terça-feira, 26 de julho de 2022

KC-30: O NOVO REABASTECEDOR ESTRATÉGICO DA FAB [M2328 - 43/2022]

KC-30 da Força Aérea Brasileira na chegada a Campinas no dia 25JUL2022      Foto: FAB

Com a recepção do primeiro de dois Airbus A330-200, a Força Aérea Brasileira FAB deu um salto importante no seu processo de reequipamento. Com a incorporação destas aeronaves, ganha capacidade estratégica em missões de carga, humanitárias e de reabastecimento em voo. 

RECEPÇÃO NO RIO DE JANEIRO A 26JUL2022

O processo de concurso foi ganho pela companhia aérea brasileira Azul Linhas Aéreas, no valor de 80M USD, que ofereceu duas das suas aeronaves, com a capacidade para transportar 250 passageiros e com autonomia de 8000 milhas náuticas (cerca de 14.000 km). 

Estes aviões estão em processo de conversão para o padrão A330 MRTT, sendo rebatizados no Brasil como KC-30, e com as matrículas FAB 2901 (ex-Azul PR-AIS) e 2902 (ex-Azul PR-OCK e ex-Avianca Brasil).

Configuração de classe única             Crédito: Airbus
Configuração de duas classes           Crédito: Airbus

Configuração "full palets"       Crédito: Airbus

Inicialmente o projeto previa quatro células, mas devido à conjuntura orçamental, foi reduzido para duas. A escolha pelo modelo da Airbus foi lógica e económica, em especial devido ao facto da empresa  ter um centro de manutenção e treino de apoio à sua frota de A330.

Além das possibilidades de utilização estratégica nas mais diversas missões realizadas pela FAB no Brasil ou no exterior, representa um significativo incremento na sua operacionalidade.


Pintura dos A330 ex-Azul         Fotos: FAB

KC-30 FAB configuração de evacuação medica    Foto: Airbus

Durante o ano de 2022 ainda está previsto o processo final de adaptação e reforço estrutural para transporte de carga, além do sistema de reabastecimento em voo. A chegada da primeira aeronave ao Brasil servirá para um breve período de treino das tripulações e alguns voos, antes de seguir para a conversão final em Espanha.

O KC-30 será operado pelo 2º Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/2º GT) – Esquadrão Corsário.

Os aviões irão manter o mesmo esquema de pintura utilizado anteriormente pelos KC-137 e C-767, com as aeronaves todas pintadas no padrão FS (Federal Standard 595C) 26473 – Sky Grey.


UM POUCO DE HISTÓRIA DO ESQUADRÃO CORSÁRIO

Criado em 1968 e sediado na Base Aérea do Galeão/RJ (atual ALA 11), o 2º/2º GT "Esquadrão Corsário", iniciou as operações com uma frota de Douglas C-118 Liftmaster (DC-6B). Em 1975 os veteranos quadrimotores foram substituídos pelos C-91 Avro, que três anos depois deram lugar para os C-95 Bandeirante de produção local.

KC-137 escoltado por A-1 e F-5E da FAB

Em 1986 o esquadrão Corsário recebeu o primeiro de quatro Boeing 707 comprados à Varig, que foram convertidos como KC-137. Estes aviões tiveram um papel importante, servindo de apoio nos pontos mais remotos do Brasil e no exterior. Em 2013 a FAB desativou o último KC-137, e durante um período de três anos permaneceu sem aeronaves estratégicas de reabastecimento/carga em voo, de longo curso.

Em julho de 2016 chegou à base aérea do Galeão um C-767 (designação da FAB para o Boeing 767-300ER), que foi o primeiro jato de grande porte (widebody) operado pela Força Aérea Brasileira. Recebendo a matricula FAB 2900, realizou missões de transporte de cargas, tropas, passageiros, incluindo até como aeronave presidencial, em missões de longa distância.

Texto: Valter Andrade




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