terça-feira, 20 de março de 2012

SERVICE THIS AIRCRAFT WITH BIOFUEL (M620-26PM/2012)

Gelo derrete no estabilizador de um dos F-16CM usados em testes de biocombustíveis  Foto: Beth Hollinker/USAF

Numa altura em que os preços dos combustíveis preocupam tanto companhias de aviação como o cidadão comum, na 180th Fighter Wing (Stingers) em Toledo, Ohio, (EUA) a unidade da Guarda Aérea Nacional local testa operacionalmente biocombustível como complemento aos combustíveis fósseis.
Não sendo uma novidade na Força Aérea Americana (USAF), que desde 2009 vem testando biocombustível - também designado Hydro-processed Renewable Jet Fuel - em caças e aviões de transporte e até mesmo na patrulha acrobática Thunderbirds, nos "Stingers" está a ser testado sem restrições, sendo das últimas etapas a cumprir antes de ser licenciado para uso corrente.

Entre 10 de janeiro e 16 de fevereiro de 2012, tinham-se voado 39 missões nos dois F-16CM atribuídos ao programa de testes. Nesse período foram também levadas a cabo 11 missões de reabastecimento aéreo e utilizados cerca de 225.000 litros de combustível.

O amanhecer no Ohio onde está a ser testado operacionalmente biocombustível    Foto: Beth Hollinker/USAF

A 12 de fevereiro, efetuou-se com sucesso a transição de biocombustível para o tradicional JP-8, e de novo para biocombustível, durante uma missão de treino: Como parte de uma missão de aproximadamente duas horas, as duas aeronaves descolaram com biocombustível e receberam JP-8 do reabastecedor aéreo (KC-135 Stratotanker). Completaram então a missão e receberam de novo biocombustível após aterragem.

Na fase de avaliação com estes dois F-16, deverão ser utilizados um total de 400.000 litros de biocombustível, de modo a avaliar performance e efeitos no motor e sistemas de combustível das aeronaves.

O biocombustível utilizado é uma mistura na proporção 50/50 entre Jet Propellant 8 (JP-8) e SPK (Synthetic Paraffinic Kerosene) produzido a partir da planta camelina, muito comum e facilmente cultivável nos EUA e grande parte do mundo. O processo de produção de SPK, além de se basear numa fonte renovável, emite também consideravelmente menos gases que contribuam para o efeito-estufa, do que a refinação do petróleo.

Esta bem-sucedida demonstração de fontes de combustível sustentáveis em ambiente operacional, tem vindo a dar resultados lucrativos, provando que o biocombustível é uma opção viável para as USAF, que planeia ter a utilização de biocombustível certificada em mais de 40 aeronaves diferentes em 2016.


Fonte: USAF

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