndios rurais, incluindo operações de rescaldo e de vigilância activa pós-rescaldo;

- Apoio à protecção e salvaguarda de pessoas e bens, incluindo operações de vigilância ambiental, fiscalização de áreas protegidas e cadastro territorial;

- Vigilância e reconhecimento em apoio ao desenvolvimento.

A Aeronave

O OGS 42, na sua configuração de aterragem e descolagem convencional (N) e configuração de aterragem e descolagem vertical (VN), é o veículo aéreo não tripulado (VANT) que em conjunto com as estações de controlo remoto (ECR) e o segmento de links (antenas e respetivas ligações) formam o primeiro sistema aéreo não tripulado ao serviço da Força Aérea Portuguesa.

A aeronave insere-se na classe Ic (mais de 15kg e menos de 150Kg) e para além do sensor electro-óptico está equipada com um sensor AIS (Automated Identification System) para identificação de meios navais de superfície. Com uma autonomia próxima de 6 horas na sua configuração VTOL (Vertical Take-Off and Land), chegando a atingir 9 horas na configuração convencional.

Pode descolar e aterrar de forma manual ou automática e é operada a partir das ECR fixas nas várias bases constituídas para o efeito ou a partir de uma estação móvel projectável de forma autónoma. Esta estação compreende um conjunto próprio de antenas que possibilita a expansão do raio de acção de plataforma ou a operação a partir de um local não preparado num curto espaço de tempo.

Actividade

Durante a época de incêndios e integrando o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), a Esq. 991 opera a partir de três bases avançadas (Mirandela, Lousã e Beja).

As aeronaves são tripuladas remotamente, mas são mantidas como qualquer outra frota da FAP. Os mecânicos são formados e qualificados de acordo com os requisitos em vigor no âmbito da manutenção aeronáutica. Durante o DECIR eles prestam assistência e realizam inspeções nas bases avançadas. Só assim é possível garantir a prontidão necessária para as missões atribuídas.

Estas aeronaves têm a capacidade de realização de voos nocturnos, introduzida este ano, recorrendo a sensores térmicos próprios, o que permite que, num período do dia em que existem menos meios de detecção empenhados no terreno, seja possível uma cobertura de grandes extensões de área vigiada, assim como o forte contributo como elemento de dissuasão em áreas de menor densidade populacional.

Comandante de Missão em pé com o Piloto Remoto Interno (esq) e Operador de Sensores (dir)  Foto: Esq 991

Piloto remoto externo numa aterragem manual em Beja

A tripulação que opera cada aeronave é constituída por cinco elementos:

1 - Comandante de Missão: Responsável pela condução táctica da missão e coordenação da tripulação;

2 - Remoto Interno: Responsável pela pilotagem remota da aeronave, verificação e manutenção do parâmetro durante o voo;

3 - Operador de Sensores: Opera as câmaras Electro-Optico/Infra-Vermelho, que captam imagem tanto de dia como de noite;

4 - Apoio de Pista: Auxilia o Piloto Remoto Externo na preparação da aeronave;

5- Piloto remoto externo:  Responsável por aterrar e descolar a aeronave em modo manual ou garantir a segurança em modo automático.


A 17 de Agosto de 2022, a jovem Esquadra anunciou na rede social Instagram, o cruzar da simbólica marca de 1000 horas de voo da frota de 12 aeronaves, ao fim de 9 meses de actividade.





terça-feira, 4 de agosto de 2020

MINISTROS DA DEFESA E AMBIENTE NA APRESENTAÇÃO DOS DRONES DE VIGILÂNCIA FLORESTAL [M2165 – 83/2020]


O Gen. CEMFA com os ministros da Defesa e Ambiente na Lousã       Foto: MDN

O Ministro da Defesa Nacional João Gomes Cravinho deslocou-se à Lousã na manhã de hoje, 4 de Agosto de 2020, juntamente com o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e a Secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, para assistir a um brífingue sobre a operação e demonstração de voo de uma das doze aeronaves não tripuladas (UAVs), adquiridas recentemente para a vigilância aos incêndios florestais.

O General CEMFA Joaquim Borrego recebeu assim os governantes, no aeródromo daquela vila beirã, onde já se encontrava desde o início de Junho um destacamento da Esquadra 552, com um helicóptero AW119 Koala, igualmente integrado no dispositivo de vigilância e combate a incêndios, tal como definido para o ano de 2020.

Destacamento na Lousã de um AW119 Koala da Esquadra 552

O destacamento de Sistemas Aéreos Não Tripulados da Força Aérea Portuguesa, que operará estes UAVs de Classe 1, adquiridos com caráter de urgência através no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), encontra-se no aeródromo da Lousã desde a segunda metade de Julho, em fase de verificação dos sistemas para aceitação dos equipamentos, podendo os drones já ser notados em ação através de programas de radar virtual. 


Imagem do radar virtual ADS-B Exchange 



Os aparelhos são aparentemente UAVision OGASSA OGS42V híbridos de desenvolvimento e fabrico nacional. Da dúzia de unidades adquiridas, por contrato assinado a 3 de Julho de 2020, seis são da versão de descolagem e aterragem convencional e outras seis têm capacidade de descolagem e aterragem verticais (VTOL).
Quando totalmente operacionais, o que deverá suceder até ao final do mês de Agosto de 2020, dez unidades ficarão repartidas por bases na Lousã (2 convencionais e 1 VTOL), Fóia (2 VTOL) e Macedo de Cavaleiros (2 VTOL). A base de formação e treino será na Ota onde ficarão 2 convencionais e 1 VTOL. Dois drones ficarão de reserva.

Apenas um dos OGS42V na Lousã tinha o sistema de propulsão vertical instalado      Foto: João Bica via MDN

Segundo a Resolução de Conselho de Ministros que aprovou a aquisição de doze UAV, a 30 de Abril de 2020, para a vigilância das florestas durante o período de incêndios, ficou definido que estes estarão também disponíveis durante a época baixa (Outubro a Maio), para vigilância da orla costeira, de áreas protegidas, de pedreiras e a referenciação necessária à execução do cadastro, a concretizar mediante protocolo com o Ministério do Ambiente. 

Os drones, sistemas aéreos não tripulados, permitem, com mais baixo custo de aquisição e operação que os sistemas aéreos tripulados, manter uma vigilância contínua, pois cada aeronave pode permanecer no ar cerca de 12 horas consecutivas. 

Estes sistemas permitem, assim, identificar incêndios nas suas fases iniciais, auxiliar, pela informação que captam e transmitem, a tomada de decisão do Comando para as Operações de Combate e, ainda, contribuir para as operações de rescaldo, vigiando pontos onde possam ocorrer reacendimentos.

Em 2019, ainda que em fase de testes operacionais, os sistemas aéreos não tripulados prestaram já  contributo para o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais. 

A Força Aérea foi autorizada a comprar os drones, a criar as infraestruturas necessárias e a adaptar o sistema de comando e controlo, até ao montante de 4,545 milhões de euros mais IVA, tendo a despesa sido totalmente paga pelo Fundo Ambiental. 


Agradecimentos: André Carvalho

terça-feira, 26 de maio de 2020

MINISTÉRIO DA DEFESA ESCLARECE QUESTÃO DOS DRONES DO EXÉRCITO E FORÇA AÉREA [M2144 - 62/2020]

UAV ou Veículo Aéreo Não tripulado - VANT 

O Ministério da Defesa divulgou hoje uma nota de imprensa, esclarecendo a notícia veiculada primeiro pelo Jornal de Notícias, mas depois repercutida por vários outros meios de comunicação social,  com o título “Drones do Exército nunca foram usados para detetar fogos”, e com o subtítulo “Governo justifica aquisição de 36 aparelhos por seis milhões para o Exército ajudar a Proteção Civil. Agora adquire mais 12 para a Força Aérea com a mesma finalidade”. Na referida nota, o Ministério da Defesa Nacional entendeu esclarecer os seguintes pontos:

"A aquisição dos mini-UAV em causa nunca teve por objetivo ajudar a Proteção Civil ou detetar incêndios.

Os mini-UAV (veículos aéreos não tripulados) do Exército foram adquiridos no âmbito da Lei de Programação Militar, um processo que teve início em 2016, com um despacho do então Ministro Azeredo Lopes (Despacho 6841/2016, publicado a 24 de maio desse ano). Nesse despacho refere-se que os aparelhos se destinam à “edificação da Capacidade de Informações, Vigilância, Aquisição de Objetivos e Reconhecimento Terrestre”. 

O concurso foi gerido pela NATO Support and Procurement Agency (NSPA – agência de compras da NATO), tendo sido adjudicado à empresa AeroVironment para assegurar o fornecimento de 12 sistemas Raven B Digital Data-Link (composto por 3 UAVs cada) ao Exército Português.

Os sistemas Raven do Exército têm como objetivo primário garantir o apoio às operações da componente terrestre, em todo o espectro das operações militares. Atualmente, além do normal processo de formação e treino, em território nacional, os sistemas mini-UAV estão a ser utilizados em operações militares, no cumprimento de compromissos internacionais, no apoio das missões de vigilância e reconhecimento. Ou seja, os sistemas Raven estão a ser utilizados precisamente de acordo com o raciocínio que levou à sua aquisição no âmbito da LPM, plasmado no Despacho.

Ao contrário do caso dos Raven do Exército, os 12 UAV cuja aquisição o Governo aprovou recentemente por via de Resolução de Conselho de Ministros, e que serão geridos pela Força Aérea, destinam-se principalmente à deteção de incêndios."


Video mini-UAV Raven do Exército



sexta-feira, 10 de julho de 2015

As aeronaves não tripuladas Portuguesas e as empresas Portuguesas em Le Bourget (M1815 - 07RF/2015)



AR3 Net Ray apresentado em Paris
A TEKEVER anunciou em Paris, que que irá integrar este ano uma missão da Agência FRONTEX no Mediterrâneo, utilizando um AR3 Net Ray, um projecto que resulta da parceria que tem vindo a desenvolver com a Marinha Portuguesa. Este projecto conjunto insere-se no âmbito de um protocolo para o teste e desenvolvimento de sistemas através de uma plataforma aérea para missões de vigilância marítima. Sistemas como este, permitem a interligação com os demais sistemas existentes, aumentando às capacidades de resposta do meio naval às diferentes situações operacionais.


O AR3 Net Ray é um Sistema Aéreo Não-Tripulado [Unmanned Aerial System, ou UAS] desenvolvido para diferentes tipos de missão, incluindo a Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvos e Reconhecimento (ISTAR), e relé de comunicações. Com uma capacidade de até 10 horas de voo, e um raio operacional de 120 quilómetros, é lançado através de um sistema de catapulta e recolhido através de um sistema adaptado ao ambiente marítimo.

Também anunciado em Paris, a constituição de uma aliança com a ViaSat, uma parceria estratégica que visa o aumento das capacidades operacionais das plataformas não tripuladas, nomeadamente para uso civil, adotando-as de comunicações via satélite, por forma a aumentar o seu raio de acção, permitindo uma utilização “para lá da visão” (Beyond Line of Sight), alargando a panóplia  de possibilidades de utilização destes produtos, para fins civis, permitindo também que a  sua utilização possa ser integrada em espaço aéreo de controle civil.

 A TEKEVER foi constituída em 2001, com capitais nacionais, e define-se como um conjunto de empresas que desenvolvem produtos  e soluções em duas áreas, Tecnologias da Informação (TI), e Aeronáutica, Espaço, Defesa e Segurança (ASDS), com uma área de negócio e carteira de clientes em crescimento apostando nos mercados aeroespacial, de defesa e de segurança.
Possui já muita experiência em sistemas não tripulados, como é o caso de alguns exemplos de sistemas aéreos, utilizados por forças militares e forças de segurança, em uso ou em desenvolvimento, pela Unidade Especial de Polícia da PSP e pela GNR (AR1 Blue Ray), Marinha Brasileira (AR2 Carcará), Marinha Portuguesa (AR3 Net Ray), Exército Português (AR4 Light Ray), e também o Ministério de Defesa Britânico, e as Forças Armadas Colombianas. Estão em curso diversos projectos nesta área, nomeadamente de Investigação & Desenvolvimento, com a European Defense Agency e a NATO.


AR1 Blue Ray da PSP


O AR4 Light Ray, um mini-UAV (Unmanned Aerial Vehicle), e primeiro projecto a ser comercializado do grupo, é a versão militar que resulta do desenvolvimento do AR1, testado em 2014 no Kosovo, pelo 1º Batalhão de Infantaria Mecanizada do Exército Português, e utilizado também pela GNR.
Video em Farnbourough: https://www.youtube.com/watch?v=aC_zCf1m7R0

O AR5 Life Ray Evolution, apresentado no ano passado em Farnbourough [http://tekevernews.blogspot.pt/2014/09/tekever-group-presents-its-new-ar5-life.html] é a mais nova e maior das plataformas aéreas do grupo. Com  4.3 m de envergadura e autonomia até 12 horas, e uma capacidade de carga de 50kg, é apresentado como  vocacionado para missões de longa duração como por exemplo a busca e salvamento, vigilância, patrulha costeira, e detecção de poluição.

Outras presenças Portuguesas no 51º Salão Aeronáutico de Paris 
  
Portugal também marcou presença na 51ª Feira Internacional de Paris, através da participação de algumas empresas da industrial da aeronáutica e aeroespacial, nomeadamente num stand que agregava um conjunto de empresas como as, Active Space, EDAETech, ISQ, Optimal Structural Systems Piep, e os consócios newFACE e X Aero Structures.
A OGMA Indústria Aeronáutica de Portugal S.A, e a TAP Maintenance & Engineering,  marcaram também presença em stands autónomos.

Rui “A-7” Ferreira
Entusiasta de Aviação

Fontes: TEKEVER e OPERACIONAL
 

sábado, 29 de novembro de 2014

ESQUADRA DE DRONES NA FAP DENTRO DE 2 ANOS (M1736 - 326PM/2014)

Foto: Força Aérea Portuguesa

A Força Aérea Portuguesa (FAP) está a trabalhar no desenvolvimento de um novo veículo aéreo não tripulado com um peso de 500 a 600 quilos. A FAP quer criar uma nova esquadra de drones para patrulha e monitorização do espaço marítimo.

Hoje, a FAP usa aviões tripulados para as diferentes missões de patrulhamento e monitorização da Zona Económica Exclusiva ou da Extensão da Plataforma Continental – dentro de dois anos, a mesma FAP poderá vir a usar também veículos aéreos não tripulados para cobrir a extensa área marítima portuguesa. «Ainda não sabemos quantos veículos aéreos não tripulados vai ter a nova esquadra. Através de vários testes, vamos tentar perceber quantos veículos serão necessários para garantir a monitorização do espaço marítimo», refere José Morgado, diretor do Centro de Investigação da Academia da Força Aérea, à margem do 8º Congresso do Comité Português da Organização Internacional da Ciências da Rádio.

Nos planos da Academia da Força Aérea figura o desenvolvimento de drones com pesos entre 500 e 600 kg e uma autonomia energética para 24 horas de voo. Os veículos estarão aptos a executar autonomamente missões predefinidas, mas não deverão estar equipados com armas. 

«Estes veículos servem apenas para monitorização do espaço marítimo, e vão ser usados como complemento às aeronaves tripuladas e não como substitutos», responde José Morgado, recordando que os veículos não tripulados podem executar missões de monitorização com custos inferiores aos das aeronaves tripuladas.

Nos tempos mais próximos, a Academia da Força Aérea deverá começar a testar modelos entre os 150 e os 200 kg para, gradualmente, ganhar competências para o desenvolvimento de drones que terão dimensões recordistas face aos modelos que a FAP (até à data a Academia da Força Aérea não tinha ido além dos 150 kg).

Com o desenvolvimento de modelos de maiores dimensões, a FAP pode garantir maior autonomia de voo e passa a poder usar sensores de maiores dimensões – entre eles, o radar, que poderá revelar-se especialmente útil para a monitorização de grandes áreas, como aquelas que constituem o espaço marítimo nacional. A FAP vai desenhar o novo drone, mas o fabrico deverá ser entregue a parceiros comerciais e industriais que vão ser selecionados nos tempos mais próximos.

Em março e 2015, a dois anos de estrear o drone de 600 quilos, a FAP vai dar a conhecer o UAS30 (nas fotos inseridas nesta página), um drone de 25 quilos que descola com o apoio de uma catapulta e aterra com o apoio de uma rede. O projeto arranco há cerca de ano e meio, com um desafio lançado pela EDP, que pretendia testar o uso de drones de pequenas dimensões para a inspeção de linhas elétricas.

O UAS30 foi desenvolvido em parceria com o CEIIA (Centro para a Excelência e Inovação da Indústria Automóvel, em Matosinhos) para dar resposta ao desafio da EDP e também para dar resposta a muitas outras áreas que poderão tirar partido do uso de drones. «Pode ser para patrulhar determinadas áreas, para missões da Marinha ou prevenção de fogos. A partir de março contamos ter o UAS30 operacional e com uma missão específica já atribuída», explica José Morgado.

O UAS30 já foi testado em missões com velocidade de 50 km/h. Para alcançar esta velocidade, propositadamente baixa para garantir a captação de imagens nas melhores condições, os investigadores da Academia da Força Aérea recorreram a asas de maiores dimensões. José Morgado lembra que também é possível incorporar asas de menores dimensões para missões em que é necessária maior velocidade.

O UAS30 não será um exclusivo da FAP. O novo drone também será comercializado para entidades e empresas que pretendam tirar partido do uso de drones.

Fonte:Exame Informática


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

F-22: BATISMO DE FOGO (M1685- 229PM/2014)

F-22 Raptor mostra a baía de armamento interno      Foto: Jared Becker/USAF (arquivo)

O Pentágono descreveu hoje como foram usados os F-22 pela primeira vez em combate, o que sucedeu durante os ataques de ontem ao Estado Islâmico na Síria. 
Os caças de 5ª Geração efetuaram largada de bombas guiadas por GPS, tendo destruído um edifício que se crê estava em utilização como centro de comando e controlo.

F-22 Raptor à saída para a missão na Síria      Foto: USAF

“Uma mistura de vários aviões (…) foram usados nos ataques” pode ler-se no comunicado da USAF. “Não especificamos os números exatos nem as munições utilizadas. Contudo, os aviões Americanos incluíram F-15E, F-16, F/A-18, F-22 e B-1B. Adicionalmente foram lançados 47 misseis Tomahawk, a partir dos navios USS Arleigh Burke e USS Philippine Sea, destacados em águas internacionais no Mar Vermelho e norte do Golfo Arábico”.


Dado os relativamente pequenos danos revelados nas fotos antes/depois divulgadas pela Defesa, tal como os vídeos dos ataques, as bombas usadas foram com grande  probabilidade SDB-I, possivelmente complementadas por algumas JDAM mais pesadas.

Reabastecimento em voo durante a missão que ditou o batismo de fogo do F-22    Foto: USAF

Este tipo de missão parece algo despropositado para um caça que foi criado para a missão primária de superioridade aérea, mas as capacidades ar-solo foram-lhe sendo ampliadas com as atualizações periódicas de software e hardware.

A penetração no espaço aéreo  e defesas sírias parece ser a razão primaria para a utilização da furtividade do F-22, contudo foram alegadamente utilizados também F-15, F-16 e UAV na mesma vaga de ataque.





sexta-feira, 9 de agosto de 2013

EUROPA PRETENDE CRIAR AGÊNCIA DE INTELIGÊNCIA E DEFESA (M1115 - 234PM/2013)

UAV europeu

A União Europeia pretende criar uma agência própria para a inteligência e a defesa, com larga utilização de drones-espiões e satélites de observação.

A agência será chefiada por Catherine Ashton, a atual alta representante da UE para as Relações Exteriores e a Política de Segurança, informou o The Daily Telegraph.
Na opinião de especialistas, a utilização de satélites e drones com fins de policiamento e reconhecimento demonstra a intenção da UE em criar um serviço idêntico à Agência de Segurança Nacional dos EUA.


Fonte: Voz da Russia

quarta-feira, 10 de julho de 2013

PRIMEIRA ATERRAGEM DE UM X-47B EM PORTA-AVIÕES (M1070 - 194PM/2013)





Hoje 10 de julho de 2013, foi concluída com sucesso a primeira aterragem de um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) a bordo de um porta-aviões, com o auxílio de um cabo de travagem, tal como os aviões convencionais de uso marítimo. O feito realizou-se no super porta-aviões americano USS George Bush, ao largo da costa da Virgínia, EUA.


"Não acontece muitas vezes poder vislumbrar o futuro. Hoje a bordo do USS George Bush, tivemos essa oportunidade ao presenciar o X-47B a realizar a primeira aterragem com gancho a bordo de um porta-aviões" disse o Secretário da Marinha (americana) Ray Mabus. "Os veículos não tripulados a desenvolver, permitirão mudar radicalmente o modo como impomos a nossa presença e combatemos a partir dos nossos porta-aviões" concluiu.


O acontecimento de hoje significou a primeira vez que um veículo autónomo não tripulado e sem estabilizador vertical, aterrou com sucesso num meio naval. Este teste sucede cerca de mês e meio depois das primeiras descolagens com catapulta também em porta-aviões, realizados em maio passado, altura em que o X-47B efetuou já alguns touch & go no convés do USS George Bush. Depois de mais este sucesso, acredita-se que o programa virá a ter um grande impacto no modo como a Marinha americana integrará aeronaves tripuladas e não tripuladas em operação a bordo dos seus porta-aviões.

"Percorremos um longo caminho desde que Eugene Ely realizou a primeira aterragem com gancho a bordo de um porta-aviões, há 102 anos atrás. Os aviadores navais estiveram desde sempre na vanguarda das inovações operacionais e táticas, e hoje não foi nenhuma exceção", acrescentou Mabus. "as pessoas é que fazem a aviação não tripulada possível e serão as pessoas a aportar novas ideias e raciocínios, cruciais para o sucesso de programas como o X-47B e a aviação não tripulada do futuro".

O vídeo:
 

Fonte: US Navy
Fotos: US Navy
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

sexta-feira, 15 de março de 2013

US NAVY INVESTE EM HELICÓPTEROS NÃO TRIPULADOS (M911 - 74PM/2013)

 

Ilustrações do MQ-8C Fire Scout         Imagens:Northrop Grumman

A Marinha dos EUA (US Navy) assinou um contrato com a Northrop Grumman no valor de 71M USD, para a produção de seis helicópteros não tripulados adicionais MQ-8C Fire Scout de última geração.
O novo modelo MQ-8C é baseado no helicóptero convencional Bell 407 e irá fornecer aos comandantes dos navios da US Navy um raio de ação aumentado, maior resistência e capacidade de carga, relativamente ao atual MQ-8B.
A US Navy tem planos para a aquisição de um total de 30 unidades do MQ-8C, 14 das quais já em construção, com entrega prevista para 2014.

A anterior versão MQ-8B a brodo de um navio da US Navy   Foto:Northrop Grumman

Também nos navios as aeronaves não tripuladas ganham espaço relativamente aos meios aéreos convencionais.

Fonte: Northrop Grumman
Adaptação: Pássaro de Ferro

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

VIGILÂNCIA MARÍTIMA COM AERONAVES NÃO TRIPULADAS* (M824 - 02AL/2013)

 Ilustração - Força Aérea Portuguesa

*Artigo extraído do sítio da Força Aérea, de interesse relevante, numa altura em que o conceito de aeronaves não tripuladas está, cada vez mais, na ordem do dia. A Força Aérea Portuguesa mantém-se, também a esse nível, ao lado das suas congéneres.

«A Força Aérea Portuguesa, através da Academia da Força Aérea (AFA), é um dos 29 parceiros, provenientes de 12 países europeus, que estão envolvidos no consórcio responsável pela execução do projecto PERSEUS - Protection of EuRopean borders and SEas through the intelligent Use of Surveillance.
O projeto PERSEUS foi aprovado pela Comissão Europeia, em Março de 2010, no âmbito do concurso Seventh Framework Programme - Security Research Call (FP7-SEC), concurso este tendo como objetivo o controlo e a proteção das fronteiras europeias.
Em conformidade, o projeto PERSEUS tem como principal objectivo integrar tecnologia inovadora que permita implementar um sistema de vigilância do perímetro marítimo da União Europeia - desde as regiões costeiras até ao alto mar - tendo em vista o incremento dos níveis de segurança das populações face a situações de emergência ou de ameaças externas, tanto de âmbito militar como civil (emigração ilegal, desembarque de droga, atividades marítimas ilícitas, etc). Pretende-se que este sistema funcione de forma complementar e integrada relativamente aos sistemas de vigilância atualmente em operação, aumentando a capacidade de resposta destes em termos de eficiência e rapidez.
Num ambiente de integração e cooperação nacional e comunitária, cada um dos parceiros desenvolve as suas atividades de investigação em áreas complementares e afins, tendo em vista o desenvolvimento de sinergias conducentes à concretização do objetivo final do projeto PERSEUS. O envolvimento neste projeto de 12 países europeus, com interesses e objetivos diversificados, impõe a necessidade de uma cobertura geográfica mais abrangente no âmbito da vigilância marítima.
No âmbito do projeto PERSEUS cabe à Força Aérea Portuguesa utilizar tecnologia desenvolvida no projeto PITVANT na área de plataformas aéreas não tripuladas (UAV) tendo em vista, nomeadamente, as seguintes ações: i) demonstração do uso de novas ferramentas de monitorização de longo alcance operadas a partir de plataformas UAV de pequena e média dimensão (até 150 kg de peso máximo à descolagem); ii) desenvolvimento de conceitos de operação para vigilância marítima envolvendo, de forma integrada e colaborativa, aeronaves tripuladas e UAV.
O projeto PERSEUS tem uma duração de quatro anos. Desde o seu início, em Janeiro de 2011, foram definidos, até ao momento, requisitos técnicos e operacionais relativamente às missões de vigilância a empreender, bem como possíveis demonstrações a efetuar.
Em conformidade, terão lugar demonstrações em Portugal, Espanha, França e Itália, em 2013, e na Grécia, em 2014.
No que concerne à demonstração a realizar em Portugal, a mesma terá possivelmente lugar ao largo dos Açores, no segundo trimestre de 2013, estando prevista a recolha de dados, em ambiente marítimo, por plataformas UAV desenvolvidas no âmbito do projeto PITVANT e sua disseminação para um terminal PERSEUS.
Para além da Academia da Força Aérea e do INOV-INESC, o projecto PERSEUS, liderado pela INDRA (Espanha - Indústria), envolve a EADS-DS (França - Indústria), a DCNS (França - Indústria), a Technical Expert Architecture SoS Engineering (Itália - I&T), a Isdefe (Espanha - Agência Governamental), a EADS Casa (Espanha - Indústria), a Demokritos (Grécia - ID), a Saab (Suécia - Indústria), a ASTRA (Luxemburgo - Indústria), Boeing Europa (I&T) e a Luxspace (Alemanha - Prestador de Serviços Aeroespaciais), entre outros.
De referir que, com a experiência e o know-how que a AFA tem vindo a adquirir desde 2009, no âmbito do projeto PITVANT, reúne atualmente, condições para integrar projetos comunitários envolvendo UAV, em situação de igualdade com instituições nacionais e internacionais de grande prestígio, integração que se espera venha a ser, doravente, cada vez mais incrementada»
 
Fonte:Força Aérea
Texto:TenCor José Morgado
Engenheiro Eletrotécnico

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

LOCKHEED MARTIN - O ARQUIVO (M806 - PM155/2012)




 Versões alternativas do que viria a ser o F-16

"De vez em quando, os trabalhadores da Lockheed Martin têm que limpar a casa. Revolvem as suas secretárias e arquivos de ficheiros, para deitar fora material antigo e desnecessário e arranjar espaço para novos". Começa assim um recente artigo da revista Code One da Lockheed Martin, intitulado "Arqueologia de Aviação", onde são revelados inúmeros projectos da Lockheed Martin e de algumas das empresas entretanto anexadas como a General Dynamics.
Alguns evoluiriam para conhecidos aviões, outros para coisa nenhuma. Mas não deixa de ser interessante vê-los a todos.
Há desde bombardeiros movidos a energia nuclear, a variantes do F-16 e F-111, esboços do B-1, a caças-parasita previstos para voar a Mach 6, um caça VTOL (descolagem e aterragem vertical) com 6 motores e os primeiros VANT/UAV (veículos não tripulados).
A companhia norte-americana que este ano atingiu um século de existência, prepara agora uma galeria onde irá reunir estas fantásticas peças da sua própria história, que se confunde amiúde com a própria história da aviação, ao ter produzido alguns dos conceitos e aviões mais revolucionários de todos os tempos.

Avião-parasita previsto para voar a Mach 6 movido a propano
Versão subsónica do que viria a ser o B-1
 
Versão alongada do F-111
O L-225 foi a segundo esboço para um bombardeiro movido a energia nuclear
Esboço de 1970 para um VANT
O projeto 506 possuiria 6 reatores, sendo 4 para a sustentação vertical





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