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quarta-feira, 28 de setembro de 2022

P-3 DA FAP EM MISSÃO NO MEDITERRÂNEO - Estatísticas [M2347 - 62/2022]


O P-3C CUP+ dos "Lobos" em patrulha dia e noite no Mar Mediterrâneo    Fotos via EMGFA

Decorridos sensivelmente 20 dias do início do destacamento do P-3C CUP+ da Esquadra 601 da Força Aérea Portuguesa em Sigonella, Itália, o Estado Maior das Forças Armadas partilhou as estatísticas das missões já realizadas, integradas na Operação IRINI da “European Union Naval Force Mediterranean” (EUNAVFOR MED).

Assim, o destacamento português, constituído por 36 militares, realizou o patrulhamento de uma área de 403.770 milhas náuticas quadradas, num total de 57 horas de voo, nas quais realizou 13.000 contactos com embarcações de superfície, dos quais uma centena foram reportados à EUNAVFOR MED. Sete contactos forma identificados e reportados como imigração ilegal, tendo por isso contribuído para o resgate de 630 migrantes das águas do Mar Mediterrâneo. 


Embarcações detetadas com imigração ilegal      Fotos: Esq. 601 via EMGFA

A operação IRINI tem como objetivo fiscalizar e contribuir para a aplicação do embargo ao armamento imposto pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas à Líbia, além de contribuir para a segurança e manutenção da liberdade de navegação e o combate ao tráfico de drogas, armas e pessoas no Mar Mediterrâneo.


Foto via EMGFA

O destacamento da Esquadra 601 em Sigonella terá uma duração de três meses, durante os quais os "Lobos" irão realizar missões também para a Operação Sea Guardian da NATO, antes do regresso a Beja no mês de dezembro.



quarta-feira, 27 de maio de 2020

SU-35 RUSSOS INTIMIDAM P-8 DA US NAVY [M2145 - 63/2020]

Su-35 russos sob as asas do P-8 Poseidon da US Navy    Fotos: US Navy  


No final do dia de ontem, 26 de Maio de 2020, e no mesmo dia em que foram reveladas imagens pelo US Africa Command, dando conta da movimentação de caças de origem russa para Líbia, a US Navy mostrou novas fotos e um vídeo, desta vez de uma intercepção por parte de caças Su-35 russos, a um dos seus P-8A Poseidon, em missão sobre o Mediterrâneo.


Imagens que atestam bem a proximidade a que se colocaram os Su-35      Fotos: US Navy

Segundo a US Navy, a sua aeronave, pertencente à 6ª Frota, voando sobre águas internacionais no Mediterrâneo oriental,  foi interceptada "de forma insegura e pouco profissional", tendo-se posicionado  simultâneamente os dois Su-35 a curta distância de cada uma das asas do Poseidon, restringindo por isso a sua capacidade para manobrar em segurança. Esta atitude prosseguiu por 64 minutos.

Apesar de não ser possível afirmar que este episódio esteja directamente relacionado com a revelação das imagens mostrando a mobilização dos caças russos para a Líbia, até porque já durante Abril do corrente ocorreram duas outras situações similares (embora de menor duração e não tão agressivas), a verdade é que os P-8A Poseidon da US Navy são os principais suspeitos da captação das referidas fotos, que denunciam um envolvimento directo de meios do Kremlin, no conflito líbio.

Intercepção de 26/05/2020 - imagens US Navy

Entertanto, os russos, não só não negam o incidente, como revelaram imagens captadas a partir de um dos Su-35:





sábado, 16 de abril de 2016

"OPERAÇÃO EL DORADO CANYON" - 30 anos depois - [M1837 - 17/2016]

Os F-111F em Lakenheath, descolaram rumo ao norte de África desferindo os ataques. Uma aeronave e os seus tripulantes foram abatidos.

Nos dias que presentemente percorremos, fecha-se um ciclo de três décadas sobre os ataques Norte-Americanos a alvos na Líbia, sobretudo na capital Tripoli e em Bengazi.
Em abril de 1986 e depois de mais uns quantos sarcasmos e rangeres de dentes de Kadafi e outras tantas ameaças terroristas, a administração republicana liderada por Ronald Reagan avança com ataques cirúrgicos em território Líbio. A gota de água que fez transbordar a paciência dos americanos foi o atentado a uma discoteca em Berlim, semanas antes, reivindicado por terroristas Líbios, alegadamente patrocinados pelo Coronel Kadafi. E como se estava ainda em Guerra Fria, estas movimentações faziam crescer nas sociedades uma parede de apreensões e medos face aos desequilíbrios que poderiam criar na confrontação latente entre os dois blocos.
A 15 de abril de 1986, aviões estacionados em porta-aviões no Mediterrâneo e partindo de bases em Inglaterra - nomeadamente os F-111F baseados em Lakenheath - desferiram um ataque que visou alvos estratégicos e militares, tendente a debilitar o alegado patrocínio do regime Líbio ao terrorismo.
Aliás, a Inglaterra e Margaret Thatcher eram os grandes aliados europeus dos EUA e alinharam, antes e depois destes acontecimentos, em diversas ações militares americanas, independentemente das diferentes administrações na Casa Branca - Reagan, Bush (pai), Clinton, Bush (filho) e agora Obama.
Volvidas estas três décadas, Kadafi não passa de uma recordação na história da Líbia - foi morto em 2011 pela "primavera" aí emergente e que deixou a Líbia naquilo que é hoje, uma manta de retalhos, mais ou menos sem "rei nem roque", situação agravada no presente por uma sangrenta guerra civil, um pouco à semelhança com o que acontece com a vizinhança, leia-se Tunísia e Egipto, todos brindados recentemente pela quase pomposamente designada "primavera árabe".

Os F-14 defenderam os céus e as aeronaves que efetuaram o ataque.

Entretanto, 30 anos depois, o terrorismo assentou praça nas nossas vidas e condiciona-a, dentro da própria Europa e dos EUA, em qualquer lado, a qualquer hora.
Se conjunturalmente os ataques a nações/regimes que patrocinam ou albergam o terrorismo e seus praticantes se justificam e são até caucionados pela sociedade - um pouco na onda do olho por olho, dente por dente - a prazo - que não é longo - revelam-se completamente inúteis uma vez que a senda terrorista sobrevive-lhe com total descaramento e acidez.

 Os A-6 Intruder participaram nos ataques.

Este patrocínio ocidental às primaveras árabes, recebido com hossanas e regozijos, não passou, na minha opinião, de uma fuga para a frente. Não resolveu nem resolverá coisa alguma, uma vez que a democracia que nos "governa" não é matéria do código genético de sociedades que vivem há muitos séculos sob a "espada" divina e seus preceitos, alguns deles absolutamente radicais e cuja mudança - mais ou menos patrocinada e com maior ou menor força - não mudará em meia dúzia de anos o que se enraizou há séculos.

Os A-7E Corsair II efetuaram também bombardeamentos em Tripoli e Bengazi.

Se as sociedades ocidentais quase "exigem" que se faça alguma coisa, pelo menos na sua maioria, no fundo também saberão que as ações armadas, com todo o sucesso que eventualmente tenham, não resolvem o problema fundamental e, em bom rigor, acabam por acicatar ainda mais o fundamentalismo e o ódio que fomentam o terror. A dúvida e a apreensão persistem por cima do fumo das explosões, tantos as terroristas, como as que se lhe seguem nos consabidos locais onde são cogitadas.
Concluindo, 30 anos volvidos sobre os ataques à Líbia - a operação "El Dorado Canyon" - o mundo continua esse lugar perigoso e, em alguns locais, absolutamente mal frequentado, levando-nos a uma espécie de corolário que ecoa nas nossas cabeças...
...A História nunca é suficientemente rápida para algumas das nossas necessidades.

Texto e edição: António Luís/Pássaro de Ferro


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