terça-feira, 30 de abril de 2013

MIRAGE F1 FRANCESES PATRULHAM O BÁLTICO (M972 - 120PM/2013)


Foto: EMA
Foto: EMA
Quatro Mirage F1CR franceses asseguram a partir de hoje 30 de abril de 2013, a defesa aérea dos três países bálticos Lituânia, Letónia e Estónia, no âmbito da proteção da NATO a estas repúblicas dissidentes da antiga União Soviética.
A esquadrilha de Mirage chegou ainda no dia 26 à base de Siauliai na Lituânia, a partir de onde irão operar durante os próximos quatro meses.
É já a quarta vez que a França destaca meios do Armée de L'Air para efetuar o patrulhamento destes três países que não possuem meios próprios para o fazerem. 
Os Mirage franceses da Esquadra de Reconhecimento 2/33 - Savoie, provenientes da base aérea 118 de Mont Marsan, substituem F-16 dinamarqueses nas mesma funções. Estarão doravante em estado de alerta 24 horas por dia e 7 dias por semana. Esta missão, deverá marcar o fim da atividade internacional dos Mirage F1 franceses, no ocaso da sua operacionalidade, e depois de terem já sido substituídos no Chade pelos Rafale.

Foto: EMA
Para preparar a missão, desde o início de abril que um grupo percursor de cerca de meia centena de militares franceses, se encontrava já na Lituânia (mecânicos, logística, sistemas de informação, bombeiros, serviços de saúde, polícia aérea, etc), aumentando esse número para noventa atualmente e durante o decorrer do destacamento, de modo a manter o estado de prontidão da força.

A Força Aérea Portuguesa, efetuou já o mesmo tipo de missão por duas vezes, uma nos estados bálticos e outra na Islândia, através com os seus F-16 Fighting Falcon, estando novo destacamento para o Báltico previsto para o final de 2014.


Fonte:EMA
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

segunda-feira, 29 de abril de 2013

ALOUETTE III DA ESQUADRA 552 EM OPERAÇÕES DE BUSCA (M971 - 119PM/2013)

Alouette III da Esquadra 552

Nos dias 27 e 28 de abril, um helicóptero Alouette III (ALIII) pertencente ao Destacamento da Esquadra 552 no Aeródromo de Manobra Nº1 (AM1), em Ovar, foi acionado para uma missão de busca e salvamento a um tripulante solitário da embarcação de pesca local “ANA LÍDIA”, na zona da Foz do Rio Minho, junto à praia de Moledo.

Em conjunto com os meios marítimos e terrestres, nacionais e espanhóis, o ALIII efetuou no primeiro dia 6H25 de voo na zona de operações, tendo sido detetada a embarcação debaixo de água mas sem sinal do tripulante, um indivíduo de nacionalidade portuguesa e 46 anos de idade.

A tripulação do ALIII prosseguiu as buscas no dia 28, quer na altura da baixa-mar quer na altura de preia-mar, junto às margens da Foz do Rio Minho para sul, efetuando no total 4H20 de voo.

Desde 1978 a operar o helicóptero ALIII, a Esquadra 552 mantém em prontidão máxima o destacamento permanente de um helicóptero no AM1 para as missões de Busca e Salvamento na zona norte do país, sendo a tripulação composta por um piloto, um operador de sistemas e um recuperador-salvador.

Fonte: Força Aérea

IRAQUE RECEBE ÚLTIMOS TRÊS C-130J (M970 - 118PM/2013)


C-130J s/n 5721 da FA Iraquiana      Foto: John Rossino/Lockheed Martin

A Força Aérea Iraquiana está preparada para receber os seus últimos três C-130J Super Hercules. A aeronave s/n 5721 foi a primeira deste lote a efetuar o voo ferry desde as instalações de produção da Lockheed Martin a 23 de abril de 2013 para uma base da USAF. As duas unidades que se lhe seguiram, passaram também por bases da USAF antes da entrega à FA Iraquiana.
Esta entrega encerra assim um total de seis unidades C-130J iraquianos, tendo a primeira sido entregue em dezembro passado. 
O famoso avião de transporte da Lockheed é usado no Iraque para transporte de tropas e carga, bem como para o fornecimento de bens humanitários em operações em variados locais.

Fonte: Lockheed Martin
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


domingo, 28 de abril de 2013

UM LANTIRN NA NOITE (M969 - 117PM/2013)


LANTIRN Sniper montado sob as entradas de ar de um F-15E Strike Eagle     Foto:USAF

O despacho do gabinete  de operações era urgente, pedindo que a parelha de F-15 que saía da base de Bagram no leste do Afeganistão fizesse imediatamente meia-volta. Na outra ponta do país, uma força-tarefa de operações especiais estava a ser castigada por fogo inimigo na cidade de Bala Morghab. Explosivos detiveram a rápida resposta de uma equipa terrestre. Os helicópteros não conseguiam chegar ao local. Cerca de uma centena de insurgentes cercavam o local.
Os F-15 eram a sua única esperança.
Quarenta minutos mais tarde os F-15 chegaram e imediatamente ativaram um sistema de navegação e aquisição de alvos especial, voando a baixas altitudes, através de nuvens oclusivas, como se estivessem a voar em pleno céu limpo. Localizaram os alvos. Dispararam. E puseram os insurgentes a andar, salvando 30 militares dos Aliados. A arma secreta? Um aparelho capaz de transformar a noite em dia.



O sistema de navegação chama-se LANTIRN, abreviatura para Low Altitude Navigation and Targeting Infrared for Night (Navegação a Baixa Altitude e Aquisição de Alvos por Infravermelhos de Noite). Concebido em 1981, o equipamento permitia aos caças - primeiro F-15 e F-16 e mais tarde F-14 - ver na escuridão total e condições atmosféricas adversas, transformando padrões de reflexão térmica no exterior do avião, em monitores de cores vivas dentro do cockpit.

Vista do cockpit de um F-16 à noite   Foto:Lockheed Martin

O Radar de Seguimento do Terreno (TFR) do sistema, sondava depois a topografia das zonas circundantes, traçando uma rota que permitia aos caças manter baixas altitudes a velocidades de mais de 500 mph (aprox 800km/h), tornando-os quase invisíveis aos radares inimigos. Adicionalmente o sistema permitia marcar pontos-alvo e coordenar a largada de armas de precisão.
A primeira vaga de forças de ataque aéreo para as 24 horas do dia tinha nascido.

Sistema Sniper da Lockheed Martin     Foto:Lockheed Martin

O efeito revolucionário do sistema LATIRN no entanto, não ficou claro até à operação Tempestade no Deserto em 1991, quando os F-15 a coberto da noite penetraram no Iraque e bombardearam até tanques aparentemente escondidos nas areias do deserto. Uma vez que a areia arrefece mais rápido que o metal, o sensor infravermelho do LANTIRN facilmente detetava a assinatura térmica dos tanques, que se tornavam então alvos fáceis.

Atualmente a Lockheed Martin fabrica um LANTIRN avançado designado Sniper, em utilização nas frotas F-15, F-16, A-10C, B-1 e B-52 da USAF.

Sistema Sniper sob a asa dum A-10C durante o exercício Real Thaw 2013

A Força Aérea Portuguesa utiliza presentemente o modelo Litening da concorrente Northrop Grumman nos F-16 MLU das esquadras 201 e 301.


Um Litening da Northrop Grumman na esquerda da entrada de ar de um F-16 MLU da Força Aérea Portuguesa


Texto: Lockheed Martin
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

sábado, 27 de abril de 2013

PRAXES DA TROPA E UM SUSTO MÉDICO (M968 - 116PM/2013)


Hawker Hurricane Mk.2C na Granja do Marquês         Foto:AHFA

Quando fui para a Base Aérea 1, frequentar o Curso de Pilotagem, fomos recebidos com uma praxe. Todos os alunos (na altura só havia três especialidades: pilotos, radiotelegrafistas e mecânicos). Fomos colocados em duas camaratas. Uma com alunos pilotos e radiotelegrafistas e outra para os alunos mecânicos. 
Ora na segunda noite, cerca das 10 (estávamos todos deitados cumprindo o recolher) somos surpreendidos por um grupo de quatro pessoas devidamente equipadas de “bata branca”, que nos fazem levantar, apresentando-se como dos Serviços de Saúde da Base, vindo fazer uma inspeção às comidas caseiras dos neófitos. Havia que prevenir doenças e infeções! 
Mandaram abrir as malas de madeira guardadas debaixo das camas, com as nossas coisas. Retiraram todas as guloseimas vindas da “terrinha” e levaram-nas para analisar. 
Soubemos depois que a segunda camarata recebeu o mesmo tratamento, e também soubemos que as “análises” aos petiscos foram feitas diretamente nos estômagos dos inspecionadores… Bom proveito!!! 
Mais tarde, já no ano seguinte e noutras instalações, recebo uma encomenda via CTT de um Bolo de Aniversário. Nesse dia contudo, devido a voos, cheguei mais tarde. Ao entrar no compartimento, vejo um papel de embrulho em lugar da encomenda que deveria estar em cima da minha cama e um papel em que alguém escreveu “Estava bom. Manda vir mais”...
Não deixaram a mínima amostra. Tenho a impressão que nem migalhas!


Junto aos novos alojamentos já no fim do curso com o equipamento para
o Hurricane. Da esquerda para a direita: Eu, Vasquez e Graça Faria.

Durante a minha atividade na Força Aérea, consegui manter um nível de prontidão, sob o ponto de vista físico, que quase diria, invejável.
Contudo, nem sempre assim foi. Logo nos primeiros tempos, durante o meu Curso de Pilotagem, apanhei um grande aperto. Faltava um mês para o fim do Curso, quando fui atacado por uma apendicite aguda. O médico da Base mandou passar-me uma Guia de Marcha para me apresentar no Hospital da Estrela, para ser operado. Assim, nesse dia, utilizando o Autocarro da Base lá fui a caminho de Lisboa. Nessa época não havia os “mimos” de hoje – ambulância?! INEM?!
Apresentei-me no Hospital e colocaram-me num quarto, com mais cerca de 20 camaradas (para não me sentir desacompanhado...) 
Fui visto pelo médico, que durante cerca de dois dias tentou baixar-me a febre antes de me operar. Não conseguiu. Foi obrigado a operar-me em estado bastante febril. A tal ponto, que pós-operação, fiquei a delirar durante três dias, sem dar acordo do que se passava. Foi aqui que o meu colega do lado direito me amparou e acorria quando necessário. Não me esqueço e para sempre lhe fiquei grato, pois apesar de ter as pernas cortadas junto aos joelhos, me foi de grande ajuda. 
Ao fim dos três dias acordei e até me sentia bem, mas enfraquecido. Ouvi o relato dos acontecimentos desse “companheirão” da cama ao lado.
Evoluí satisfatoriamente, a ponto do médico pretender dar-me alta cinco dias depois de operado, e ainda antes do fim de semana. Aí perguntou-me quantos dias de baixa precisava. Disse-lhe que como estava no fim do curso (menos de um mês) não o queria perder – seria o desabar das minhas aspirações! 
Acabou por dar-me alta, mas recomendou-me que, na Base, o médico fizesse o que fosse aconselhável. 
Na Base o médico ficou aflito, por não poder alterar as indicações do Hospital: “apto para o serviço”. Falou com o Diretor do Curso, que resolveu poupar-me três dias, mas assistindo às aulas teóricas. Dez dias depois de ser operado, já estava aos comandos dum Hurricane.
Descolei com medo, porque não poderia fazer força com a perna direita, para não reabrir a costura. Correu tudo bem. 
O Curso acabaria outros dez dias mais tarde e fui brevetado com muita honra.

Brevet original



Cap (Ref) Fernando Moutinho



sexta-feira, 26 de abril de 2013

JOINT WARRIOR TERMINOU HOJE NA ESCÓCIA (M967 - 115PM/2013)


Rafale e Typhoon

Chegou ao fim o exercício Joint Warrior que juntou forças aero-terrestres britânicas e francesas em terras escocesas.
Considerado o maior exercício tático da Europa, é realizado duas vezes por ano, um ana Primavera e outra no Outono, com o intuito de proporcionar treino de alta qualidade aos três ramos das Forças Armadas britânicas, bem como a todas as forças aliadas convidadas.
A Esquadra 6 da Royal Air Force (RAF) equipada com Eurofighter Typhoon e baseada em Leuchars, foi neste caso a anfitriã e organizadora do exercício, tendo recebido um destacamento da Marinha Francesa, consistindo de um Grupo de Aéreo de Porta-Aviões com aviões Rafale M F3, Super Étandard M e E-2C Hawkeye. Também presentes estiveram ainda os Hawk da Esquadra 100 da RAF.
O exercício Joint Warrior proporcionou assim uma oportunidade única de treino com forças de diferentes quadrantes, permitindo melhorar a atuação e as capacidades de  trabalho conjunto.

Hawk da Esquadra 100

Os cenários projetados para o exercício, percorreram o aumento da tensão e incerteza de um conflito hipotético, evoluindo para operações simuladas de hostilidades entre dois países.
Para as tripulações de voo incluiu missões de ataque de longa distância envolvendo reabastecimento aéreo, Apoio Aéreo Próximo às tropas no terreno, Ataque de Alvos Marítimos e missões de suporte.
O Comandante da base de Leuchars Gerrey Mayhew comentou acerca do exercício: "O exercício Joint Warrior provou ser uma excelente oportunidade para o pessoal da base praticar um largo espetro de aptidões de combate, num ambiente de treino operacional multi-nacional. ter o Grupo Aéreo da Marinha Francesa aqui baseado durante o exercício, permitiu-nos desenvolver um melhor entendimento das capacidades de uns e outros, o que irá influenciar positivamente operações aéreas conjuntas futuras. é o último exemplo de como as forças do Reino Unido e da França estão a trabalhar em conjunto para melhorar as suas capacidades operacionais".

A "foto de família" do exercício

Fonte: RAF/MOD Crown
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

F-16 AMERICANOS EM ÁFRICA (M966 - 37AL/2013)

Um destacamento de caças F-16C norte-americanos, baseados em Aviano-Itália, esteve recentemente na Base Aérea  de Ben Guerir, em Marrocos e participaram no exercício Majestic Eagle 2013, com a Força Aérea daquele país do norte de África.
Foi assim mais uma oportunidade para os pilotos norte-americanos voarem em cenários mais duros e extremos, bem como os pilotos marroquinos poderem trocar experiências e efetuarem treino tático e interoperabilidade, em conjunto com os americanos, nomeadamente: interdição aérea, superioridade aérea, reabastecimento aéreo - a partir de aeronaves KC-135 da RAF, provenientes de Mildenhal, Inglaterra.
Este intercâmbio não deixa de ser, também, uma demonstração de força numa região que não está isenta de tensões e visa igualmente, por isso, contribuir para a estabilidade naquela área.






Fonte: USAF
Fotos: Sgt. Stephen Linch/USAFE
Adaptação: Pássaro de Ferro

quinta-feira, 25 de abril de 2013

EUROCOPTER EC145 VOA SEM PILOTO (M965 - 114PM/2013)

Eurocopter testou com o EC145 o voo com ou sem piloto
A Eurocopter lançou no início de abril corrente, uma série de voos para uma inovadora solução de asas rotativas, que permitirá expandir as capacidades de missão dos seus helicópteros. O Programa de Veículos de Piloto Opcional (OPV), que decorreu na base francesa de Istres, foi agora revelado a 25 de abril, durante um voo de demonstração.

A cabine do EC145 em voo

Esta demonstração de voo sem piloto, similar a voos anteriores, utilizou um plano de voo de quatro dimensões que foi carregado no helicóptero. Após uma descolagem automática, o EC145 efetuou o circuito, seguindo uma série de pontos pré-programados no plano de voo, incluindo ainda um período em voo estacionário para simular a largada de carga no guincho externo. 

O voo estacionário para largada de carga

O EC145 prosseguiu então na rota de regresso, representando a típica missão de observação, seguida de aterragem automática. A visão durante os voos não tripulados do EC145, é proporcionada ao operador em terra através de câmaras instaladas  a bordo.

Equipa técnica em terra

Com esta capacidade completamente validada, a Eurocopter posiciona-se agora em busca de proporcionar capacidade OPV para toda a sua linha de helicópteros leves, médios e pesados, capacitando estas aeronaves com a possibilidade de serem pilotados a partir dos próprios helicópteros, ou à distância.



Fonte:Eurocopter
Tradução: Pássaro de Ferro

MARINHA PORTUGUESA: NEM SÓ PIRATAS SE COMBATEM NO ÍNDICO (M964 - 113PM/2013)


Porque nem só de missões bélicas se cumpre o destacamento da fragata NRP Álvares Cabral no Ocenao Índico. Durante esta manhã de 25 de abril, o atual navio-almirante da Força Naval da União Europeia, prestou cuidados médicos ao tripulante de uma embarcação durante uma operação de patrulha no Golfo de Áden. 
No âmbito da participação na Operação Atalanta no Oceano Índico, a fragata da Marinha Portuguesa realizou uma Friendly Approach a uma embarcação do tipo “Dhow”, com 42 pessoas a bordo, entre as quais, se encontravam 10 crianças.



Durante esta ação, a equipa de abordagem constatou que a embarcação apresentava condições precárias de habitabilidade, falta de alimentação e água, e um dos tripulantes apresentava sinais de extrema debilidade física. Face a esta situação, o Médico da fragata “Álvares Cabral” deslocou-se de imediato à embarcação para prestar assistência médica ao tripulante, confirmando tratar-se de um caso de pneumonia, tendo sido medicado em conformidade. Foi igualmente providenciada alimentação, água e sumos a toda a tripulação.



“Apesar da Fragata “Álvares Cabral” se encontrar nesta região em operações de combate à pirataria, o navio também está preparado para prestar auxílio humanitário à comunidade local sempre que necessário, como se pode constatar na ação realizada hoje”, referiu o comandante do navio.
Este tipo de ação tem como objetivo divulgar junto da comunidade local a presença da Marinha Portuguesa e da União Europeia no apoio à segurança desta região, sendo também uma oportunidade para divulgar a atividade desenvolvida pela Força Naval da União Europeia no combate à pirataria.
A "Álvares Cabral" dispõe de uma guarnição de 188 militares, dos quais 22 são militares femininos e enquanto navio-almirante embarca ainda o Comandante da Força Naval da União Europeia e o seu Estado-Maior, totalizando 212 militares a bordo.


Durante a participação na Operação Atalanta 2013, a Fragata Álvares Cabral tem a bordo um helicóptero Lynx Mk. 95 da Marinha Portuguesa.
A principal função do Lynx Mk 95 é condução de operações focadas na busca de superfície, com o objetivo de identificar embarcações suspeitas, nomeadamente “Dhows” e “Skiffs”, que apresentem evidências relacionadas com atividade da pirataria.
O Lynx Mk. 95 também pode ser empregue na condução de operações de guerra anti-submarina, “fast rope”, evacuação médica e transporte de passageiros e mercadorias.



Texto e Fotos: Marinha de Guerra Portuguesa
Adaptação: Pássaro de Ferro

F-22 DE LANGLEY PARTICIPAM NO RED FLAG (M963 - 36AL/2013)

Formação de caças F-22 Raptor - Foto: Senior Airman Matthew Lancaster, U.S. Air Force

Quarenta e dois pilotos da 192nd FW da Base Aérea de Langley, estado da Virgínia, viajaram para a Base Aérea de Nellis, em Las Vegas/Nevada para participar durante três semanas no exercício Red Flag."O Red Flag é uma oportunidade única de formação que se destina a preparar os pilotos para sobreviver aos primeiros dias de combate num teatro de guerra em larga escala", disse o Tenente-Coronel McAtee,   piloto da 192nd FW. 
As missões do Red Flag são realizadas durante o dia e também à noite e reúnem cerca de uma centena de aeronaves que lutam para ganhar o controle do espaço aéreo e cumprir suas missões. A Marinha dos EUA, Marinha e Força Aérea Real da Grã-Bretanha também participam com os seus meios, homens e aeronaves. Cada missão de combate é, por norma, efetuada com 40 a 50 aviões "inimigos/agressors". Estes "agressores" estão baseados justamente em Nellis  e operam permanentemente os caças F-15C e F-16C para se parecerem o mais possível com uma aeronave de tipo "ameaça".   

 Formação mista de F-16C e F-15C "Agressors" - Foto: Sgt. Kevin J. Gruenwald

A missão dos homens e caças da 192 nd FW no Red Flag é proteger as forças "amigas" destes agressores e estabelecer o "domínio do ar", com os seus caças F-22 Raptor.
"Com o advento do ambiente link e de dados, bem como de avançados sensores nos nossos aviões, temos a capacidade de manter elevados níveis de (SA - Situational Awarness) - Consciência Situacional  relativamente ao que está a acontecer em nosso redor, o que constitui uma grande mais valia já que o "inimigo" poderá não ter essa consciência, o que se torna numa enorme vantagem.", aludiu o Tenente-Coronel McAtee.
O TC McAtee voou missões mistas, isto é diurnas e noturnas, missões complexas que requeriam um dia inteiro para serem preparadas o que revela bem o grau de realismo que é posto em todo o exercício Red Flag e que faz dele o melhor e mais completo exercício militar do mundo.

Fonte: USAF
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


terça-feira, 23 de abril de 2013

PRIMEIRO NH90 BELGA JÁ VOA (M962 - 112PM/2013)

Foto: NHINdustries
No passado dia 5, voou pela primeira vez o primeiro NH90 destinado às Forças Armadas belgas. O aparelho, na versão NFH (Nato Frigate Helicopter), efetuou um voo de 45 miutos a partir das instalações da Eurocopter em Donauworth, na Alemanha.
A tripulação experimentou com sucesso os sistemas básicos deste helicóptero de nova geração. Durante as semanas seguintes, novos voos se realizaram, com vista a experimentar o comportamento da aeronave em voo e os sistemas de missão, com tripulações do cliente e do fabricante. 
As FAs belgas encomendaram um total de oito unidades do modelo, quatro na versão TTH para transporte tático e outros tantos NFH, a versão naval para operações marítimas.
Os NFH serão entregues com capacidade operacional completa standard, também conhecida como "step B". São muito similares às unidades já entregues à Marinha Holandesa, já em atividade, com a vantagem da experiência já adquirida durante o desenvolvimento das aeronaves holandesas.
"Este primeiro voo  é muito importante na medida em que a Componente Aérea Belga tem uma necessidade urgente de substituir os seus obsolescentes helicópteros Sea King" referiu na ocasião Xavier Poupardin, director delegado do fabricante NHI.
 O NH90 é um helicóptero da classe das 11 ton, configurado primariamente para executar operações navais, tais como busca e salvamento (SAR), ações anti-pirataria e  missões de transporte em todos os ambientes, de dia e de noite. Possui um sistema com alto nível de integração, glass cockpit com painéis multi-display, controlos de voo fly-by-wire de 4 eixos e AFCS (Sistemas Controlos de Voo Automáticos). Os sistemas de missão específicos incluem entre outros: Sensor Eletro-ótico, Sistema de Controlo e Comunicações Táticas, um radar multi-modo e sistema de monitorização e diagnóstico de bordo. A fuselagem é constituída por materiais compósitos de elevada resistência ao choque. Os dois motores Rolls Royce/Turbomeca RTM322 proporcionam potência de reserva em todos os ambientes de operação.
Possui ainda pré-instalação para uma variedade de sistemas adicionais que permitem adequar o helicóptero a várias outras missões que sejam necessárias, aumentando assim a sua flexibilidade.
A NHI, consórcio fabricante, é constituído pela AgustaWestland (32%), Eurocopter (62,5%) e Stork Fokker (5,5%).
O programa NH90 é o maior de sempre realizado na Europa e conta já com encomendas de 529 unidades confirmadas.

Fonte: NHIndustries
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro






segunda-feira, 22 de abril de 2013

REUNIÃO DE AVIAÇÃO DE CAÇA 2013 - BRASIL (M961 - 111PM/2013)


F-5EM aterra em Santa Cruz

A Reunião da Aviação de Caça (RAC 2013) da Força Aérea Brasileira (FAB)  teve início na passada quinta-feira (18/04/2013), na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), na cidade do Rio de Janeiro. 
Onze esquadrões participam num dos eventos mais tradicionais da FAB, que reúne diversas gerações de pilotos.
O anfitrião deste ano é o Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), que em dezembro completa 70 anos de criação. A programação estende-se até hoje dia 22 de abril, considerado o Dia da Aviação de Caça no Brasil. Os militares apresentaram-se na manhã do dia 18 ao Comandante da Terceira Força Aérea, Brigadeiro do Ar Luiz Fernando Aguiar. 

O apresentação dos pilotos participantes junto ao hangar do Zeppelin

“O dia 22 de abril de 1945 é lembrado como a data em que os pilotos do Primeiro Grupo de Aviação de Caça realizaram o maior número de missões na II Guerra Mundial. Ao celebrar esta data, nós preservamos a memória daqueles que representaram o país há 68 anos nos céus da Itália”, explica o  Brig. Aguiar. A III FAE é a unidade militar responsável pelas Aviações de Caça e de Reconhecimento da FAB. 

Os aviadores atenderam a palestras, nas quais tiveram oportunidade de aprimorar e de trocar conhecimentos dentro da sua área de atuação. A RAC também é considerada um momento de entendimento entre as unidades militares do país. Para simbolizar o momento, os pilotos utilizam o cachecol do Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5º GAV), o Esquadrão Joker,  que forma os futuros caçadores da FAB. 

Finalmente, para o dia da Aviação de Caça, foram programadas demonstrações operacionais com as aeronaves F-5EM, A-1 e A-29 Super Tucano, exposições de aeronaves e comemoração da data no Hangar do Zeppelin, homenagem aos veteranos de guerra no monumento memorial ao 1º GAVCA, além da entrega da medalha Brigadeiro Nero Moura aos pilotos mais antigos e de troféus para os destaques da nova geração de aviadores de caça. O evento é restrito a convidados civis e militares.


Esquadrões operacionais da Aviação de Caça da III Força Aérea (III FAE):

- Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Aviação (1º/1º GAV), Esquadrão Jambock - Base Aérea de Santa Cruz – Rio de Janeiro (RJ);

- Segundo Esquadrão do Primeiro Grupo de Aviação (2º/1º GAV), Esquadrão Pif Paf - Base Aérea de Santa Cruz – Rio de Janeiro (RJ);

- Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), Esquadrão Jaguar – Base Aérea de Anápolis – Anápolis (GO);

- Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (1º/3º GAV), Esquadrão Escorpião – Base Aérea de Boa Vista (RR);

- Primeiro Esquadrão do Quarto Grupo de Aviação (1º/4º GAV), Esquadrão Pacau - Base Aérea de Manaus (AM);

- Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAV), Esquadrão Poker – Base Aérea de Santa Maria - Santa Maria (RS);

- Primeiro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação (1º/14º GAV), Esquadrão Pampa - Base Aérea de Canoas - Canoas (RS);

- Primeiro Esquadrão do Décimo Sexto Grupo de Aviação (1º/16º GAV), Esquadrão Adelphi - Base Aérea de Santa Cruz - Rio de Janeiro (RJ);

- Segundo Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (2º/3º GAV), Esquadrão Grifo - Base Aérea de Porto Velho - Porto Velho (RO);

- Terceiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (3º/10º GAV), Esquadrão Centauro - Base Aérea de Santa Maria, Santa Maria (RS);

- Terceiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (3º/3º GAV), Esquadrão Flecha - Base Aérea de Campo Grande - Campo Grande (MS).

Esquadrão de instrução da Aviação de Caça da I Força Aérea (I FAE):
- Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5º GAV), Esquadrão Joker - Base Aérea de Natal - Parnamirim (RN).


Fonte:Agência Força Aérea
Adaptação: Pássaro de Ferro

domingo, 21 de abril de 2013

50 ANOS DE HISTÓRIA NUMA PINTURA (M960 - 110PM/2013)



A pintura alusiva aos 50 anos do Alouette III não foi das mais fáceis de enquadrar, pelo facto de se tratar de uma máquina com muitos anos e acontecimentos para retratar.
Foi no entanto um trabalho de rápido consenso entre as primeiras ideias que expus e aquilo que a esquadra esperava de mim.
Segundo sugestão do Comandante de Esquadra 552 TCor Carlos Paulino, no “76” dever-se-iam representar os cinco esquemas de pintura usados no Alouette III da Força Aérea Portuguesa e, era por isso, importante equilibrar todos, sem descurar aquilo que era o objetivo do empreendimento: que todos aqueles que passaram por esta máquina, ali se revissem.
Assim, dividimos a aeronave em três elementos principais:

Bombordo – Homenagem às esquadras em que serviu o Alouette nos três teatros de guerra do Ultramar através da utilização da cor Olive Drab  e aplicação de todos os emblemas das mesmas esquadras na porta (Esquadra 94, Canibais, Índios, Saltimbancos e Vampiros) e a data "1963" alusiva à entrada em serviço do modelo. A transição para a "cauda" foi feita através da colocação do elemento principal da Esquadra 552 (zangão), a última e atual operadora do modelo na FAP, a toda a altura da fuselagem. Sobre fundo branco, do último terço até ao final da “cauda” foi inscrito o logótipo da comemoração dos 50 anos do Alouette III em Portugal e “Força Aérea Portuguesa”. Estabilizador também pintado a olive drab, com o aviso de perigo a amarelo e a bandeira do mesmo tipo usado nas campanhas de África. Cruz de Cristo com o formato das décadas de 60 e 70.

Estibordo – Apresenta os dois atuais esquemas do Alouette III usados em Portugal: Camuflado e Rotores de Portugal. Ficou completo com a aplicação de todos os logos das esquadras em que serviu o AL III desde o regresso a Portugal depois da Guerra (Esquadras 33, 111 e 551), guardadas pelo patch de dimensão superior da esquadra 552, depositária das tradições e história de todas as outras.
Na zona dedicada aos Rotores encontram-se igualmente representados todos os patchs utilizados pela patrulha acrobática. Cruz de Cristo com o formato atual.
É ainda neste bordo mas na deriva,  que encontramos representada a principal missão fora do país, realizada no âmbito ONU em Timor Leste (UN068 + Patch+cor branca), onde a esquadra levou a cabo uma importantíssima missão de apoio próximo às populações e às Forças de Segurança, naquele que era então o mais recente país do mundo, com uma história intimamente ligada à da República Portuguesa.

O dorso da deriva do aparelho, pintado a vermelho, remete para os Alouette III usados nas missões de SAR (Busca e Salvamento), que tinham esta zona pintada em day glow.

Depois de completamente firmado este projecto, foi proposto pela esquadra, seguindo todos os procedimentos até à aprovação de sua Exª o General CEMFA.
Foi com enorme alegria que recebi alguns meses depois dois telefonemas, por parte do Ten. Ribeiro e do Zangão-Mor TCor Carlos Paulino, com a notícia de que teria que preparar o meu novo destacamento em Beja. Data encontrada, vontade suprema, dedicação à causa, espírito aeronáutico q.b. e plotter a caminho. Esperava-me "no outro lado da barricada" uma esquadra (pilotos, pessoal de voo e manutenção), com uma vontade igual à minha.
Não posso deixar de agradecer ao Paulo Mata do Pássaro de Ferro, pelo espírito de companheirismo e voluntariedade com que abraçou também este empreendimento.
No final, uma semana intensa, até que às 23:25 de sexta-feira, 12 de Abril concluíamos os trabalhos na “bolha”, com apenas uma saudação:
À MÁQUINA!!!!

Texto: Miguel Amaral










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