terça-feira, 30 de outubro de 2012

UM RAIDE SOBRE O SUDÃO (M743 - 104PM/2012)

F-15I israelita                                                    Foto:Autor desconhecido
Na madrugada de 24 de outubro de 2012 a cidade de Cartum no Sudão, foi abanada por violentas explosões provenientes do gigantesco complexo industrial de fabrico de armamento nas imediações da cidade. 
O Sudão apresentou posteriormente queixa nas Nações Unidas de que teria sido vítima de um ataque aéreo pela Força Aérea Israelita, facto até ao momento não desmentido nem confirmado pelas autoridades de Tel Aviv.
A fábrica de armamento era contudo apontada como sendo propriedade iraniana, fabricando rockets e mísseis, posteriormente fornecidos ao Hezbollah no Líbano e Hamas na faixa de Gaza para uso contra Israel.
Ainda que quase uma semana depois a autoria do ataque não tenha sido confirmada, este tem sido interpretado tanto como um aviso ao Irão, como um "ensaio geral" para um ataque às instalações nucleares persas, dada a similaridade de distâncias a percorrer a partir de Israel (cerca de 2000km).

Uma parelha de F-15I executam manobras defensivas                        Foto: Wikipedia

Soube-se entretanto, a partir de fontes não oficiais, que o ataque terá sido perpetrado por quatro F-15  transportando um par de bombas de 1000kg cada, enquanto outros quatro efetuavam o patrulhamento aéreo (Combat Air Patrol). Os caças-bombardeiros terão entrado no espaço aéreo sudanês a partir do  Mar Vermelho a leste, para evitar as defesas aéreas egípcias, num voo de cerca de quatro horas de ida e volta. A missão terá sido ainda apoiada por aviões-tanque que proporcionaram reabastecimento aéreo e uma aeronave de guerra eletrónica, que inclusivamente terá provocado um apagão nas telecomunicações sudanesas, cerca de uma hora antes do ataque.

F-15I são reabastecidos por um Boieng 707                                    Foto: Wikipedia

Apesar da semelhança de distâncias, as condições para um ataque ao Irão, são contudo bastante diversas, nomeadamente em relação às defesas aéreas do próprio Irão, bastante mais sofisticadas e numerosas que as do Sudão e também devido aos países que se encontram no caminho de um hipotético ataque ao estado persa, que podem tanto inviabilizar o sobrevoo do seu espaço aéreo, como impedir o efeito surpresa conseguido no Sudão.

O Irão entretanto, num gesto de "paz e amizade" deslocou uma força-tarefa naval para o Sudão, que foi recebida com cerimónia militar pelas autoridades locais.



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