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quinta-feira, 13 de março de 2025

F-35 POR UM CANUDO [M2594 - 18/2025 ]

F-35A da Real Força Aérea Norueguesa
 

O (ainda) ministro da Defesa, Nuno Melo, disse em entrevista ao Público e Rádio Renascença, que a substituição dos F-16 terá que ser ponderada à luz da nova "envolvente geopolítica", nomeadamente a posição dos EUA no contexto NATO e no atual plano geoestratégico internacional.

Acrescentou ainda, quando confrontado com a pergunta se aprovará a compra de F-35, caso seja reconduzido como ministro da Defesa, num hipotético novo Governo da AD, que há várias opções a ser consideradas, principalmente dentro da produção europeia.

Ora, considerar a compra de outra aeronave que não seja o F-35, vai contra o ensejo já assumido por parte da Força Aérea Portuguesa (FAP), que elegeu o caça fabricado pela americana Lockheed Martin, como o substituto ideal para o F-16 e para manter as capacidades de combate aéreo da FAP na linha da frente mundial, e a par com os nossos aliados mais próximos na Europa que anteriormente utilizaram o F-16.

Embora as preocupações, e até desconforto revelados por vários utilizadores do F-35 sejam legítimas, muito devido às tomadas de posição da administração Trump em relação à NATO e a tradicionais aliados, no caso português a situação merece algumas considerações adicionais.

Em primeiro lugar, porque Portugal ainda não está comprometido com o programa F-35, o que impõe por si só um horizonte de pelo menos cinco anos, até receber a primeira aeronave, altura em que já não estará em funções o atual presidente dos EUA. 

Em segundo lugar, embarcar em qualquer outra solução que não seja o F-35 atualmente, representa investimentos da mesma ordem de grandeza, para no final ficar com uma aeronave ao nível do que é possível conseguir, apenas modernizando a atual frota F-16 ao padrão V. O F-16 no entanto, é também de origem americana, pelo que uma modernização profunda terá que passar obrigatoriamente por material da mesma procedência.

Por outro lado, optar por aderir a um programa de desenvolvimento de um novo caça europeu, como o Global Combat Air Programme  (que engloba para já Reino Unido, Itália e Japão), aporta imensos riscos, tanto do ponto de vista financeiro, como de prazos e até sustentação a longo prazo, se tivermos em conta os problemas que programas similares têm enfrentado (Eurofighter, A400, NH90...).

A verdade é que alternativas viáveis ao F-35, pura e simplesmente não existem ao dia de hoje. Qualquer escolha que seja feita, que não seja o F-35, vai ter consequências ao nível da capacidade de combate da Força Aérea para as próximas décadas. Seja por operar com uma aeronave inferior, ou seja por ter de aguardar muito mais tempo para ter uma ao mesmo nível. 

Podemos ainda admitir que a tomada de posição do atual ministro da Defesa não passe apenas de um jogo diplomático, para pressionar os americanos e tentar tirar dividendos num futuro negócio com o F-35, seja lá quando isso venha a acontecer. A pressa com que foi assumida no entanto, sugere que a atual resistência a comprar material americano, não é mais do que um álibi fácil que caiu no colo dos governantes lusos, para justificar o adiamento (ou cancelamento) de um programa dispendioso, numa altura em que se fala em rever a Lei de Programação Militar, de acordo com as novas exigências internacionais.

Contudo, e sabendo como funciona o nosso país  (ie: só se faz alguma coisa de vulto quando vem dinheiro de Bruxelas), o mais provável é que se esteja a empurrar o problema com a barriga, para ser resolvido com recurso aos fundos do anunciado programa de rearmamento da Europa. Que virá naturalmente com uma exigência de "Made in EU", o que nos remete para as considerações já tecidas acima.

Seja qual for o caso, o futuro próximo não se avizinha brilhante para a aviação de caça portuguesa, que se arrisca a desbaratar as capacidades e know how adquiridos ao longo das últimas décadas com muito esforço, que colocaram a FAP ao nível das melhores do mundo, mas que com o passar dos dias (meses, anos) vão enfraquecendo.

Nota final/Adenda 15h10 13/03/2025

Ao contrário de alguns mitos que se foram perpetuando, o F-35A tem atualmente um custo de aquisição inferior ao do Rafale ou Eurofighter Typhoon, com custos de sustentação similares aos destes, mas sendo um caça de geração seguinte, com capacidades inigualáveis pela geração anterior. Já o Gripen E, além de mais caro que um F-16V, apresenta ainda imensas debilidades operacionais, bem como sistemas americanos, pelo que não se constitui como uma alternativa ao F-16 em nenhum aspeto.



quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

USAF DESTACA F-35 NO LESTE DA EUROPA [M2295 - 12/2022]

F-35A Lightning II à aterragem na Base Aérea 86 em Fetesti, Roménia    Foto: Ali Stewart/USAF
Seis caças F-35A Lightning II da USAF foram destacados hoje 24 de Fevereiro de 2022 nas regiões do mar Báltico e mar Negro, em apoio à defesa colectiva da Aliança Atlântica. A informação foi avançada pela NATO em comunicado, no qual refere ainda que os caças de 5ª Geração ficarão a "apoiar a missão de Policiamento Aéreo aumentado, por um período de tempo a partir das bases avançadas de Amari, na Estónia, Siauliai na Lituânia e Fetesti na Roménia".

Em primeiro plano os F-16 MLU da FA Romena, comprados a Portugal, baseados em Fetesti, onde aterram os F-35 da USAF           Foto: Ali Stewart/USAF

 

F-35 na base de Amari, Estónia                   Foto: FA Estónia

Estamos perante um ambiente dinâmico e o envio de F-35 para o flanco leste da NATO melhora a nossa postura defensiva e amplifica a interoperabilidade da Aliança”, disse o general Jeff Harrigian, comandante da USAFE-AFAFRICA

Os F-35 à saída de Hill, Uta, EUA, no dia 15 de Fevereiro de 2022 então com destino a Spangdahlem na Alemanha    Foto: Kip Sumner/USAF

Estes F-35 pertencem ao 34th FS de Hill, Uta, EUA, e estavam já destacados na base de Spangdahlem, na Alemanha, desde 16 de Fevereiro.





quinta-feira, 26 de março de 2020

F/A-18 E EUROFIGHTER PARA SUBSTITUIR TORNADO NA LUFTWAFFE [M2111 – 29/2020]

Boeing F/A-18F Super Hornet

Já não é uma novidade: os envelhecidos caças-bombardeiros Tornado da Força Aérea Alémã devem ser substituídos por uma mistura de Eurofighters Typhoon de produção europeia e duas versões dos americanos F/A-18. Diz-se existir já acordo entre o Ministério da Defesa, o Parlamento e a indústria, mas a ministra da Defesa Annegret Kramp-Karrenbauer ainda não tomou uma decisão.

Actualmente, a Luftwaffe possui um total de 234 aviões de combate, incluindo 141 Typhoon de fabrico europeu e 93 caças-bombardeiros Tornado. Este último modelo, no activo há quase 40 anos, destina-se às missões de ataque ao solo, reconhecimento aéreo táctico e guerra electrónica - e à dissuasão nuclear. 83 aeronaves estão operacionais e mais dez são usadas para treino em terra e testes. A Alemanha é um dos últimos utilizadores deste tipo de aeronave, cujos custos de operação são cada vez maiores, uma vez que as peças sobressalentes necessitam de fabrico dedicado.

Panavia Tornado da Luftwaffe

Uma longa luta tem vindo a ser travada na decisão do seu sucessor, que envolve uma verba superior a 10.000M EUR, ao longo dos próximos anos. O plano agora em negociação visa conciliar os requisitos da política de segurança com a política industrial, o que, entre outras coisas, envolve fortes interesses da Baviera. A divisão de armamentos da Airbus tem a sede na Baviera, sendo os Eurofighters montados em Manching.

O projecto também é politicamente difícil por causa do "papel especial" do Tornado: o conceito de dissuasão nuclear da NATO prevê que os aliados tenham acesso a armas nucleares dos EUA em caso de guerra e, portanto, devem ter aeronaves capazes de carregar armamento nuclear. Oficialmente nunca confirmado, mas uma espécie de segredo aberto: 20 bombas termonucleares de lançamento por gravidade B61 das forças armadas dos EUA estão armazenadas em Büchel, Eifel.

Para substituir o Tornado, a planificação militar menciona recentemente a necessidade de garantir os requisitos operacionais com duas aeronaves diferentes. As estratégias falam de um conceito de duas frotas. A solução finalmente encontrada deverá ser a seguinte:

Cerca de 30 F/A-18 na versão "Super Hornet" devem ser adquiridos para o transporte de armas nucleares, uma vez que o modelo é de certificação mais fácil do que o Eurofighter Typhoon. Para o combate electrónico também serão adquiridos 15 EA-18G Growler.

Boeing EA-18G Growler

Os novos Typhoon assumirão as restantes tarefas da frota Tornado: reconhecimento aéreo e ataque ao solo com armamento convencional. O número relativamente alto de pelo menos 78 Eurofighter Typhoon - e possivelmente até 90 - deve-se ao facto de servirem também como substitutos dos Typhoon mais antigos de Tranche 1, em uso na Luftwaffe. O plano visa proteger os interesses da indústria de defesa europeia e  a joint venture com a França, para a produção de uma nova plataforma de combate aéreo (FCAS), que deverá estar disponível a partir de 2040. Esta terá mesmo sido a razão pela qual o F-35, inicialmente preferido pelos militares alemães, terá sido liminarmente posto de parte.

Eurofighter Typhoon

Um porta-voz do Ministério da Defesa enfatizou que a ministra ainda não tomou uma decisão. e Kramp-Karrenbauer havia anunciado anteriormente que esta deveria ser tomada até ao final do primeiro trimestre de 2020, ou seja, até o final de Março. No entanto, este tema, tal como muitos outros, foi colocado em segundo plano pela actual pandemia de coronavírus, pelo que ainda não é claro quando tudo ficará definitivamente definido.


segunda-feira, 30 de outubro de 2017

ESPANHA ESCOLHE ENTRE TYPHOON, F-35 E SUPER HORNET PARA SUBSTITUIR EF-18 (M1933 - 70/2017)

EF-18 Hornet do Ejército del Aire espanhol

A informação foi avançada durante a cerimónia de encerramento do seminário "O poder aeroespacial a curto e médio prazo: o caminho a seguir" da Força Aérea Espanhola.
O Ejército del Aire terá solicitado, como é designada a Arma Aérea Espanhola, terá enviado um RFI (Request For Information) à Eurofighter (consórcio fabricante do Ef-2000 Typhoon), Boeing (fabricante do F/A-18 Super Hornet) e Lockheed Martin (F-35).

A intenção será encontrar um substituto para os EF-18 Hornet da Ala 46, baseada em Gando, Canárias, os mais próximos do limite de vida  útil das células.
Ao contrário da primeira encomenda de F/A-18, adquiridos novos pela Espanha durante os anos oitenta, os 21 EF-18 actualmente atribuidos a Esquadra 462 da Ala 46, foram adquiridos em segunda mão na segunda metade dos anos 90, provenientes de excedentes da Marinha dos EUA. Apesar de modernizados em equipamentos e compatiblidades de armamento, não receberam reforços estruturais, sendo por isso a vida útil das células, de 6000 horas de voo.

Dentre os três modelos em analise, o EF-2000 Typhoon já se encontra em serviço no Ejército del Aire, tendo o número total de unidades encomendadas, sido reduzido das 87 para 73 durante os últimso anos, devido aos cortes orçamentais durante a crise económica que acarretou também o adiamento das últimas células entregues. Afigura-se por isso como o mais sério candidato a substituir os envelhecidos Hornet, até porque a fábrica da Airbus de Getafe seria uma das beneficiárias de uma nova encomenda.

Já o F-35 é o único caça de 5ª Geração do trio consultado e tem vindo a ganhar adeptos para uma compra conjunta com a Armada Espanhola, dado que o modelo F-35B é igualmente o único caça em fabrico actualmente com capacidade de aterragem curta/descolagem vertical (STOVL), capaz de substituir os AV-8B Harrier II (igualmente STOVL) embarcados no porta-aviões Juan Carlos I.

O F/A-18 Super Hornet aparenta ser o elo mais fraco do grupo, embora possa ser uma opção de continuidade com o actual modelo EF-18 Hornet ao serviço da Ala 46, e numa perspectiva de ser uma solução de transição para o programa FCAS (Futuro Sistema Aéreo de Combate) a desenvolver em consórcio com França e Alemanha, que deverá incluir aeronaves de combate não-tripuladas (UCAV) em conjunto com um novo caça tripulado.

Não foram divulgados prazos para eventuais propostas ou desenvolvimento do processo.



sábado, 15 de abril de 2017

F-16 NUCLEAR (M1890 - 27/2017)

A B61-12 a vermelho sob a asa do F-16C da 422th FTE       Foto: Brandi Hansen/USAF

Apesar de ser uma característica pouco conhecida, o F-16 tem de facto armas nucleares na sua panóplia de armamento.
Num momento em que se anuncia nos EUA o programa de extensão de vida do F-16, bem como na possibilidade de substituir a frota de F-15C pelos F-16 modernizados para as funções de superioridade aérea, foi testado também o lançamento da última versão da bomba nuclear de queda livre a B61-12 a partir de um F-16C.

A largada da bomba inerte B61-12, foi realizada no dia 14 de Março de 2017, mas apenas na passada quinta-feira, 13 de Abril foi revelado o teste, que decorreu no Campo de Teste e Treino de Nellis, Nevada.

O teste foi realizado dentro do programa de extensão de vida da bomba B61, que inclui modernizações da parte nuclear e dos componentes não-nucleares. A largada com sucesso a partir de um F-16C da Esquadra 422 de Teste e Avaliação da base aérea de Nellis, permitiu demonstrar tanto a capacidade da plataforma para o lançamento da arma, como testar os componentes não-nucleares da bomba, incluindo o sistema de armamento e controlo de fogo, radar-altímetro, motores foguete anti-rotação e computador de controlo de armas.

O novo modelo B61-12 irá substituir quatro versões diferentes anteriores actualmente no arsenal dos EUA, permitindo uniformizar a produção e a logística deste tipo de arma. A continuidade do modelo assegura a capacidade nuclear estratégica aérea para bombardeiros e aviões multi-role compatíveis da NATO, nomeadamente B-2A, B-21 (futuro), F-15E, F-16C/D, F-16 MLU, F-35 e Tornado.








quarta-feira, 12 de abril de 2017

F-16 SUCEDE AO F-16 (M1888 - 25/2017)

Célula de F-16 em testes de resistência estrutural nas instalações da Lockheed Martin       Foto: LMCO


No mesmo dia em que em Portugal se fala das opções que se colocam à Defesa Nacional, para a substituição do sistema de armas F-16, a Lockheed Martin (fabricante do modelo) divulga em comunicado de imprensa, a intenção da Força Aérea dos EUA (USAF) em ampliar o ciclo de vida da sua frota F-16, das 8000 horas de voo actuais, para as 12.000.

A dar razão ao documento de 2016 da Lei de Programação Militar referido no DN, que aponta a aquisição de caças de 5ª Geração como demasiado onerosa, relativamente ao "potencial de exploração ainda existente [na frota F-16 nacional]", está agora esta decisão da USAF, em ampliar a vida útil da sua frota de cerca de 300 células de F-16 em 50%  da vida útil e até ao ano-horizonte de 2048.

Segundo pode ler-se no comunicado da Lockheed Martin (LMCO), "este feito [extensão de vida das células F-16 em 50%] é o resultado de sete anos de testes, desenvolvimento, projecto, análise e parceria entre a USAF e a Lockheed Martin". Segundo Susan Ouzts, vice-presidente da LMCO para o programa F-16, o Service Life Extention Program (SLEP) no qual são realizados os reforços estruturais, que permitem aumentar as horas de voo das células, em conjunto com os programas de modernização de equipamento electrónico como o F-16V, demonstram que "o [F-16] mantém-se uma opção de 4ª Geração altamente capaz e acessível para a USAF e clientes internacionais", ao mesmo tempo que as frotas de combate vão incorporando o F-35 Lightning II.

Ainda relativamente ao artigo de hoje do DN, na verdade o caso português é distinto dos seus congéneres europeus que operam o F-16A/B MLU. Bélgica, Dinamarca, Noruega e Países Baixos, todos têm frotas bastante mais desgastadas que a nacional, em virtude de terem iniciado a sua operação quase uma década e meia antes. Depois, com excepção da Bélgica (que ainda não se decidiu pelo F-35) estes estão empenhados no desenvolvimento do F-35 desde o início, tendo por isso interesses económicos a acautelar, relativos ao envolvimento da sua indústria no programa. Não é, mais uma vez, o caso português.
Depois, há ainda a incógnita, sobre o "prazo de validade" da supremacia do F-35, sobre a qual falámos no artigo publicado na revista Take-Off Sirius de Fevereiro transacto.

A própria LMCO, que numa primeira fase desinvestiu no F-16, de modo a tornar mais apetecível o F-35, acabou por vir a apresentar novas alternativas para um mercado que, ou não pode, ou não quer comprar o F-35 e onde a concorrência (principalmente o Gripen da Saab, mas também F-18 da Boeing, Rafale da Dassault, Typhoon da Eurofighter) estava a conseguir entrar. Seja através dos kits de modificação F-16V para as células existentes, ou de aeronaves novas no padrão Bloco 70/72, a LMCO promete colocar os sistemas do F-16 totalmente compatíveis com os caças de 5ª Geração e com radar ao mesmo nível.
Apenas a furtividade (stealth) fica de fora. O que a médio prazo poderá até ser irrelevante, se alguns avanços na tecnologia anti-stealth se concretizarem.

Por tudo isto e algo mais, é extremamente provável que o sucessor do F-16 em Portugal seja.... o F-16.


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

GRÉCIA: F-35 E MODERNIZAÇÃO DE F-16 (M1872 - 09/2017)

Lockheed Martin F-35A Lightning II


O Ministério da Defesa grego revelou na passada terça-feira pretender modernizar a frota de F-16 em uso na Força Aérea Helénica, para o padrão V, equivalente ao Bloco 60/62.
De igual modo, irá informar o Governo dos EUA da intenção de aquisição de pelo menos uma Esquadra de caças F-35 de 5ª Geração. No mesmo comunicado, consta ainda o pedido de orçamento para a manutenção do sistema de mísseis anti-aéreos S300 de fabrico russo, em uso no país.

A decisão do Ministro da Defesa Panos Kammenos, foi tomada no seguimento de recomendações das chefias militares. O facto da Turquia, país com o qual a Grécia mantém relações tensas e disputas territoriais, fazer parte integrante do Programa F-35 vem criando preocupações nas fileiras helénicas. A intenção por detrás das medidas agora anunciadas, será por isso manter o equilíbrio de poderio militar na região.

A frota grega de F-16 foi composta por vários lotes constituídos por variantes do Bloco 30, 50, 52 e 52+

A primeira medida preconizada, de modernizar a extensa frota de F-16 do país (cerca de 160 células) para o modelo V, pretende torná-los compatíveis com o avançado sistema de comunicações e dados do F-35 e simultaneamente prolongar-lhes a vida operacional. Os custos da operação estão estimados entre 1700M e 2000M USD, ao longo de 7 anos de duração dos trabalhos de modernização.

Já relativamente ao F-35, a intenção inicial será a aquisição de "uma Esquadra, o que significa entre 12 a 20 aviões". A Carta de Intenções, questiona ainda acerca da possibilidade da integração da Grécia no Programa F-35. O preço actual do F-35A é de cerca de 95M USD, esperando-se que este valor venha a cair para perto dos 80M USD à medida que a produção se massificar.

O acordo para manutenção e melhoramento dos sistema de mísseis terra-ar S300 não ficou claro, pensando-se que a intenção será dotá-lo de maior precisão de radar, semelhante ao sistema mais recente S400 também de fabrico russo.




sexta-feira, 21 de novembro de 2014

F-22 E F-35 VOAM PRIMEIRA MISSÃO OPERACIONAL CONJUNTA (M1728 - 107AL/2014)


Esta fotografia e as que se seguem, representa muito do que as chefias da USAirforce desejavam ver há vários anos, décadas, talvez. Uma nova geração de aviões de combate, capazes de assegurar missões de vários tipos, num patamar de sofisticação que possa permitir aos EUA continuar a manter a dianteira no que toca à supremacia aérea.
Há dias, portanto, esse desejo tornou-se realidade, através da realização da primeira missão operacional conjunta entre F-22 Raptor e F-35 Lightning II.


Qualquer um destes aparelhos teve um desenvolvimento atribulado e não isento de polémicas, muito embora o F-35 tenha elevado - mais do que o F-22 - esse patamar. O Lightning II permanece, ainda, como uma aura incerta, uma vez que são muitas as vozes que questionam a sua eficácia, tendo em conta os seus enormes custos.
Será o tempo a confirmar ou não se valeu a pena "sofrer" estas agruras.


Em suma, uma vez solidificada a existência destas duas aeronaves, poderemos estar perante um vislumbre do que será a aviação de combate da 5ª geração, não só nos EUA, mas como em outros países.
E também deste modo, os Estados Unidos acabam por marcar uma vez mais a dianteira no que toca à 5ª geração, deixando para trás Rússia a China.
Pelo menos no campo da diplomacia, esta dupla de trunfos pode ter algum valor, mesmo que que "apenas" simbólico.

Fonte: Military.com/Business Insider
Fotos/Photos: USAF
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


domingo, 23 de fevereiro de 2014

USAF 2013 EM FOTOS - 1 (M1440 - 57PM/2014)

Foto: Andrew Lee/USAF
Foto:Jonathan Fowler/USAF
Foto:Tim Chacon/USAF
Foto: Chris Willis/USAF
Foto: Manuel Martinez/USAF
Foto:Brittany Y. Auld/USAF
Foto:Armando A. Schwier-Morales/USAF
Foto:Brett Clashman/USAF
Foto:Jared Becker/USAF
Foto:Vernon Young Jr./USAF
Foto:Christopher Tam/USAF
Foto:Edward Schmitt/USAF
Foto:Jorge Intriago/USAF
Foto:Bennie J. Davis III/USAF
Foto: Nicholas Carzis/USAF

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

SINGAPURA MODERNIZA F-16 (M1383 - 18PM/2014)

F-16C/D da FA de Singapura     Foto: RFA Australiana


Os detalhes fornecidos pela Agência de Cooperação para a Defesa e Segurança (DSCA) sobre o pedido oficial de Singapura para a modernização da sua frota de F-16C/D Bloco 52, permitem trazer mais luz sobre o contrato de quase 2500M USD, deixando no entanto ainda algumas dúvidas.

As modernizações incluídas permitirão levar as 60 células para o standard F-16V, a um custo de 40,5M USD por aeronave, o que significa cerca de 2/3 do preço de F-16E/F Bloco 60 novos.
Os trabalhos e melhoramentos incluem:
-70 radares AESA (não definidos)
-70 capacetes JHMCS
-70 sistemas GPS/Inércia LN-260 
-70 AIFF APX-125
-1 interface AIS para atualizações de software
-1 CPNIs
-Remodelação de infraestruturas
-voos de experiência na nova configuração; voos de entrega; JMPS; computadores modulares  de missão; MFDs, rádios; comunicações seguras; gravadores de vídeo; manutenção de software; manutenção reparação e devolução de peças; equipamento de apoio; sobressalentes, equipamento de testes; equipamento de suporte a motores; publicações e documentação técnica; equipamento de treino e treino de pessoal.

Dentro do mesmo pedido encontra-se ainda um pacote de armamento de teste:
-3 AIM-9X Bloco II Captive Air Training Missiles
-3 TGM-65G Maverick para teste e integraçaão
-4 GBU-50  para teste e integração (de 2000 lb guiadas por laser)
-5 GBU-38 JDAM para teste e integração (de 500 lb guiadas por GPS)
-3 CBU-105 (D-4)/B para teste e integração (anti-carro guiadas por GPS)
-4GBU-49 Paveway para teste e integração (de 500 lb guiadas por GPS/laser)
-2 DSU-38 buscadores de laser para teste e integração
-6 GBU-12 Paveway II unidades de controlo (usadas em bombas  de 500 lb guiadas por laser)

As entidades executantes não são mencionadas, pelo que ainda estarão por escolher por Singapura. Em termos de prioridades, o estado da frota de F-16 e respetivas modernizações, significam que o país não está "com especial urgência" de tomar uma decisão relativamente ao F-35, segundo declarou o ministro da Defesa, apesar da aeronave de 5ª Geração estar em "séria consideração".

Fonte: Defense Industry
Tradução: Pássaro de Ferro
 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

ESTADOS UNIDOS AVANÇAM PARA FORNECIMENTO DE AVIÕES E PANÓPLIA À COREIA DO SUL (M1010 - 44AL/2013)


 F-35 (autor desconhecido)
O Departamento de Defesa dos EUA notificou formalmente o Congresso sobre a possível venda de armas à Coreia do Sul, tudo apontando para o Boeing F-15 Silent Eagle e Lockheed Martin F-35 Joint Strike Fighter, que estão a responder ao "concurso" para o fornecimento de 60 aeronaves de combate.
O governo de Seul deverá tomar uma decisão muito provavelmente neste verão, naquele que será um dos grandes contratos para a aquisição de um avião de combate. O terceiro candidato neste concurso é o europeu Eurofighter Typhoon.

Eurofighter Typhoon

O envelope de armas para o F-15SE vai custar cerca de 823 milhões dólares, enquanto que para o F-35 se cifrará em 793 milhões dólares.
 Os elementos-chave de ambos os pacotes de armamento incluem 274 Raytheon AIM-120C-7 AMRAAM mísseis de médio alcance ar-ar, várias centenas de Joint Direct Attack Munition (JDAM) kits de cauda, ​​542 bombas Boeing GBU-39 / B de pequeno diâmetro e outras armas.

F-15SE - Silent Eagle (autor desconhecido)
A lista de armas para os dois tipos de aeronave é vocacionada para missões de ataque ao solo. Na hipótese de um conflito aramado na península coreana, força aérea da Coreia do Norte, tida como obsoleta seria, segundo os estrategas norte-americanos e sul coreanos, rapidamente destruída. 
Todavia, Pyongyang tem, tanto quanto se sabe, até 1.000 peças de artilharia em locais abrigados e na linha de fronteira com o inimigo do sul. A neutralização esta ameaça seria uma missão primordial da força aérea sul-coreana nos primeiros dias da hipotética guerra.

Fonte: Flightglobal
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

quinta-feira, 16 de maio de 2013

F-35A TERMINA TESTES DE ELEVADO ÂNGULO DE ATAQUE (M997 - 139PM/2013)

Um dos F-35A usados nos testes em que se pode ver o sistema de paraquedas balístico entre as derivas  Foto:Darin Russell

O último de uma série de testes de Elevado Ângulo de Ataque  realizados com o Lockheed Martin F-35A, na Base Aérea de Edwards na Califórnia, foi recentemente levado a cabo com êxito.
Na bateria de testes, foram realizados voos em que o avião ultrapassou os limites de comando máximo e mínimo, incluindo a colocação intencional da aeronave fora de controlo, em várias configurações.

Ultrapassar os limites de utilização do avião é um dos objetivos dos testes    Foto:Tom Reynolds

Primeiro apenas em configuração stealth sem cargas externas nas asas, depois com pylons e mísseis nos apoios externos e ainda com as portas da baía de armamento abertas.
Os testes de limites de utilização foram iniciados ainda no final de 2012, tendo todos sido bem sucedidos, com 100% de recuperações das situações de perda de controlo, sem a utilização do paraquedas balístico, que é transportado pelos aviões de teste como medida de segurança.



Fotos: Tom Reynolds/Lockheed Martin



Vídeo do programa de testes:



Texto: Lockheed Martin
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro




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