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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

F-4 IRANIANO ATACA ESTADO ISLÂMICO (M1740 - 329PM/2014)

F-4 ataca alvos no Iraque        Imagem extraída de vídeo Al Jazeera


Pelo menos um F-4 Phantom II iraniano atacou com bombas alvos do Estado Islâmico em Diyala, província oriental do Iraque, segundo se pode inferir de imagens difundidas em canais de TV locais.

Inicialmente mal identificado como um caça iraquiano pelas cadeias noticiosas, a silhueta permite contudo reconhecer um F-4 Phantom II. 
Dada a proximidade do local com a fronteira iraniana e a relutância do outro operador de Phantom na região (Turquia) em se envolver ativamente no conflito, deverá por exclusão de partes tratar-se de um F-4 da Força Aérea da República Islâmica do Irão (IRIAF).

Apesar do Irão ter oferecido Su-25 ao Iraque para contribuir na luta contra o EI (embora se suspeite serem pilotados por pilotos iranianos), estas imagens são a primeira prova de um envolvimento direto de Teerão no conflito.

As imagens exibidas pela Al Jazeera foram alegadamente captadas no dia 30 de novembro mostram um F-4 em apoio a tropas iraquianas na reconquista da cidade Sa'adiya, naquela que é tida como a maior operação governamental contra o EI desde junho.

Já algo comentada desde junho também, uma possível colaboração entre iranianos e americano, na luta contra o inimigo comum, parece agora ganhar consistência, quanto mais não seja através de mera coordenação, de  modo a evitar encontros indesejáveis no ar, entre os até há bem pouco tempo improváveis "aliados".


Silhueta de F-4 Phantom II claramente identificável aos 0:20 minutos:





segunda-feira, 6 de maio de 2013

OS RAIDES ISRAELITAS NA SÍRIA (M983 - 128PM/2013)


F-16 I Sufa israelita   Foto: IAF

Apesar de terem passado já alguns dias desde as primeiras informações de que aeronaves israelitas terão perpetrado ataques contra instalações sírias, dados concretos são ainda difusos.
Durante o dia de hoje, observadores internacionais alegam terem perecido 42 soldados sírios, em consequência dos ataques, com cerca de uma centena de de possíveis óbitos ainda por confirmar.
Os raides ocorreram durante a passada sexta-feira e no domingo de manhã, visando um armazém de armamento nos arredores de Damasco e/ou uma coluna de veículos transportando mísseis iranianos Fateh-110, alegadamente para uso por parte do Hezbollah, no Líbano, contra alvos em Israel.

Segundo algumas fontes, o uso de equipamento de guerra eletrónica terá permitido à Força Aérea Israelita efetuar os bombardeamentos, sem qualquer interferência das forças sírias.  Outras fontes contudo, alegam que as aeronaves israelitas não terão chegado a sobrevoar espaço aéreo sírio, tendo desferido os ataques a partir do Líbano, justificando assim a passividade das defesas sírias, que não esboçaram qualquer tipo de reação. Esta segunda versão é  perfeitamente verosímil, considerando o uso por parte da aviação da Estrela de David, de mísseis ar-solo do tipo Rafel Popeye ou Spice fabricados localmente, dado o raio de ação atribuído a estas armas, bem como o poder explosivo.

Apesar de numa primeira fase não ter havido confirmação dos ataques por parte de fontes oficiais israelitas, segundo informações mais recentes de fontes não-oficiais, estes terão sido aprovados numa reunião de segurança, presidida pelo Primeiro Ministro Netanyahu. Apesar de não confirmarem que o alvo seriam armas químicas, que vêm sendo faladas como estando a ser usadas na guerra civil síria, os alvos visados nos raides israelitas, foram descritos por oficiais deste país, como sendo "capazes de mudar o rumo dos acontecimentos".

Pelo resto do mundo, Rússia  e China expressaram alarme pelas repercussões que os ataques israelitas podem ter no equilíbrio delicado da região. Já dos EUA, que oficialmente alegam não ter sido informados previamente por Israel da iminência dos ataques, o executivo de Obama reafirma a intenção de não enviar tropas americanas para o conflito.



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

IRÃO FURTIVO? - REPRISE (M863 - 43PM/2013)

Qaher F-313        Foto:Agência FARS
No seguimento da divulgação com pompa e circunstância, do primeiro caça stealth (furtivo) totalmente produzido no Irão, as reações de especialistas (e até para olhos menos treinados) não se fizeram esperar: ao avião batizado Qaher F-313 foram apontadas várias falhas que comprometeriam o seu desempenho: tamanho geral muito pequeno, entradas de ar demasiado pequenas, um painel de instrumentos duvidoso para uma aeronave "high tech", já para não falar na estrutura interior do aparelho, visível no cockpit, a parecer (se não é mesmo) um chamado "mockup" (modelo à escala real), com a diferença de que provavelmente nem à escala real estaria.
Se da análise das fotos, a credibilidade da aeronave já deixava muito a desejar, a cereja no topo do bolo, foi um vídeo divulgado pela cadeia de TV estatal, alegadamente mostrando o Qaher 313 em voo, cuja análise parece não mostrar mais do que um modelo de rádio controlo com a forma do F-313.

Dado o "ceticismo" internacional quanto à veracidade da aeronave apresentada, do Irão chegou um comunicado através da agência MEHR, em que são descritas as 10 características principais do Qaher F-313, a saber (e ler com cautela):

"1- A utilização de duas entradas de ar proporciona ar ao motor. Devido a um ângulo indireto das entradas de ar a refletividade de radar é reduzida, tal como no F-35
2- Os gases quentes da exaustão são misturados com ar frio das entradas de ar, arrefecendo a massa de ar antes da saída pelo bocal de exaustão, reduzindo assim os efeitos do calor na superfície da aeronave.
3- A utilização de materiais que absorvem as ondas de radar tornam o Qaher F-313 uma aeronave furtiva
4- Considerando o comprimento e altura da aeronave ser inferior a 16 e 4 m, respetivamente, os dois compartimentos de  bombas têm capacidade para duas bombas de 900 kg, ou um número maior de bombas mais pequenas de precisão, ou mísseis, ou ainda pelo menos seis mísseis ar-ar da categoria R-17 ou PL-12.
5- A relativamente grande área dos estabilizadores verticais, cria estabilidade direcional favorável, tal como a inclinação das mesmas traz benefícios aerodinâmicos, nomeadamente em manobras laterais.
6- A grande canópia proporciona visibilidade a 360º, essencial para voos a baixa altitude, ataque ao solo e combates ar-ar a curta distância (dogfights).
7- As asas com ângulo lateral variável em forma de M, são um exemplo perfeito dos projetos indígenas, que são a melhor forma para os aviões.
8- O trem de aterragem de ciclo único é a melhor prova de que o F-313 é uma aeronave leve, com peso mínimo à descolagem de 12 a 14 toneladas e máximo de 20 toneladas.
9- O cockpit tem oito ecrãs analógicos, o que significa que a tecnologia MFD (multi functional displays) ainda pode progredir no F-313.
10- Considerando que a manche de comando, os sistemas de controlo, as superfícies móveis nas asas, leme e estabilizadores verticais são hidráulicos, o sistema não é fly-by-wire (comando computorizado).

No projeto do F-313, foi usado software avançado de design (CATIA), métodos de análise aerodinâmica tais como dinâmica dos fluidos computacional (CFD), com a ajuda de software de geração de matrizes (GAMBIT) e análise de fluidos (FLUENT), além de outros programas de design por computador, que demonstram um trabalho científico completo em várias áreas científicas nacionais, utilizadas no projeto do F-313."

Ora bem....
Vejamos ainda o vídeo:



Sem mais comentários.




domingo, 3 de fevereiro de 2013

IRÃO FURTIVO? (M860 -41PM/2012)


Qaher 313         Foto:Agência MEHR
Foi revelado ontem 2 de fevereiro de 2013 no Irão, o que alegadamente é o primeiro caça furtivo fabricado no país.
"Um avião avançado com uma aparência avançada, tem uma assinatura radar muito pequena e é capaz de operar e voar a baixas altitudes" disse o Ministro da Defesa iraniano, brigadeiro general Ahmad Vahidi à agência noticiosa estatal.
Vahidi alega que o Qaher 313 foi construído com materiais high tech e incorpora sistemas eletrónicos avançados. Adicionalmente, pode ser equipado com armas fabricadas indigenamente. A aeronave é descrita ainda como sendo capaz de aterrar e descolar em pequenas pistas.

Se o exterior pode enganar o interior levanta algumas dúvidas quanto ao verdadeiro significado de high tech  Foto:FARS
A conceção e fabrico é da Aviation Industries Organization  (AIO) que pertence ao Ministério da Defesa do país e o sistema de armas foi apresentado como sendo totalmente desenvolvido no Irão.
Hassan Parvaneh, diretor do projeto Qaher 313 diz ainda que o avião agora revelado "é o primeiro caça iraniano a usar uma asa de controlo dianteiro", representando por isso também um avanço aerodinâmico.
Dadas as pequenas dimensões da aeronave e sendo um monomotor, pensa-se que o motor que equipa será baseado no General Electric J-85 que se sabe o Irão possuir.

Shahed 285           Foto:Domínio público
A apresentação do caça Qaher 313, vem no seguimento de novos aparelhos apresentados pelo Irão, como o helicóptero o Shahed 285 ou o Toufan 2, claramente também baseados em modelos ocidentais, estando por isso visível uma campanha de reequipamento e simultaneamente de propaganda, não sendo por enquanto discernível até onde o novo equipamento significa de facto capacidade militar aumentada.
O futuro encarregar-se-á de o revelar.

Fonte:Flight Global
Adaptação: Pássarode Ferro


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

VANT AMERICANO ALVEJADO PELO IRÃO (M753 - PM112/2012)

MQ-1 Predator                                          Foto: General Atomics

Às 8:50h (GMT) do dia 1 de novembro de 2012, um Su-25 iraniano abriu fogo sobre um Veículo Aéreo Não tripulado (VANT/UAV) MQ-1 Predator norte-americano, alegadamente enquanto este efetuava misssão de vigilância sobre águas internacionais no Golfo Arábico.
Acerca de 16 milhas da costa iraniano, o Su-25 efetuou várias passagens à volta do Predator, disparando pelo menos duas rajadas de canhão, seguindo-o depois durante várias milhas, antes de o abandonar.
O VANT regressou contudo ileso à base sem ter sido atingido pelos disparos.
A informação apenas ontem foi confirmada pelo Pentagono, alegadamente por ter chegado ao conhecimento público por outras fontes, uma vez que se tratava de uma operação secreta.
Outra teoria é a de que terá sido retida, para ser revelada apenas depois das eleições nos EUA.
O Pentagono, aproveitou no entanto para informar que as missões de vigilância com VANTs são para continuar.
As missões com drones no Médio Oriente vêm levantando cada vez mais polémica de parte a parte, conforme o Pássaro de Ferro tem vindo a dar a conhecer em artigos anteriores sobre Israel, o Paquistão e mesmo já o Irão, quem dezembro de 2011 reclamou o abate de um outro modelo de VANT, então sobre o seu território em situação nunca muito bem esclarecida.



terça-feira, 30 de outubro de 2012

UM RAIDE SOBRE O SUDÃO (M743 - 104PM/2012)

F-15I israelita                                                    Foto:Autor desconhecido
Na madrugada de 24 de outubro de 2012 a cidade de Cartum no Sudão, foi abanada por violentas explosões provenientes do gigantesco complexo industrial de fabrico de armamento nas imediações da cidade. 
O Sudão apresentou posteriormente queixa nas Nações Unidas de que teria sido vítima de um ataque aéreo pela Força Aérea Israelita, facto até ao momento não desmentido nem confirmado pelas autoridades de Tel Aviv.
A fábrica de armamento era contudo apontada como sendo propriedade iraniana, fabricando rockets e mísseis, posteriormente fornecidos ao Hezbollah no Líbano e Hamas na faixa de Gaza para uso contra Israel.
Ainda que quase uma semana depois a autoria do ataque não tenha sido confirmada, este tem sido interpretado tanto como um aviso ao Irão, como um "ensaio geral" para um ataque às instalações nucleares persas, dada a similaridade de distâncias a percorrer a partir de Israel (cerca de 2000km).

Uma parelha de F-15I executam manobras defensivas                        Foto: Wikipedia

Soube-se entretanto, a partir de fontes não oficiais, que o ataque terá sido perpetrado por quatro F-15  transportando um par de bombas de 1000kg cada, enquanto outros quatro efetuavam o patrulhamento aéreo (Combat Air Patrol). Os caças-bombardeiros terão entrado no espaço aéreo sudanês a partir do  Mar Vermelho a leste, para evitar as defesas aéreas egípcias, num voo de cerca de quatro horas de ida e volta. A missão terá sido ainda apoiada por aviões-tanque que proporcionaram reabastecimento aéreo e uma aeronave de guerra eletrónica, que inclusivamente terá provocado um apagão nas telecomunicações sudanesas, cerca de uma hora antes do ataque.

F-15I são reabastecidos por um Boieng 707                                    Foto: Wikipedia

Apesar da semelhança de distâncias, as condições para um ataque ao Irão, são contudo bastante diversas, nomeadamente em relação às defesas aéreas do próprio Irão, bastante mais sofisticadas e numerosas que as do Sudão e também devido aos países que se encontram no caminho de um hipotético ataque ao estado persa, que podem tanto inviabilizar o sobrevoo do seu espaço aéreo, como impedir o efeito surpresa conseguido no Sudão.

O Irão entretanto, num gesto de "paz e amizade" deslocou uma força-tarefa naval para o Sudão, que foi recebida com cerimónia militar pelas autoridades locais.



sábado, 13 de outubro de 2012

"UAV DOWN"... À SEGUNDA (M728 - 94PM/2012)

Imagem do abate de um VANT sobre Israel a 6 de outubro de 2012      Foto: IDF/AP

Segundo notícias divulgadas pelo jornal "Times of Israel", o abate do Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT ou UAV) detetado a sobrevoar espaço aéreo israelita, não foi o sucesso previamente anunciado.
Além de ter voado durante cerca de 30 minutos enquanto os caças o tentavam detetar, o primeiro míssil disparado não foi bem sucedido, tendo sido necessário um segundo para finalmente destruir a aeronave.
O VANT foi primeiramente detetado pelo sistema de defesa aérea israelita, provindo do Mar Mediterrâneo, tendo sido enviados dois F-16 de alerta para o intercetar. Após conseguir aquisição do alvo, o piloto disparou um Python 5, considerado atualmente o míssil ar-ar mais avançado do arsenal israelita. Apenas um segundo míssil no entanto, atingiria o alvo.
Acerca do assunto, um oficial da Força Aérea Israelita, comentou serem os VANTs alvos muito pequenos e por isso difíceis de atingir com precisão todas as vezes, mesmo com sistemas de defesa aérea avançados. Esta não é a primeira vez que drones são detetados a voar sobre Israel, tendo o Hezbollah lançado vários no passado, mas foi no entanto o primeiro a não ser abatido à primeira tentativa.
O Irão reclamou ter o VANT captado imagens das instalações nucleares israelitas em Dimona. Israel negou essa possibilidade, dada a natureza primitiva do drone, e por isso incapaz de efetuar transmissão de dados em tempo real. 
O Líbano é dado como sendo a origem mais provável do veículo.

 
Fonte: Times of Israel

quinta-feira, 12 de abril de 2012

ENTERPRISE NO CANAL DE SUEZ (M631-32PM/2012)



A travessia do Canal de Suez pelo USS Enterprise e grupo de apoio      Foto: Daniel Meshel/US Navy

Foto: Daniel Meshel/US Navy

Foto: Randy Savarese/US Navy

Naquele que está previsto ser o ultimo destacamento, o porta-aviões americano USS Enterprise passou recentemente o Canal de Suez para se posicionar no Estreito de Ormuz, nas numa das zonas mais quentes do mundo.
Juntando-se ao USS Carl Vinson e USS John Stennis, no Oceano Índico, é a primeira vez que os Estados Unidos têm 3 porta-aviões naquela região do mundo.
Fácil é relacionar esta “coincidência” com o escalar da tensão nas relações com o Irão, devido ao programa nuclear em desenvolvimento no país persa.
Os rumores de que Israel estará na iminência de efetuar um ataque às instalações suspeitas de desenvolvimento de engenhos nucleares, são cada vez mais insistentes e ao que consta Telavive já terá conseguido autorização para utilizar bases aéreas do Azerbaijão e acesso ao Irão a partir deste país.
Por outro lado, um ataque e consequente aumento dos preços de combustíveis parecem recomendar que o mesmo seja feito apenas após as eleições nos EUA, sendo esta a principal razão que trava Israel, através de pressões nas ligações privilegiadas entre Washington e Telaviv.
A estratégia militar normalmente recomenda esconder um ataque quando este está iminente, pelo que poder-se-á desconfiar de tanto sinal nesse sentido. Mas a experiência diz  também  que a maior parte das vezes as coisas também são de facto o que parecem, e três porta-aviões nucleares na mesma zona podem ser apenas bluff até começarem a aplicar a sua enorme capacidade de projeção de força.
 
Foto: Harry Gordon/US Navy

Uma coisa é certa, para o Enterprise, o mais antigo porta-aviões americano em atividade, a velhice está longe de ser tranquila e o venerável vaso de guerra deverá navegar pelos ventos de guerra até aos seus últimos dias.


Foto: Daniel Meshel/US Navy

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

IRÃO - O QUE SE SEGUE? (M605-16PM/2012)



O porta-aviões USS Carl Vinson mantém-se no médio oriente como parte da 5ª frota da US Navy                                    Foto: US Navy/Carlos Vazquez II

Dois F/A-18 Hornet descolam do USS Carl Vinson sob  avigilância do USS Momsen, destroyer que integra o grupo de apoio ao porta-aviões no Mar Arábico   Foto: US Navy/George Bell

A questão nuclear iraniana não é de agora. Conta já um imensa série de episódios entre a Comunidade Internacional e o governo de Teerão, numa espécie de jogo do "gato e do rato" que dura já uma década. 
Se poucos acreditam que o ensejo de possuir tecnologia nuclear seja puramente o de produzir energia a baixos preços, já o verdadeiro estado de desenvolvimento dessa tecnologia é uma incógnita fora dos meios restritos de Teerão. 
E é precisamente essa ignorância um dos trunfos que o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad vai jogando, aliando-a à memória da guerra dos EUA no Iraque em 2003 e às "armas de destruição maciça" que afinal não passaram de fantasmas. 
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) de novembro de 2011 no entanto, concluiu num relatório inédito, que estiveram a ser desenvolvidas ações para a produção de um engenho explosivo nuclear em solo iraniano. 
Desde então as sanções financeiras e económicas do mundo ocidental não se fizeram esperar, congelando ativos do Irão no exterior e embargando as vendas de petróleo. Já em dezembro a queda de um UAV de vigilância americano RQ-170 Sentinel, em território persa, causou embaraço em Washington e foi troféu de exibição em Teerão.


O RQ-170 Sentinel capturado no Irão foi exibido na televisão estatal  

Por outro lado, Israel que há já vários anos vem colocando a hipótese de um ataque unilateral às instalações nucleares iranianas, garantindo serem as ameaças de retaliações iranianas um mero bluff, ainda não o fez, quiçá refreados pelo Tio Sam.   
Entretanto cientistas iranianos ligados ao programa nuclear foram assassinados, sem que a autoria dos ataques tenha sido reivindicada. As ameaças iranianas subiram de tom. Jogando com as eleições nos EUA em 2012 e com a memória da crise do petróleo que despoletou em 1979, o Irão propõem-se dar a volta ao texto: efetua exercícios navais no Estreito de Ormuz, chega a proibir os EUA de transitar por aquele importante canal de circulação e impõe do seu lado um embargo na venda do petróleo a nações consideradas hostis. 

Grupo de proteção do porta-aviões USS John Stennis em exercícios defensivos  Foto: US Navy/Kenneth Abbate

Passagem do porta-aviões USS Abraham Lincoln pelo Estreito de Ormuz     Foto: US Navy/Christopher Johnson

Apesar da passagem ser considerada de "rotina" pelos EUA, não houve lugar a facilitismos                                           Foto: US Navy/Christopher Johnson

Numa demonstração de força velada, aproveitando o render de um dos porta-aviões em destacamento no Golfo Arábico, os EUA transitaram já em 2012 com todos os poderosos meios de apoio aos porta-aviões USS Abraham Lincoln e Carl Vinson sem que qualquer ameaça real tenha surgido.
De igual modo, o Irão destacou meios navais no Mediterrâneo, o que nunca havia sucedido durante o atual regime (desde 1979), numa clara provocação a Israel e Europa, à qual mantém o seu embargo de petróleo.
Numa visita da AIEA entre 20 e 21 de fevereiro de 2012, cujos inspetores não foram autorizados a visitar as instalações da central de Parchin, manteve-se mais uma vez o impasse, agora e cada vez mais agravado.

O porta-aviões Abraham Lincoln (dir) rende no Mar Arábico o John Stennis (esq)  Foto: US Navy/Colby Neal

Para já os preços do petróleo dispararam, os EUA mantêm dois porta-aviões na região e Israel está, como de costume, de sobreaviso.
Enquanto alguns questionam uma vez mais, o direito de intervenção do Ocidente num país soberano, a alternativa é o espectro de uma Guerra Fria numa zona de ideologias radicais e regimes políticos instáveis.
O que se segue?

Céus de tempestade de novo no Mar Arábico?          Foto: US Navy/James Evans

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