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terça-feira, 26 de março de 2019

MARROCOS AVANÇA PARA F-16V [M2030 - 17/2019]

F-16C Bloco 52 da Real Força Aérea de Marrocos


O Departamento de Estado dos EUA aprovou a venda de 25 F-16C/D Bloco 72, bem como a actualização de 23 células existentes para o mesmo padrão, também designado F-16V.

Os caças novos e respectivo equipamento associado estão avaliados em 3790M USD, enquanto os kits de upgrade somam um total de 985M USD.

O Governo de Marrocos requisitou 25 Lockheed Martin F-16C/D Bloco 72, 29 motores Pratt & Whitney F100-229 , 26 radares APG-83 AESA, 26 computadores de missão modulares, 26 sistemas d einformação link 16, 26 sistemas de navegação GPS Grumman LN260 e 40 capacetes JHMCS, entre outros sub-sistemas.
O armamento incluído na encomenda contempla ainda 30 canhões General Dynamics M61 Al Vulcan 20mm; 40 mísseis AMRAAM Raytheon AIM-120C-7; 60 bombas de pequeno diâmetro Boeing GBU-39/B; 12 bombas General Dynamics MK82, além de 26 targeting pods Lockheed Martin AN/AAQ-33 Sniper.

O pacote para upgrade da frota existente inclui o mesmo número de sistemas, e ainda 26 sistemas de gestão de guerra electrónica Harris AN/ALQ-213, 26 sistemas AIFF e 26 sistemas de auto-protecção electrónica AN/ALQ-211.

Marrocos terá ainda requisitado seis pods de reconhecimento DB-110 de aplicação na estação ventral da fuselagem.

"Esta proposta de venda irá contribuir para a política externa e segurança nacional dos EUA, ao ajudar a melhorar a segurança de um aliado maior não-NATO, que continua a ser uma importante força de estabilidade no Norte de África" pode ler-se no memorando do Departamento de Estado.
"A venda proposta contribuirá para as capacidades de auto-defesa de Marrocos. A compra irá aumentar a interoperabilidade com os EUA e melhorar a capacidade de Marrocos integrar operações conjuntas, tal como sucedeu em missões contra o ISIS no Iraque e Síria".

A Real Força Aérea de Marrocos opera actualmente 15 F-16C e 8 F-16D Bloco 52, tendo perdido um F-16C a 10 de Maio de 2015 em combate no Iemen.



quinta-feira, 19 de julho de 2018

F-16 PARA A ROMÉNIA SAIRÃO DA FAP (M1987 - 47/2018)

F-16 portugueses (esq) e romenos (dir) na base aérea de  Monte Real


No seguimento da notícia que aqui divulgámos na passada segunda-feira 16 de Julho, dando conta do interesse romeno em adquirir mais F-16 portugueses, ficou a dúvida sobre a proveniência das células a alienar.

Em resposta à Agência Lusa, o Ministério da Defesa confirmou esta quinta-feira a venda à Roménia, tendo adiantado que as aeronaves sairão do "inventário nacional", sendo posteriormente repostas por outras adquiridas aos EUA: "Tal como no programa anterior, as aeronaves a alienar fazem parte do inventário nacional, sendo repostas por aeronaves adquiridas aos EUA que são sujeitas a um programa de atualização, `Mid-Life Upgrade´, conduzido pela Força Aérea Portuguesa e pela Indústria de Defesa Nacional".

Em resposta ao pedido de informação realizado pela Roménia, o ministro da Defesa Azeredo Lopes deu despacho favorável ao processo, tendo a Força Aérea Portuguesa respondido poder ceder "até cinco aeronaves adicionais" [às 12 já alienadas].

O negócio necessita contudo ainda da anuência dos EUA, de onde são oriundos os F-16, mas dado o anterior processo de venda, bem como a parceria também estabelecida com Portugal para similar venda à Bulgária, será de crer não existirem impedimentos desse quadrante. Apesar da Roménia ter feito saber pretender as aeronaves com a maior brevidade possível, a calendarização da venda está, ainda assim, dependente destes aspectos burocráticos a resolver.

Ao contrário do que sucedeu com a primeira encomenda para a Roménia, em que nove aeronaves estavam no mercado como excedentes, a frota em uso na Força Aérea Portuguesa está actualmente reduzida ao número considerado ideal para as necessidades nacionais (30 células). Na verdade está ainda abaixo desse número, dado que as três células adquiridas aos EUA para completar as três dezenas definidas, não foram ainda entregues à FAP pela OGMA, onde se encontram em processo de modernização.

Entre compromissos da NATO  (NRF e patrulhamento aéreo de países aliados), patrulhamento aéreo do espaço aéreo nacional e treino de pilotos, o número de aviões disponíveis é por isso exíguo. Se retirarmos ainda os aviões em manutenção e o baixo número de mecânicos de material aéreo para lhes fazer face, este número é ainda menor. Qualquer alienação pode implicar por isso, uma redução da capacidade operacional da Arma Aérea nacional.

Apesar do comunicado do Ministério da Defesa referir que os aviões de reposição serão sujeitos ao programa Mid Life Upgrade (MLU), será também de questionar esta lógica, de continuar um programa que está em final de vida, quando existe já o padrão V, que torna as aeronaves compatíveis com caças de última geração e a par com a tecnologia "state of the art" dos aliados.

Esperamos para ver se há capacidade política para transformar numa oportunidade de modernização, aquilo que à partida parece ser apenas mais uma delapidação da capacidade de defesa nacional.





segunda-feira, 16 de julho de 2018

ROMÉNIA QUER MAIS F-16 PORTUGUESES (M1985 - 45/2018)

F-16 romenos e portugueses: uma parceria para continuar


O ministro da Defesa romeno revelou na passada sexta-feira 13 de Julho de 2018, a intenção de adquirir mais cinco F-16 a Portugal, a adicionar à encomenda inicial de doze, entregues entre 2016 e 2017, e a operar no país dos Cárpatos.

Em declarações à imprensa local, Mihai Fifor acrescentou que o pedido foi realizado pelo secretário de Estado Mircea Dusa, durante a visita que este realizou a Portugal no início de Julho.
A intenção é de aumentar a actual frota de F-16 romena que inclui nove versões monolugares e três bilugares, com mais quatro monolugares e um bilugar.

Sobre os valores envolvidos no potencial negócio, Mihai Fifor não se alongou, tendo adiado a questão para depois:"Falaremos sobre o montante a pagar por estes aviões mais no final do ano, quando temos a intenção de levar uma Lei ao Parlamento, para continuar o programa F-16. É ainda cedo para falar de custos neste momento", concluiu acerca do assunto.
A Roménia pagou um total de 628M EUR pela dúzia de F-16 iniciais, embora este valor incluísse treino de pilotos e técnicos, bem como material de apoio e armamento.

As ambições da Roménia de aumentar a sua frota de F-16 não se esgotam contudo nesta segunda encomenda a Portugal: "No próximo período, discutiremos também os outros 36 F-16 que queremos comprar. Temos várias possibilidades em equação, falámos com vários Estados que têm F-16 e que os podem disponibilizar para venda, incluindo os EUA, Israel ou Grécia".

Esta vontade de criar mais Esquadras de voo equipadas com F-16 tinha já sido expressa anteriormente pelo executivo romeno, podendo actualmente ter ganho maior força, com o acidente com um MiG-21, que vitimou o piloto e levou à paralisação da frota por motivos de segurança.
Os MiG-21 romenos, apesar de modernizados, estão já em fim de vida, necessitando de substituição.

Da parte portuguesa não se conhecem ainda comentários oficiais acerca do tema. Sabe-se contudo que Portugal realizou no ano passado uma oferta à Bulgária para o fornecimento de oito F-16 MLU, que viriam dos EUA e seriam modernizados pela OGMA em Portugal, para depois seguirem para a Bulgária. Será por isso de acreditar, que os moldes deste potencial negócio com a Roménia, estejam dentro do mesmo princípio, o que não implicaria por isso uma redução da frota de F-16 ao serviço da Força Aérea Portuguesa, estabelecida em 30 aeronaves.

A OGMA está aliás,a  concluir a modernização das três últimas células, que completam os 30 F-16 da frota nacional, depois da saída dos doze aviões com as cores romenas.
Quer a venda à Roménia, quer à Bulgária, permitiriam à OGMA manter a linha de modernização de F-16 em aberto, por mais alguns anos.










quinta-feira, 5 de abril de 2018

EUA APROVAM VENDA DE F-16V À ESLOVÁQUIA (M1962 - 22/2018)

Lockheed Martin F-16V       Ilustração: Lockheed Martin

Depois da Croácia ter anunciado a compra de F-16, a Eslováquia poderá vir a ser o próximo "membro" do "clube" Viper, leia-se operador de F-16. Neste caso, não com aeronaves usadas, como o país da antiga Federação Jugoslava, mas com o mais moderno modelo disponível no mercado actualmente.

O US State Department aprovou a 4 de Abril de 2018 uma possível venda de até 14 Lockheed Martin F-16V (Bloco 70 ou 72), ao país nascido do desmembramento da Checoslováquia.

O potencial negócio, avaliado em cerca de 2910M USD, inclui ainda equipamento de apoio, peças sobressalentes, serviços técnicos, apoio logístico e armamento, nomeadamente 30 mísseis AIM-120C7, 100 AIM-9X, 150 kits JDAM para bombas, 400 Mk-82 ou BLU-111 e lançadores LAU-129.
Inclui ainda 16 motores GE F110 ou P&W F100, ainda por definir.

MiG-29 da FA Eslovaca em Florennes, Bélgica, 2016

A Eslováquia opera presentemente uma desactualizada frota de doze MiG-29 a partir da base aérea de Sliac, cada vez mais difícil de compatibilizar com os sistemas e parceiros da NATO. Por essa razão, pedidos de oferta foram realizados pelo Governo eslovaco, em Fevereiro passado, aos EUA e Suécia, neste último caso para caças Gripen, também em uso nas vizinhas Chéquia e Hungria.
Os contornos da oferta sueca não são ainda conhecidos.

O ministro da Defesa eslovaco definiu o dia 29 de Juno de 2018 para o anúncio da decisão final, sobre o próximo caça a servir com as cores da Força Aérea Eslovaca.


quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

F-16 PROCURAM-SE (M1866 - 03/2017)

Um dos F-16 vendidos por Portugal à Roménia

Os últimos meses têm visto um aumento da procura por células F-16, no mercado internacional. E curiosamente as versões mais antigas A/B.

Depois da Roménia ter oficializado o interesse em mais 12 Vipers, no seguimento da aquisição de outros tantos a Portugal, também a Bulgária reiterou em Dezembro, considerar o mesmo tipo de caça para substituir os seus MiG-29.
O interesse Búlgaro é já antigo, tendo o país ainda chegado a manifestar interesse no lote de células portuguesas, que acabariam vendidas à Roménia face ao estado mais adiantado das negociações com Bucareste. Agora, a 9 de Dezembro de 2016,  o Parlamento búlgaro aprovou já uma verba de cerca de 800M USD, destinada à aquisição de 8 caças "novos ou em segunda mão". Portugal e EUA foram inquiridos acerca da disponibilidade para fornecer F-16, passando neste caso o negócio pela modernização em Portugal, de células vindas dos EUA. Segundo garantia do ministro da Defesa português, a actual frota nacional de 30 F-16 é para manter no inventário da FAP.
Mas desta vez, os F-16 contam com concorrência, tendo à Itália sido igualmente solicitada informação acerca do Typhoon e à Suécia do Gripen.


E se o interesse deste dois potenciais compradores não é novo, a novidade é mesmo a Polónia, que a eles se junta no mercado internacional, na busca de células disponíveis de F-16A/B. Segundo notícia veiculada na imprensa daquele país, o Ministério da Defesa estará a ponderar a aquisição de até 96 células, para posterior modernização a nível doméstico.
As razões apontadas para esta escolha são várias, começando pela necessidade de substituição dos vetustos Su-22, mas também os MiG-29 de fabrico russo, entretanto modernizados. Quando a aquisição do F-35 se afigura demasiado cara para o orçamento da Força Aérea local, a modernização de células antigas de F-16 surge como uma opção apetecível. A FA Polaca opera já 48 F-16 modelos C/D recentes e de fábrica, mas estima que os modelos A/B modernizados fiquem por cerca de 30% do valor dos novos. Não é contudo ainda claro o tipo de upgrade pretendido, se similar ao MLU europeu ou a versão V mais avançada.

Na verdade, o elevado preço e incertezas que tem enfrentado o programa F-35, criou um fosso de mercado para os utilizadores que não possam ou não queiram despender verbas tão elevadas, que tem permitido por exemplo, ao acessível caça sueco Gripen estabelecer-se.
E se a Lockheed Martin pretendia numa primeira fase vender o F-35 aos actuais utilizadores de F-16 ou outras frotas da mesma geração, acabaria por desenvolver a versão V,  para F-16 novos ou como upgrade de células antigas.

Coreia do Sul, Taiwan e Singapura, apesar de não estarem a adquirir novas células, estão em fase de modernização das suas frotas de F-16, para um padrão idêntico ao modelo V. Vários outros operadores de F-16 por todo o mundo consideram as mesma possibilidade, em detrimento da aquisição de um novo modelo.

Num âmbito diferente, pelo menos duas companhias privadas que prestam serviços de aviação de combate - vulgo "agressores" - têm sido apontadas como compradoras de células A/B de F-16. A Discovery Air Defence estará na primeira linha para conseguir a autorização de Washington para operar o modelo que, ao contrário dos operadores militares, terá um mínimo de equipamentos electrónicos e armamento de que não necessita, de modo a tirar o máximo proveito das suas reconhecidas capacidades aerodinâmicas.
Este tipo de oferta privada, permite às Forças Aéreas poupar tanto em horas de voo nos seus caças de primeira linha, como no orçamento de Defesa, ao utilizar os serviços externos apenas quando necessário.

O F-16 está por isso ainda para voar, por muitos e muitos anos.



quinta-feira, 27 de março de 2014

NOVOS CAPACETES PARA PILOTOS DA ANG (M1498 - 110PM/2014)

O novo capacete HMIT em uso nos F-16 Bloco 30 da 177FW da ANG       Foto: 177FW

Para os pilotos, voar a 30.000 pés de altitude, a velocidades de mais de 1000 mph (1600 km/h), nem sempre é uma tarefa fácil. Mas para os pilotos de F-16 Bloco 30 da 177 FW da Air National Gurad (ANG), as suas fuções são agora cumpridas de modo mais eficiente, graças à nova tecnologia dos seus capacetes.

O Maj. Tom Still da 177 FW disse a propósito: "(O novo capacete) ajuda-nos. Acelera o processo quando estamos a voar as nossas missões."

O Helmet Mounted Integrated Targeting (HMIT) permite aos pilotos selecionar alvos no ar ou na superfície, apenas olhando através de um monóculo de vidro. O SMor Jason Gioconda explicou:"todas as imagens estão à frente deles (pilotos) todo o tempo".

As imagens projetadas no monóculo do HMIT      Foto: 177FW
"Antes, se eu visse um possível alvo e quisesse ter informação acerca, por exemplo, da altitude, velocidade, par ao conseguir saber, teria que manobrar o meu avião para o apontar ao alvo e ter informação do radar, o que demoraria sempre algum tempo. Agora, se eu vejo um alvo através do HMIT, basta "bloquear" o alvo o que é um processo bastante rápido" disse o Maj. Still.

O Maj. Still refere que tecnologia já está em uso na 177 FW há alguns meses. " Podemos voar com eles à noite, com os NVG (óculos de visão noturna), enquanto antes, com o anterior JHMCS não o poderíamos fazer. Por isso agora temos toda a informação no nosso visor, não só de dia, mas também de noite, o que é uma capacidade muito "fixe" de se possuir" explica o Maj. Still.

Fontes oficiais dizem que cerca de 30 pilotos estarão a usar esta nova tecnologia, que se diz custar 80.000 USD por unidade, assim que todos os F-16 sejam equipados com a tecnologia necessária para ligar os capacetes.

"Ainda estamos a meio da modernização, mas em breve todos os pilotos aqui em Atlantic City serão qualificados e estarão a usar o novo capacete diariamente." terminou Still.

Os pilotos da 177FW foram os primeiros de F-16 nos EUA a receber os novos capacetes comprados com as verbas aprovadas pelo Congresso, mas outras unidades se seguirão.



NBC40.net


Fonte: NBC40
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

F-16 COM "V" DE VIPER (M601-14PM/2012)


Foto: Lockheed Martin

A Lockheed Martin revelou ao mundo no Airshow de Singapura uma nova versão do F-16. O F-16V irá incorporar novidades como um radar AESA (Active Electronically Scanned Array), computador de missão atualizado e melhoramentos no cockpit. Melhorias sugeridas pela US Air Force (USAF) e por vários clientes à volta do globo. Com quase 4500 F-16 produzidos, este afigura-se como um passo natural na evolução do caça de 4ª geração mais bem-sucedido do mundo. 
O Programa Fighting Falcon tem vindo a evoluir continuamente desde os primeiros F-16A/B, mais tarde com os F-16C/D e depois os caças de Bloco 60, à medida que as exigências dos clientes foram mudando.

Os radares AESA oferecem melhorias operacionais significativas e a Lockheed Martin desenvolveu uma solução inovadora para reequipar a preços acessíveis os F-16 existentes. 
A configuração F-16V é uma opção para aviões de nova produção, mas os elementos do upgrade vão estar também disponíveis para a maior parte dos modelos de produção anteriores. 
A designação "V" foi tomada a partir de "Viper", o nome apócrifo pelo qual o F-16 sempre foi conhecido entre os pilotos desde os primeiros dias.

"Acreditamos que o F-16V irá satisfazer as necessidades emergentes dos nosso clientes e prepará-los para uma melhor interoperação com os caças de 5ª Geração, como o F-22 e o F-35" referiu George Standridge, vice presidente da Lockheed Martin para o desenvolvimento de negócios.

O F-16 está atualmente em utilização em 26 países e o Programa tem-se caracterizado por uma cooperação  internacional sem precedentes entre governos, forças aéreas e indústria aeroespacial.

Para já os clientes desta nova versão, que não deverá diferir muito dos modelos Bloco 60, serão a Coreia do Sul e a USAF, que pretende modernizar entre 300 a 350 F-16C, devido às demoras previstas para a total operacionalidade do F-35, que obrigarão a frota F-16 a voar por alguns anos mais.




sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O MOMENTO "F*#@-SE!"




Todos os que dão ao gatilho na caça desses pássaros de metal barulhentos e fugidios que cruzam os céus, já tiveram o chamado momento “f*#-se!”.
É aquele momento em que um pinheiro consegue atravessar a pista quando íamos tirar a “foto perfeita”.
Já me aconteceu ter uma andorinha a tapar a perspectiva durante o 1/1000 seg que o obturador da máquina esteve aberto.
Enfim, fotógrafos de aviação do mundo uni-vos na dor, pois não estais sozinhos. Pensemos nisto.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

PORTUGAL AIR SHOW 2009

























No passado fim-de-semana, o aeródromo de Évora foi palco de mais uma edição do Portugal Air Show, facto sobejamente sabido por toda a comunidade de aficionados da aviação, dentro e além fronteiras.

Como atracções este ano aguardavam-se raridades como o Sea Fury, um P-51 Mustang e um Antonov An-2. O programa integrava ainda demonstrações de Lynx da Marinha, da esquadrilha acrobática espanhola “Patrulla Aguila” em C-101 Mirlo, dos “Rotores de Portugal” em Alouette III, dos “Smokewings” em Yak-52 e a exibição solo de António Ideias no seu Extra 300. Para apimentar o programa, passagens de F-16 da Força Aérea Portuguesa.

Motivos por isso mais do que suficientes para levar connaiseurs e plebeus a deslocarem-se algumas centenas de quilómetros se necessário, para marcar presença.

Algumas contrariedades no entanto levariam a empobrecer o espectáculo, tendo à última da hora sido canceladas as presenças do P-51 Mustang e Antonov An-2, estrelas maiores do certame.

Do programa reservado para domingo, as actuações realmente realizadas estiveram no entanto em bom plano, com especial destaque para a “Patrulla Aguila”, que embora não sendo novidade no nosso país, arrancaria uma demonstração irrepreensível, incluindo as manobras exclusivas pelas quais é conhecida.

Igualmente entusiasmante a exibição de António Ideias, que não deixa nunca ninguém indiferente, para além do Hawker Sea Fury, único sobrevivente dos clássicos previstos para a edição deste ano do Portugal Air Show.

Um Piper Cub e um quase incontável número de voos em aeronaves civis povoariam os céus de Évora durante todos os tempos mortos, proporcionando voos aos visitantes que se candidataram.

O espaço destinado a expositores albergou um sem-número de stands, rodeando as aeronaves em exposição estática, e incluíu os três ramos das forças armadas, associações de profissionais, entusiastas, empresas de tecnologia, transporte, merchandising, brinquedos e o que mais se pudesse imaginar, sinal de que o sector continua atento às oportunidades de se mostrar. De salientar a presença de um expositor da Unidade de Aviação do Exército, cujos helicópteros têm (finalmente) data de entrega prevista para 2012.

O Portugal Air Show regressará em 2011, espera-se que com melhorias a nível de organização, nomeadamente no que respeita à visão para a pista (se as bancadas são de saudar, o exíguo espaço entre as traseiras dos stands e a vedação de pista estrangulou o acesso do público), bem como o site do evento, alvo de queixas de muitos internautas que em busca de informação, se deparariam com um bug que impossibilitou o seu visionamento quando mais necessário, aliado a uma tardia definição do programa.

O Portugal Air Show está encerrado por este ano, ficando para a posteridade as fotos que registam alguns dos momentos altos da edição de 2009.



quarta-feira, 26 de agosto de 2009

MAIDEN FLIGHT


Na tarde do dia de ontem mais um MLU se juntou à já extensa família dos falcões modernizados, que vão povoando a Base de Monte Real.

O benjamim da família é por isso agora o 29 (isto se admitirmos que a versão MLU é uma nova vida da célula anterior).


Pelas 16.20 horas do dia 25/08/2009, o 15129 abriu as asas e partiu rumo aos céus como ave de rapina que é.

Emocionante como ver uma cria aventurar-se no mundo pela primeira vez, é esse o momento mágico aqui retratado hoje.


Pilotado pelo Maj Lourenço, Comandante da Esq. 301, num voo de cerca de 50 minutos em que os sistemas electrónicos e mecânicos do aparelho foram testados um a um, regressou a casa para um primeiro touch & go.

Seria aqui que a única falha viria a ser detectada, ao não conseguir recolher o trem de aterragem pela “via normal”. Sendo um problema susceptível de ocorrer em qualquer avião operacional e de simples explicação e resolução, a célula ficaria apta, não com distinção é certo, devido à falha detectada, mas pronta para seguir para pintura e incorporar brevemente a frota operacional ao serviço da FAP.



sexta-feira, 17 de julho de 2009

LOUD MUSIC & FAST MACHINES



Espero que os pilotos que participaram na exibição dos F-16 nacionais no festival aéreo do passado dia 5 de Julho, me perdoem a inconfidência que me preparo para cometer: a música que se ouvia no veículo que levava os nossos aviadores de elite até às suas máquinas supersónicas, era nem mais nem menos que o tema "Big Jack" dos AC/DC.

Num saudável ambiente de camaradagem, animado pelos generosos decibéis e pelo entusiasmo de participar nas festividades do ramo das Forças Armadas que servem, os oito pilotos escalonados para esse dia, foram ocupando os seus lugares em cada uma dessas aeronaves fantásticas que são os F-16, que fielmente os aguardavam espalhados pelas placas de dispersão da BA5, ao som da famosa banda australiana.


Lembro-me de ter visto um documentário sobre aviação, em que a experiência de voar um F-16 foi então comparada à de voar num poste de alta tensão.

Parece por isso óbvio que nada mais apropriado do que AC/DC na partida para corroborar essa metáfora.


domingo, 28 de junho de 2009

JAGUARES & FALCÕES



Na natureza costuma ser ao contrário: os falcões no ar e os jaguares no chão.
Mas em Monte Real às vezes dá-se o caso inverso.
Até porque lá os Jaguares têm asas.
E os Falcões não estão sempre no ar.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

MEIO FALCÃO



Ou meia pista. As opiniões divergem.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

3 ANOS A VOAR













Porque durante estes 3 anos já se escreveu muito no Pássaro de Ferro, a comemorar mais um aniversário deste blogue, colocamos aqui hoje algumas fotos inéditas da reportagem levada a cabo por mim e pelo venerável comandante do Pássaro, António "Sniper 04" Luís, então publicada nas revistas Mais Alto e Avion Revue, com algumas versões também no Jornal de Penacova e Gazeta das Caldas.

Usando um chavão popular aplicável ao caso, se "uma imagem vale mais que mil palavras", meia dúzia de imagens valerão outros tantos milhares.
E a malta (também) gosta mesmo é de fotografias.

Superadas todas as expectativas com que começámos o Pássaro de Ferro, em termos de tráfego e de público que inicialmente pensávamos restrito à comunidade de "aviólicos", aqui fica o nosso agradecimento aos que por aqui vão passando, a todos os que connosco colaboram e last but not least, aos profissionais da aviação que retratamos.

Este blogue é tanto nosso como vosso, nunca deixem de aparecer.

terça-feira, 17 de março de 2009

A PROBLEMÁTICA DO VIPER


Lockheed Martin F-16 "Viper"


Battlestar Galactica "Viper"


Vipera Latasti "Viper"

A propósito de um tópico no fórum 9G’s, em que um forista a certa altura estava baralhado por não saber que avião era o “Viper” de que tanto se falava, lembrou-me a minha própria explicação para esse cognome apócrifo que o F-16 foi adquirindo ao longo dos anos, e que curiosamente foi corroborada por um dos moderadores do fórum (agora também nosso asa aqui no Pássaro) que tratou de aclarar o imbróglio.

Lembro-me que quando me comecei a inteirar da nomenclatura atribuída aos mais conhecidos aviões militares, o facto do F-16 se chamar “Fighting Falcon” me caiu mal.
Fighting Falcon, por melhor intenção que tenha tido quem o baptizou, não assenta lá muito bem.
Qualquer avião de combate que se preze tem nomes como Hornet, Spitfire, Hellcat, Sabre, não um “Fighting Falcon” que por melhor intencionado que seja “falcão lutador”, parece o nome de um avião de bem, para não dizer que chega a roçar o abichanado.

Ora o F-16 como toda a gente sabe não é um avião de bem, e muito menos é abichanado. É uma máquina venenosa e como tal o cognome “Viper” assenta-lhe como uma luva.

Outra explicação para esse nome não oficial do F-16 pode ser o paralelismo com os caças da série “Battlestar Galactica”, série de culto do início dos anos 80, quando o F-16 começou a granjear a sua fama. E para mim de facto essa sempre foi a explicação em que mais gostei de acreditar.

Basta dizer que havia problemas lá em casa se à hora da Galactica a televisão estava no canal errado. É que apesar de na altura só haver dois canais, ter duas televisões em casa ainda era um luxo que poucos tinham.


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

LUCKY LUKE



Sempre que vejo esta foto faz-me lembrar o último quadradinho dos livros do Lucky Luke.

Qual cavaleiro na direcção do sol poente, o piloto do monolugar é ele também o solitário dos tempos modernos, pilotando um Jolly Jumper a mach 2, fundindo-se com o horizonte porventura a cantar “I’m a poor lonesome cowboy…”

Pelo menos gosto de pensar que sim.



sábado, 10 de março de 2007

VIPER 1.1

Falcon 2.1 sobre o mar, visto da bolha do Viper 1.1 - (c) A. Luís
-
Viper 1.1 - Tower, Viper 1.1 ready for departure.
Tower - Viper 1.1, clear for take off, runway 01, contact departure on chanel 16.
O Pw F-100/220E atrás do meu assento dispara em full ab. Menos de 1 km de pista é engolido em segundos.
Eu, de costas coladas à cadeira, respiração suspensa e... de repente... o Viper 1.1 é puxado quase na vertical, penetrando as nuvens e atingindo, em menos de nada, um céu limpo e de um azul de arco-íris.
Quando as nuvens passam a ser o nosso chão, tudo o que deixamos em terra parece demasiado precário.
Voamos agora pouco acima das nuvens, sem um palmo de terra à vista. O "meu" piloto leva o Viper 1.1 em direcção ao alvo, uma ponte ferroviária no interior, que une um vale feito de pedras brutas e cinzentas, rasgadas por um rio bravo e estreito.
Passamos de novo para baixo das nuvens e o Viper 1.1 encaixa-se, pouco depois, no respectivo vale, serpenteando entre este e os montes que o ladeiam a 400 nós. Visto da bolha que me cobre, tudo acontece numa vertigem louca. "Largamos" o armamento e o Viper 1.1 aponta de novo o nariz ao céu, à medida que se vira para Oeste, rumo ao mar.
De repente, as nuvens aparecem-me por baixo da cabeça, e o estômago dá uma volta. O Viper 1.1 roda sobre o seu eixo, a "brincar", comigo exangue, de olhos trocados e respiração suspensa.
Meia dúzia de segundos e tudo volta ao normal.
3 ou 4 minutos volvidos, contacto visual com uma outra formação. Os Falcon 2.1 e 2.2 juntam-se a nós, ainda rumo à costa que haveria de tornar-se nosso chão pouco depois.
O "meu" Viper 1.1 toma a liderança da formação e rumamos a casa.
1000 pés. Casas, estradas, árvores, um ou dois rios, tudo devorado numa vertigem de 500 nós.
Mais uns minutos e a formação muda de rumo para aproximação à pista 01.
"Raspamos" a pista (coisa para uns 100 pés ou menos...) e eu, feito passageiro, fico de novo exangue e atordoado, envolvido no looping da praxe à vertical da pista. Tudo demasiado depressa e as coisas a trocarem de posição por artes mágicas.
Viper 1.1 - Tower, Viper 1.1 ready to land.
Tower - Viper 1.1 clear to land on runway 01.
Uma hora de vôo, um turbilhão de emoções, e um despertador a anunciar-me mais um dia de trabalho...
...Há dias em que não apetece acordar!

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CRÉDITOS

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