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domingo, 31 de dezembro de 2023

Centro Multinacional de Formação de Helicópteros com Capacidade Operacional Inicial em Sintra [M2455 – 87/2023]


Demonstração de helicópteros da FAP na cerimónia de transferência do MHTC para Sintra   Fotos: FAP/MDN

No dia 1 de janeiro de 2024 o Centro Multinacional de Formação de Helicópteros (MHTC), sediado na Base Aérea n.º 1 em Sintra, atingirá a Capacidade Operacional Inicial. A Capacidade Operacional Plena deverá ser alcançada em 2026. 

MHTC na BA1 em Sintra     Foto via MDN

O centro MHTC visa o desenvolvimento de capacidades militares de aeronaves de asa rotativa, reunindo diversas valências num centro multidisciplinar, incluindo simuladores de voo, para formação prática e doutrinária, e formação de instrutores. Ficará instalado em Portugal por um período mínimo de 15 anos. É um projeto da EDA do qual Portugal é agora o país anfitrião, disponibilizando as instalações e acolhendo os participantes dos 14 estados-membro.

Os programas de treino para helicópteros da EDA

Os helicópteros são um dos principais facilitadores das operações militares atuais, fornecendo capacidades de transporte e combate em todos os tipos de terreno.

Sem equivalente na NATO, os programas de helicópteros da EDA incluíram diversas actividades de formação, incluindo cursos de táctica, guerra electrónica e planeamento de Operações Aéreas Compostas - COMAO, exercícios multinacionais e um simpósio anual sobre tácticas de helicópteros.

Estas atividades visam melhorar a interoperabilidade entre as frotas de helicópteros europeus e promover formação para as tripulações e pessoal de terra em tácticas da guerra em operações modernas. Envolvem regularmente a participação de pessoal e meios das Força Aéreas, do Exército e da Marinha, incluindo helicópteros, jatos rápidos, aeronaves de transporte, equipamento de defesa aérea e tropas terrestres. 

Visitas ao MHTC em Sintra     Foto via MDN

“Os programas de helicópteros da EDA são um excelente exemplo da cooperação europeia em matéria de defesa”, disse o Chefe do Executivo da EDA, Jiří Šedivý, durante a cerimónia de transferência realizada em 28 de novembro de 2023, que contou com a presença da Ministra da Defesa de Portugal, Helena Carreiras, bem como de autoridades militares e civis de Portugal e dos países pertencentes aos programas de helicópteros da EDA e do MHTC. “A cooperação reforçada é uma necessidade se quisermos aumentar a prontidão, fortalecer a resiliência e modernizar as nossas Forças Armadas”, acrescentou. 

A Ministra da Defesa, Helena Carreiras por sua vez afirmou que: “O nosso compromisso conjunto para melhorar os projectos de defesa europeus, como o Centro Multinacional de Formação de Helicópteros, reflecte uma abordagem virada para o futuro, enfatizando a interoperabilidade e a preparação da cooperação”, acrescentando ainda "Somos capazes de responder em conjunto de forma mais eficaz aos desafios de segurança colectiva e, portanto, contribuir para um cenário europeu mais seguro e estável."

Após a cerimónia, os helicópteros realizaram uma demonstração de recuperação de pessoal envolvendo um AW-119 Koala e um EH-101 Merlin.

A EDA lançou as suas actividades de formação em helicópteros em 2008. Ajudou a colmatar uma lacuna de capacidades evidenciada pelas deficiências identificadas durante as missões europeias no Afeganistão e nos Balcãs, quando o pessoal militar não tinha conhecimentos em tácticas de helicóptero, e porque alguns Estados-Membros necessitavam de formação adicional à medida que mudavam de helicópteros da era soviética para modelos ocidentais mais recentes.  

São fundadores do MHTC: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslovénia, Finlândia, Grécia, Hungria, Itália, Portugal, Países Baixos, República Checa, Sérvia e Suécia.

Programas de treino de helicóptero da EDA em números

Entre 2009 e 2023, os exercícios da EDA mobilizaram mais de 340 helicópteros, 2.325 tripulantes e mais de 15.000 militares. Um total de 1.050 tripulantes de 20 países diferentes graduaram-se no Curso de Tática de Helicóptero da EDA ao longo das suas 81 edições. Além disso, 163 tripulantes de helicópteros de 10 países diferentes graduaram-se no Curso de Instrutores de Táticas de Helicóptero ao longo de suas nove edições

O 14º e último Simpósio de Táticas de Helicópteros da EDA ocorreu no início de novembro, quando cerca de 70 especialistas de 15 países europeus, incluindo a Ucrânia, bem como representantes da NATO, se reuniram para esse evento.

No total, instrutores militares e elementos da indústria aeronáutica ministraram mais de 20 cursos de planeamento de Guerra Eletrónica e Operações Aéreas Compostas. Além disso, a EDA criou os seus próprios Procedimentos Operacionais Padrão para helicópteros, que são a base para todo o treino e ajudam a promover a standardização e a melhorar os níveis de interoperabilidade.


Infografia: EDA

Todas estas atividades foram ministradas em toda a Europa, embora o treino em terra e em simulador tenha sido realizado exclusivamente no centro de treino de helicópteros da EDA, anteriormente localizado no Reino Unido, e desde 2020 em Portugal.

Além disso, durante a última década e meia, a EDA forneceu uma filosofia de treino de helicópteros e actividades que proporcionaram resultados valiosos, tangíveis e imediatos aos Estados-Membros, e que apoiaram a melhoria da capacidade dos helicópteros europeus e da interoperabilidade de tripulações de helicópteros.

A EDA como catalisadora

Mesmo com o sucesso da EDA na formação de helicópteros, o Chefe do Executivo, Šedivý, sublinhou o papel mais amplo da Agência no estabelecimento da cooperação em defesa na União Europeia. A principal tarefa da EDA não é ser um instituto de formação, mas sim um catalisador de actividades cooperativas, disse. 

“Estamos aqui para lançar iniciativas que possam proporcionar um valor acrescentado aos Estados-Membros. Quando atingem um nível de maturidade suficiente, transferimo-los para Estados-Membros ou organizações multinacionais dispostos e capazes, permitindo que a AED liberte recursos e se concentre no desenvolvimento de novas iniciativas», acrescentou Šedivý. 

A Agência Europeia de Defesa (European Defense Agency - EDA) entregou por isso agora os seus programas de formação de helicópteros de longa duração, a um centro dedicado em Portugal, marcando o fim de um dos empreendimentos de maior sucesso da Agência, nos seus 19 anos de história. 

Fonte: EDA e Ministério da Defesa
Adaptação: Pássaro de Ferro


segunda-feira, 1 de novembro de 2021

CONCLUÍDO 7º CURSO DE INSTRUTORES DE TÁTICAS DE HELICÓPTEROS [M2278 - 66/2021]

Os participantes da fase de voo do 7º HTIC        Foto: EDA

O 7º  Curso de Instrutores de Tácticas de Helicópteros (HTIC) da Agência Europeia de Defesa decorreu ao longo de sete semanas repartidas pela Base Aérea nº1 em Sintra, Portugal e na Base Aérea de Pápa na Hungria.

Concluído a 22 de Outubro de 2021, o curso começou no dia 30 Agosto, com uma fase teórica de quatro semanas e treino em simulador na BA1 em Sintra. Seguiu-se depois um destacamento de três semanas na Base Aérea do Pápa na Hungria, onde os participantes realizaram a fase de voo do curso. 

Simulador do Centro Multinacional de Treino de Helicópteros em Sintra

Apoiada por pessoal da Força de Defesa Húngara e da Base Aérea do Pápa, a fase de voo incluiu um cenário operacional complexo com realização de voos em formação com diferentes aeronaves, treino de evasão contra uma série de ameaças aéreas, Guerra Eletrónica (EW) contra sistemas terrestres e aéreos e toda uma panóplia de tarefas adicionais, tais como assalto de helicóptero, escolta de veículos terrestres e apoio mútuo. 

Fase de voo do HTIC em Pápa

O curso foi conduzido pela equipa de instrutores-chefe de HTIC da EDA e ministrado a tripulações austríacas, checas, alemãs, húngaras, portuguesas e suecas, voando em seis tipos diferentes de helicópteros: AW109, EH101, H145M, Mi-171, OH-58 e UH-60.

Os instrutores vieram da Áustria, Alemanha e Suécia, juntamente com algum apoio contratado da Inzpire Ltd. O curso contou além disso, com o suporte de aeronaves de asa fixa dos L-159 ALCA checos e JAS39 Gripen húngaros, atuando principalmente como ameaças durante o treino dos helicópteros. Os equipamentos de Guerra Eletrónica foram fornecidos pela Áustria e pela Hungria.

No total, foram concedidas 18 qualificações de Bronze, 7 de Prata e 3 de Ouro, garantindo uma importante contribuição para o quadro internacional de Instrutores de Táticas de Helicóptero (HTI).

Tripulações portuguesas das Esquadras 552 e 751 participantes no 7º HTIC      Foto: FAP

Os três elementos principais do HTIC são o treino de evasão, guerra eletrónica e operações avançadas. São inicialmente ministrados como capacidades autónomas, antes de serem reunidos num ambiente complexo e não permissivo, no âmbito do planeamento e execução de Operações Aéreas Compostas (COMAO).

O Curso de Instrutores de Táticas de Helicópteros (HTIC) é uma atividade de treino avançado de helicópteros destinada a formar instrutores de táticas para helicópteros, que possam depois transmitir nacionalmente os procedimentos táticos padronizados aprendidos, de modo a promover a interoperabilidade entre as unidades de helicópteros europeias e facilitar a prontidão para atividades combinadas futuras. Isto é feito independentemente do tipo de helicóptero usado e vem sendo implementado desde 2013. A partir de 2021, a sua localização mudou para Base Aérea n.º 1 em Sintra (Portugal), onde é executada a fase teórica e simulador do curso, e para a Base Aérea do Pápa (Hungria), onde é realizada a fase de voo.

O HTIC fornece, às tripulações participantes, capacidades e conhecimentos para por sua vez ensinarem táticas avançadas às tripulações operacionais dentro de cada uma das suas próprias organizações nacionais. As tripulações graduadas devem ainda auxiliar na execução do Programa de Exercícios de Helicópteros (HEP) da EDA, o Curso de Táticas de Helicóptero (HTC) e em futuros HTIC. Os diplomados com êxito no curso recebem uma qualificação reconhecida por outros Estados-Membros.

 Os cursos HTIC duram dois anos: no primeiro ano, os futuros instrutores refinam ao máximo os seus próprios conhecimentos de táticas avançadas de helicópteros e no segundo ano, a ênfase muda para desenvolver a capacidade dos participantes em ensinar essas táticas. Por sua vez, instrutores que tenham demonstrado capacidades excecionais ao ministrar o curso, são selecionados individualmente para regressar uma terceira vez e lecionar juntamente com os instrutores permanentes, para atingirem finalmente a qualificação Ouro de instrutor e tornarem-se instrutores de futuros HTIC e/ou integrar a Equipa de Instrutores Chefe do HTIC.

Fonte: EDA



domingo, 21 de fevereiro de 2021

MUSEU DO AR - Ensaio Fotográfico [M2226 - 14/2021]


O Museu do Ar tem por missão "colecionar, conservar e preparar para exposição pública o património histórico-museográfico aeronáutico de relevância histórica".

No 53º aniversário da criação oficial do Museu do Ar o Pássaro de Ferro publica aqui um ensaio fotográfico em que ficaram registadas algumas das aeronaves preservadas no polo de Sintra.









O acervo do Museu do Ar possui uma das mais interessantes coleções da Europa, entre aeronaves completas ou cockpits, motores, cadeiras de ejeção ou outras peças, distribuídas pelos polos de Sintra, Alverca e Ovar.
Para ver ou rever, assim que as condições de saúde pública o permitam.


quarta-feira, 21 de outubro de 2020

1º CURSO NO CENTRO DE TREINO TÁTICO DE HELICÓPTEROS EM SINTRA [M2192 - 110/2020]

Participantes do 4º Curso de Guerra Eletrónica da EDA em Sintra      Foto: FAP
 

O 4º Curso de Guerra Eletrónica da Agência Europeia de Defesa (EDA), que envolveu mais de uma dezena de participantes da Bélgica, Hungria, Itália, Portugal, Suécia e Ucrânia, teve lugar na Base Aérea nº1 (BA1) em Sintra, entre 5 e 16 de Outubro de 2020 . Foi o primeiro curso direcionado a tripulações de helicópteros, realizado nas novas instalações de formação da EDA, instaladas ao longo dos últimos quatro meses na BA1, e que acolherá também o futuro Centro Multinacional de Treino de Helicópteros (MHTC) até meados de 2023.

O curso de Guerra Eletrónica, que faz parte das diversas atividades de treino de helicópteros da EDA, permitiu aos participantes aprofundar os conhecimentos e especialidades sobre Guerra Eletrónica e a sua aplicação nos atuais teatros operacionais. De briefings sobre ameaças, a aulas de matemática, foram abordados uma série de tópicos, com o objetivo de aumentar o conhecimento dos formandos, que também tiveram a oportunidade de compartilhar experiências entre si, apesar das medidas cautelares estritas da Covid-19, postas em prática pela Força Aérea Portuguesa (FAP) e pelas autoridades de saúde do país.

Segundo a EDA, após meses de intensa preparação, o centro de formação de Sintra reúne todas as condições necessárias para a realização de uma formação de qualidade para os programas da EDA, Helicopter Exercise Program (HEP), Helicopter Tactics Course (HTC) e Helicopter Tactics Instructors Course (HTIC). 

O centro é constituído por um edifício de escritórios e salas de aula e um hangar, construído para acomodar um simulador avançado de missões de helicóptero. O simulador, de última geração, é composto por dois cockpits completos e cabines traseiras, permitindo o treino de todos os tripulantes, tanto pilotos como operadores de sistemas. Baseado na mais recente tecnologia de simulação, o dispositivo de treino possui software VBS4 integrado numa base de dados mundial, um modelo de voo muito realista e um EW Defense Suite (Sistema de Defesa de Guerra Eletrónica) completo, o que permitirá às tripulações melhorar e aumentar as capacidades táticas e conhecimentos, em qualquer tipo de ambiente físico ou tático.

As novas instalações de formação irão garantir a continuidade dos atuais programas da EDA até meados de 2023, altura em que serão integralmente entregues ao Centro Multinacional de Formação de Helicópteros (MHTC), também a ser sedeado em Sintra, que assumirá a gestão dos três programas de helicópteros da EDA. Segundo o ministro da Defesa João Gomes Cravinho referiu, em entrevista à revista da EDA em Julho transato, "Em relação ao quadro de pessoal, o MHTC terá dez cargos permanentes, além do pessoal temporário responsável pelos cursos académicos e simulador. Em princípio, a Força Aérea Portuguesa será responsável por cerca de 50% destes postos permanentes, com pessoal dedicado a tempo inteiro." O titular da pasta da Defesa do Governo português referiu ainda que, apesar da FAP não ter estado envolvida até ao momento nos programa HTIC, está sob consideração essa hipótese.

NH90 do Exército Alemão em Portugal no Hot Blade 2018

Gomes Cravinho adiantou na mesma ocasião, que Portugal irá organizar o exercício Hot Blade 2021, tendo já manifestado disponibilidade para organizar o mesmo exercício - do qual é já o organizador mais frequente - em 2024, 2027 e 2030.


sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

CENTRO MULTINACIONAL DE TREINO DE HELICÓPTEROS - Cursos arrancam em Agosto [M2088 – 06/2020]



O primeiro curso para pilotos no Centro Multinacional de Treino de Helicópteros (MHTC) em Sintra, terá início em Agosto de 2020, segundo revelou o ministro da Defesa João Gomes Cravinho.

"Já a partir de Agosto de 2020 teremos o primeiro curso e o centro de formação de helicópteros estará em pleno funcionamento a partir de 2021, com os simuladores", referiu em declarações à Agência Lusa.

A decisão de localizar o MHTC na Base Aérea nº 1 em Sintra, foi conhecida em Julho de 2019, tal como o Pássaro de Ferro então noticiou.
Mas além de receber o referido centro de treinos para pilotagem de aeronaves de asas rotativas, Portugal irá liderar o mesmo centro durante o primeiro ano:

"Foi confirmado esta semana o resultado para o qual estamos há bastantes meses a trabalhar, que é a liderança portuguesa do centro multinacional de helicópteros que se instalará em Portugal, em Sintra, e que será o maior centro europeu para a formação de pilotos e tripulações de helicópteros. (...) Será uma liderança portuguesa que dará lugar à autonomia da instituição. Somos responsáveis por albergar o centro em Sintra com todo o processo que levará ao seu funcionamento autónomo a partir de 2021", completou o ministro, sublinhando que Portugal manterá sempre "uma preponderância" nesta liderança.

O MHTC irá congregar três pólos de treino até agora dispersos pela União Europeia, numa decisão  que teve o processo do Brexit como catalisador. A escola terá entre 20 a 25 pilotos em permanência, num total de até duas centenas por ano e representará um investimento português de 4M EUR.






quinta-feira, 19 de setembro de 2019

30 ANOS E 100.000 HORAS DE EPSILON NA FAP [M2062 - 49/2019]

O TB-30 Epsilon n/c 11402 em voo com a pintura comemorativa das 100.000 horas de voo/30 anos na FAP     Foto: Esq.101

A Esquadra 101 -"Roncos", da Força Aérea Portuguesa comemora este ano 30 anos de operação da frota TB-30 Epsilon, tal como o Pássaro de Ferro oportunamente deu conta.

Por coincidência, atravessaria igualmente a 27 de Junho de 2019, a marca redonda das 100.000 horas de voo na mesma aeronave com as cores portuguesas, motivo só por si suficiente para uma comemoração condigna.




Estes dois marcos foram assim assinalados com uma pintura comemorativa no Epsilon n/c 11402, apresentada no passado dia 14 de Setembro, numa cerimónia que reuniu pilotos instrutores e pessoal da manutenção da Esquadra, e que contou ainda com a presença do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Joaquim Borrego, do Comandante Aéreo, Tenente-general Eurico Craveiro, e do Tenente-general Carlos Gromicho, RONCO 01, que, juntamente com o Capitão Hungria Teixeira, pilotou em 1989 a primeira aeronave Epsilon, de França até à Base Aérea N.º 1.







Ao longo destas três décadas de operação do Epsilon, foram formados 480 pilotos militares e 119 pilotos instrutores.

VÍDEO 30 ANOS DE EPSILON



Agradecimentos: Fábio Gonçalves






quarta-feira, 17 de julho de 2019

CENTRO EUROPEU DE TREINO DE HELICÓPTEROS EM SINTRA [M2047 - 34/2019]

Imagem do exercício Hot Blade patrocinado pela EDA realizado em Portugal


Tal como o Pássaro de Ferro havia dado conta anteriormente, Portugal tinha uma candidatura bem encaminhada para receber o futuro centro europeu de treino dedicado às aeronaves de asa rotativa.
Apesar de correr praticamente sozinho numa primeira fase, uma candidatura da Alemanha ainda fez duvidar do destino do centro que irá centralizar o treino de tripulações de 17 países europeus. Ontem contudo, seria finalmente anunciada a decisão favorável à proposta nacional.
Antes disso, a Força Aérea Portuguesa organizou por quatro vezes o exercício "Hot Blade" direccionado também às asas rotativas e patrocinado pela mesma Agência Europeia de Defesa, que agora entrega o futuro Centro Multinacional de Treino de Helicópteros, ao nosso país.

No comunicado do Ministério da Defesa a propósito, pôde ler-se:

"O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, anunciou esta terça-feira 16 de Julho de 2019, que o Centro Multinacional de Treino de Helicópteros (MHTC, na sigla em inglês), vai ficar localizado em Portugal.  

“Estaremos efetivamente em condições de abrir esse centro de formação em Sintra em 2021”, afirmou o Ministro da Defesa numa conferência de imprensa conjunta com Jorge Domecq, Diretor-Executivo da Agência Europeia de Defesa (EDA), a quem “tive oportunidade de agradecer pelo trabalho que fez para criar as condições para que o centro de formação multinacional de helicópteros viesse para Portugal”.

O Centro Multinacional de Treino de Helicópteros, que vai ficar localizado na Base Aérea nº1 de Sintra, “é um centro de formação que eu creio que será de grande valor acrescentado para Sintra, para a Força Aérea, para o nosso país, como também para a formação de pilotos e tripulações de helicóptero dos países da União Europeia", afirmou João Gomes Cravinho, que estima a vinda, ao longo do ano, de “até uns 200 pilotos e membros de tripulações de helicópteros em formação permanente”, de pelo menos 17 países.

O Diretor-Executivo da EDA, Jorge Domecq afirmou-se entusiasmado com a escolha de Portugal, cuja candidatura era “a melhor e mais completa opção” e lembrou que “a origem deste programa está na EDA desde 2009” e procura “fornecer uma abordagem standard ao treino das diferentes equipas dos diferentes Estados-membros para operações”.

Com um investimento “na ordem dos quatro milhões de euros” do lado português, o Centro de Formação Multinacional de Helicópteros vai reunir na Base Aérea n.º 1, em Sintra, três polos que até agora estavam localizados em países diferentes: um para exercícios, outro de treino dos pilotos e ainda o de treino de tripulação."

Segundo o Ministério da Defesa mostraram interesse em integrar o MHTC, além de Portugal, a Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Croácia, Eslovénia, Espanha, Finlândia, Grécia, Hungria, Itália, República Checa, Reino Unido, Suécia, e ainda a Sérvia, Suíça e Ucrânia fora da União Europeia.
O MDN adiantou ainda que está também previsto um “centro de simuladores tácticos que permitirão uma formação com cenários de conflitos irregulares, guerra urbana, busca e salvamento”.


sábado, 2 de fevereiro de 2019

30 ANOS DE EPSILON NA FAP [M2019 - 06/2019]

Os TB-30 Epsilon no seu ambiente natural.       Foto: Cap. Abreu/Esq.101

Cumpriram-se ontem, 1 de Fevereiro de 2019, exactamente 30 anos sobre a entrega oficial do primeiro TB-30 Epsilon à Força Aérea Portuguesa (FAP).
Decorria então o ano de 1989 e seria apresentado pelo então ministro da Defesa Eurico de Melo na Base Aérea nº1, em Sintra.
Dezassete unidades mais em cor branca, com as extremidades em dayglo laranja, seriam destinadas a substituir os DHC-1 Chpimunk na função da instrução básica de pilotagem na FAP, com a Esquadra 101 - Roncos.

As suas características  (elevada velocidade de cruzeiro, robustez e capacidade de +6.7 e -3.35Gs), conferem-lhe capacidade para simular um pequeno avião convencional, pelo que um par de anos volvido, passaria a acumular parte do curso realizado até então no T-37, com a súbita retirada desta frota em 1991.

Um TB-30 Epsilon na BA11 com pintura branca inicial

Em 1993 segue-se uma relocalização para a Base Aérea nº11 em Beja, onde a Esquadra 101 iria operar durante mais de uma década.

Formação de TB-30 Epsilon da FAP
Nos últimos tempos em Beja, ainda em 2008, foi adoptado no primeiro avião (11416), o novo padrão de pintura em tom cinza NATO, mantendo as mesmas superfícies em dayglo laranja.
Entretanto em 2009 dar-se-ia o regresso às origens em Sintra, sendo as restantes células repintadas à medida que iam sendo submetidas a manutenção de 3º Escalão.

De regresso à BA1 em Sintra já com a nova "roupagem" cinza
A pintura comemorativa das 80.000 horas de voo agora vista de estibordo no solo

A frota operada pela Esquadra 101, conta actualmente com perto de 100.000 horas de voo, durante as quais muitas gerações de pilotos da Força Aérea, Marinha e Exército ganharam as suas asas.

Instrutor e aluno junto ao Epsilon com a pintura comemorativa dos 25 anos da frota em 2014, BA1, Sintra



sexta-feira, 12 de outubro de 2018

MONTIJO - ACORDO PELA REORGANIZAÇÃO DOS MEIOS DA FORÇA AÉREA (M2005 - 65/2018)

Estuário do Tejo e Base Aérea nº6, Montijo


A desmobilização parcial dos meios da Força Aérea Portuguesa da Base Aérea nº6, no Montijo, custará 115M EUR, a serem suportados integralmente pela ANA- Aeroportos de Portugal.
Incluirá a relocalização da Esquadra 751, que opera os helicópteros EH101 Merlin, para a BA1 em Sintra e da Esquadra 502 dos C295M para a BA11, em Beja.

Os Lynx da Esquadrilha de Helicópteros da Marinha, assim como a Esquadra 501 que operará futuramente os KC-390, continuarão a operar na BA6.

O acordo que terá já sido alcançado, segundo garante o jornal "Público", faz parte de um plano mais alargado, e que contempla ainda reajustes nas áreas utilizadas pela Força Aérea no aeroporto de Lisboa. Nomeadamente o  Aeródromo de Trânsito nº1, irá mudado de sítio e será convertido num verdadeiro "aeroporto de Estado", onde os Falcon 50 da esquadra 504 da FAP (transporte VIP) continuarão a operar. Já o hangar utilizado normalmente pelas Forças Nacionais Destacadas será deslocalizado para o Montijo, passando o embarque de tropas para o estrangeiro a realizar-se portanto, na margem Sul.

Sintra, passará a ser uma base essencialmente para os helicópteros militares, ao concentrar aí a frota EH101 Merlin e os novos AW119 Koala, que substituirão a curto prazo os Alouette III, até agora sedeados em Beja. Em Sintra ficará também a partir de 2021 o Centro Multinacional de Treino de Helicópteros da Agência Europeia de Defesa, caso a candidatura portuguesa seja vencedora.

A Beja, regressará depois de cerca de uma década em Sintra, a Esquadra 101, que opera os TB-30 Epsilon, de instrução básica de pilotagem.






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