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sexta-feira, 11 de junho de 2021

US NAVY RECEBE PRIMEIRO "KOALA" [M2258 - 46/2021]

Primeiro TH-73A da US Navy        Foto: Leonardo
 

A Leonardo entregou ontem 10 de Junho de 2021, o primeiro helicóptero de treino TH-73A à Marinha dos EUA (US Navy), nas instalações do fabricante em Filadélfia, EUA.

O TH-73A é baseado na variante IFR civil do AW119Kx Koala e servirá como Sistema de Treino Avançado para Graduação em Helicópteros, para os atuais e futuros aviadores da Marinha dos EUA (US Navy), Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA (US Marines), Guarda Costeira dos EUA (US Coast Guard) e aliados da NATO.

Durante a cerimónia, que contou com as mais importantes individualidades ligadas ao programa, Alessandro Profumo, CEO da Leonardo referiu que “o evento de hoje é um marco significativo para a Leonardo, marcando o nosso esforço crescente e o compromisso de nos tornarmos não apenas um fornecedor, mas um parceiro e ativo estratégico para os Estados Unidos em diversos setores ” para depois concluir com “Estamos orgulhosos de ser colaboradores nucleares para o futuro da defesa dos EUA". Já Gian PieroCutillo, Diretor Executivo da Leonardo Helicopters, disse “A Marinha dos EUA espera a mais alta qualidade de treino para seus futuros aviadores. (...) Estamos honrados em iniciar a entrega do produto escolhido para essa tarefa crítica. Hoje é apenas o começo de uma jornada que empreendemos para apoiar a Marinha à medida que molda as capacidades das futuras gerações de alunos de aviação".

O TH-73A substituirá a envelhecida frota de TH-57B/C Sea Rangers e servirá como a primeira aeronave de treino para milhares de alunos no base aéreo-naval de Whiting Field em Milton, Florida. Para apoiar esta nova frota, a Leonardo anunciou a construção de um novo centro de apoio de helicópteros abrangendo quase 10.000 m2 quadrados em Whiting Aviation Park, localizado diretamente em frente à pista de Whiting Field, para manutenção contínua e apoio imediato, a partir de Dezembro de 2021.

Segundo a Leonardo, o TH-73A, baseado na variante certificada para Instrument Flight Rules (IFR) do popular AW119Kx Koala comercial, é perfeitamente adequado para voos de treino básico, mas também é capaz de treino avançado. Com um motor Pratt & Whitney PT-6 potente e fiável, sistemas duplos de segurança e hidráulicos, e aviónica digital avançada da Genesys Aerosystems, o TH-73 pode realizar todas as manobras do programa de treino da Marinha dos EUA, permitindo uma transição perfeita das manobras básicas para o treino operacional avançado. O Sistema Avançado de Treino de Helicópteros modernizará a tecnologia de treino da US Navy, levando-a do analógico para o digital, com o objetivo de atender as necessidades de alunos até ao ano de 2050 ou mais além.

O contrato tem um valor total de 648,1M USD, para uma encomenda de 130 aeronaves e o ano horizonte de 2024, tal como noticiámos anteriormente. 

A Força Aérea Portuguesa opera cinco células da variante AW119 MkII Koala desde 2019, tendo recentemente exercido a opção de adquirir mais duas, a receber previsivelmente em 2022.




sexta-feira, 5 de março de 2021

EXERCÍCIO LIGHTNING HANDSHAKE JUNTA US NAVY E MARROCOS [M2231 - 19/2021]

USS Eisenhower sobrevoado por meios aéreos da US Navy e 
 

O Grupo de Combate do porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower (IKE CSG) está a participar no Lightning Handshake, um exercício marítimo bilateral entre os EUA, a Real Marinha Marroquina (RMN) e a Real Força Aérea Marroquina (RMAF) durante a primeira semana de março.

O exercício destina-se a aumentar a interoperabilidade entre as Marinhas dos EUA e as Forças Armadas Marroquinas em várias áreas de guerra, incluindo: guerra de superfície, guerra anti-submarina, guerra aérea, apoio logístico combinado e operações de interdição marítima.

Em nome dos marinheiros atribuídos ao IKE CSG, é uma honra participar neste histórico exercício marítimo bilateral, marcando 200 anos de uma parceria duradoura com o Marrocos ”, disse o contra-almirante Scott Robertson, comandante do Grupo de Combate de Porta-aviões Dois. “Exercícios como o Lighting Handshake aumentam a base de nossa interoperabilidade e o suporte contínuo de nosso compromisso de longo prazo com a segurança na região.

O Lightning Handshake 2021 aumenta a capacidade das forças marítimas dos Estados Unidos e de Marrocos para trabalharem conjuntas e combinadas na resolução de questões de segurança e aumentar a estabilidade na região.


Os navios participantes no Lightning Handshake do IKE CSG, comandado pelo contra-almirante Scott Robertson, incluem o navio-almirante USS Dwight D. Eisenhower (CVN 69). Os navios do Destroyer Squadron 22 incluem os destroyers de mísseis guiados classe Arleigh Burke USS Mitscher (DDG 57) e USS Porter (DDG 78).


As aeronaves que participam do Lightning Handshake incluem as Esquadras da Ala de Porta-aviões (CVW) 3, embarcados no Eisenhower. Compreendem os "Fighting Swordsmen" do Strike Fighter Squadron (VFA) 32, "Gunslingers" do Strike Fighter Squadron (VFA) 105, "Wildcats" do Strike Fighter Squadron (VFA) 131, "Rampagers" do Strike Fighter Squadron (VFA) 83; "Dusty Dogs" do Helicopter Sea Combat Squadron (HSC) 7; "Swamp Foxes" do Esquadrão de Ataque Marítimo de Helicópteros (HSM) 74; "Screwtops" do Esquadrão de Comando e Controle Aerotransportado (VAW) 123; "Zappers" do Electronic Attack Squadron (VAQ) 130 e um destacamento do Fleet Logistics Support Squadron (VRC) 40 "Rawhides.”

F-5 e F-16 marroquinos em formação com F/A-18 Super Hornet da US Navy

Os meios marroquinos que participam do Lightning Handshake incluem: Fragata Tarnk Ben Ziyad da Marinha Real Marroquina (Fragata Classe SIGMA) Centro de Operações Marítimas do QG da Royal Naval (MOC) Centro de Operações Aéreas do QG da Força Aérea Real (AOC), um helicóptero Panther e dois F-16 e F-5.

Exercício similar foi realizado em 2018 com o Grupo de Combate do porta-aviões USS Harry S. Truman (HSTCSG), envolvendo igualmente as Marinhas dos EUA e Marroquina nas seguintes áreas de guerra: comunicação, ligação, guerra anti-submarina, apoio aéreo próximo e apoio de fogo naval de superfície.


Reabastecimento em voo de um F/A-18 da US Navy a um F-5 marroquino


Fotos: James Mullen/US Navy



segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

F-14 AOS 50 [M2212 - 130/2020]

 

A 21 de Dezembro de 1970 voava pela primeira em Calverton, EUA,  o protótipo do caça naval F-14, tornado estrela de Hollywood no filme "Top Gun".

Desenvolvido pela Grumman para substituir o McDonnell Douglas F-4 Phantom II na proteção da frota da US Navy, e depois do falhanço do F-111B, viria a confirmar-se como uma plataforma de superioridade aérea sem paralelo, em grande parte devido ao seu poderoso radar AN/APG-71 aliado à capacidade de fogo proporcionada pelos mísseis AIM-54 Phoenix.

A sua carreira na US Navy terminaria em 2006, com um total de cinco vitórias em combate aéreo, obtidas contra aeronaves líbias e iraquianas em três confrontos distintos.

Contudo, onde viria a ter sucesso substancialmente superior, com um total de vitórias em combate aéreo superior a 130 abates, contra cinco aeronaves perdidas, seria ao serviço do Irão, o único operador externo aos EUA, e por isso também o único lugar no mundo onde ainda é possível vê-los em ação.

São raras fotos tiradas à noite, desses últimos exemplares de operacionais que aqui hoje partilhamos, em jeito de homenagem a um ícone da aviação, que chega ao meio século.





quarta-feira, 27 de maio de 2020

SU-35 RUSSOS INTIMIDAM P-8 DA US NAVY [M2145 - 63/2020]

Su-35 russos sob as asas do P-8 Poseidon da US Navy    Fotos: US Navy  


No final do dia de ontem, 26 de Maio de 2020, e no mesmo dia em que foram reveladas imagens pelo US Africa Command, dando conta da movimentação de caças de origem russa para Líbia, a US Navy mostrou novas fotos e um vídeo, desta vez de uma intercepção por parte de caças Su-35 russos, a um dos seus P-8A Poseidon, em missão sobre o Mediterrâneo.


Imagens que atestam bem a proximidade a que se colocaram os Su-35      Fotos: US Navy

Segundo a US Navy, a sua aeronave, pertencente à 6ª Frota, voando sobre águas internacionais no Mediterrâneo oriental,  foi interceptada "de forma insegura e pouco profissional", tendo-se posicionado  simultâneamente os dois Su-35 a curta distância de cada uma das asas do Poseidon, restringindo por isso a sua capacidade para manobrar em segurança. Esta atitude prosseguiu por 64 minutos.

Apesar de não ser possível afirmar que este episódio esteja directamente relacionado com a revelação das imagens mostrando a mobilização dos caças russos para a Líbia, até porque já durante Abril do corrente ocorreram duas outras situações similares (embora de menor duração e não tão agressivas), a verdade é que os P-8A Poseidon da US Navy são os principais suspeitos da captação das referidas fotos, que denunciam um envolvimento directo de meios do Kremlin, no conflito líbio.

Intercepção de 26/05/2020 - imagens US Navy

Entertanto, os russos, não só não negam o incidente, como revelaram imagens captadas a partir de um dos Su-35:





quinta-feira, 26 de março de 2020

PRIMEIROS CASOS DE COVID-19 A BORDO DE UM PORTA-AVIÕES DA US NAVY [M2110 – 28/2020]

USS Theodore Roosevelt em Guam - imagem de arquivo    (c) US Navy /Anthony J. Rivera

O porta-aviões da Marinha dos EUA (US Navy) USS Theodore Roosevelt está parado na base naval em Guam, no Pacífico, e testará toda a tripulação ao novo coronavírus, uma vez que vários tripulantes contraíram a doença.

Todos os cerca de 5000 tripulantes a bordo serão testados à infecção com COVID-19, a doença causada pelo coronavírus, disse Thomas Modly, Secretário da Marinha.

Três marinheiros acusaram positivo ao teste da doença, no início desta semana. Agora, quase duas dúzias de outros marinheiros no navio têm também COVID-19, informou o Wall Street Journal.

"Encontramos mais casos a bordo do navio", disse Modly a repórteres do Pentágono na quinta-feira 25 de Março de 2020. “Estamos em processo de testar 100% da tripulação do navio, para garantir que podemos conter os contágios que possam ter ocorrido no navio.(...) Mas também quero enfatizar que o navio está operacionalmente capaz e pode cumprir sua missão".

Actualmente, existem cerca de 800 kits de teste COVID-19 no Roosevelt. Modly disse que suprimentos adicionais para testar a restante tripulação, incluindo zaragatoas e outros materiais, estão a ser transportados.

Depois dos testes serem realizados a bordo, serão levados para um laboratório do Departamento de Defesa. O oficial médico do Corpo de Fuzileiros Navais,  contra-almirante James Hancock, disse que os militares estão a trabalhar com parceiros do sector da saúde, para implementar testes em "pontos de atendimento" nos navios. "Mas ainda não chegámos lá", disse Hancock.

Enquanto o navio está em Guam, Modly disse que ninguém a bordo do Roosevelt poderá sair ao cais. Aqueles que já acusaram positivo a COVID-19 e foram levados do navio, estão em quarentena em Guam, acrescentou. Nenhum requer hospitalização: "Os sintomas são muito leves - dores e esse tipo de coisas, dor de garganta", disse Modly.

A Marinha tem 104 casos de COVID-19 entre o pessoal no activo. Isso representa cerca de um terço dos casos detectados em ramos do Departamento de Defesa. "Não tenho uma justificação para isso", disse o secretário interino da Marinha. "Seria especulação da minha parte fornecer uma razão."

Acrescentou que existem funcionários da Marinha espalhados pelo mundo, com altas concentrações de marinheiros em San Diego e Norfolk, Virgínia. "Mas ainda não realizámos a investigação sobre onde esses marinheiros contraíram a doença", disse Modly. "E antes disso, seria irresponsável da minha parte dizer por que achamos que isto está a acontecer."


sábado, 18 de janeiro de 2020

KOALA PARA A US NAVY [M2083 – 01/2020]

O TH-119 apresentado a concurso pela Leonardo       Foto: Leonardo

Menos de um ano depois da recepção dos primeiros AW119 Koala na Força Aérea Portuguesa, a Marinha dos EUA seleccionou  TH-119, para substituir a sua envelhecida frota de Bell TH-57, nas funções de instrução de pilotos para asas rotativas.

Sendo uma das críticas apontadas à escolha do Koala pela FAP, o facto de existirem pouco operadores militares do modelo, esta decisão por parte da US Navy, parece colocar um ponto final nesse argumento.

Anunciado o resultado do concurso na passada segunda-feira 13 de Janeiro de 2020, a proposta da Leonardo situou-se nos 176M USD, tendo superado a concorrência da Bell com o modelo 407 (monomotor) e a Airbus com o H135 (bimotor), além de dois outros concorrentes não revelados, para o fornecimento de 32 helicópteros ligeiros.

O contrato total será contudo no valor de 648,1M USD para 130 helicópteros, em quatro anos, situando-se 265M USD abaixo do valor inicialmente orçamentado para o programa.

O modelo receberá a designação TH-73A na  US Navy e será fabricado nas instalações da Leonardo em Filadélfia (onde aliás as unidades portuguesas também foram), com as entregas do primeiro lote de 32 aeronaves a ficarem completas até Outubro de 2021.

A manutenção será a realizar em Milton, na Flórida, onde a Leonardo se comprometeu a construir infraestruturas com quase 10.000 m2, destinadas a suportar a totalidade dos 130 helicópteros que se estima a US Navy venha a necessitar para as funções de instrução de pilotagem, fornecendo serviços 24 hora por dia, 7 dias por semana, incluindo sobressalentes, processo de garantia e renovação, serviços de técnicos e de engenharia, componentes e reparações das células.

Segundo a US Navy, o Koala adequa-se aos requisitos para o treino avançado de voo em aeronaves de asa rotativa e tiltrotor, para a Marinha, Fuzileiros e Guarda Costeira dos EUA, até 2050.

O TH-119 apresentado a concurso pela Leonardo, é a versão militar do AW119 Koala, que conta cerca de 320 células ao serviço em 40 países por todo o mundo, incluindo Portugal. Está equipado com aviónicos Genesys Aerosystems e um motor Pratt & Whitney PT6B (o mesmo do AW119). Possui ainda um assento adicional ajustável para um observador, que proporciona visão total do cockpit. Tem patins reforçados e possibilidade de reabastecimento "a quente" (sem cortar motor).

O assento de observador, que permite a um aluno adicional observar os procedimentos no cockpit   Foto: Leonardo

A US Navy espera atingir IOC (Capacidade Operacional Inicial) no novo modelo, no último trimestre de 2021, quando terá inicio o primeiro curso de alunos. A retirada dos últimos TH-57 está prevista para 2024, quando a totalidade dos 130 TH-73 já deverão ter sido entregues.






terça-feira, 28 de agosto de 2018

F-35C NO PORTA-AVIÕES DO TOP GUN 2 (M1993 - 53/2018)

F-35C na catapulta do USS Abraham Lincoln a 20 de Agosto de 2018


Poderá ser apenas coincidência, mas a US Navy divulgou hoje uma foto de um F-35C, prestes a ser lançado do porta-aviões USS Abraham Lincoln, onde está a ser gravada a muito aguardada sequela do blockbuster dos anos 80 "Top Gun".

Desde que se começou a falar na produção de um Top Gun 2 que as conjecturas não têm parado, acerca do cenário e os aviões que irão (forçosamente) entrar no "elenco", dado que o icónico F-14 do primeiro filme, já deixaram de voar na US Navy desde 2006.

Os primeiros rumores que circularam em 2012, quando Tom Cruise começou a trabalhar no filme com o realizador Tony Scott, davam conta de um argumento com F-35s, drones e um cenário futurístico, que não entusiasmou por demais os aficionados. O projecto ficaria depois em banho-maria, interrompido pela morte do realizador britânico, tendo chegado a suspeitar-se do cancelamento da nova longa-metragem sobre a aviação naval americana.

A imagem divulgada por Tom Cruise no Twitter a 31 de Maio de 2018

A 31 de Maio passado, o próprio Tom Cruise se encarregaria de divulgar uma foto na sua conta de Twitter, a dar conta do início das filmagens, na qual se pode vislumbrar o próprio, bem como um Super Hornet em fundo. Recomeçaram por isso as especulações sobre qual será a "estrela"- leia-se caça - a protagonizar o Top Gun 2. Mesmo o merchandising que começou a circular poucos meses antes, tinha já uma silhueta de F/A-18 no logótipo da escola "Top Gun", onde antes estava o F-14.

T-shirt vendida nas lojas Primark ostentando a silhueta de um F/A-18

A 22 de Agosto, a US Navy informou que uma equipa de filmagens da Paramount Pictures, se encontrava a bordo do porta-aviões USS Abraham Lincoln. Salvaguardando  que a prioridade é" o combate e o treino para ter forças navais em prontidão", afirmaram o apoio à produção do filme. Não adiantando muitos mais detalhes, a Marinha dos EUA confirmou apenas que pilotos navais iriam participar no filme e que eventuais gastos com filmagens aéreas, que não pudessem ser realizadas como parte de missões de treino, seriam custeados pela produção. Embora na verdade, a US Navy (e até a USAF) tenham muito mais a ganhar com a publicidade que um filme desta envergadura pode aportar no recrutamento de novos pilotos militares, que tanto escasseiam por todo o mundo.

Então, e quando se julgava ser o caça da Boeing o protagonista principal, eis que a US Navy divulga uma foto de um F-35C, a bordo do mesmo porta-aviões em que decorrem as filmagens do Top Gun. Dado que o F-35C ainda nem está operacional na US Navy, não deverá tratar-se de mera coincidência...

O Top Gun 2 tem estreia marcada nos EUA para 12 de Julho de 2019.


quinta-feira, 20 de abril de 2017

THUNDERBIRDS & PATROUILLE DE FRANCE SOBRE O DESERTO (M1891 - 28/2017)

Foto: Christopher Boitz/USAF

Foto: Christopher Boitz/USAF

Foto: Christopher Boitz/USAF

Foto: Christopher Boitz/USAF

Foto: Christopher Boitz/USAF


Ao longo da digressão que a Patrouille de France está a fazer pelos EUA, tem sido possível ver os Alpha Jet da patrulha acrobática da Força Aérea Francesa (Armée del'Air), enquadrados em magníficos cenários, mais normais nos Thunderbirds ou Blue Angels "da casa", como foi a estátua da Liberdade (oferecida pela França) em Nova Iorque ou Washington.

Foto: Olivier Ravenel/Armée de LAir




Esta digressão pelos EUA, está enquadrada no centenário da participação dos EUA na I Guerra Mundial em França. Nesse mesmo âmbito, já no pretérito ano de 2016, um Mirage 2000N tinha sido pintado com as bandeiras e cocardes dos EUA e França, em homenagem à famosa Esquadrilha Lafayette do Armée de l'Air, em que foram integrados os aviadores estadunidenses em 1916.

A parelha Ramex Delta em 2016 quando um dos Mirage 2000N envergou a pintura alusiva à Esquadrilha "Lafayette"


Assim, e após 31 anos desde a última presença da patrulha francesa no Novo Continente, o Armée de l'Air fez deslocar aos EUA, dez Alpha Jet, um A400M, 70 elementos (entre pilotos, mecânicos e pessoal de apoio) e 25 toneladas de equipamento, para uma dúzia de demonstrações acrobáticas, ao longo de cerca de um mês e meio, desde 17 Março a 6 de Maio.
Nas ligações entre exibições, a patrulha vai sobrevoando locais icónicos, como o Vale do Monumento no Arizona, onde foram registadas estas imagens vídeo:


Mecânico dos Thunderbirds recebe Alpha Jet da Patrouille de France     Foto: USAF

Pilotos da Patrouille de France e Thunderbirds  Foto: USAF

Na passagem por Pensacola, casa dos Blue Angels da US Navy, já tinha sido possível observar as duas mais antigas patrulhas acrobáticas em actividade no mundo, a voar em conjunto, numa rara visão ao por do sol.

Blue Angels e Patrouille de France       Foto: Dominick Cremeans/US Navy


Cientes de que a fasquia tinha sido colocado bastante alta pela patrulha "rival" da Marinha, os Thunderbirds não se ficaram atrás e realizaram uma sessão fotográfica sobre o deserto do Vale da Morte na Califórnia. É caso para dizer que, melhor que uma grande patrulha, só duas patrulhas acrobáticas.

Foto: Christopher Boitz/USAF





quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

SUBMARINOS NO CÉU (M1867 - 04/2017)



As redes sociais têm-se tornado pródigas na disseminação de vídeos com curiosidades, citações de celebridades e pensamentos mais ou menos profundos. Há até quem as acuse de fazer perder ou ganhar candidatos a presidentes. De criar motins e divulgar notícias falsas, depois partilhadas vezes e vezes sem conta, nem verificação dos factos.

A imagem que acima apresentamos, tem por isso conhecido alguma popularidade, ao reunir uma pretensa "curiosidade científica", com uma sabedoria aparentemente insofismável, que se transforma em humor.

A frase, "Há mais aviões nos oceanos que submarinos no céu", não é contudo tão universal como à primeira vista possa parecer. Na verdade, os submarinos também podem voar e disso apresentamos provas nas fotos apensas.

Submarino Avalon a ser carregado num C-5 Galaxy                                      Foto:Everett Miller/USAF

Mesmo tipo de submarino também num C-5 Galaxy

Graças a aviões como o C-5 Galaxy ou o Antonov An-124, há de facto também submarinos no ar.

Estatisticamente, deverá haver realmente mais aviões no mar, que submarinos no ar. Mas não é uma verdade tão absoluta, como levianamente se possa pensar.

É por isso preciso cuidado com o que se vê (lê) na internet.
Foi o nosso pensamento de hoje.

Submarino Mystic num Antonov An-124
De novo o Avalon num C-5 Galaxy

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

SEXTA GERAÇÃO OU O PRINCÍPIO DO FIM DO F-35 (M1799 - 34PM/2015)

Imagem conceptual da Boeing para um caça de 6ª Geração

Não é segredo nenhum que o F-35 é, a par com o programa de defesa mais caro de todos os tempos, quiçá (ou talvez também por isso) um dos mais polémicos.
Por entre dúvidas sobre as suas capacidades para substituir adequadamente as aeronaves a que se propõe, no inventário da Forca Aérea, Marinha e Fuzileiros dos EUA (F-16, A-10, F/A-18, Harrier...), estão também inúmeros problemas técnicos, atrasos no programa e deslizes orçamentais.

Por entre vozes discordantes dentro e fora dos militares, a posição oficial tem sido a de que “o F-35 será a espinha dorsal das forças americanas”, e vários sistemas de armas foram até colocados como sacrificáveis, de modo a disponibilizar verbas para o F-35.

As entrevistas e informações oficiais divulgadas, de quem com o JSF tem vindo a operar, invariavelmente falam maravilhas do novo caça. Nas últimas semanas contudo, embora de um modo velado, foi possível observar-se uma inflexão na relação oficial com o  F-35. O maior sinal terá sido porventura o anúncio do início de desenvolvimento da 6ª Geração de caças para os EUA, alegadamente para “aproveitar a capacidade técnica acumulada” com o desenvolvimento da 5ª Geração. 

Levantando o véu sobre os objectivos para esta nova geração de caças, verifica-se que pouco tem a ver com a predecessora. Segundo o Chefe de Operações Navais da US Navy, Alm. Johnathan Greenert, o novo caça pode nem sequer ser stealth, nem especialmente rápido. É que por um lado, os avanços tecnológicos em curso podem tornar a tecnologia stealth obsoleta (IRST, radares passivos ligados em rede, etc), o que deita imediatamente por terra a “superioridade” de qualquer caça stealth. Mais ainda: sem a tecnologia stealth ficam a nu as insuficiências destes relativamente a caças convencionais, fruto das limitações impostas pela tecnologia stealth. E a China até já afirma conseguir detectar aeronaves stealth a distâncias  de 240 a 360 milhas (entre 400 a 575 km), o que significa duas a três vezes o alcance do míssil AIM-120 que o F-35 pode transportar. Apesar desta ser uma afirmação ainda por comprovar, a teoria que a sustenta é conhecida e facilmente compreensível: processando vários sinais provenientes de frequências rádio e a sua duração, de comunicações tácticas, equipamento de medição de distância, radar e sistema de identificação amigo/inimigo (IFF), para além da fonte de calor que continuarão a ser sempre os motores, ou até mesmo as perturbações aerodinâmicas causadas pela passagem de um aeronave na atmosfera, é possível detectar uma aeronave furtiva.

Por outro, os custos de desenvolvimento das aeronaves stealth, acabaram por levar ao paradoxo de os tornar “bons de mais” para por vezes serem usados na linha da frente, devido ao receio de perder aeronaves sobre território inimigo. Devido aos riscos que isso implica em termos do enorme custo das aeronaves em si, ou de permitir o acesso a essa tecnologia pelo inimigo (como já aconteceu na Sérvia e no Irão por exemplo). 

Por outro ainda, as limitações de venda de tecnologia de ponta a aliados, acabam por tornar os programas de desenvolvimento mais caros. O F-22 por exemplo não obteve permissão de exportação, apesar do interesse de vários aliados. O B-2 não está sequer estacionado permanentemente em qualquer base fora dos EUA, devido ao receio de fugas de informação na sua tecnologia.

O programa de caça de 6ª Geração, baptizado F-X (USAF) ou F/A-XX (US Navy), pode ainda assim incorporar novas armas entretanto em promissor desenvolvimento, como o laser (ou “energia dirigida” como é designado), ou outras que consigam suprimir as defesas inimigas sem colocar em risco a aeronave, colocando por isso a ênfase em destruir as capacidades inimigas e não em tentar esconder a aeronave atacante.O novo caça poderá ainda ser tripulado ou não, mas as capacidades de comunicação em rede serão certamente um dos pontos fortes do projecto.

A velocidade não será também um dos principais quesitos do novo caça, mais ou menos pelas mesmas razões do stealth. O novo conceito aponta em não desperdiçar recursos para tentar contrariar o inevitável. E ser suficientemente rápido para fugir a mísseis capazes de atingir Mach 4,5 entra decididamente no critério.

Mais sinais de que o F-35 poderá passar ao lado da carreira que para ele se pretendia, são igualmente a possibilidade de criar uma nova aeronave para substituir especificamente o A-10 nas funções de Apoio Aéreo Próximo, tal como anunciado este mês pelo Gen. Hawk Carlisle, Chefe do Comando de Combate Aéreo, com uma cimeira a decorrer já em Março de 2015, com representantes dos diversos ramos das FAs americanas, no intuito de definir opções para esta missão, em que o F-35 tem sido especialmente apontado como inadequado.

Já do lado da US Navy, a desconfiança relativamente ao F-35 mantém-se para substituir os F/A-18, apesar dos irrepreensíveis testes de mar realizados no final de 2014. Uma prova disso são as baixas encomendas que a Marinha mantém do JSF (apenas 9 unidades actualmente em serviço e encomendas de somente 2 para 2015 e  4 para 2016), deixam perceber o pouco entusiasmo no JSF, por contraste com a agora aberta possibilidade de “saltar” o F-35 como “faz-tudo” da aviação embarcada,  e passar directamente do Super Hornet ao F/A-XX.

Contudo, é ainda naturalmente cedo, para saber se a carreira do F-35 poderá vir a ser considerada bem-sucedida ou não. Programas anteriores com inícios difíceis (F-14, F-16), acabaram por ter desfechos felizes, mas o contrário é igualmente  verdade ou mais ainda (F-111, F-4, ...). O que a história não deixa de ensinar no entanto, é que sempre que se pretende que uma aeronave seja boa em tudo, acaba por não ser a melhor em nada. E embora oficialmente o F-35 não esteja para já a ser enjeitado pelos principais operadores, provavelmente devido aos principais aspectos económicos para todas as partes envolvidas (fabricantes, investidores, governos, operadores, ...) os sinais de alarme vão-se sucedendo. 

No mínimo, pode afirmar-se que a carreira do F-35 tem um grande ponto de interrogação perfeitamente visível, rodeado de muitas reticências.



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