quinta-feira, 8 de março de 2012

SU-35 OU COMO FLANKEAR A MURALHA DA CHINA (M614-22PM/2012)


Apesar da excelente reputação o Su-35 Flanker E está atualmente em uso apenas na Rússia Foto: Sukhoi Company

A Rússia e a China estão perto de assinar um contrato de 4000M USD para a entrega de 48 unidades de Sukhoi Su-35 Flanker E para a Força Aérea Chinesa, foi revelado esta terça-feira por fontes militares em Moscovo. Os pormenores estão praticamente todos acertados, sendo o único obstáculo ainda pendente para um acordo total, a exigência de Moscovo de que Pequim garanta a proteção dos direitos de propriedade intelectual das aeronaves e se comprometa a não produzir Su-35 sem o devido licenciamento.

O Su-35 é um caça de alta performance e longo raio de ação                   Foto: Sukhoi Company

A Rússia pretende assim, não só assegurar a continuidade dos seus aviões de caça no mercado chinês, como também prevenir a produção de cópias pela indústria chinesa, com subsequente venda a terceiros a preços que inviabilizem a concorrência. A China tem um longo registo de produção de aeronaves baseadas em modelos russos e mais recentemente também de outras proveniências, nomeadamente o Chengdu J-10 (baseado no cancelado Lavi israelita) o Shenyang J-11 (cópia do Su-30 russo, de que falámos anteriormente no PF), o Chengdu FC-1 (motores russos e diversa tecnologia do Mig-29) ou ainda o  J-15 que é uma variante chinesa do Sukhoi T-10K-3, protótipo de um caça naval adquirido pela China à Ucrânia.

O Su-35, motorizado por dois turboreatores 117S com  vetorização, combina a alta manobrabilidade com a capacidade de enfrentar múltiplas ameaças através de armas guiadas pelo avião ou de orientação própria. É uma aeronave classificada como sendo de Geração 4++ usando tecnologia de 5ª Geração.

Os motores vetorizados do Su-35 são uma das chaves para a manobrabilidade do modelo      Foto: Sukhoi Company

A Rússia foi já a concurso com o Su-35 em várias praças, entre as quais Coreia do Sul, Índia, Brasil, Malásia e Argélia tendo sido desqualificado ou vencido pela concorrência. A compra de Su-35 esteve para ser concretizada pela Líbia, mas a guerra civil no país inviabilizaria o negócio. A Austrália, tradicionalmente próxima dos produtos Norte-Americanos, terá chegado a ponderar a aquisição de Su-35, devido aos problemas com o programa F-35 em que está envolvida, não se sabendo ao certo até que ponto não terá tudo passado de especulação. A Venezuela que adquiriu recentemente Su-30, tem uma encomenda de 24 Su-35 pendente desde 2008 e será aparentemente o primeiro operador do Su-35 fora da Federação Russa.

Na China o Su-35 irá conhecer novas paisagens                  Foto: Sukhoi Company
 Fonte: RIA

1 Comentários:

Anónimo disse...

É possivel que o Brasil tem interesse no caça SU 35, más, é necessário uma oferta russa que resultasse numa ampla cooperação que fosse rentável para ambas partes. Que teria lastros com carros, sistema de defesa etc.. Contudo, acho que a Russia não tem esse interesse, pois, o FX2 Brasil está arrastando devido o preço alto do Rafale e a não transferência de tecnologia do F18. Na pressão dos americanos é provável que o F18 vença, tudo isto, por falta de uma oferta que fosse irrecusãvel por parte da Rússia. Esta é uma opinião.

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