quinta-feira, 28 de maio de 2020

FORÇA DE REAÇÃO RÁPIDA PORTUGUESA EM COMBATES NA RCA [M2146 - 64/2020]

Parquedistsas portugueses a bordo do helicóptero durante as operações       Imagem: EMGFA


A companhia portuguesa, que compõe a Força de Reação Rápida (Quick Reaction Force – QRF) da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA), no cumprimento de ordens emanadas pelo Comando daquela operação de “capacetes azuis”, foi projetada, no início deste mês, para participar numa operação na região de Ndélé, localizada 650 km a Nordeste da capital Bangui.

A missão prioritária da Força Portuguesa é a proteção da população civil local, através da dissuasão e restrição de movimentos de elementos afetos aos grupos armados e contribuir para a melhoria da situação de segurança na região de Ndélé. Esta operação da MINUSCA surge após o confronto entre elementos de grupos armados de duas etnias (Goula e Rounga), no passado dia 29 de abril, que resultou na morte de 30 pessoas (entre as quais 21 civis), 50 feridos e mais de 8000 deslocados.

No dia 17 de maio, durante a execução de uma operação de patrulhamento, a Este de Ndélé, na povoação de Ohui, foi observada pelos meios aéreos (helicóptero da MINUSCA e veículos aéreos não tripulados do Exército Português), a movimentação precipitada de elementos que indiciavam pertencer a grupos armados.

Na continuação da patrulha, ao passar na povoação de Aliou, localizada cerca de 20 km a Nordeste de Ndélé, os militares que se deslocavam nas nossas viaturas avistaram vários elementos armados. Em simultâneo, os paraquedistas portugueses, embarcados no helicóptero que se encontrava em apoio à operação, reportaram a presença de elementos armados com Lança Granadas Foguetes (RPG) e metralhadoras ligeiras, com movimentos que foram avaliados como uma ameaça iminente e potencialmente letal para a Força Portuguesa.

Este facto levou os Paraquedistas Portugueses a reagir, em consonância com os procedimentos operacionais em vigor, disparando com as armas das viaturas, em estreita coordenação com o helicóptero que se mantinha em apoio aéreo. Desta ação de combate não resultaram feridos nem danos materiais na Força Portuguesa.

No evoluir da operação, a Força deslocou-se ao local onde tinha sido identificada a presença de elementos armados com RPG e metralhadoras ligeiras, tendo sido avistada uma pequena habitação a arder. Após desembarcar das viaturas, os Paraquedistas Portugueses foram verificar o que se passava junto às habitações, com a finalidade de garantir que o local se encontrava seguro e que não havia a presença de elementos armados.

Nos trabalhos subsequentes de recolha de indícios, verificou-se que a aldeia estava vazia, tendo os elementos dos grupos armados fugido à aproximação dos militares portugueses.

A Força continuou a sua missão, tendo regressado à base da MINUSCA em Ndélé, sem registo de mais nenhum incidente.

Esta é a 7ª Força Nacional Destacada neste teatro de operações, sendo o atual contingente composto por 180 militares, maioritariamente tropas especiais Paraquedistas do Exército Português, integrando ainda militares de outras unidades do Exército e Controladores Aéreos Avançados da Força Aérea.

Imagens: EMGFA

Fonte: Estado Maior General das Forças Armadas

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