terça-feira, 4 de março de 2008

DESLIGAR OS MOTORES EM VOO

(c) A. Luís

Quando era criança, um dos mistérios que mais demorou a ser resolvido na minha imensa curiosidade aeronáutica, prendia-se com o rasto que os aviões deixam no céu quando voam em elevadas altitudes.
Eu achava, quase bem, que aquilo era o fumo dos motores.
Ora, como não sabia nem percebia o "fenómeno" da condensação dos gases, que provoca o tal rasto esbranquiçado que os aviões deixam à sua passagem assumia, portanto, que aquilo era simplesmente o fumo e ficava algo perturbado quando em algumas partes do trajecto, esse rasto branco não se via ou quando, de repente, o avião deixava de deitar esse fumo.
Perguntei um dia ao meu pai, quase preocupado, a razão que levava a tal situação...
O meu pai, talvez para me "despachar" (percebo agora...), dizia que era o piloto que desligava os motores para poupar gasolina e para não poluir o ar... E como me lembrei que o meu pai desligava o carro nas descidas para poupar gasolina, achei que os aviões também o deveriam fazer. Normalíssimo... E como na altura palavra de pai era quase lei, achei aquela sentença paternal absolutamente plausível e por conseguinte acatei-a e espalhei-a até, em boa fé, aos meus amigos menos curiosos dos aviões, para os impressionar com a minha imensa sapiência.
Sendo assim, até resolver este mistério e perceber o porquê de tudo isto, achei que os aviões desligavam pontualmente os motores, sempre que não lhes via o rasto branco...

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