segunda-feira, 16 de setembro de 2013

FROTA PORTUGUESA EH101 DE NOVO COM BAIXA OPERACIONALIDADE (M1156 - 253PM/2013)

AgustaWestland EH101 Merlin em manutenção na BA6

Segundo a conhecida publicação internacional de aviação Flight Global, a frota de AgustaWestland EH101 Merlin da Força Aérea Portuguesa (FAP) atravessa novamente baixos níveis de prontidão, devido à falta de apoio para a manutenção dos motores Rolls Royce RTM322 dos aparelhos.
Segundo Nick Green, gestor de atividades de apoio às frotas da AgustaWestland, citado pela Flight Global, cinco das doze aeronaves em uso na FAP, estão parados, devido à falta de motores, ou peças para eles: "Tem sido uma constante durante os últimos doze meses" diz. "Terminámos a nossa manutenção, mas não podemos proceder aos voos de experiência devido à falta de motores".

A disponibilidade das cinco unidades durante 2012 foi de 70%, com valores idênticos durante o corrente ano, afirmam fontes do fabricante.

A questão vem já de trás, devido ao contrato de manutenção para os aparelhos ter sido assinado tardiamente. Então os problemas levaram mesmo à reativação de alguns SA-330 Puma, que era suposto substituírem, entre 2008 e 2011, devido à falta de prontidão da frota EH101. E se a manutenção de rotina das aeronaves ficou então resolvida, uma vez que este contrato não incluía os motores da Rolls Royce, era apenas uma questão de tempo até que os problemas se voltassem a manifestar.

Por enquanto, o número de aeronaves disponíveis ainda não teve impacto na operacionalidade da Esquadra, mas a situação levanta preocupações. Segundo palavras do Ten Gouveia, piloto da Esquadra 751: "a situação tem que ser resolvida rapidamente, porque creio que não podemos aguentar assim muito mais tempo (...) Se nada for feito durante os dois próximos anos, vai haver problemas." 

A Esquadra 751, como é sabido é a principal unidade de Busca e Salvamento (SAR) a partir de helicóptero em Portugal, tendo que cobrir uma vasta área de oceano, (equivalente a toda a Europa), com alerta permanente no Montijo (BA6) e destacamentos também permanentes para as mesmas funções nos Açores (BA4) e Madeira (AM3). Devido aos cortes no orçamento da Defesa contudo, as horas de voo anuais da Esquadra foram reduzidas de 2250 para 1750.
Segundo o Ten. Gouveia, na Esq.751 "não voamos tantas horas de treino, pelo que temos que ser mais eficientes, de modo a extrair o máximo das que temos". Completando ainda: "não nos impediu de realizar as missões SAR".

Fonte: Flight Global e outras
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro













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