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terça-feira, 5 de abril de 2022

CONCURSO PARA AQUISIÇÃO DE HELIS LIGEIROS DE COMBATE A INCÊNDIOS SEM INTERESSADOS [M2312 - 29/2022]

Helicóptero ligeiro de combate a incêndios

O concurso para aquisição de quatro helicópteros ligeiros de combate a incêndios para operação pela Força Aérea Portuguesa (FAP), terá ficado sem qualquer proposta, segundo noticia o jornal online Novo Semanário, na edição de 4 de Abril de 2022.

Recorde-se que o anterior Governo anunciou em Março de 2021 o programa de aquisição de meios aéreos próprios e permanentes do Estado, prevendo a chegada de 6 helicópteros ligeiros, 6 helicópteros bombardeiros médios e 2 aviões bombardeiros anfíbios pesados, até 2026.

Relativamente aos helicópteros ligeiros em apreço, duas unidades foram já adquiridas, accionando a clausula de opção prevista no anterior contrato de aquisição de cinco AW119 Koala para a FAP. Os restantes quatro helicópteros ligeiros, foram por isso alvo de um concurso dedicado, publicado em Diário de República a 30 de Dezembro de 2021, a um preço base de 11,88M EUR.

Apesar de a 20 de Janeiro de 2022 ter sido emitida uma prorrogação do prazo para entrega de propostas, fixado então para 18 de Março, segundo avança o Novo Semanário, não terá mesmo chegado qualquer proposta até essa data, tendo o executivo acabado por informar as empresas do sector através da plataforma electrónica de compras públicas (acinGov), da revogação da decisão de contratar.

Embora não se saiba concretamente a(s) razão(ões) que terão afastado os concorrentes, a verba atribuída para a aquisição de quatro aeronaves que poderiam ter até oito anos, mas que incluía ainda equipamento de apoio e treino para pessoal navegante e de terra, terá eventualmente sido considerada exígua, já que a calendarização proposta de entrega (uma aeronave em 2023, duas em 2024 e uma última em 2025), aparentemente não constituiria obstáculo de maior.




sexta-feira, 13 de agosto de 2021

DRONES DE VIGILÂNCIA FLORESTAL DA FORÇA AÉREA RETOMAM OPERAÇÕES [M2264 - 52/2021]

Drone de vigilância florestal Ogassa OGS42V da Força Aérea Portuguesa     Foto: EMGFA

O Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA) anunciou hoje, o reforço preventivo dos meios de vigilância das Forças Armadas, durante o estado especial de alerta, decretado para o período de 13 a 16 de agosto de 2021, para a deteção de incêndios rurais, nomeadamente com vigilância aérea por aeronaves tripuladas, bem como, com a realização de patrulhas terrestres do Exército e da Marinha, apoiadas por sistemas aéreos não tripulados. 

Em comunicado, o EMGFA referiu que "A Marinha será reforçada com drones e operadores vindos do Comando Operacional da Madeira, numa operação que decorre de 14 a 16 de agosto, entre as 8h00 e as 20h00, no Parque Natural da Arrábida e Costa Vicentina" e "O Exército irá empenhar drones em apoio das suas patrulhas de vigilância, no Parque Natural da Serra de São Mamede."

O EMGFA esclareceu ainda que o empenhamento destes drones e dos meios aéreos tripulados no continente se destinava, de forma excepcional, a reforçar a vigilância enquanto se mantivesse a suspensão de operação das aeronaves não tripuladas “Ogassa” da Força Aérea, na sequência de um acidente com um destes aparelhos no passado dia 11 de agosto.

Entretanto, o mesmo EMGFA deu já conta do retomar das operações com os referidos drones da Força Aérea, em novo comunicado divulgado ao final do dia de hoje, no qual se pode ler:

"Os veículos aéreos não tripulados da Força Aérea serão reativados a partir de amanhã, dia 14 de agosto, operando a partir das bases de Beja e da Lousã, em reforço da capacidade de vigilância aérea e deteção de fogos, no âmbito do Sistema Integrado de Gestão dos Fogos Rurais em Portugal.

O levantamento das restrições relativas à operação destes veículos deve-se ao teor da avaria que foi identificada no drone acidentado no passado dia 11 de agosto e à reduzida probabilidade de esta vir acontecer novamente, conforme conclusões do relatório preliminar da Comissão Central de Investigação da Inspeção Geral da Força Aérea.

Outros meios aéreos tripulados, como é o caso de uma aeronave C-130 [NR: C295] que irá operar na região Norte do país, estão já planeados para empenhamento conforme necessário, antecipando as altas temperaturas previstas para o fim de semana.

Em operação, estes veículos aéreos não tripulados de vigilância aérea partilham as imagens recolhidas em tempo real com o Comando de Operações Conjuntas do Comando Conjunto para as Operações Militares (CCOM), do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), com a Guarda Nacional Republicana e com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), permitindo, desta forma, maior celeridade na análise e resposta por parte das entidades no terreno."




domingo, 26 de agosto de 2018

ESQUEMA DE PINTURA DOS KOALA DA FAP (M1992 - 52/2018)

Ilustração do esquema de pintura a aplicar na frota Leonardo AW119Kx Koala da FAP

O Pássaro de Ferro recebeu as ilustrações que aqui apresentamos, com o esquema de pintura a aplicar alegadamente nos novos helicópteros ligeiros AW119Kx Koala, adquiridos pelo Estado Português, para substituir os lendários Alouette III, na Força Aérea Portuguesa (FAP).

Pela análise das ilustrações, podem verificar-se vários pormenores que irão romper com o que tem sido a camuflagem das aeronaves de asas rotativas da FAP desde o início da década de 1980.
A cor principal seguirá assim a tendência de todas as outras frotas no tom do cinza anti-radiação da NATO, abandonando por isso o camuflado em dois tons de verde, castanho e cinza claro nas superfícies inferiores, dos actuais Merlin e Alouette III.



Os cinco Koala para já adquiridos à Leonardo, serão dedicados primariamente à instrução, com funções secundárias na busca e salvamento e apoio ao combate a incêndios, razões que justificam as áreas pintadas em day-glo vermelho/laranja escuro. Na realidade, o esquema parece seguir o mesmo padrão da frota de instrução de asas fixas TB-30 Epsilon, que usa esta mesma combinação de cores.

A confirmarem-se todos os detalhes das ilustrações, os helicópteros passarão a envergar também "FORÇA AÉREA PORTUGUESA" na fuselagem, à semelhança dos aviões de transporte e vigilância marítima, da Arma Aérea nacional.


Apesar da lógica sugerir que a nova frota prosseguisse as matrículas da FAP em 1970x, as ilustrações mostram que um novo sistema de matrículas deverá será inaugurado, ao iniciar com o dígito "2", por oposição às iniciadas em "1", desde a actualização do sistema em 1993.

As primeiras duas unidades do AW119 Koala deverão chegar a Portugal em meados de Dezembro de 2018.



quarta-feira, 27 de junho de 2018

KAMOV ALUGADOS PARA ASSEGURAR COMBATE A INCÊNDIOS (M1978 - 38/2018)

O segundo Kamov Ka-32T alugado à ANPC que chegou este fim-de-semana a Tires

O Governo garantiu ontem, através do ministro da Administração Interna no Parlamento, que a partir da próxima semana, vai ter três helicópteros Kamov prontos para combater incêndios. Sem mais pormenores sobre a forma do aluguer, o ministro da Administração Interna avançou apenas que os aparelhos irão substituir os Kamov do Estado (ex-EMA), que estão inoperacionais.

"Teremos Kamov alugados este ano que, na próxima semana, entrarão em operação, teremos três Kamov entre julho e outubro numa base contratual", avançou Eduardo Cabrita na comissão parlamentar de Direitos Constitucionais.

Após o hangar onde estão armazenados os três Kamov restantes da ex-EMA ter sido selado no passado mês de Março, numa disputa entre o Estado e a empresa Everjets que os operava, anunciou em Abril passado o MAI, que iria avançar com a contratação externa, para assegurar aeronaves pesadas de asas rotativas, para o combate a incêndios.

Nesta audição, o ministro da tutela também revelou que desde o início do ano já foram registados 5.720 incêndios rurais, que consumiram um total de 5 mil hectares.

A Oposição lembrou contudo, que as condições atmosféricas têm sido o grande aliado deste ano, para a obtenção destes números.

Quando comparados com a média dos últimos 10 anos, referiu ainda o ministro, os dados revelam que há, nesta altura, menos 7% de incêndios e menos 71% de área ardida:"Tivemos até ontem 5724 incêndios com 5098 hectares de área ardida, a média graças a Deus, graças à meteorologia, graças à Autoridade Nacional de Proteção Civil, graças a todos, graças às autarquias, às forças de segurança, aos bombeiros e a todos aqueles que permitiram que a resposta fosse imediata."

Soube o Pássaro de Ferro que os três helicópteros bombardeiros pesados Kamov Ka-32 alugados pelo Estado português, terão origem búlgara.


Actualização 01/07/2018
O Ka-32 matrícula ER-KGA foi primeiro a chegar a Portugal no dia 28/06/2018
Apesar da informação que nos chegou dar conta dos helicópteros serem de origem búlgara, verifica-se pelas matrículas que pertencem de facto à empresa Pecotox-Air, com sede em Chisinau, Moldávia.
Não é contudo ainda claro se se tratará de uma sub-contratação através da Bulgária, ou de facto a empresa moldava é a titular principal do contrato com o Estado português.
Actualizaremos o assunto assim que tenhamos mais informações.


Agradecimentos: Pedro Ramos pela cedência das imagens.


segunda-feira, 16 de outubro de 2017

PETIÇÃO PÚBLICA PARA O REGRESSO DA FORÇA AÉREA AO COMBATE AOS INCÊNDIOS - e outras reflexões (M1927 - 64/2017)

Canadair CL-415 da Força Aérea Espanhola

Se os trágicos acontecimentos de ontem tiveram algum lado positivo, foi o de mostrar claramente a falta que faz ao Estado dispor dos principais meios aéreos de combate aos incêndios em permanência, operados pela Força Aérea.
Conforme é publicamente sabido, as frotas de combate a incêndios alugadas para os meses de verão, foram desmobilizadas quase na sua totalidade, no final da época oficial de incêndios. Se esses meios pertencessem ao Estado, continuariam disponíveis para combater aquele que foi o “pior dia de incêndios do ano” – palavras da Protecção Civil.

Poderá até argumentar-se que o dia 15 de Outubro de 2017 foi um evento isolado e anormal e voltar a repetir o argumento de que “não compensa” adquirir helicópteros e aviões “para serem usados quatro meses por ano”. Este argumento repetido vezes sem conta, só pode ser proferido por quem não sabe, ou não tem interesse (que os meios aéreos sejam operados pelo Estado) e mente deliberadamente.

Todos os argumentos que sustentam esta teoria esbarram nas estatísticas: Portugal é o pais europeu com mais área ardida ano após ano e o único da bacia mediterrânica que não tem meios aéreos pesados próprios de combate a incêndios. Todos os anos são alugados a particulares, ou temos que esperar pela disponibilidade de países que os tenham, chegando quando os incêndios atingiram já proporções  gigantescas e aos quais obviamente também temos que pagar.
A título de exemplo, a Espanha, que amiúde cede meios aéreos ao nosso país, tinha em 1980 - quando foi criado o Grupo 43 da Força Aérea Espanhola que os opera, 236 mil hectares ardidos. Em 2015 este valor é menos de metade com 103 mil.
É por isso muito fácil estabelecer uma relação causa-efeito entre estes factos.




Existiu já uma proposta para dotar a Força Aérea Portuguesa de uma extensa frota de helicópteros, para prestar serviços às Forças Armadas (uso militar), Ministério da Saúde (evacuações médicas) e Ministério da Administração Interna (combate a incêndios). Esta proposta foi colocada de parte pela actual ministra da Administração Interna, quando a Força Aérea não aceitou o “presente envenenado”, que seria assumir todas as responsabilidades e custos dos serviços a prestar, conforme a ministra pretendia.

Relativamente aos aviões anfíbios de combate a incêndios (vulgo “Canadair”), que são inegavelmente os mais adequados ao nosso país, vários argumentos contrários à sua aquisição pelo Estado têm sido divulgados, mais uma vez por ignorância ou desonestidade deliberada: os Canadair continuarão a ser fabricados (como Viking Air)  e  podem mesmo realizar missões de vigilância marítima e busca e salvamento, o que os torna úteis durante todo o ano (modelo CL-415MP). Não há por isso razão objectiva nenhuma para que não devam ser adquiridos e operados pela Força Aérea.
Esta necessita no entanto, que sejam criadas as condições técnicas, humanas e financeiras para os operar com eficiência e de um modo sustentado. Propostas como a que a ministra fez, são de uma desonestidade intelectual gritante e sobre a sua motivação apenas se pode conjecturar. Não é viável que a FA passe a realizar o trabalho de três ministérios com o orçamento de um (cortado em cerca de 30% nos últimos anos).

Como nota de rodapé e ainda a ilustrar a falta de vontade da actual ministra da Administração Interna, em dotar o Estado de meios próprios, está o programa de aquisição de dois Canadair, iniciado pelo Governo anterior, que previa o financiamento das aeronaves com 85% de verbas da União Europeia. Este programa foi abandonado pelo actual executivo, nomeadamente pela actual titular do MAI.

Existe ainda o argumento de que “constitucionalmente a Força Aérea não pode realizar missões de protecção civil permanentemente”.
Em primeiro lugar, não se percebe qual o impedimento para alterar a Constituição nesse ponto, quando ao avaliar a anterior petição para o regresso da FA ao combate aos incêndios, TODOS os partidos políticos com assento parlamentar se declararam favoráveis e apenas uma maioria de 2/3 é necessária no Parlamento para uma revisão constitucional.
Em segundo lugar, a FA já realiza a missão de busca e salvamento em permanência, não se percebendo por isso qual a diferença de enquadramento legal desta missão de protecção civil, relativamente ao combate a incêndios.

Os meios aéreos do Estado não são seguramente a única medida a tomar, para mitigar o flagelo dos incêndios florestais. Mas são obviamente (e como ficou claro no dia de ontem) o meio mais importante e eficaz de lhes fazer frente. Sem eles, os grandes incêndios simplesmente só param quando as condições naturais deixarem.
E há que acabar com os interesses de quem lucra com a “industria dos fogos”, inúmeras vezes denunciados na comunicação social.

O Pássaro de Ferro ajudou a divulgar com sucesso uma primeira petição para o regresso da Força Aérea ao combate activo a incêndios, que foi entregue com mais de 32 mil assinaturas e avaliada no Parlamento a 29 de Março de 2017. Apesar do consenso de, como referido, todos os partidos políticos na sua utilidade, (ver sessão de plenário às 2h45min) nada de prático daí saiu.

O mesmo promotor dessa petição - um cidadão anónimo e independente de qualquer partido político, voltou a lançar uma nova petição exactamente com o mesmo objectivo - dotar a FA de meios para combate a incêndios.

Pode questionar-se a utilidade de uma segunda petição, quando a primeira teve resultados práticos quase nulos. À falta de melhor meio de fazer valer a vontade popular,  servirá para responsabilizar a classe politica, dando-lhe uma oportunidade inequívoca de fazer alguma coisa para acabar com os interesses instalados e melhorar os meios e a prontidão do combate aos incêndios. Serve ainda para manter a opinião pública atenta e evitar que o assunto fique esquecido durante mais oito meses, até que comece outra época de tragédias.

Se necessário for,  leva-se o assunto ao Parlamento quantas vezes for preciso até produzir resultados.
Pela insistência também se ganham batalhas.


Fica o link para a petição à discrição de quem assim o quiser assinar e divulgar.
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT85971


quarta-feira, 13 de abril de 2016

Mil Mi-8MTV no combate a indêndios florestais (M1836 - 16/2016)

Descendente do Mil Mi-4 “Hound”, foi talvez este modelo um dos mais utilizados helicópteros médios do antigo Bloco de Leste, o seu primeiro protótipo voou em 1961, apenas com um motor de turbina e rotor principal de 4 pás, o segundo  protótipo já com duas turbinas voou em 1962, e em 1964, o primeiro aparelho já com 5 pás. 
Selecionado como helicóptero de transporte médio para as forças armadas do Pacto de Varsóvia em 1967, foram extensamente utilizados não só por utilizadores militares, mas também civis, dentro e fora do bloco, até aos dias de hoje.
Por cá, e se não me falha a memória de passarinho, foi a partir do final dos anos 90 que vemos a utilização de aparelhos deste tipo, integrados nos diferentes dispositivos de combate a incêndios florestais, não só para o MAI (Ministério da Administração Interna), como também para privados, como a Aliança Florestal/CELPA.

Partilho algumas fotos minhas, e de outros dois amigos ...

Mi-8MTV reg. US-MOS– fotografado em 26 Agosto 2001, em Viseu, como “HOTEL 15”.

Mi-8MTV reg. UR-MOY – fotografado pelo Sérgio Couto, a 9 de Agosto de 2001, 
em Vila Real, operando para o DICIF (Dispositivo de Combate a Incêndios Florestais).
 
Mi-8MTV reg. UR-MOY – fotografado em Setembro de 2001, em Vila Real

Mi-8MTV reg. LZ-CDH – operado pela Aero Norte para a Aliança Florestal/CELPA, 
fotografado em Braga em 29 de Setembro de 2001.

Mi-8MTV-1 reg.UR-CCN – da Ukranian Helicopters, operado para o DICIF,  
pela Aeronorte, fotografado em Viseu, a 30 de Julho de 2004.

O Aeródromo de Braga, base de operação da Aeronorte, foi um dos pontos de 
partida e chegada deste tipo de helicópteros, como aqui vemos numa 
foto aérea, cinco Mi8MTV’s e ainda cinco PZL’s.

Mi-8MTV-1 reg.UR-CCO – da Ukranian Helicopters, operado para o DICIF com o”HOTEL 3”.

 Mi-8MTV-1 reg.UR-CDE – da Ukranian Helicopters.

Mi-8MTV reg.UR-UWC – um de três aparelhos da Ukranian Cargo, com as cores, 
já gastas, com que operaram no Exército e Força Aérea da Ucrânia.
 Mi-8MTV reg.UR-UWD


 Mi-8MTV reg.UR-UWE

 Para terminar, mais quatro Mi-8MTV, reg. UR-UWT, UR-UWR, UR-UWQ, 
e ainda o UR-UWS (abaixo), todos operados pela Aeronorte. 



 


Texto: Rui Ferreira
Edição: Pássaro de Ferro

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

GOVERNO QUER COMPRAR CANADAIR (M1444 - 60PM/2014)

Canadair CL-215 espanhol 

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou hoje que o Governo pretende adquirir dois aviões Canadair (NR: Atualmente e em rigor são Bombardier) de combate a incêndios florestais através do recurso a fundos comunitários.

No grupo de trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, constituído no âmbito da Assembleia da República, Miguel Macedo adiantou que está a decorrer um processo para aquisição de dois aviões Canadair, no valor de cerca de 37 milhões de dólares cada um, com recurso a fundos comunitários,

O ministro afirmou que, no final do mês de março, o Governo terá "uma resposta mais conclusiva sobre este processo", mas manifestou esperança que a aquisição de meios aéreos pela via dos fundos comunitários "corra bem".

Segundo Miguel Macedo, o país precisa de ter no dispositivo mais meios aéreos próprios, uma vez que o atual não tem capacidade para resolver o problema de combate a incêndios florestais.

O ministro sublinhou que, no passado, foi feita a opção em não se comprar este tipo de aviões, mas, agora, "há um consenso" que Portugal "precisa de ter, pelo menos, um aparelho Canadiar".

Atualmente, os meios aéreos próprios do Estado são compostos por seis helicópteros pesados Kamov e três helicópteros de transporte e utilitário, sendo a primeira vez que vai adquirir para sua frota aviões Canadair.

O ministro disse também que poderá "demorar mais de um ano" para que Portugal tenha disponíveis os dois aviões Canadair.

Justificando a aquisição destes aviões, o ministro afirmou que é difícil encontrar no mercado estes meios a preços razoáveis para alugar.

"Estes meios não abundam, não tem sido nada fácil", referiu, acrescentando que Portugal "não pode, por sistema, em cada verão, recorrer à generosidade de outros países".

Aos deputados do grupo de trabalho, o ministro reafirmou que a Empresa de Meios Aéreos (EMA) já está em processo de liquidação, ressalvando que o processo de extinção da EMA "é muito complicado".

Após a extinção da EMA, a gestão dos meios aéreos vai passar para a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Fonte: Jornal i

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

AIRBUS MILITARY TESTA VERSÃO DE COMBATE A INCÊNDIOS DO C295 (M1325 - 389PM/2013)

C295 em testes de largada de água      Foto: Airbus Military

A Airbus Military anunciou ter terminado no passado dia 11 a segunda bateria de testes com o protótipo do C295 equipado com equipamento de combate a incêndios, destinada a fornecer dados precisos sobre a performance do sistema.

No seguimento duma primeira fase de testes, a empresa fabricante do C295 realizou sete largadas de água numa zona de testes perto de Córdova (Espanha), usando equipamento de medição no solo, para aferir o padrão de dispersão da água.

As provas foram realizadas com sucesso e foram promissores, confirmando a manobrabilidade altamente satisfatória da aeronave na largada da água. Nas próximas semanas a informação recolhida será analisada ao pormenor, de modo a permitir a tomada de decisões relativamente à configuração final do C295 de combate a incêndios.

O tanque de 3500 lt deverá ser duplicado na versão de série     Foto: Airbus Military

Nos testes, foi usado um tanque de 3500 lt e a água foi descarregada por gravidade através de dois aspersores na "barriga" da aeronave.

A configuração planeada oferecerá o dobro da capacidade, com dois tanques de 3500 lt, inseridos na aeronave através do sistema roll-on/roll-off (kit introduzido através da porta de carga posterior), que permite a aeronave ser usada para outros fins e reacondicionada em pouco tempo, o que aumenta largamente a sua flexibilidade e relação custo-benefício.

Jeronimo Amador, diretor do departamento de Desenvolvimento de Mercado da Airbus MIlitary para aeronaves de pequeno e médio porte disse a propósito: " Estamos satisfeitos com os progressos dos testes que realizámos até agora e muito encorajados pelos resultados. Vamos agora analisar os dados com maior detalhe e intensificar os nossos contactos com potenciais clientes interessados  no C295 de combate a incêndios. A solução roll-on/roll-off baseada  nesta aeronave altamente flexível tema excelente potencial de poder fazer face aos desafios financeiros, que enfrentam as autoridades responsáveis pelo combate aos incêndios por todo o mundo.

Fonte: Airbus Military
Tradução: Pássaro de Ferro

quarta-feira, 10 de julho de 2013

C-130 DA USAF NO COMBATE AOS FOGOS NOS EUA (M1069 - 193PM/2013)

Foto: Rick Sforza/USAF

Quatro C-130 da Força Aérea dos EUA (USAF) ajudam as autoridades locais a combater os fogos calamitosos que grassam no estado do Arizona.

"Eles estão a levar os aviões até ao limite das performances" disse Ann Skarban, porta-voz da 302 Air Lift Wing. "Estão a voar devagar, baixo e pesados. Estão a trabalhar em linhas de contenção para quebrar ou parar as frentes de fogo", acrescentou.

Foto: Thomas Doscher/USAF

Os C-130 tipicamente largam retardante à velocidade de 120 nós (aprox. 200 km/h) disse Dave Carey, engenheiro de bordo do 731 Air Lift Squadron. O retardante é largado ao longo do perímetro do fogo, ou contornando-o, ajudando assim os bombeiros no solo, ao conter o avanço das chamas.

O uso dos C-130 equipados com sistema MAFFS (Modulad Airborne Fire Fighting System) está a ser comandado pelos Serviços Florestais e a operar a partir do aeroporto Mesa-Gateway em Phoenix.
Com este sistema, as aeronaves são capazes de largar 3000 galões (cerca de 11.000 litros) de água ou retardante em menos de 5 segundos e cobrir uma área de 400 m de comprimento, por 30 de largura.

Foto: Stephen Collier/USAF

Assim que uma carga de retardante é largada, em terra podem começar a encher um novo módulo, o que é conseguido em menos de 12 minutos. A quantidade de retardante aplicada na água, varia com determinados fatores, como a pressão do ar, o terreno, altitude e peso, referiu ainda Dave Carey. Por exemplo,  altitudes e temperaturas mais altas resultam em pressão atmosférica mais baixa, o que torna mais difícil manobrar a aeronave, especialmente um C-130 carregado com milhares de litros de combustível. Continuando depois: "controlamos sempre o volume que carregamos, porque nem sempre podemos carregar completamente o tanque, devido às restrições comentadas. Temos ainda que contar com restrições na razão de subida, para o caso de perdermos um motor. Temos que ser capazes de sair do local também nessas condições" continuou. A pressão e volume de retardante, controlados por uma válvula e um computador de bordo, variam ainda com o tipo de terreno e vegetação afetados pelo fogo, explicou ainda Carey. "Se a vegetação for muito densa, vai requerer muita pressão para conseguir penetrar na floresta, enquanto que se for vegetação rasteira típica de pradaria, pode utilizar-se uma pressão mais baixa. Com uma pressão elevada, a descarga dá-se muito mais rapidamente" concluiu.

Uma manobra de descarga típica é feita num corredor sobre a zona de incêndio a combater, seguindo cerca de 300 m atrás de um avião ligeiro, que estabelece o ponto de início, paragem e a pressão para a descarga do retardante.

Além dos quatro C-130 mobilizados para combater os fogos que afetam o sudoeste dos EUA neste início de mês de julho de 2013, quatro outros estão também em uso por unidades da Guarda Aérea Nacional na Carolina do Norte e Wyoming.

Fonte: Military.com
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


sexta-feira, 3 de maio de 2013

COMBATE AOS INCÊNDIOS NOS EUA (M978 - 125PM/2013)


Foto:Eric Harris/USAF
Os incêndios florestais têm consumido nos últimos dias milhares de hectares na Califórnia, num início prematuro da chamada "época de incêndios", proporcionado por condições atmosféricas que tal proporcionaram.
Durante abril, a 302ªAirlift Wing, a unidade da Reserva da Força Aérea com a missão de combate a incêndios realizou a semana de certificação e treino anual, estando por isso apta a desempenhar as suas funções.

Foto:Eric Harris/USAF

Dez tripulações, incluindo elementos na reserva e em serviço ativo do 52º Airlift Squadron, participaram em formação teórica e prática, realizada em conjunto com os Serviços Florestais dos EUA, após o que as tripulações de C-130 e elementos de manutenção prosseguiram para os voos, realizando simulações de largada de retardante, usando água.

Treino das tripulações de C-130 usando água   Foto:Natahn Federico/USAF




Este ano, 302ªAirlift Wing adicionou um piloto, dois navegadores e quatro loadmasters. Os reservistas que se encontram no programa de combate a incêndios são todos voluntários.

A 302ªAirlift Wing da Reserva da USAF trabalha em conjunto com  três outras Alas (153ª, 145ª e 146ª) da Guarda Aérea Nacional (ANG), formando a totalidade das unidades aéreas de combate a incêndios da USAF.

C-130 da USAF de combate a incêndios    Foto:Eric Harris/USAF

O programa de que fazem parte as quatro Alas da USAF, é multi-entidades e destina-se a proporcionar recursos adicionais no combate a incêndios, quando as empresas comerciais ou privadas, já não têm capacidade para satisfazer as exigências das operações em curso. Faz parte de uma relação duradoura entre o Departamento de defesa, Serviços Florestais, o Centro Nacional de Combate  Incêndios e os Municípios, que começou no início da década de 1970.
O sistema MAFFS usado (Modular Airborne Fire Fighting System)  nos C-130 é capaz de descarregar 12.000 litros de água ou retardante em menos de 5 segundos, cobrindo uma área de aproximadamente 300 m de comprimento por 35 m de largura. O sistema pode ser reabastecido em menos de12 minutos, uma vez efetuada a descarga.

Sistema MAFFS da Força Aérea Portuguesa       Imagem: Forum 9Gs

A Força Aérea Portuguesa teve dois destes sistemas para uso nos C-130 da Esquadra 501, ativos entre a década de 80 e meados da década de 90. "Misteriosamente" deixaram de ser utilizados, em detrimento das concessões privadas.
Estranhamente também, as áreas de floresta ardidas todos os anos no país, não cessam de aumentar.

Fonte: USAF
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

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