quarta-feira, 23 de julho de 2025

DIA DA BASE AÉREA Nº8 ABERTA - [M2643 - 66/2025 ]


No passado domingo dia 20 de julho, no âmbito das comemorações dos 73 anos da arma aérea nacional, a Base Aérea nº 8, em Maceda, Ovar, abiu as suas portas ao público.

Segundo fontes da unidade, cerca de 32 mil pessoas marcaram presença no evento e puderam assistir ao vivo e a cores, à evolução de algumas aeronaves da Força Aérea Portuguesa, nomeadamente as da casa, os helicópteros UH-60A Black Hawk e provenientes de outras bases e unidades, nomeadamente os TB-30 Epsílon, os F-16, KC-390 e P-3C Orion, cujas imagens gentilmente cedidas pelo Pedro Ferreira ilustram esta edição.

Parelha QRA - de caças  F-16 (AM e BM), das Esquadras 201 e 301, respetivamente Falcões e Jaguares.


KC-390, da Esquadra 506 - Rinocerontes.

UH-60A Black Hawk, da Esquadra 551 - Panteras, da "casa".


P-3C Cup+ da Esquadra 601 - Lobos

O Black Hawk na sua demonstração, perante alguns dos 32 mil visitantes do dia.

A próxima base a abrir será a Base Aérea nº4, nas Lajes - Ilha Terceira - Açores, a 3 de agosto próximo e, em 14 de setembro, a Base Aérea nº5, em Monte Real.

Fotografia: Pedro Ferreira
Edição: Pássaro de Ferro

segunda-feira, 21 de julho de 2025

PORTUGAL EM PROGRAMA DE CAÇA DE 6ª GERAÇÃO COMO OBSERVADOR

Modelo à escala natural do "Tempest", projeto GCAP de 6ª Geração
 

O ministro da Defesa, Nuno Melo, afirmou em entrevista à CNN Portugal na passada sexta-feira 18 de julho de 2025, a intenção de fazer parte de um dos dois projetos europeus de caça de 6ª Geração, como "observador", fazendo questão de frisar que é uma posição que "não tem custos".

A qual dos dois programas de 6ª Geração em curso na Europa, Portugal irá aderir - GCAP  (Reino Unido, Itália e Japão) ou FCAS (França, Alemanha e Espanha) - não está para já definido. 

Muito embora o GCAP, por exemplo, mantenha o ano horizonte de 2027 para o primeiro voo de um protótipo, e 2035 para a entrada em serviço do modelo batizado "Tempest", esta segunda data parece algo ambiciosa demais, pelo menos se tivermos em conta o que foi o tempo de desenvolvimento de programas similares, e principalmente se envolver consórcios, como é o caso. E entretanto a frota F-16M da Força Aérea Portuguesa, enfrenta problemas crescentes de obsolescência e operacionalidade, que terão de ser colmatados.

O titular da pasta da Defesa Nacional acabaria no entanto por contornar a questão acerca de Portugal poder adquirir entretanto caças F-35 de 5ª Geração, para substituir a atual frota de F-16, referindo que a sua substituição "não está em cima da mesa", uma declaração algo estranha neste contexto.

Complementando no entanto estas palavras com reportagem da TVI Notícias e entrevista transmitida no mesmo dia, em que foi aflorado o mesmo tema, Nuno Melo disse realmente de modo idêntico, que a substituição do F-16 não está em cima da mesa, mas apenas "a curto prazo", e que "o que é exigido a Portugal, nomeadamente em missões externas, mas também no âmbito da NATO, do lado dos nossos Aliados, implica um caminho para uma 5ª Geração". 

Na prática e nos tempos mais próximos isto apenas pode significar F-35.





sexta-feira, 18 de julho de 2025

CHEGOU A BEJA O TERCEIRO KC-390 DA FAP

O 26903 na final para a pista 01L da BA11 no voo de entrega       Foto: João Calado

A Força Aérea recebeu hoje, 18 de julho, na Base Aérea N.º 11 (BA11), em Beja, o terceiro avião KC-390, reforçando as capacidades operacionais da Esquadra 506 – “Rinocerontes”.


Imagens: ADSB Exchange
Depois de uma fase de voos de aceitação que decorreu nas instalações da Embraer, em Gavião Peixoto, no Brasil, o novo KC-390, identificado com número de cauda 26903, aterrou em Beja pelas 10h10, depois de cerca 12 horas de voo, com escalas em Recife, ainda no Brasil e Praia, em Cabo Verde.

O KC-390 é um avião de transporte militar multimissão, apto a realizar missões de transporte de pessoas e carga, com grande capacidade de alcance intercontinental, capaz ainda de ser empregue em missões de reabastecimento aéreo, transportes médicos, busca e salvamento, bem como apoio humanitário, com elevada eficácia e flexibilidade operacional.

O Estado Português adquiriu em 2019 cinco aeronaves KC-390 e um simulador. Entretanto, já este ano, foi acionada a opção de compra de uma sexta unidade, com a entrega das aeronaves à razão de uma por ano. 

Imagens vídeo da chegada à BA11


Texto e fotos: Força Aérea Portuguesa
Adaptação: Pássaro de Ferro




FORÇA AÉREA INICIA ESTUDOS PARA LOCALIZAÇÃO DO NOVO CAMPO DE TIRO

Porta de Armas do atual Campo de Tiro da Força Aérea

A localização do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) no Campo de Tiro dito de Alcochete, (mas na verdade situado no concelho de Benavente), foi formalmente decidida pelo Governo através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 66/2024, com base nas recomendações da Comissão Técnica Independente. Esta área, atualmente utilizada pelas Forças Armadas para operações militares e testes da indústria de defesa, é considerada estratégica para a soberania nacional.

O Campo de Tiro da Força Aérea acolhe exercícios com armamento real, operações conjuntas da Força Aérea, Marinha e Exército, e atividades que exigem amplas zonas de segurança e espaço aéreo reservado. A sua desativação impõe por isso a definição antecipada de uma nova localização, que garanta a continuidade operacional destas operações militares.

A construção do NAL e a relocalização do campo de tiro exigirão ainda uma reorganização do espaço aéreo nacional, de modo a compatibilizar as operações civis e militares. Para tal, será necessária uma coordenação estreita entre a Força Aérea, NAV Portugal e a Autoridade Aeronáutica Nacional.

A Resolução de Conselho de Ministros n.º 111/2025 datada de 10 de julho e ontem publicada em Diário da República, determina no seu ponto nº 1 que "a Força Aérea elabore os estudos necessários relativos à localização escolhida, às infraestruturas, equipamentos e demais requisitos essenciais para a instalação e operação do novo campo de tiro, devendo os mesmos ser apresentados ao Governo, através do membro do Governo responsável pela área da defesa nacional, até 31 de dezembro de 2025". 

O referido diploma estabelece igualmente o primeiro semestre de 2026 para "um projeto integrado para a reorganização do espaço aéreo nacional, que concilie a utilização civil e a militar do Novo Aeroporto de Lisboa e que considere a futura localização do campo de tiro", por parte de Autoridade Aeronáutica Nacional, Autoridade Nacional da Aviação Civil, Força Aérea e a Navegação Aérea de Portugal.




FORÇA AÉREA IRÁ TRANSFERIR OPERAÇÕES DO AT1 DE FIGO MADURO PARA O MONTIJO

Falcon 50 da FAP na placa de estacionamento de aeronaves do atual AT1 em Figo Maduro

Face às limitações estruturais do Aeroporto Humberto Delgado (AHD) e à crescente procura de passageiros, o Governo aprovou, através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 66/2024, a construção do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL), a localizar-se no Campo de Tiro de Alcochete (futuro Aeroporto Luís de Camões) que substituirá integralmente o AHD, cuja operação cessará gradualmente após 2030.

Até lá, serão implementadas medidas transitórias para reforçar a capacidade de movimentos civis no AHD até aos 45M passageiros por ano, o que irá envolver a construção de uma nova zona com mangas e novos taxiways, num investimento estimado em 300M EUR. 

Esta ampliação irá implicar a desafetação do domínio público militar, da área do Aeródromo de Trânsito n.º 1 (AT1) da Força Aérea Portuguesa (FAP). 

O AT1 contudo, é considerada "uma infraestrutura crítica para operações militares, transporte de altas entidades do Estado Português e a receção dos seus homólogos em aeronaves de Estados estrangeiros, o apoio a operações militares e ao transporte das Forças Nacionais Destacadas, o transporte de órgãos e evacuações aeromédicas, bem como outros serviços humanitários e estratégicos". 

Por essa razão, a Resolução n.º 201/2023, conjugada com a n.º 67/2024, determina a transferência da atividade do AT1 para a Base Aérea n.º 6 (BA6), no Montijo, considerada a solução mais adequada, "devido à sua localização estratégica e à menor complexidade de adaptação operacional".

A concretização desta transferência exige, no entanto, obras de requalificação na BA6, que permitirão à Força Aérea manter a operacionalidade e cumprir as suas missões, representando também uma "melhoria significativa das condições na base aérea".

Com a entrada em funcionamento do NAL, as pistas 07/25 da BA6 deixarão de ser utilizáveis, sendo necessário "adaptar as pistas 01/19 da BA6 com as características físicas, ajudas de rádio à navegação aérea e com sistemas de iluminação equivalentes às existentes nas pistas 07/25, para possibilitar a operação ininterrupta das frotas atribuídas à BA6, bem como garantir a continuidade das operações aéreas militares após abertura do NAL".

A Resolução do Conselho de Ministros n.º 110/2025, publicada ontem 17 de julho de 2025 em Diário de República, autoriza por isso a realização de despesa pela FAP referente à adaptação e construção nas infraestruturas, edifícios e áreas da BA6 necessárias para acomodar a realização das operações atualmente realizadas no AT1, até ao montante máximo de 30M EUR, a despender entre 2025 e 2028.

O documento estabelece ainda a data de 31 de dezembro de 2028, como limite para a transferência gradual das operações atualmente realizadas no AT1, para a BA6.

Está previsto posteriormente, e assim que o Novo Aeroporto de Lisboa estiver plenamente funcional, relocalizar o AT1 junto ao Aeroporto Luís de Camões, à semelhança do que acontecia até agora no Humberto Delgado.




quinta-feira, 17 de julho de 2025

PRIMEIRO VOO DO A-29N SUPER TUCANO DA FAP E ENTREGA DO TERCEIRO KC-390 (atualizado 18/07/2025 às 15h45)


A Embraer  e a Força Aérea Portuguesa (FAP), comemoram hoje dois marcos importantes para os programas KC-390 Millennium e A-29N Super Tucano: a entrega da terceira aeronave KC-390 Millennium para a FAP e o lançamento da campanha de testes em voo do A-29N, celebrado com a realização de um voo histórico em formação com ambas as aeronaves.

O terceiro KC-390 faz parte de um acordo entre a Embraer e governo português que resultará na aquisição de seis aeronaves em operação, com dez opções de compra adicionais disponíveis para aliados europeus e nações membros da NATO. O primeiro A-29N faz parte de uma encomenda feita em 2024 para 12 unidades, tornando Portugal o cliente de lançamento da variante do Super Tucano concebida para atender aos requisitos da NATO.


Reconhecer o rápido e constante progresso de ambos os programas dá-nos uma sensação de realização e grande satisfação, que nos permite prosseguir com a visão de ter uma Força Aérea mais moderna, capaz e interoperável. A entrega do terceiro KC-390 aumentará a nossa capacidade operacional e, simultaneamente, consolidará a experiência na aeronave, rumo ao atingimento da Capacidade Operacional Plena e estabelecerá novas fronteiras na utilização desta plataforma. O lançamento da campanha de ensaios em voo do A-29N demonstra que estamos no bom caminho para obter uma plataforma diferenciada, com uma configuração idealizada pela Força Aérea Portuguesa, que comprovará a sua capacidade em treino avançado e utilização operacional”, afirmou o Major-General da Força Aérea Portuguesa João Nogueira, Diretor do Programa KC-390.

Estamos orgulhosos de contribuir de forma efetiva para melhorar as capacidades operacionais da FAP com o KC-390 e o A-29N. Esta entrega e o voo conjunto representam marcos importantes que refletem nosso compromisso em apoiar Portugal na área da defesa com soluções eficientes e inovadoras, sempre apoiadas na nossa sólida parceria de longa data”, afirma Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

O KC-390 Millennium pode transportar mais carga útil (26 toneladas) em comparação com outras aeronaves de transporte militar de médio porte e voa mais rápido (470 nós) e mais longe, sendo capaz de realizar uma ampla gama de missões, como transporte e lançamento de carga e tropas, evacuação médica, busca e salvamento (SAR), combate a incêndios e missões humanitárias operando em pistas temporárias ou não pavimentadas, como terra batida, solo e cascalho. A aeronave também pode ser configurada com equipamento de reabastecimento aéreo (AAR), tanto como reabastecedora como recetora.

Trata-se de uma aeronave revolucionária que atende totalmente aos padrões e requisitos da NATO. Além de Portugal, diversos aliados europeus e da NATO – incluindo Hungria, Países Baixos, Áustria, República Checa, Suécia, Eslováquia e Lituânia – selecionaram o KC-390 para modernizar as suas forças aéreas. No total, 11 países escolheram já esta aeronave de última geração, incluindo ainda Brasil e Coreia do Sul.

O A-29 Super Tucano é uma aeronave versátil e comprovada, oferecendo grande flexibilidade operacional. Pode realizar uma ampla gama de missões, incluindo apoio aéreo tático, patrulha aérea, operações especiais, interdição aérea, JTAC, controlo aéreo avançado (FAC), coordenação tática (TAC), ISR armado, vigilância de fronteiras, reconhecimento, escolta aérea e treino em todos os níveis - do básico ao avançado, incluindo transição para caças de superioridade aérea e treino JTAC / LIFT e FAC. 

A variante A-29N Super Tucano contará com aviónicos avançados, sistemas de comunicação específicos da NATO e outros recursos não divulgados modificados para atender às necessidades operacionais da NATO.

Texto e fotos: Embraer
Adaptação: Pássaro de Ferro


PROGRAMA A-29N SUPER TUCANO ACELERA NO BRASIL E EM BEJA

A-29N Super Tucano nas cores portuguesas      Ilustração: Embraer
O Ministério da Defesa Nacional formalizou, por Despacho publicado esta semana, a criação da Missão de Acompanhamento e Fiscalização (MAF) do Programa A-29N, que tem como objetivo o controlo técnico e contratual sobre a aquisição de 12 aeronaves A-29N Super Tucano à brasileira Embraer.

A medida está inserida no programa "Aeronave de Apoio Aéreo Próximo" inscrito na Lei de Programação Militar, e aprovado através de Resolução do Conselho de Ministros n.º 188-A/2024, de dezembro último, que autorizou não só a aquisição das aeronaves e respetivo simulador de voo, como também os serviços logísticos associados.

A MAF é constituída por 16 elementos, dois dos quais pilotos operacionais (um deles qualificado como piloto de testes), e terá como responsabilidade a fiscalização técnica do fabrico das aeronaves e a supervisão da execução dos contratos celebrados. Esta estrutura visa garantir o rigor e a transparência na execução de um programa classificado como estratégico para a capacidade operacional da Força Aérea Portuguesa e indústria aeroespacial nacional.

Face ao exigente calendário de fornecimento, que prevê a chegada das primeiras cinco aeronaves até ao final de 2025, o ministro da Defesa promulgou paralelamente outro Despacho a autorizar a "aquisição de alguns equipamentos de apoio no solo, ferramentas e demais bens e serviços específicos necessários à execução dos vários elementos de missão, à adaptação da infraestrutura SI/TIC para suportar o novo sistema de armas, à beneficiação das infraestruturas necessárias à operação das aeronaves, a partir da Base Aérea n.º 11" (Beja), onde as aeronaves irão ficar baseadas, até um valor de 4,48M EUR, para garantir as condições necessárias à entrada em operação do novo sistema de armas.









sexta-feira, 11 de julho de 2025

TERCEIRO KC-390 DA FAP EM VOO DE EXPERIÊNCIA (vídeo)

Frame do vídeo do canal Brazil Aviation Araraquara

O terceiro KC-390 destinado à Esquadra 506 da Força Aérea Portuguesa, foi registado hoje novamente em voo de experiência, a partir das instalações da Embraer, em Gavião Peixoto, Brasil.

O futuro n/c 26903 da FAP foi assim captado em vídeo pelo canal de Youtube Brazil Aviation Araraquara, que nos fez chegar as imagens, nas quais é possível ver a aeronave nas imediações de Gavião Peixoto, com a porta de carga traseira aberta.

Recordamos que o primeiro voo desta célula ocorreu no dia 29 de maio, tendo realizado mais alguns voos de experiência nos dias seguintes.

O ministro da Defesa, Nuno Melo, já confirmou entretanto também que Portugal irá acionar a cláusula de opção para uma sexta aeronave destinada à FAP, além de adicionar opção por dez células mais, para possível revenda a países da NATO.





BLACK HAWK DA FORÇA AÉREA PARA AS EMERGÊNCIAS MÉDICAS 24H

UH-60A Black Hawk da Esquadra 551 da Força Aérea Portuguesa agora disponibilizado para transporte aeromédico 24h por dia       Foto: MDN
A Força Aérea Portuguesa irá reforçar o número de aeronaves dedicadas a missões de emergência médica, com capacidade de operação contínua, 24 horas por dia. Esta medida representa um avanço significativo na resposta nacional a situações críticas de saúde, a adicionar aos meios da Força Aérea já atribuídos temporariamente a esta missão.

Ministros da Saúde e Defesa com o General CEMFA e tripulação do Black Hawk, na apresentação do helicóptero e kit médico, visível dentro do aparelho    Foto: MDN

A apresentação do helicóptero UH-60A Black Hawk da Esquadra 551, para esse efeito, teve lugar ontem, 10 de julho, na Base Aérea nº 8, em Ovar, durante uma cerimónia que contou com a presença do ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, e da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, bem como do General Cartaxo Alves, Chefe de Estado Maior da Força Aérea (CEMFA), entre outras individualidades. 

Na ocasião, foi igualmente apresentado o kit de última geração para emergência médica, da United Rotorcraft, que irá equipar o helicóptero, e que foi transportado desde Denver, nos EUA no início do mês, por um KC-390 da Esquadra 506.

Rota do KC-390 n/c 26901 no dia 1 de julho transportando o kit médico para a frota UH-60   Imagem: ADSB Exchange

Com a disponibilização por parte da Força Aérea, de mais um helicóptero para emergências médicas, o país passa a contar com quatro aeronaves da Força Aérea operacionais para missões de transporte médico de emergência disponíveis 24h por dia: dois helicópteros (UH-60 Black Hawk e EH101 Merlin) e dois aviões (Falcon 50 ou 900 e C295M), ao qual se adicionam ainda dois helicópteros AW119 Koala, muito embora estes últimos sem capacidade para operações noturnas. Os meios estão distribuídos pelas bases em Ovar, Montijo, Figo Maduro e Beja.

Estas medidas têm vindo a ser tomadas na sequência de atrasos na formação de pilotos para os helicópteros contratados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), levando a um esforço conjunto dos ministérios da Defesa e da Saúde por uma solução com recurso aos meios da Força Aérea, para assegurar provisoriamente o serviço desde 1 de julho de 2025, até que a empresa adjudicatária do INEM, Gulf Med esteja em condições de o fazer.

Nuno Melo em declarações à imprensa na cerimónia de apresentação do helicóptero    Foto: MDN

Apesar da limitação de alguns helicópteros militares não poderem aterrar nos heliportos hospitalares nacionais, situação largamente discutida nos últimas dias, o ministro da Defesa, ainda na véspera da apresentação do helicóptero, à margem de uma cerimónia no Centro de Apoio Social das Forças Armadas, apontou o desafio futuro como sendo de “infraestruturas”, que deverão ser adaptadas para acomodar aeronaves pesadas em situações de emergência complexa: "se Portugal de repente tiver uma catástrofe, os transportes têm que ser feitos em helicópteros pesados, não em helicópteros ligeiros. E se os nossos hospitais, os nossos estabelecimentos de socorro, não estiverem dotados de infraestruturas que permitam receber todo o tipo de aeronaves que prestam socorro, o problema não é das aeronaves, o problema é mesmo dessa capacidade [das infraestruturas] que é muito fundamental”. Nuno Melo assegurou ainda que o Governo estará por isso atento a esta situação, que será para rever em breve.

Cauda do Black Hawk n/c 29804     Foto: MDN

Rejeitando críticas recentes sobre alegadas demoras no transporte de doentes, pelos serviços prestados pela Força Aérea, nomeadamente uma situação de transporte de um doente de Castelo Branco para Coimbra, que levou cerca de 2h15m, embora algumas notícias veiculadas tenham falado em "mais de 6 horas", Nuno Melo aproveitou para esclarecer que a Força Aérea tem cumprido as suas missões “com êxito”, destacando a atuação do ramo das Forças Armadas como desinteressada, motivada exclusivamente pelo compromisso com o socorro público e não por qualquer benefício económico.




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