quarta-feira, 4 de junho de 2025

FABRICANTE DE F-35 ASSINA ACORDO PARA FORNECEDORES PORTUGUESES

Lockheed Martin F-35A Lightning II

A Lockheed Martin - fabricante do F-35 - assinou um memorando de entendimento com o AED Cluster Portugal para envolver empresas portuguesas na produção, investigação, manutenção e formação relacionadas com o F-35, caso Portugal avance com a compra do caça de 5ª geração. 

O acordo foi anunciado ontem 3 de junho de 2025, à margem da 12.ª edição do AED Days, em Oeiras.

Primeiro dia do AED Days em Oeiras       Foto via Embaixada dos EUA

Segundo JR McDonald, vice-presidente da Lockheed Martin para o programa F-35, a ideia é que o avião venha a incorporar capacidades fornecidas pela indústria portuguesa, aumentando o valor do projeto na Europa, que já produz cerca de 25% dos componentes do modelo.

"A Lockheed Martin está empenhada na construção de parcerias fortes com a indústria dos países que operam ou estão a considerar a aquisição do F-35. Este memorando de entendimento com o AED Cluster Portugal representa um passo importante para aprofundar a forma como as empresas portuguesas podem beneficiar das oportunidades económicas de todo o portfólio da Lockheed Martin" completou.

Representantes da Lockheed Martin e AED Cluster na assinatura do Memorando de Entendimento  Foto via Embaixada dos EUA em Portugal

O objetivo é integrar a indústria nacional num projeto de alta tecnologia e potenciar o retorno económico, indo ao encontro do que afirmou o ministro da Defesa recentemente, referindo-se aos programas de reequipamento das Forças Armadas.

Diga-se a propósito, que Portugal e a Lockheed Martin têm já um longo historial de cooperação em programas anteriores, alguns dos quais se mantêm até aos dias de hoje, como o F-16, P-3 e o C-130.

Apesar de inicialmente o Chefe de Estado Maior da Força Aérea  ter revelado o interesse em adquirir 27 F-35, com um custo estimado de 5500M EUR a 20 anos, a posição da nova administração Trump em relação à NATO e tradicionais aliados, levantaram dúvidas quanto à previsibilidade e fiabilidade do parceiro americano. O ministro da Defesa, Nuno Melo, afirmou então que Portugal deveria considerar outras opções, sobretudo de origem europeia, e destacou a importância do retorno para a indústria nacional como critério decisivo.

A francesa Dassault e a sueca Saab manifestaram então interesse em realizar propostas com vista a fornecer Rafale ou Gripen, respetivamente, para substituir a frota F-16, já há 30 anos em operação pela Força Aérea Portuguesa.

A preferência da Força Aérea pelo F-35 manteve-se no entanto, uma vez que nenhum caça europeu da atualidade proporciona as capacidades que o F-35 possui.

O acordo ora celebrado com a Lockheed Martin, demonstra que a empresa está sensível às condições portuguesas, para conseguir levar o negócio a bom porto.



2 Comentários:

Anónimo disse...

Ora nem mais!,, Grande jogada de Nuno Melo (MDN) em nuitos anos um verdadeiro ministro da defesa os dos governos anteriores nem comento porque a ideia era acabar com as Forcas Armadas e transformalas numa Protecao cicil musclada !!,,,, era a lenga lenga dos povos unidos e paz celestial para sempre!,, de facto a realidade e bem diferente e nao e que afinal as nossas Forcas Armadas ate fazem muita falta , mas no entanto estiveram a beira da extincao

Anónimo disse...

realmente, as afirmações do sr. MDN parecem ser uma jogada "à la Trump" eh eh eh...

ARTIGOS MAIS VISUALIZADOS

CRÉDITOS

Os textos publicados no Pássaro de Ferro são da autoria e responsabilidade dos seus autores/colaboradores, salvo indicação em contrário.
Só poderão ser usados mediante autorização expressa dos autores e/ou dos administradores.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Laundry Detergent Coupons
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...>