quinta-feira, 2 de abril de 2015

A EUROPA NOS SEUS LABIRINTOS E DÚVIDAS (M1813 - 17AL/2015)

Caças F-15C norte-americanos chegando a Leeuwarden, há dias. Foto: USAF.

Vão chegando notícias preocupantes, que nos mostram movimentações da História a que não podemos nem devemos ficar indiferentes, escondendo a cabeça num buraco à mão ou assobiando para o lado.
A Rússia continua as suas manobras militares, continua a revelar a sua musculação, umas vezes de braço dado com as suas movimentações e taticismos diplomáticos, noutras para além delas, quase no limbo da provocação, no esticar de corda, no ver como e até onde...
A Europa "do lado de cá" está, em bom rigor, mais entretida com o ego grego, os fatos do Ministro Varoufakis, com as errâncias ideológicas do Syrisa, com as dimensões dos "discurso" alemão, com o orgulho britânico, com as debilidades e fortalezas do Euro, com o ser-se de direita, de esquerda, do centro ou da órbita estratosférica.

Um bombardeiro estratégico russo, TU-95 "Bear", escoltado por um Typhoon da RAF. Foto: RAF

Desinvestiu na defesa e tem-se como guardiã maior dos valores civilizacionais e culturais, limitando-se para tal, a anunciá-lo com pompas e circunstâncias várias, ao sabor dos seus confortos.
Fora dela há perigos, como dentro dela também. Reais. Mas todos parecem demasiado longe ou, de uma forma cinematográfica, tudo bons rapazes, mesmo que já por duas vezes, o vento quase tudo tenha levado...
Quando o rabo aperta, telefonemas para o lado de lá do Atlântico e o amigo Yanke trata das vitaminas em forma e modos para defender a nobreza do território, dos viventes, da arte, da cultura, da civilização entretida e pasmada, contemplando o umbigo e as jóias penduradas ao pescoço e nos dedos, e novamente a História, essa teimosa campaínha e reescrever-se a si mesma, as mãos ambas, em papel timbrado, fazendo-se tinir por entre reprimendas e medos.
A Europa espera sempre - por vezes quase de forma ingénua - que nenhum olhar seja invejoso, que nenhum gesto seja de cobiça.
Já por duas vezes e de forma dramática se enganou.
Será que (não) aprendeu?

Nota: Este texto é de opinião e a mesma apenas vincula o seu autor.

3 Comentários:

Anónimo disse...

O problema é que o amigo yanke também está a desinvestir na defesa ....
Será que ninguém aprendeu?????

Oxalá tenhamos tempo de nos arrepender e arrepiar caminho ... coitados dos que estão no meio :(

Rui Duque disse...

O problema é que os russos estão como os alemães em 1933 querem dominar os outros povos e tem que ter um pretexto para começar uma guerra e ninguém dos governos ocidentais vê isso.

Anónimo disse...

Excelente post. Realista, lúcido e politicamente incorreto. Mais que um problema militar, resultante do desinvestimento na Defesa, temos de enfrentar um problema cultural que abrange (praticamente) toda a Europa e corrói os alicerces de qualquer civilizacao que sao as camadas jovens. A identidade cultural imanente aos diversos povos que constituem a Europa tem de ser preservada e estimulada com o verdadeiro ensino da Historia. Nao podemos tolerar que em prol da maquina economica se acabe com a diversidade cultural, geografica e civilizacional do velho continente

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