segunda-feira, 20 de outubro de 2014

RED ARROWS MADE IN USA? (M1704- 301PM/2014)

Ilustração: Peter Van Stigt

A notícia caiu como uma bomba na comunicação social do Reino Unido: com o aproximar do fim de vida dos Hawk T1 em uso nos Red Arrows, está a ser ponderada a possibilidade de utilização de caças F-16 americanos em segunda mão, para manter os Red Arrows a voar.
A sugestão partiu do oficial encarregado de treinar as tripulações e permitiria ao Governo de Sua Majestade cumprir a promessa de manter os Red Arrows no ar. Baratos.

As críticas contudo não se fizeram esperar, começando pelo argumento de que a imagem da emblemática patrulha acrobática da Royal Air Force (RAF) sairia danificada, como símbolo da capacidade aeronáutica britânica.

Facto é que a patrulha que celebrou este ano o seu cinquentenário, necessita de novos aviões até 2020. Isto significa que o Ministério da Defesa (MD) tem cerca de um ano para escolher um novo modelo. E os atrasos numa decisão têm levado  muitos a temer que isso signifique o fim da linha para a equipa, incluída no pacote de cortes na Defesa, já que no MD há quem pense que é um luxo dispensável.

Uma alternativa aos propalados americanos F-16, seria o Hawk T2 já em uso na RAF. Contudo o TCor Tim Flatman, comandante do Naval Air Squadron 736, que treina pilotos para as unidades aéreas da Royal Navy, entrou também na contenda, alegando que as chefias na Defesa deveriam considerar o F-16.

O F-16 tem sido usado na patrulha acrobática da USAF, Thunderbirds, desde 1982 e a opção pode apresentar-se demasiado tentadora, para ser rejeitada por chefias com pouco dinheiro.
Por coincidência, ou talvez não,o Reino Unido tem intenção de vender o Eurofighter Typhoon por 90M EUR a unidade à Dinamarca, para substituir os seus F-16 até 2020. Esses F-16, no valor de 22,5M EUR cada, seriam uma solução relativamente barata, para um caça de capacidades notáveis.

Outra fonte  militar não revelada, confessou que "o F-16 representaria um impulso para os Red Arrows. É uma aeronave fantástica e com um aspeto fantástico. Os aviões dinamarqueses são já bastante antigos, mas só o facto de se falar do assunto no MD é já um bom sinal para os Red Arrows".

As vozes críticas não se calam contudo, defendendo que os Red Arrows devem ser uma bandeira para o país, a sua capacidade humana e industrial. "A mensagem que estaríamos a passar é a de que os F-16 são melhores que os Hawk T2" diz a especialista do Royal United Services Institute, Elizabeth Quintana.  Além disso, passando a usar o F-16, ou as aeronaves ficariam com a função única de exibição (ao contrário dos Hawk que podem também desempenhar missões de treino e combate), ou a sua conversão para utilização também em combate, sairia extremamente dispendiosa.

Dentro do MD britânico, a posição oficial é de que "há ainda muito tempo até 2020 para tomar uma decisão".

Fonte: Daily Express
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro



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