sábado, 14 de fevereiro de 2015

A SEMANA PASSADA (M1795 - 08AL/2015)


Da semana passada retivemos a passagem dos 10 anos da chegada a Portugal da plataforma Agusta-Westland EH-101 Merlin.
Com ela um enorme salto qualitativo na salvaguarda da vida no mar - na nossa imensa área de jurisdição e responsabilidade, equivalente a praticamente toda a área ocupada pela Europa. O EH exponenciou a tradição do seu antecessor, SA-330 Puma, absorvendo o seu legado mas projetando-o bem mais além.
Ao fim desta década é mais do que legítimo fazer um balanço muito positivo relativamente à introdução deste Helicóptero, muito provavelmente o melhor aparelho para esta panóplia de funções e que proporcionou a Portugal assegurar, com mais proficiência, as missões de SAR, CSAR e SIFICAP.
Ao longo destes anos já se contam por milheres as vidas salvas pelo EH-101, algumas delas no fino limite do tolerável no que toca a esforço e capacidade de Homens e máquina, mas sempre na senda do lema da Esquadra 751 - Pumas que o opera: "Para que outros vivam".
As aeronaves estão estacionadas em Portugal continental, na Base Aérea nº6, no Montijo e em destacamentos na Base Aérea nº4, nas Lajes - Açores e Aeródromo de Manobra nº3, no Porto Santo/Madeira.


Mas o Merlin também se tem notabilizado pela sua capacidade em ações CSAR (Combat Search and Rescue) e nas missões SFICAP (Fiscalização e Controle de Atividade Pesqueira), contribuindo para a projeção de forças de forma rápida e eficaz em cenários de conflito e complexidade estrutural, e na fiscalização da atividade pesqueira, fulcral para a manutenção das reservas de pescado e no combate a atividades ilegais nesse âmbito, respetivamente.
E bom rigor, o EH-101 tornou-se num importante instrumento de afirmação das Forças Armadas Portuguesas e de Portugal, por conseguinte, no âmbito Europeu e até mundial, uma vez que a nossa capacidade para operar o EH-101 já tem sido referenciada como sendo extremamente eficaz e um exemplo a seguir pelas diversas nações que o operam.

Um dos doze A-10 em escala na BA4-Lajes/Açores, na sua viagem de regresso à Alemanha, esta semana. Foto: USAF.

A semana fica igualmente marcada pelo regresso dos A-10 à Europa, não muito tempo depois da sua "despedida" que muitos (incluino o Pentágono que a decretou) vaticinaram de fatal para o seu futuro mas que, o tempo e a realidade se encarregaram de contradizer. Perante os atrasos e alguns pontos de interrogação que teimam em prostar-se sobre o F-35, o A-10 continua, pelo que se vê e percebe, a poder continuar o seu papel dianteiro relativamente à sua versatilidade e, sobretudo, precisão e poder de fogo.
Assim sendo,12 aparelhos voltaram à sua antiga base na Alemanha, em Spangdahlem, para uma "rotação" de meio ano, a que não será alheia, seguramente, a situação de conflito militar na Ucrânia e, obviamente, o estabelecimento e projeção de força(s) num cenário que se tem vindo a tornar mais complexo, tanto do ponto de vista diplomático como  do militar e estratégico.
Apesar dos esforços diplomáticos em curso, a História ensina que a projeção de forças é por si, um fator que nenhuma negociação escamoteia e que pode estabelecer diferenças fundamentais.


1 Comentários:

Anónimo disse...

Se os EH conseguem ser um sucesso e menos polémicos porque será que os Kamov não seguem o mesmo caminho?

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