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domingo, 1 de fevereiro de 2015

O HARRIER QUE A PEPSI NÃO QUIS DAR (M1781 - 19PM/2015)

O Harrier do anúncio da Pepsi nos anos 90       Imagem: Pepsi

Há quase vinte anos atrás, a conhecida marca de refrigerantes Pepsi, anunciava em campanha publicitária, semelhante a muitas da época, a distribuição de prémios. Para tal, os consumidores deveriam adquirir produtos da marca, colecionar os pontos inscritos nas embalagens e reclamar o prémio correspondente ao volume de pontos acumulado.
T-shirts, óculos de sol, entre muitos outros produtos de merchandising, eram os mais acessíveis. Mas por 7 milhões de pontos, a marca dizia oferecer um caça Harrier!

E assim terminava o anúncio de TV, com o apresentador a "estacionar" o conhecido caça de aterragem vertical, no jardim de uma qualquer universidade americana, e a enfática frase "é certamente melhor do que o autocarro!"

O anúncio ficou na retina de John Leonard, um estudante de gestão de 21 anos na altura, que se interessou pelo "prémio".
Leonard notou que além de comprar produtos, também se podiam comprar pontos diretamente, a 10 cêntimos cada. As contas eram fáceis de fazer, e para ter acesso ao Harrier, "bastava" ter 700.000 USD para comprar os pontos que davam direito ao caça do anúncio. Leonard pegou no telefone e convenceu cinco investidores a fornecerem-lhe os 700.000 dólares. Enviou então à Pespi 15 rótulos e um cheque e esperou pelo caça.

O avião contudo, nunca chegou. A resposta da Pepsi foi de que o anúncio se tratava de uma piada.

Leonard contudo, estava disposto a levar a coisa a sério. E a Pepsi até lhe fez o favor, ao adiantar-se e pedir uma decisão de tribunal, que considerasse o pedido de Leonard inválido. Isto compeliu-o a avançar com o seu próprio processo, para exigir o prémio.

Apesar da Pepsi acusar de Leonard de estar a tentar tirar partido do sistema legal do país, condenando o exemplo que estava a dar à sua geração, a opinião de rua era bem diferente. Várias pessoas entrevistadas  a propósito do tema, numa reportagem exibida na CBS na época, apoiavam Leonard. Um executivo chegou mesmo a sugerir que um cliente como Leonard deveria ser premiado, não processado: "Eu levava-o em tourné pelo país num Harrier. E transformava isso noutro anúncio de TV!"

Mas a Pepsi não estava para isso. Para além do processo legal, modificou o anúncio , aumentando o número de pontos para ganhar o Harrier, de 7 para 700 milhões.

No final, o pedido de Leonard foi indeferido, com o tribunal a encerrar um processo sumário a favor da Pepsi, concluindo que nenhuma pessoa normal poderia dentro da razão, concluir que o anúncio oferecia de facto um Harrier aos consumidores. O juiz terminava ainda a sentença com um comentário jocoso, em que dizia "o jovem que aparece no anúncio é um piloto altamente improvável, uma vez que até as chaves do carro do pai seria duvidoso lhe fossem confiadas, quanto mais um avião do Corpo de Fuzileiros dos EUA do prémio".




sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

MARINHA AUSTRALIANA RECEBE PRIMEIRO PORTA-HELICÓPTEROS DE DESEMBARQUE ANFÍBIO (M1743 - 331PM/2014)

A primeira aterragem dum MRH90 a bordo do HMAS Canberra   Foto: RA Navy
Primeira aterragem dum S-70 Seahawk no HMAS Canberra   Foto: RA Navy

A 28 de novembro de 2014, a Royal Australian Navy comissionou em Sidney o primeiro de dois navios porta-helicópteros de desembarque anfíbio. 
Batizado HMAS Canberra, desloca cerca de 28.000 ton, tem cerca de 202m de comrpmento por 32 de largura. Irá permitir à Marinha Australiana  uma maior projeção de força, bem como prestar maior apoio em caso de catástrofes humanitárias, tanto dentro como fora de fronteiras.
O navio, 85% construído nos estaleiros Navantia em Ferrol, Espanha, tem como base o LHD (Landing Helicopter Dock) Juan Carlos I da Armada Espanhola. Após o transporte para a Austrália em 2012, os restantes trabalhos foram completados pela BAE Systems. 

A partida dos estaleiros em Ferrol

Apesar de oficialmente designado como um porta-helicopteros, a classe HMAS Canberra pode também operar caças de descolagem curta e aterragem vertical como o Harrier ou o F-35B. Permite ainda lançar operações anfíbias, através da doca para lanchas de desembarque e hovercrafts no centro do navio. Representa o regresso da Austrália à operação de porta-aviões/helicópteros, após a retirada de serviço do HMAS Melbourne em 1982



A próxima fase serão agora os testes de mar, durante os quais serão afinados e consolidados procedimentos, antes da entrada ao serviço operacional do novo vaso de guerra. Operará para já heicópteros Chinook, Seahawk, Blackhawk, Tiger e MRH90, estando em avaliação a possível aquisição do polémico caça STOVL F-35B.

O segundo navio da mesma classe, o HMAS Adelaide está também já em avançada fase de construção e espera-se que seja comissionado já entre 2015 e 2016.

Vídeo:


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

USS AMERICA: UM NAVIO COM CRISE DE IDENTIDADE (M1720 - 312PM/2014)

O USS America durante a viagem inaugural     Foto: Ryan Riley/US Navy

No passado mês de outubro, a US Navy preparou uma cerimonia com pompa e circunstância em São Francisco para apresentar o USS America (LHA-6), o quarto navio batizado com esse nome e o primeiro de uma nova classe de navios de assalto anfíbio, que no caso acaba por se assemelhar mais a um porta-aviões.
E apesar da viagem inaugural desde o Luisiana até San Diego ter corrido bem, a classe America continua a ser um programa controverso da Defesa dos EUA, ou não estivesse diretamente ligado a outros dois dos programas mais controversos de todos os tempos: o V-22 Osprey e o F-35 Lightning II.

A classe America, apesar de baseada no último navio da classe Wasp, o USS Makin Island (LHD-8), embora deslocando ligeiramente mais peso, é substancialmente diferente dele, tal como da maior parte dos navios de ataque anfíbio de convés largo das ultimas décadas. 
Enquanto os mais recentes navios do tipo, como a classe Wasp e Tarawa têm tanto de docas flutuantes como de porta-aviões, estando construídos em redor de um hangar massivo que dá acesso também à doca interior, a partir de onde todos os equipamentos, desde pequenas embarcações aos hovercrafts gigantes, operam. A novel classe America foi projectada sem esta característica marcante, estando mais focada nas operações aéreas, especificamente com o F-35B Lightning II e o MV-22B Osprey.

Os especialista têm por isso argumentado, que esta reorientação faz da classe America mais um porta-aviões do que um navio multifunções. Não há dúvida que a ausência da doca central retira muito da capacidade multifunções das classes anteriores, mas a verdade é que o mundo também mudou. Em vez de ser um “canivete suíço” nas operações expedicionárias, o USS America parece centrar as suas funções em lançar ataques dentro de território hostil, através das capacidades verticais dos MV-22 e dos F-35B.  

MV-22 Osprey aterram no USS America       Foto: Huey D. Younger Jr./US Navy

Apesar da classe Wasp poder operar estas duas aeronaves, na classe America a capacidade de ataque anfíbio foi abandonada em detrimento de poder carregar mais aeronaves, munições e combustível. No entanto, esta capacidade parece estar comprometida por um erro de conceção de base que impede a dissipação do calor causado pelas aeronaves, o que poderá ter interferência na taxa de operações que terá capacidade de suportar. O que pode tornar-se inaceitável, dado que o navio ficou diminuído nas suas funções anfíbias, para potenciar as operações aéreas, que por sua vez estão limitadas por um projeto deficiente.
Ao que se sabe o próximo navio da classe America, o USS Tripoli terá já um convés modificado, capaz de tirar partido das capacidades aéreas aumentadas a que se propõe o conceito. O que ironicamente irá comprovar que o USS America é um projeto de mais de 4000M USD, contraditório com os seus próprios objectivos e limitado desde o dia em que foi comissionado.

Velado no meio de todas estas contradições, pode também estar o objetivo  da US Navy passar a utilizar porta-aviões de tamanho médio, quando os super dispendiosos super porta-aviões não sejam absolutamente necessários. Uma possibilidade que só agora se torna de facto efetiva com a operação do mais de uma vintena de F-35, uma aeronave que também ultrapassou as limitações do Harrier.

Será sinal de que a falada redução no número de grupos de porta-aviões nucleares da US Navy pode ser mesmo para seguir em frente? 
Sinais dos tempos.

Fonte: Foxtrot Alpha
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

US MARINES ANTECIPAM RETIRADA DO HARRIER (M1717 - 309PM/2014)

AV-8B Harrier II      Foto: Michael Schwartz/US Navy

O Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA (US Marines) antecipou a retirada de serviço dos Boeing AV-8B Harrier II em cinco anos, tendo agora como horizonte o ano de 2025, para o phase out da frota. Em contrapartida, irá prolongar a vida dos seus já idosos F/A-18 Hornet até 2029.
A informação consta do plano de aviação para 2015 dos US Marines.

"O programa de transição para o F-35 mantém-se, os programas de retirada do AV-8B e do F/A-18 é que mudaram" pode ler-se no documento.

Está previsto o F-35B (de descolagem curta e aterragem vertical - STOVL) que irão substutir o Harrier, entrar em uso operacional no verão de 2015. Os Hornet deixarão definitivamente o inventário dos Fuzileiros até 2030, quando os F-35B chegarem às unidades de reserva daquele Corpo da Marinha americana.

As razões são como não podia deixar de ser económicas, esperando o Pentágono poupar cerca de 1000M USD até 2030 com as decisões anunciadas.

A primeira esquadra de Harrier a efetuar a transição para o F-35B será a VMA-211, estando previsto todas as unidades da costa oeste americana realizarem a mesma mudança até 2020. As unidades da costa leste só deverão terminar a transição em 2025. Entretanto, existem planos para modernizar as aeronaves, durante os 11 anos de vida operacional que lhes restam, com um novo dispensador de contramedidas ALE-47V2, um alerta de recetor de radar ALR-67 e um novo pod de contramedidas eletrónicas ALQ-164 e sistema de dados link 16. Com o designador Litening de quarta geração terá também novas capacidades de designação de alvos e integração com novas munições.
Há ainda planos para a dapatação para uso de mísseis ar-ar de nova geração como o AIM-120C e D e AIM-9X, com os testes escalonados para 2016.

Os Hornet por sua vez receberão também várias atualizações, quer eletrónicas, quer estruturais, sendo estas últimas destinadas a prolongar a vida útil das aeronaves para além das 8000 horas de voo nalgumas aeronaves e as 10.000 horas de voo noutras.
Tal como nos Harrier, os míssesi ar-ar AIM-120C e D e o AIM-9X são armas a incluir na panóplia disponível, além de armas ar-superfície de nova geração.

Os US Marines prevêem adquirir um total de 353 F-35B e 67 F-35C, para substituir a atual frota de Harrier, Hornet e EA-6B Prowler. As aeronaves serão a distribuir por nove esquadras com 16 F-35B, cinco esquadras com 10 F-35B e quatro esquadras a operar em porta-aviões convencionais com 10 F-35C. Duas unidades de treino utilizarão 25 F-35B cada.


Fonte: USNI News
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

sexta-feira, 30 de maio de 2014

ESPANHA: HARRIER SIM, F-35B NÃO (M1603 - 178PM/2014)

EAV-8B Harrier II

A Espanha terá que alargar os seus planos para apoio à operação da frota AV-8B da Armada, após ter ficado claro que o F-35B não é uma opção sustentável, num país ainda a braços com problemas orçamentais e desemprego ao nível da depressão.
Alegadamente terão licitado na retirada frota britânica de Harrier, que teria proporcionado peças sobressalentes e aeronaves de reserva a um preço bastante acessível. Mas algumas exigências colocadas por Madrid acabariam por levar todos os Harrier usados no Reino Unido a serem vendidos como peças ao corpo de Fuzileiros Navais dos EUA (US Marines). 
A boa notícia para Espanha contudo, é que a extensão da vida útil dos Harrier dos US Marines criou uma cadeia logística de apoio ao modelo a preços bastante aceitáveis, que pode agora ser aproveitada pela Armada Española.

A reunião do Conselho de Ministros a 23 de maio foi crucial, tendo o governo de Madrid decidido gastar 70M EUR ao longo dos próximos dez anos, para ampliar o ciclo de vida do "Matador", como são conhecidos em Espanha os EAV-8B, para atingir o ano de 2025.

A Marinha espanhola teve alegadamente interessem na compra de 15 a 20 unidades F-35B para utilização no navio multi-funções Juan Carlos I, mas os sustos estimados de mais de 100M EUR por cada aeronave, acabariam por adiar tais planos indefinidamente. Os últimos programas plurianuais de Defesa em Espanha previram ainda algumas verbas para aquisição de poucas aeronaves F-35 para treino inicial, mas foram também já removidos devido aos altos custos envolvidos.

Até 2025 a Espanha tem ainda alguns anos para consolidar a recuperação económica, mas se os orçamentos de Defesa não engrossarem, o ESPS Juan Carlos I poderá ficar a operar apenas como porta-helicópteros a partir desse ano.

Fonte: Defense Industry
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

segunda-feira, 17 de março de 2014

EXERCÍCIO SIRIO 2014 - ESPANHA (M1476 - 91PM/2014)

Uma parelha de EF-18 da Ala 12 no campo de tiro de Bardenas
Durante o exercício também foi utilizada a base aérea de Málaga
Configuração de um EF-18 da Ala 46 - Gando
EF-18 da Ala 15 de Saragoça descola com bombas inteligentes
Impacto das bombas no campo de tiro de Bardenas

Com o regresso dos aviões às respetivas unidades na sexta-feira, 14 de março, concluiu-se a última fase do exercício Sirio 2014, organizado pelo Comando Aéreo de Combate do Ejército del Aire espanhol. As 34 aeronaves de combate que durante a semana anterior permaneceram na base aérea de Saragoça para o desenrolar da fase "Tormenta", regressaram às bases de Badajoz, Sevilha, Torrejon e Canárias, além dos Harrier da Armada a Rota.

F-5 da Ala 23 de Badajoz em Bardenas

O exercício Sirio-Tormenta é o mais importante que se realiza anualmente em Espanha e contou com a visita do ministro da Defesa Pedro Morenés ao campo de tiro de Bardenas, acompanhado pelo Chefe de Estado Maior da Defesa e do Chefe de Comando Aéreo.

O ministro da Defesa na visita ao exercício

O ministro da Defesa assistiu a partir de um C295 da Ala 35 ao reabastecimento aéreo de caças F-18, tendo efetuado na mesma aeronave uma aterragem de máximo esforço numa pista não preparada, previamente balizada pelo pessoal da Esquadra de Apoio a Operações Aéreas. Oministro foi depois transportado de helicóptero para o campo de tiro de Bardenas, onde presenciou a fase final do treino de largada de armamento real por parte das unidades participantes.

Um Super Puma da Ala 48 sobre Aragão

Atirador do Super Puma no campo de tiro
Operações com paraquedistas

Na fase Tormenta executaram-se missões ofensivas planeadas e comandadas pelo Comando Aéreo de Combate, estabelecido para este exercício como Comando da Componente Aérea Conjunta (JFAC), em resposta a uma situação de crise. As missões ofensivas, tipo COMAO (Composite Air Operation) com utilização de armamento real ar-solo ficaram restringidas ao cenário do campo de tiro de Bardenas.

Texto e fotos: Ejercito del Aire
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

HARRIER DA ARMADA ESPANHOLA: SEGUE A POLÉMICA (M1381 - 16PM/2014)

AV-8B Harrier da Armada Espanhola

Os cortes no orçamento da Defesa em Espanha estão "a chegar ao osso", segundo palavras de um alto comando militar. Já não se trata apenas de prescindir de material obsoleto que chegou ao fim da sua vida útil, mas também de sistemas plenamente operacionais, mas com custos de manutenção elevados.

O tema de especial polémica em Espanha pelos dias de hoje, é que nalguns desses equipamentos foram despendidas quantias avultadas. Neste caso incluem-se os quatro AV-8B Harrier que a Armada Espanhola decidiu retirar de serviço, tal como Pássaro de Ferro noticiou
Apesar de não terem recebido as modernizações completas que incluíam novo radar, à semelhança das restantes unidades que continuarão em operacional ao serviço da 9ª Esquadrilha, foram ainda assim alvo de um upgrade no valor de 11,5 M EUR, que incluiu  motor e aviónicos.

A decisão de os abater ao serviço foi tomada, uma vez que segundo da Defesa espanhola a sua modernização e manutenção custaria entre 2,5 a 3M EUR, uma verba de que a Armada Espanhola não pode dispor com o atual orçamento. 
As aeronaves foram colocadas à venda, mas não existem até ao momento propostas, em grande parte devido ao Reino Unido que colocou no mercado a "preços de saldo" as unidades que retirou de serviço em 2010.

Fonte: El Pais
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

MARINHA ESPANHOLA RETIRA UM QUARTO DA FROTA HARRIER (M1365 - 02PM/2014)

AV-8B Harrier da Marinha espanhola

Os cortes no orçamento obrigaram a Armada Espanhola a retirar prematuramente de serviço o porta-aviões Príncipe das Astúrias, mas também um quarto da frota de aviões Harrier.

Quatro dos 16 Harrier serão por isso abatidos ao serviço, face à falta de fundos para os modernizar e ao seu alto custo de manutenção. Trata-se dos aparelhos mais antigos, os quatro AV-8B Harrier que não tinham sido modernizados para o padrão AV-8B Harrier II Plus, que dispõe d e novo radar, entre outras melhorias. A frota de Harrier - o avião em uso no navio de ataque anfíbio Juan Carlos I - fica por isso reduzida a uma dúzia de unidades (mais um bilugar de treino), cuja via operacional está prevista terminar em 2020. A partir de então, a Espanha terá que encontrar um substituto, se quiser continuar a dispor de aviação de ataque embarcada, coisa que não está por enquanto garantida, uma vez que o único candidato a poder operar nas mesmas condições ao dia de hoje é o F-35B, que custa preços proibitivos.

Também a Força Aérea Espanhola (Ejército del Aire) corre o risco de perder uma das suas capacidades: o reabastecimento estratégico em voo. Um dos Boeing 707 que desempenhava esta função foi retirado de serviço e o outro restante está previsto seguir igual destino dentro de dois anos.

Jà em 2013, a NATO advertiu entre outros países a Espanha, uma vez que os cortes orçamentais têm ameaçado a operacionalidade das suas Forças Armadas, segundo os standards da Aliança Atlântica. O aviso centrou-se principalmente na Força Aérea, em que as 180 horas de voo mínimas estabelecidas para os pilotos não têm estado a ser cumpridas, situando-se antes pelas 100 horas anuais, o que dá umas parcas 8 a 9 horas por mês.

O recurso ao treino em simuladores tem custos inferiores, mas tem também limitações e pode provocar a perda de rotinas de voo, com todos os perigos que isso acarreta.


Fonte: SpanishPeople.com e Confidencial Digital
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


quinta-feira, 2 de maio de 2013

AVIAÇÃO DE MARINHA (M976 - 123PM/2013)

As operações em ambiente marítimo permitem imagens que nenhumas outras proporcionam. Afortunados são os que as podem ver e registar. Da nossa parte agradecemos o obséquio de as partilharem connosco e aqui as publicamos também, porque o que é belo é para ser admirado.
Enjoy!

Foto: Jacquelyn D. Childs/US Navy
Foto: Raul Moreno Jr./US Navy
Foto: James Evans/US Navy
Foto: James Evans/US Navy
Foto: Ignacio D. Perez/US Navy
Foto: Northrop Grumman
Foto: Ignacio D. Perez/US Navy
Foto: James Evans/US Navy
Foto: James Evans/US Navy
Foto: Jonathan Idle/US Navy
Foto: James Evans/US Navy
Foto: Jonathan Idle/US Navy
Foto: Karolina Martinez/US Navy
Foto: Karolina Martinez/US Navy
Foto: Jason T. Poplin/US Navy



domingo, 6 de maio de 2012

DISSIMILAR AIR COMBAT TRAINING - CANÁRIAS (M642-42PM/2012)


O C.16 Typhoon da FA Espanhola

AV-8B Harrier II da Marinha Espanhola

C.15 Hornet da FA Espanhola

 
Dentro do Plano de Treino Avançado das Unidades de Caça do Força Aérea (Ejército del Aire), o Comando Aéreo de Combate (MACON), programou uma campanha de treino de combate aéreo dissimilar (DACT- Dissimilar Air Combat Training), que decorreu durante as duas últimas semanas do mês de Abril do corrente ano, na Base Aérea de Gando, em Las Palmas, Canárias.

Nela participaram C.16 Typhoon da Ala 11, C.15M (F-18M) Hornet das Alas 12 e 15, C.15A (F-18A) da Ala 46,  dois C-101 do GRUEMA (treino avançado de caças de combate), um TK-10 (KC-130) da Ala 31 e um  TK-17 (B-707TT) do Grupo 47 pela Força Aérea Espanhola e AV-8B Harrier II da Marinha Espanhola. A Força Aérea Francesa (Armée del Air) participou ainda com Mirage 2000C do Esquadrão 02/005 “Ile de France, que se deslocaram desde a Base Aérea 115 em Orange.


A comitiva francesa de Ile de France com os seus Mirage 2000C

Intervieram ainda o Grupo de Alerta e Controlo, a Esquadrilha de Controlo Aéreo Operativo de Las Palmas e um avião AWACS E-3A Sentry da NATO, que se encarregou do controlo do espaço aéreo, da coordenação com voos civis e a gestão do combate aéreo nas zonas reservadas. Por último, o Esquadrão 802 proporcionou a cobertura SAR (busca e salvamento), para fazer face a qualquer contingência que pudesse ocorrer.

As operações aéreas tiveram maioritariamente lugar sobre o Oceano Atlântico, a mais de 70 km da costa, numa zona reservada para o efeito. Todos os meios envolvidos operaram a partir da base aérea de Gando na ilha Grande Canária.

A campanha começou com sessões teóricas para tripulações e demais pessoal envolvido, que se desenrolaram durante os primeiros dias, com especial incidência na Segurança em Voo, nos procedimentos de voo locais, nas últimas capacidades incorporadas nos sistemas de armas presentes e nos aspetos táticos das missões.

Este exercício é subsequente ao exclusivamente espanhol de tiro ar-ar, que se desenrolou anteriormente também na Base Aérea de Gando. O objetivo principal desse exercício foi então o treino da difícil arte de utilização do canhão nos dogfights (combate aéreo da curta distância), bem como de mísseis ar-ar de curto alcance, além de proporcionar ao pessoal de terra o treino da manipulação de armamento real em condições próximas de uma situação de conflito real.

Formação four-ship  de EF-18 Hornet localmente designados C.15

Ao planear este tipo de exercícios, com objetivos tão exigentes e que incluem no DACT o lançamento de um número considerável de mísseis ar-ar guiados por infra-vermelhos e radar, bem como ar-superfície e o uso do canhão na sua modalidade de tiro de combate, é necessário antes de mais, identificar uma zona de voo adequada às características do armamento em uso. É fundamental conciliar as zonas de atuação com o tráfego aéreo e marítimo, para que os caças se possam mover livremente e realizar as manobras necessárias, dentro dos parâmetros de segurança exigidos.

Uma novidade introduzida no DACT, foi o novo sistema de alvos aéreos e a utilização de uma inovadora técnica, mais eficiente, de lançar mísseis e disparar o canhão contra alvos aerotransportados que simula melhor as condições reais de operação.

Todo o esforço logístico foi também notável, desde o momento que foi planeado o destacamento das unidades, pessoal e material no continente, até à sua colocação nas Canárias, com meios próprios do transporte tático. O Comando de Mobilidade Aérea foi a entidade encarregue do Plano de Movimentos, para uma ótima gestão de meios de transporte disponíveis. Prova do esforço realizado, foram todos os movimentos realizados de e para a base Aérea de Gando, sobre tudo nos dias de chegada e partida das Unidades.


Os B-707TT e KC-130 cumpriram funções de transporte e reabastecimento em voo

Para o Ejército del Aire o exercício revestiu-se de uma grande importância, uma vez que, além de permitir às tripulações cumprir com os requisitos operativos dos seus diferentes Planos de Treino, possibilitou conhecer, mediante a avaliação de resultados, o grau de disponibilidade operacional de cada uma das unidades participantes.

Vista geral da placa de estacionamento de aeronaves na Base Aérea de Gando - Grande Canária

Texto e Fotos: Alejandro de Prado García

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