sexta-feira, 11 de julho de 2025

BLACK HAWK DA FORÇA AÉREA PARA AS EMERGÊNCIAS MÉDICAS 24H

UH-60A Black Hawk da Esquadra 551 da Força Aérea Portuguesa agora disponibilizado para transporte aeromédico 24h por dia       Foto: MDN
A Força Aérea Portuguesa irá reforçar o número de aeronaves dedicadas a missões de emergência médica, com capacidade de operação contínua, 24 horas por dia. Esta medida representa um avanço significativo na resposta nacional a situações críticas de saúde, a adicionar aos meios da Força Aérea já atribuídos temporariamente a esta missão.

Ministros da Saúde e Defesa com o General CEMFA e tripulação do Black Hawk, na apresentação do helicóptero e kit médico, visível dentro do aparelho    Foto: MDN

A apresentação do helicóptero UH-60A Black Hawk da Esquadra 551, para esse efeito, teve lugar ontem, 10 de julho, na Base Aérea nº 8, em Ovar, durante uma cerimónia que contou com a presença do ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, e da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, bem como do General Cartaxo Alves, Chefe de Estado Maior da Força Aérea (CEMFA), entre outras individualidades. 

Na ocasião, foi igualmente apresentado o kit de última geração para emergência médica, da United Rotorcraft, que irá equipar o helicóptero, e que foi transportado desde Denver, nos EUA no início do mês, por um KC-390 da Esquadra 506.

Rota do KC-390 n/c 26901 no dia 1 de julho transportando o kit médico para a frota UH-60   Imagem: ADSB Exchange

Com a disponibilização por parte da Força Aérea, de mais um helicóptero para emergências médicas, o país passa a contar com quatro aeronaves da Força Aérea operacionais para missões de transporte médico de emergência disponíveis 24h por dia: dois helicópteros (UH-60 Black Hawk e EH101 Merlin) e dois aviões (Falcon 50 ou 900 e C295M), ao qual se adicionam ainda dois helicópteros AW119 Koala, muito embora estes últimos sem capacidade para operações noturnas. Os meios estão distribuídos pelas bases em Ovar, Montijo, Figo Maduro e Beja.

Estas medidas têm vindo a ser tomadas na sequência de atrasos na formação de pilotos para os helicópteros contratados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), levando a um esforço conjunto dos ministérios da Defesa e da Saúde por uma solução com recurso aos meios da Força Aérea, para assegurar provisoriamente o serviço desde 1 de julho de 2025, até que a empresa adjudicatária do INEM, Gulf Med esteja em condições de o fazer.

Nuno Melo em declarações à imprensa na cerimónia de apresentação do helicóptero    Foto: MDN

Apesar da limitação de alguns helicópteros militares não poderem aterrar nos heliportos hospitalares nacionais, situação largamente discutida nos últimas dias, o ministro da Defesa, ainda na véspera da apresentação do helicóptero, à margem de uma cerimónia no Centro de Apoio Social das Forças Armadas, apontou o desafio futuro como sendo de “infraestruturas”, que deverão ser adaptadas para acomodar aeronaves pesadas em situações de emergência complexa: "se Portugal de repente tiver uma catástrofe, os transportes têm que ser feitos em helicópteros pesados, não em helicópteros ligeiros. E se os nossos hospitais, os nossos estabelecimentos de socorro, não estiverem dotados de infraestruturas que permitam receber todo o tipo de aeronaves que prestam socorro, o problema não é das aeronaves, o problema é mesmo dessa capacidade [das infraestruturas] que é muito fundamental”. Nuno Melo assegurou ainda que o Governo estará por isso atento a esta situação, que será para rever em breve.

Cauda do Black Hawk n/c 29804     Foto: MDN

Rejeitando críticas recentes sobre alegadas demoras no transporte de doentes, pelos serviços prestados pela Força Aérea, nomeadamente uma situação de transporte de um doente de Castelo Branco para Coimbra, que levou cerca de 2h15m, embora algumas notícias veiculadas tenham falado em "mais de 6 horas", Nuno Melo aproveitou para esclarecer que a Força Aérea tem cumprido as suas missões “com êxito”, destacando a atuação do ramo das Forças Armadas como desinteressada, motivada exclusivamente pelo compromisso com o socorro público e não por qualquer benefício económico.




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