Mostrar mensagens com a etiqueta Epsilon TB-30. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Epsilon TB-30. Mostrar todas as mensagens

sábado, 29 de outubro de 2022

O AIRSHOW do Portugal Air Summit 2022 [M2356- 72/2022]


Realizou-se no passado dia 15 de Outubro, o “Airshow” integrado na edição deste ano do Portugal Air Summit, o culminar de quatro dias intensos deste certame que pretende reunir num só certame todos os intervenientes da cena aeronáutica e aeroespacial nacional.

Não sendo meu objectivo desenvolver os temas deste certame na sua plenitude, toda ela muito interessante - trabalho que implicaria uma reportagem longa in situ - irei debruçar-me um pouco, fotograficamente, sobre alguns aspectos do Airshow, razão primeira para a deslocação a tais paragens longínquas, na busca de algumas das exibições que eram afinal cabeças de cartaz, num programa ao qual o Pássaro de Ferro deu devida nota antecipadamente.

Já tinha intenção de ir ao Air Summit desde o ano passado, em verdade, na busca de alguns dos aviões que estão baseados em Ponte de Sor, os “clássicos”, na persecução de um dos temas a que me dedico, os Military Aviation Wrecks & Relics, e que integram o projecto em livro European Military Out Of Service.  Aliado a esses, o programa que foi sendo dado a conhecer fez crescer vontade de não falhar este ano!

Tenho para mim como referências apenas os festivais da Força Aérea Portuguesa, sobretudo os maiores e quando os aniversários da Arma estão aliados a exercícios como por exemplo o Tiger Meet (ex. 1987, 1996, 2002, e Real Thaw 2022), bem como os festivais aéreos civis nos quais se inserem eventos como as últimas edições do Estoril Air Show e também os Portugal Air Show em que participei. Reconheço serem referências parcas de alguém que viaja pouco.

Ainda assim, a expectativa era alta.

O Airshow, que integrou um sem número de exibições muito interessantes, com especial enfoque nos diversos sectores da aviação civil na aviação desportiva, incluiu as corridas aéreas integradas no campeonato Air Race Championship (ARC), exibições aéreas dos acrobatas Ramón Alonso, Jorge Macias, e Cástor Fantoba, todos eles fantásticos, bem como, num outro registo, o nosso amigo Luís Garção.

Não esquecendo a participação mais pequena, de um girocóptero do Campo de Voo de Benavente, não foram só as participações a solo, registo também a parelha Ramón Alonso/Jorge Macias, os Yakstars (que integra pilotos portugueses e espanhóis), e também a Team Raven inglesa. Destaque ainda para a operação, pela primeira vez aeródromo de Ponte de Sor, de um Airbus A320 da SATA.

No que concerne às participações militares, registaram-se as passagens aéreas da Força Aérea Portuguesa que incluíram uma parelha de TB-30 Epsilon da Esquadra 101, e um DHC1 Chipmunk da Academia da Força Aérea. A abertura do Airshow propriamente dito esteve a cargo de um FTB-337G da Fundación António Quintana, mas as duas exibições que mais gostei foram a do Super Lynx Mk.95A da Esquadrilha de Helicópteros da Marinha Portuguesa (ainda que curtinha), e um fantástico Supermarine Spitfire HF.IXc.

O evento aéreo terminou com duas outras exibições muito curiosas, já noite, uma a cargo dos AeroSPARX, e outra, um espectáculo com drones.

Confesso que tenho de voltar para assistir ao evento na sua totalidade, e ao Airshow sem dúvida nenhuma. Que surpresas trará a próxima edição?

Agora vamos às fotos.



Para além da participação da Força Aérea Portuguesa no evento, com stand e exposição estática, registou-se adicionalmente neste dia a participação da Esquadra 101 “Roncos”, baseada em Beja (BA11), com uma parelha de TB-30 Epsilon a executar diversas passagens.

Acalentei a esperança de ver este clássico Antonov An-2 em voo de formação com os Yakstars, à semelhança do treino e exibição que ocorreu no início do mês de Outubro, em que inclusivamente fizeram  um voo de formação deste An-2 com oito Yak-52 (!!!), algo que com muita pena minha não aconteceu aqui.

Aqui vemos os Yakstars a taxiar para mais perto do público em preparação para a sua exibição.

Em primeiro plano o Airbus A-320 da SATA, e em fundo o piloto Cástor Fantoba, durante uma das suas passagens da ARC.

Aqui vemos na exposição estática, este foi o primeiro dos nossos Super Lynx’s a serem modernizados (19204)que inclui a « (…) modificação estrutural decorrente da instalação dos novos motores LHTEC CTS800-4N em substituição dos Rolls Royce Gem 42, sistemas de ajudas e navegação, substituição do painel de instrumentos por um glass cockpit com três ecrãs multifunções, novo guincho de salvamento hidráulico e sistema de amortecimento de vibrações do rotor principal


Um Cessna O-1 Birdog, da Fundación António Quintana, com um esquema de pintura muito curioso e que apenas vimos numa curta demonstração de voo. Repare-se que o aparelho está restaurado imaculadamente, até rockets tem suspensos nas asas!


A abrir o airshow, o FTB-337G da Fundación António Quintana, naquele que foi um dos “puxa-empurra” da FAP e que de resto já tinha tido oportunidade de ver em S. Jacinto em Agosto último.



Numa passagem muito baixa, à larga, Ramón Alonso parece descansar depois de 




Com um conjunto de passagens em formação e manobras a solo, os Yakstars nunca nos deixam de surpreender, pela dificuldade e o rigor da sua actuação, a formação integrou pilotos e aviões dos Yakstars e Jacob 52. Os Yakovlev Yak-52 destas patrulhas são conhecidos pelos seus esquemas de pintura “à antiga”, alguns deles foram recentemente descaracterizados, para um modo “politicamente correcto” …



Um outro acrobata a solo, Jorge Macias em passagem muito baixa, mais uma exibição de se lhe tirar o chapéu!


Tomou poucos minutos, a demonstração do Super Lynx Mk.95A da Esquadrilha de Helicópteros da Marinha, executando um "fast rope" com um grupo de Fuzileiros, e algumas passagens, foi fantástica, ainda que fosse desejo de todos ver uma demonstração de performance "à moda antiga"...


Um dos pontos altos do festival, a exibição do Team Raven, composta de uma formação de seis aparelhos Ran's RV-8.






Se não houvesse razões para ir a Ponte de Sor, a demonstração de voo deste Supermarine Spitfire HF.IXc, pilotado pelo seu actual dono, Niel Parkingson, era mais que bastante. Já não via por cá uma exibição de um Spitfire desde os idos do Portugal Air Show.





Pela segunda vez em Portugal, os AeroSPARX , uma parelha com dois Grob 109b, que em modo nocturno aliam a acrobacia aérea a um show de pirotecnia, numa composição visual espectacular.

 


Texto: Rui “A-7” Ferreira
Entusiasta de aviação

Fotografia:  – Fernando Sousa, Floriano Morgado, Jorge Ruivo, e Rui Ferreira.

Nota: O autor do texto/reportagem escreve na grafia antiga.








sábado, 6 de agosto de 2022

DIA DE BASE ABERTA - AERODROMO DE MANOBRA Nº1 [M2330 - 45/2022]


Realizou-se mais um dia de base aberta, no passado dia 17 de Julho, desta feita no Aeródromo de Manobra nº1 (AM1), em Maceda, Ovar, evento que pretende ser um momento em que a Força Aérea Portuguesa abre portas à população civil para dar nota, e muito boa nota, do que faz no cumprimento da sua missão, que muito para além da sua inerente bélica, é também uma de serviço público. Naturalmente, a adesão a este dia foi estrondosa, não é para menos já que esta é a única unidade-base no Norte do País, e a cousa do ar desperta na população um fascínio tremendo, não é só na afición.

Com uma componente de demonstrações aéreas de dimensão reduzida, não é um festival aéreo no sentido comum da palavra, assistimos ainda assim a diversas demonstrações de voo, desde logo com a “prata da casa”, um AW-119 Koala da Esquadra 552 “Zangões”, nomeadamente o seu destacamento aéreo para busca e salvamento, que executou algumas de voo, um hi-line e uma recuperação com guincho, isto durante a manhã, altura em que marcou presença um C-130H da Esquadra 501 “Bisontes” que executou algumas passagens aéreas em baptismos de voo, e um avião Epsilon TB-30 da Esquadra 101 “Roncos”, que se deslocou ao AM1 para ali integrar a exposição estática.

A primeira demonstração do dia esteve a cargo do Destacamento de Ovar da Esquadra 552 "Zangões", com o seu novíssimo AW119Kx Koala.




Lá no alto, para uma primeira passagem já em modo baptismal, o C-130H da Esquadra 501 "Bisontes"
O C-130H da Esquadra 501 "Bisontes" à chegada

Desde a BA11 em  Beja veio integrar a exposição estática um TB-30 Epsilon da Esquadra 101 "Roncos"

Da parte da tarde, os OPSAS do AM1 fizeram a sua já habitual demonstração de meios, sendo ainda de registar mais uma demonstração de voo a cargo da Esquadra 552 "Zangões", o C-130 realizou mais alguns voos, incluindo os dos baptismos de voo sorteados de entre os visitantes, sendo de registar que numa primeira passagem este foi escoltado por dois F-16M, da parelha de alerta baseada em Monte Real.

A demonstração dos meios de socorro
O "Koala" à saída para a demonstração da tarde

Facto curioso, a passagem do C-130H escoltado por dois F-16M que aconteceu durante um dos baptismos de voo, algo que não acontece todos os dias!
O embarque para o último baptismo do dia
A tripulação da Esquadra 501 "Bisontes" no seu "escritório"
Antes do regresso a casa, um banho de dessalinização
E o adeus...

A exposição estática de aeronaves incluiu algumas aeronaves no activo, nomeadamente um F-16M , um DHC-1 Chipmunk, e o referido TB-30 Epsilon. Para além destes, ir a Maceda é sempre uma oportunidade de ver ou rever uma pequena amostra do acervo do Museu do Ar, amostra cheia de vida como é evidência disso mesmo o trabalho que se tem feito aqui desde há vários anos no restauro de diversas aeronaves, nomeadamente as duas últimas, o F-84 5187 (actualmente exposto em Sintra, recuperado como 5131), e o T-6G nº1769, aparelho que, se a memória não me atraiçoa, entrou em manutenção (IRAN) após as comemorações dos 50 anos da FAP mas face ao acidente aéreo com o T-6G 1774, já não foi concluído.

Fazendo as delícias de todos, pela oportunidade de ver o fantástico trabalho de recuperação, deste T-6G do Museu do Ar. 
O primeiro aparelho recuperado pela equipe do AM1, em conjunto com uma mão cheia de voluntários trazidos pela AEFA, este impecável Piper Cub (CS-ALN/3208)  



Recentemente trazido desde o Porto, estava remetido ao esquecimento e abandono, esta hélice de Nord Noratlas, uma das peças decorativas do antigo Centro de Selecção do Porto, onde tantos de nós demos o nosso primeiro passo na vida militar: a inspecção.   

O cockpit do Northrop T-38A Talon.
Sempre uma visão fantástica o trabalho do grafitter Nark.




Contou ainda com a participação na exposição estática de meios aéreos da Nortávia, da IFA – Aviation Training Center, e do Aero Clube do Porto. 


Texto: Rui “A-7” Ferreira
Entusiasta de aviação
Nota: O autor do texto/reportagem escreve na grafia antiga.

Fotografia: Rui "A-7" Ferreira e Luís "F-16" Neves



Nota do Autor -  Refira-se que o Polo de Ovar do Museu do Ar, em conjunto com o AM1, tiveram por ali um grupo, trazido pelas mãos da AEFA daquilo que se pretendia que fosse um embrião de um grupo de trabalho permanente, essencialmente composto de voluntários civis, sob orientação da FAP, não só para o restauro de aeronaves (o primeiro exemplo foi o Piper Cub CS-ALN/3208), como para a manutenção dos demais artefactos e o auxílio nas diferentes tarefas daquele polo do Museu do Ar.

Espero que um destes dias possamos ver de novo a abertura deste espaço à participação de civis para que possamos chegar ali e, como sempre digo: «tenho duas mãos, posso ajudar?»



ARTIGOS MAIS VISUALIZADOS

CRÉDITOS

Os textos publicados no Pássaro de Ferro são da autoria e responsabilidade dos seus autores/colaboradores, salvo indicação em contrário.
Só poderão ser usados mediante autorização expressa dos autores e/ou dos administradores.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Laundry Detergent Coupons
>