sexta-feira, 1 de novembro de 2013

PARA ALGO COMPLETAMENTE DIFERENTE.... SR-72! (M1246 - 323PM/2013)



O mítico gabinete de projetos da Lockheed Martin "Skunk Works" revelou hoje estar em curso o sucessor do SR-71, para já denominado SR-72.

Desde que o inultrapassável SR-71 foi retirado de serviço da USAF, quase há duas décadas atrás, que  pairava no ar a pergunta se haveria algum sucessor de nova geração para um avião ultra-sónico.

Após anos de silêncio sobre o tema, a Lockheed Martin revelou finalmente detalhes dos planos do que denomina como uma aeronave hipersónica de reconhecimento não tripulada, de operação a preços comportáveis. A aeronave poderá alegadamente ter capacidade opcional de ataque, entrar em fase de demonstração já em 2018 e operacional em 2030. As características atribuídas ao SR-72, são de uma plataforma bimotor, capaz de atingir velocidades de cruzeiro de mach 6 (cerca do dobro do seu predecessor).

Baseado na longa experiência de voo hipersónico acumulada pela USAF, o SR-72 está a ser projetado para preencher o que é entendido pelos planificadores da Defesa como crescentes falhas na recolha de informação de reacção rápida, pelos satélites ou plataformas subsónicas tripuladas e não tripuladas, que ocuparam o lugar do SR-71. Além disso, ameaças móveis têm vindo a multiplicar-se em áreas de de espaço aéreo vedado ou contestado, em países com sistemas de defesa aérea sofisticados e conhecimento dos movimentos dos satélites de reconhecimento americanos.


Imagem: Lockheed Martin

Um veículo a penetrar a grande altitude a uma velocidade de mach 6, é considerado pela Lockheed Martin como a conjugação ideal para aeronaves hipersónicas com combustão com ar ser praticável. 
Com estas características espera-se que o SR-72 possa sobreviver mesmo onde veículos aéreos avançados furtivos, tripulados e não tripulados, podem não conseguir resistir. A capacidade de ataque, permitirá adicionalmente atacar alvos identificados, antes que consigam esconder-se.

Apesar de a espaços terem surgido evidências de que um sucessor do SR-71 estaria em projeto, foi a primeira vez que tal foi oficialmente admitido. Os custos astronómicos previstos para um projeto de tal envergadura, foram sempre um dos argumentos a rebater a existência de um programa secreto.

Mas a Lockheed Martin pensa ter finalmente a resposta: "A Lockheed Martin, tem vindo a trabalhar há sete anos com a Aerojet Rocketdyne, para desenvolver um método de integrar uma turbina externa com um motor scramjet (idêntico ao do SR-71) para permitir operar a aeronave desde parado até mach 6" disse Brad Leland, gestor de tecnologias hipersónicas.

Já durante 2013, um teste bem sucedido foi anunciado pela Boeing e USAF, de uma aeronave hipersónica não tripulada, o X-51 Waverider. A Lockheed Martin teve também um projeto financiado e em desenvolvimento, que acabou por não ter seguimento (HTV-2 que voou a mach 20 com uma temperatura externa de 3500ºF), mas segundo Brad Leland, forneceu lições fundamentais para que um sucessor possa ser viável. A maior dificulade estará mesmo em conciliar as características de um jurbojet para o voo "convencional" até mach 2,5/3,0 e o ramjet para o voo hipersónico a partir dessas velocidades. 
Segundo Leland, antes dessa fase ser ultrapassada, "eram tudo desenhos animados".

Das informações fornecidas, bem como conceção gráfica que aqui exibimos, recomenda-se cautela em assumir como dados fidedignos, já que em anteriores ocasiões similares, pouco ou nada tinham a ver com o que realmente se veio a provar como real.

Fonte: Lockheed Martin e Aviation Week
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro










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