quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A AVIAÇÃO NAVAL EM LITOGRAFIAS - parte 2 (M454 - 50PM/2010)

 Apesar da História recente ligar sobre tudo a aviação militar em Portugal à Força Aérea Portuguesa, a verdade é que também parte importante da sua história está intimamente ligada à Marinha de Guerra Portuguesa.
Embora genericamente conhecida por Aviação Naval, o ramo aéreo da Marinha, possuiu três diferentes designações desde a sua fundação em 1917 até à sua integração em 1952 na Força Aérea Portuguesa: Serviço de Aviação da Armada (1917-1918), Serviços da Aeronáutica Naval (1918-1931) e Forças Aéreas da Armada.
 Esta integração seria completada apenas em 1958, sendo neste período designada por Forças Aeronavais, ramo semi-autónomo no interior da Força Aérea.
Em 1993, após quarenta anos da sua extinção, a Marinha Portuguesa passou a possuir novamente uma Unidade de Aviação, designada por Esquadrilha de Helicópteros da Marinha, que opera o Westland Super Lynx MK95.
Sediada na Base Aérea do Montijo, os Lynx são considerados elementos orgânicos das Fragatas da Classe Vasco da Gama -  “Tipo Meko 200”.
Realizada ao longo de 7 meses de intensa pesquisa e trabalho, esta colecção é uma homenagem a todos sem excepção, aqueles que dignificaram a aviação da Armada, demonstrando empenho, atitude e respeito pelos valores da Armada e de Portugal.
Citando o título de uma publicação de 1984 da autoria de Tadeu Viriato, das Edições da Armada… "julgo ser importante para todos os amantes da aeronáutica saber que houve dias em que “A Marinha Tinha Asas!”
Miguel Amaral










Os Westland Super Lynx Mk95 são a aeronave actualmente voada pela Marinha de Guerra Portuguesa


NOTA: Aconselha-se a quem quiser conhecer melhor o trabalho de Miguel Amaral a visitar os seus dois blogues, onde se pode encontrar grande parte das suas numerosas produções:

http://templarsquadron.blogspot.com/
http://flyingsketch.blogspot.com/

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A AVIAÇÃO NAVAL EM LITOGRAFIAS - parte 1 (M453 - 49PM/2010)

O Pássaro de Ferro apresenta hoje a primeira parte de uma colecção de perfis da autoria de Miguel Amaral, que reunem aeronaves que pertenceram à aviação naval. Se algumas são relativas a aeronaves famosas, muitas delas são relativas a aeronaves extremamente raras e algo perdidas no tempo, com a integração da aviação naval na Força Aérea durante várias décadas.
Este trabalho tem a virtude (entre outras) de trazer às luzes de ribalta a história da aviação naval portuguesa, muitas vezes quase desconhecida, tanto do grande público, como até dos aficionados.
A colecção esteve já patente ao público em forma de exposição temporária no 16º aniversário da Esquadrilha de Helicópteros da Marinha, na comemoração dos 100 anos da aviação portuguesa em Sintra em 2009 e ainda em Constância em 2008.
Pode presentemente ser admirada  na Biblioteca da Esquadrilha de Helicópteros da Marinha e alguns dos quadros também na Escola de Tecnologias Navais no Alfeite.











Amanhã, 30/12/2010 a segunda parte com nota do autor.


sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Beechcraft C-45 nº2516 - A foto que não fiz (M452-8RF/2010)

Reencontrei aqui há tempos uma série de notas pessoais do tempo em que me julgava desenhador e que, em apoio de modelismo, fiz alguns perfis a lápis de alguns aparelhos da nossa Força Aérea Portuguesa (FAP), e que, ora retirados de revistas ora retirados de fotos que eu próprio fiz, constituíam talvez projectos que gostaria de realizar um dia em plástico.

Um desses desenhos, constitui um esquisso de um avião que vi, e por onde aliás passei durante todos os dias pelo período de seis meses, ou seja, o Beechcraft C-45 nº2516, que se encontrava na Ota, no então denominado Centro de Instrução nº2 (CI2), onde teve lugar o período de formação da minha Especialidade na FAP – Operador de Informática.


Agora que me recordo, e puxando com alguma força pelo emaranhado novelo de fios que tenho por baixo do escalpe, nunca cheguei a fazer na Ota qualquer fotografia, contrariamente ao que aconteceu em Tancos e depois em S. Jacinto. Talvez me tenha faltado a coragem ou o descaramento, ou a iniciativa de pedir a quem de direito que me permitissem tal arrojo. Por isso passava todos os dias pelos aviões da área de Material Aéreo, quer os que estavam no exterior (assisti diversas vezes ao "ponto fixo" dos Fiat), quer no interior, sem que mais não fizesse que suspirar.
Curiosamente sucedeu um dia, que assistir a um civil que no taxiway fotografava o C-45, acompanhado de um militar (talvez de braçadeira, portanto alguém de serviço, muito possivelmente o Oficial de Dia). Aquilo ficou-me na retina e na alma gravado, com alguma inveja talvez, ainda que, me confesse não ser invejoso de nada nem ninguém.

Um ano ou dois desta cena, quando eu e o meu chefe do PRDT, com quem fazia encomendas de fotos e slides à MAP - Military Aircraft Photos, em Inglaterra, com alguma regularidade, e sem me ter apercebido, recebi com muito agrado o slide que, com toda a probabilidade era o que esse civil, muito certamente um estrangeiro, fotografou nesse dia que me ficou gravado na memória. Pelo ângulo, pela luz, tudo me fez, e ainda faz, acreditar que era essa a foto que ele tirou e que eu ... nunca consegui.

Anos volvidos voltei a reencontrar este pássaro, já por diversas ocasiões e em diversos estados, pois ele é um dos Pássaros de Ferro da colecção do nosso Museu do Ar.

Acknowledgement - the Author whishes to note that the second photo was published in the Iron Bird with the authorization of the owner of MAP, Mr. Brian Pickering. This image, as well as many others of the Portuguese Military and Civil aviation, can be obtained through their website at: www.mar.co.uk
Photo Neg. Nr. M10104



quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

DO SONHO AO SABRE (M451 - 48PM/2010)

O artigo de capa da corrente edição da revista Mais Alto (nº388 - Nov/Dez 2010), intitulado "Geração OCU ", teve por objectivo prestar homenagem à frota de F-16 OCU que terminou recentemente a vida operacional. Homenageia simultaneamente todos os que,  com a sua dedicação e engenho, contribuíram para que o programa F-16 na Força Aérea, fosse um sucesso. Homens e máquinas, formaram essa geração que marcou um ponto de charneira.
Ao fim de 45.460 horas de voo e muitas mais de trabalho, por tudo o que se comentou no artigo e pelo muito que ficou por dizer, a "Geração OCU" ganhou o direito a ter nome próprio na história, indo a sua influência muito para além da cronologia e do espaço físico que ocupou, tal como cabe às gerações notáveis.
O artigo da Mais Alto, apesar de extenso e bastante abrangente, não contou (nem podia contar), a totalidade das histórias que comportam os 16 anos em que voaram os OCU, histórias essas multiplicadas pelo número de pessoas que as viveram, cada uma com a sua visão pessoal de um mesmo acontecimento.
O texto que hoje aqui publicamos, da autoria de um dos mentores da pintura do F-16 de comemoração dos 50 anos da BA5, pretende ser mais um subsídio para a história global e um complemento aos últimos capítulos da frota OCU: o projecto do "Sabre" e o voo à Líbia em representação do país, contados na primeira pessoa.
Da parte do Pássaro de Ferro, que teve o prazer de contribuir na elaboração do texto e fotos do artigo "Geração OCU", um grande bem-haja pela colaboração, a todos quantos cederam o seu tempo e emprestaram as suas opiniões e memórias, para que o mundo pudesse saber e ver mais, do que foi a "Geração OCU".
António Luís e Paulo Mata


DO SONHO AO SABRE


“A plane will fly like it looks!”
De alguma forma acredito que não existem fronteiras que o Homem não consiga transpor se este conhecer o segredo de concretizar sonhos. Este segredo tem por base os 4 “Cs”: Curiosidade, confiança, coragem e constância! Destes quatro aspectos o mais importante é a confiança. Quando acreditamos em algo, há que acreditar até ao fim!
Certo dia conheci um grupo de indivíduos, entusiastas da aviação militar, que se propunham formar um projecto. O conceito era simples e passava sobre tudo por uma mudança de mentalidades. Três “spotters” e um criativo. Pessoas que olhavam para a aviação militar com o mesmo olhar emocionado e entusiasmado de uma criança… vêem a aviação militar do “lado de fora da rede” e depois cristalizam instantâneos… só porque sim… simplesmente porque gostam! Pediram-nos somente “asas” para o seu entusiasmo; entusiasmo era o que tinham para oferecer! Assim nasceu o projecto KIAK.
A materialização deste entusiasmo levou a uma conversa sobre a possibilidade de pintar a deriva de uma aeronave F-16A. O objectivo era celebrar a excelência e o profissionalismo que diariamente descola e aterra na Base Aérea 5; algo que tem por lado visível as aeronaves, mas que tal como um iceberg, tem uma face oculta gigantesca que serve de suporte. Imaginava-se tão longínquo e idílico este objectivo que por vezes tomava contornos de “conspiração”… era improvável que nos deixassem levar a cabo tal tarefa.
O Pai desta ideia, o Miguel Amaral, colocou no papel o que lhe ia na mente e eu guardei o “segredo” à espera da altura certa para o revelar.
Em Abril de 2009 já se falava da celebração dos 50 anos da Base de Monte Real e foram solicitadas ideias. Lembrei-me dos 4 “Cs” e assim que surgiu a ocasião mostrei ao então Comandante da BA5, Coronel Borrego, o esboço da deriva.
A reacção não podia ter sido mais positiva… embora, segundo o próprio, o ideal seria “pintar o avião todo, talvez com uma referência ao F-86”!
Eu nem queria acreditar… e foi esta a razão de o Miguel Amaral passar MAIS uma noite em branco! Na manhã seguinte estava no meu e-mail o primeiro esboço do “Sabre”.
O “Sabre” foi concebido no “K3” e para minha tristeza não assisti à primeira vez em que fez o chão estremecer com a pós-combustão do seu motor… foi num dia de mau tempo, negro como o pessimismo dos que não acreditavam… mas nós acreditávamos e isso foi suficiente! Já se sabe… Alcança quem não cansa.


Voar no Sabre
Recebemos na Esquadra 201 ordens para representar a Nação na Líbia com quatro aeronaves F-16. Fiquei duplamente entusiasmado quando soube que eu seria um dos pilotos nomeados e que o Sabre um dos aviões que voaria até África. O seu piloto seria o TCor Eugénio Rocha, Falcão-Mor, que seria o Comandante da Esquadrilha; eu era o número quatro.
Já na Líbia quando nos preparávamos para o voo de treino (só com dois aviões) o “15” teve problemas técnicos. Felizmente era apenas o dia do treino.
Como eram escassos os recursos da nossa manutenção em Mitiga e como seriam previsíveis idênticos problemas para o dia a sério quem de direito decidiu que o Sabre seria atribuído ao número quatro da formação… eu!

No dia do desfile aéreo o “crew chief” disse-me em tom de brincadeira que fosse gentil porque o avião com aquela pintura tinha alguns “tiques” de estrela e só fazia o que lhe apetecia e com quem queria.
Deste dia recordo dois momentos:
- Quando o Falcão Mor ordenou “Falcões go Diamond” e eu aos comandos do Sabre fechei a retaguarda da Formação;
- O cortar do motor já na placa em Mitiga e mais uma vez pensar “Miguel, conseguimos”!
O 15115 foi a materialização do espírito de Monte Real… dos que estão cá dentro e dos que se sentem cá dentro! Alcança quem não cansa… quem não desiste… quem não desanima… quem não se conforma… quem acredita… quem quer e quem faz!
    Vegas
Piloto Esq 201



segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

F-86 - OS DIAS DO SABRE (M450 - 50/AL2010) - Actualizado (2011JAN04)

Parelha de F-86 em voo

Uma vez mais, o Pássaro de Ferro regressa ao passado, numa viajem com asas que fizeram história - Os míticos F-86, que serviram a Força Aérea Portuguesa (FA) entre 1958 e 1980.
Os F-86 foram um dos aviões/caças mais emblemáticos da história da aviação mundial. Foram, no seu tempo, o topo da montanha, a que qualquer piloto almejava escalar e conquistar.
Na FA, os F-86 assumiram um papel idêntico ao que hoje os não menos míticos F-16 desempenham, seja no seu poder de atracção, seja na natureza das missões que desempenham.
Os nossos “Sabre”, segundo o site "Walkarounds" chegaram a entrar em combate efectivo no ultramar: «Os crescentes problemas em África levaram à constituição, em Agosto de 1961, de um destacamento composto por 8 F-86F no AB 2, Bissalanca, na Guiné-Bissau. A transferência destes aparelhos, a Operação Atlas, ocorreu entre os dias 8 e 15 desse mês num voo com escalas na BA6 no Montijo, Gando (Ilhas Canárias) e Ilha do Sal (Cabo Verde). 
Durante a sua permanência na Guiné, os Sabre fizeram várias sortidas em que se incluíam missões de ataque ao solo e missões de apoio aéreo. Nesse período perderam-se 2 aeronaves, uma devido a acidente e outra devido a fogo hostil. Uma terceira seria muito danificada por fogo antiaéreo.»
Inicialmente, a deslocação destes aparelhos visava constituir forma de dissuasão, digamos, perante a ameaça que constituía a presença de Mig-15 e Mig-17 em países vizinhos como a Tanzânia e a Guiné-Conakry.
Este destacamento ocorreu entre 1961 e 1963 e terminou face à insistência Norte-Americana e de alguns países da NATO para que os aviões regressassem a Monte Real.
Apesar de todas estas situações, o F-86 foi, para muitos pilotos de combate, O avião!
Monte Real sempre foi, como ainda é, o ninho da aviação de caça em Portugal. Estas imagens fazem-nos recuar mais de 30 anos, na altura em que os F-86 lá escreviam na história, “os dias do Sabre”. São imagens históricas, algumas tão míticas que debruam a ouro a história da aviação militar em Portugal e na FA, como as que retratam as lendárias “Linhas da Frente”, com dezenas de aparelhos alinhados, prontos para a acção.

Duas perspectivas da "Linha da Frente" de F-86F na Alfa 1 - Monte Real, obtidas nos seus extremos Sul e Norte, respectivamente. Notar a Torre de Controle ainda com as paredes em branco...

Pormenor do painel de instrumentos do "Sabre".

Linha da Frente na Alfa 1, com G-91 R/3

Quase 30 anos depois de ter deixado os céus nacionais e meio século depois de ter chegado, o Sabre" foi homenageado na pintura alusiva dos 50 anos da BA-5, sobre o dorso do F-16A 15115.

 O "Sabre" pintado no F-16A 15115.

Tenho vagas recordações dos F-86. Quando eles deixaram de voar, tinha uns tenros 11 anos. A avionite já cá estava entranhada. Aliás, foi com um F-86 que ela se instalou, aos 3 ou 4 anos de idade, sob a forma de cicatriz no cimo da testa...
...Ao aperceber-me da aproximação de um avião, pelo crescendo do barulho, precipitei-me por umas escadas abaixo, na ânsia de o poder ver melhor. A loucura era tal que me esqueci que estava montado no meu triciclo azul e branco. O resultado é fácil de adivinhar.
Lembro-me, nitidamente, da passagem do avião e do seu barulho. Só depois de ele estar já fora do alcance da vista é que, segundo a minha mãe, desatei a chorar pelas dores do trambolhão.
Eram, também para mim, “Os dias do Sabre”!
O 5539 em exposição estática, revelando a estrutura das suas 3 metralhadoras esquerdas e um AIM-9B Sidewinder.

Descolagem em parelha do 5350 e do 5321

O 5354 em voo.

O 5308 na Bravo.

Pormenor de um speed-break do F-86
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Agradecimentos: Paulo Moreno, que uma vez mais cedeu as fotos para esta edição, facultadas por Carlos Costa, ao Marco Casaleiro pela foto do 15115 "Sabre" e também Rui Sousa.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Estamos a ficar velhos ... (M449-7RF/2010)



Há dias em que nos apercebemos que estamos a ficar velhos, não pela turbulência das vistas, pelo tremelicar de movimentos, ou pela da decadência das carnes, mas antes pela crescente frequência com que olhamos para trás medindo o distanciamento das coisas, entre o então e o agora, quais velhotas sentadas junto às portas das casas gesticulando com a voz já perdida: Eu ainda sou do tempo ...

OK.

Adiante.

Dou-vos o exemplo da foto acima, tirada no tempo em que Tancos ainda era uma Base Aérea, de seu número 3, e por lá havia aviões e esquadras de voo, e outras esquadras não menos importantes.
Esta foto, tirada no ano da graça de 1987, com a Agfamatic que aqui já aludi, podemos ver o imberbe do Recruta Ferreira (a.k.a. “Vidrex”) que posava, com ar de posse, com os costados encostados num dos G.91 “decoys” da BA3.
Uma foto sem graça, mas tirada naquela base do “tá-se bem” ... numa tarde qualquer em Junho ou ainda em Maio, quando já tinhamos alguma “cunfia”, ou pelo menos a suficiente, para nos darmos a um passeio depois de jantar e enquanto não era a hora do recolher. Longe ia a ideia da segurança, quer pelo acesso à Zona Operacional, quer também por andar a fotografar edifícios ou material, algo que se calhar não tinha o cunho mais vincado de outras unidades e podiamo-nos das a certas passeatas.
Não tinha sequer então eu a ideia de que iria ficar cada vez mais interessado na aviação militar, e muito menos nas “relíquias”, se não seria impensável não ter fotografado os Fiats todos, e também tê-los identificado muito bem por número de construtor.
Hoje, filho meu que não fizesse isso levava no pêlo quando chegasse a casa!

E como está visto que não vou conseguir colocar a minha filha num local que interesse ao velhote, a ver vamos se me consigo vingar nos netos o que, ainda vai demorar um bocadinho...

... não faz mal, eu espero. (suspiro)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O PIOR SPOTTER DO MUNDO (M448 - 47PM/2010)




No âmbito de um trabalho ao qual estive afecto há um par de anos atrás, coube-me efectuar a recepção de vários tubos de polietileno gigantescos, que vieram rebocados por mar até ao porto de Aveiro.
A operação de os fazer entrar na barra e canais do porto, era crítica, ou não estivessem envolvidos largos milhares de euros relativos ao material, já para não falar nos prejuízos que a obstrução do porto por algum imponderável na manobra de tubos com quase 500m de comprimento, inevitavelmente causaria.
Estava-se precisamente na altura crítica de entrar na barra do porto, quando a "comitiva" de rebocadores e carga foi sobrevoada por uma parelha de F-16, qual escolta de recepção à chegada de VIPs.
A câmara fotográfica que empunhava, para registar o decorrer das manobras ou qualquer outro facto significativo, registou por isso essa passagem, não com muito detalhe é certo (a modesta Sony  Cybershot não dava para muito mais) mas o suficiente para fazer prova do instante quando necessário.
Felizmente tudo decorreu da melhor forma e como que a comemorar o sucesso da operação, ao passar pelo aeródromo de S.Jacinto que é "paredes meias" com o canal principal do porto, o longo comboio marítimo foi ainda brindado com uma sessão de acrobacia aérea, de alguma aeronave residente,  tal como atestam mais uma vez as imagens.
A Sony não serviu por isso para registar nenhum incidente, mas conseguiu averbar fotos de aeronáutica dignas do "pior spotter do mundo!"


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

PF ... cronicas do fundo do meu baú... (M447-6RF/2010)



O tempo passa e cedo começamos a perceber que, se tivermos sorte, vamos envelhecendo com a capacidade e o discernimento de olhar para trás com um sentimento sentido de saudade.
Foi o que aconteceu pouco antes de escrever estas pouquinhas linhas.
Andava lá por casa a arrumar umas coisas, e encontrei aquela que foi a minha primeira máquina fotográfica, se bem que, era do meu pai, eu apenas a tomava de assalto emprestada sempre que dela precisava.
Nestes tempos idos, tirei algumas fotos e sobretudo perdi a oportunidade de fazer muitas outras.

Das que fiz, ficam algumas que embora fraquinhas e desfocadas como esta acima, à descolagem do DGMFA, num frio dia de Janeiro de 1989, são no mínimo curiosas e carregadas de informação.
Vê-se lá em baixo, na OGMA, um oceano de Fiat G.91’s, distinguindo-se um ou outro bilugar, para além de dois C-130 e um Boeing 707.
Pelos meus apontamentos foi no meu primeiro voo, tínhamos recolhido por lá o Sarg. Fabrica, que deixamos para tratar de uns reparos quaisquer, em componentes dos FTB’s da Esquadra 702 os “Indomáveis do Norte”.


Saudade ...


domingo, 12 de dezembro de 2010

MEMÓRIAS DE MONTE REAL (M446-49AL/2010)

Uma vez mais, o Pássaro de Ferro publica algumas fotos que, pelo seu valor histórico e independentemente da sua qualidade nem sempre muito elevada, são autênticos tesouros para todos os aficionados pela causa dos aviões. São fotos obtidas na Base Aérea nº5, em  Monte Real, em diversos locais da base, Alfa 1, Bravo 1, etc.
Eram tempos necessariamente diferentes dos actuais, agora marcados pela globalização e por uma certa ideia de "formatação" que atinge, também a aviação militar.
São imagens do final da década de setenta, início da de oitenta, já com 30 ou mais anos, portanto e que atestam bem o quão diferentes eram as forças aéreas de então e quão diversas eram as visitas à BA5, bem diferentes das de hoje, quase todas sedimentadas na presença frequente de F-16 das EPAF.
São fotos cedidas por Carlos Costa ao Paulo Moreno que, uma vez mais, as cede ao Pássaro de Ferro.



 F-5 - Holanda



 F-104 - Holanda

 Fokker F-27 - Holanda

 Alpha Jet - Alemanha.


 C-160 Transall - Alemanha

F-104 - Bélgica

Mirage III - Bélgica

 Harrier T4 - Reino Unido

Hawker Siddley Gnat T1 - Reino Unido

 Jaguar- Reino Unido

Nota: Os nossos leitores que eventualmente consigam localizar com mais precisão estas fotos no tempo, podem fazê-lo na caixa de comentários, na página Facebook, ou enviando email para um dos endereços  na lateral direita do Pássaro de Ferro.

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CRÉDITOS

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