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quinta-feira, 13 de março de 2014

AIRBUS APRESENTA O NOVO ORLIK (M1468 - 83PM/2014)

Apresentação do Orlik MPT em Varsóvia

A Airbus Defence & Space revelou o PZL 130 Orlik MPT (Multi Purpose Trainer), uma nova versão do avião de propulsão a hélice bilugar Orlik TC II em uso na Força Aérea Polaca, agora com glass cockpit. A apresentação foi realizada no dia 11 de março, na fábrica de Warsawa Okeçie, perante uma audiência de altas individualidades da administração civil e forças armadas.

O Orlik MPT oferece as capacidades e sistemas essenciais ao treino dos pilotos militares do século XXI, a um custo significativamente inferior, comparado com outras aeronaves do mesmo segmento. Os melhoramentos, relativamente ao modelo TC II, centram-se principalmente na integração do glass cockpit e sistemas adicionais, aumentando grandemente o leque de aplicações para o treino de pilotos militares, incluindo o treino tático básico e a introdução ao treino de combate. A eficiência da aeronave, o baixo custo por hora de voo e leque de capacidades de treino, irão colocar o Orlik MPT num lugar atrativo no mercado internacional.

O contrato para desenvolvimento do Orlik TC II para o standard MPT foi assinado em setembro de 2011, entre a Airbus Defence adn Space (então Airbus Military EADS PZL) e o Instituto de Tecnologia da Força Aérea (Polaca), bem como outras variadas instituições polacas.
O Glass Cockpit do Orlik MPT
A performance melhorada e o equipamento do Orlik MPT oferecem uma solução eficiente em custos para o treino básico e avançado de pilotagem, dentro do syllabus das forças aéreas de todo o mundo. A frota global de aviões de trino está estimada em cerca de 10.000 aeronaves, com uma busca potencial de 16.000 novos aviões dentro da próxima década.

Orlik ACS com armamento externo     Foto: Airbus
Prevista está igualmente a variante derivada ACS (Aerial Close Support - Apoio Aéreo Próximo), com a versatilidade requerida para o treino de combate, capacidade de ataque leve e reconhecimento, para desempenhar missões de controlo de fronteiras e apoio aéreo próximo. Será uma aeronave multi-funções e multi-missão, a custos baixos. Possuirá igualmente glass cockpit, além de computador de missão e seis pontos fixos externos para  várias configurações de armamento possíveis.



sexta-feira, 8 de junho de 2012

O EURO 2012 (TAMBÉM) ESTÁ NO AR (M663 - 56PM/2012)

F-16 polaco equipado com mísseis ar-ar

Desde que o terrorismo começou a ser utilizado como forma de combate/protesto, que os grandes eventos desportivos foram facilmente eleitos como alvos apetecíveis, devido à exposição mediática acrescida que proporcionam, bem como ao envolvimento de representantes de várias nações num pequeno espaço territorial.
Os Jogos Olímpicos de Munique em 1972 foram disso um cruel exemplo e principalmente desde 11 de setembro de 2001, quando as ameaças aéreas tomaram uma nova magnitude, nada é deixado ao acaso nem descuido.
Hoje às 17:00 horas quando soar o apito inicial em Varsóvia, para o Campeonato da Europa de Futebol, além da vigilância reforçada nos aeroportos, vão estar de prontidão cerca de um milhar de militares, que assegurarão a defesa aérea até ao dia 2 de julho de 2012.
A Polónia que pertenceu à esfera de influência da antiga União Soviética, é membro efetivo da NATO desde 1999 e realizou exercícios de preparação para o evento que hoje tem início, conjuntamente com alguns dos seus atuais aliados.
Dos tempos do Pacto de Varsóvia no entanto, resistem ainda os Mig-29, que a par com os F-16 de fabrico americano asseguram a superioridade aérea no país e as zonas de exclusão à volta dos hotéis das seleções, campos de treino e estádios em dias de jogo.
À semelhança do que aconteceu em Portugal em 2004, bem como noutros eventos posteriores, estarão ainda de alerta aeronaves destinadas a impedir ameaças de slow movers (aeronaves que por se deslocarem demasiado devagar para serem acompanhadas por caças a jato, têm que ser detidas por aeronaves com velocidade compatível), normalmente através de helicópteros equipados com helicanhão, ou aeronaves de combate ligeiras movidas a hélice.
À parte do que possa acontecer dentro do retângulo de jogo, o importante é que fora dele nada aconteça de trágico.
O Euro 2012 (também) está no ar.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

DA POLÓNIA COM AMOR (M409-30PM/2010)

Palácio da Cultura em Varsóvia - edifício de arquitectura marcadamente soviética, agora rodeado por
edifícios de arquitectura moderna ocidentalizada

PZL 130 TC-II Orlik - aeronaves da patrulha acrobática polaca baseada em Radom - Unidade
exibida no Museu Wojska Polskiego em Varsóvia


Mig-21M "Fishbed" - Radom

Mig-23MF "Flogger" - Radom

Míssil balístico SS-1 Scud - Varsóvia

PZL Mi-2 Kania - Varsóvia

Míssil anti-aéreo (SAM) S-75 Dvina de fabrico Soviético - Varsóvia

Sukhoi Su-22M-4 - Varsóvia

Mikoyan Gurevich Mig-29 "Fulcrum" - Varsóvia

Por ocasião do Campeonato do Mundo de Acrobacia Aérea realizado entre 5 e 15 do corrente na Polónia, tive a oportunidade de pela primeira vez pisar o solo de um país anteriormente pertencente ao Pacto de Varsóvia.
Para o comum dos mortais ou para os nascidos a partir dos finais da década de 80 talvez não se revestisse de demasiada importância.
Para mim no entanto, que vivi intensamente os anos da Guerra Fria que pude observar, como já referi aqui no Pássaro de Ferro várias vezes, foi uma experiência única. Foi pisar solo proibido, durante tantos anos vedado por uma cortina de ferro. Poder observar in loco todos os detalhes de que me lembrava das revistas de aviação que lia ou das fugazes imagens por vezes exibidas na TV. A arquitectura marcadamente soviética e as soluções construtivas pragmáticas típicas do leste. Os pormenores dos aviões que durante anos tentei imitar nos kits à escala que construía.
Além do aeródromo onde se realizou a prova em Radom, que é uma base militar, pude deslocar-me ao Muzeum Wojska Polskiego em Varsóvia, contendo largo espólio militar das Forças Armadas Polacas até aos dias de hoje.

Ficou-me presente o orgulho de um povo que apesar de sucessivas invasões por diversas potências (a última das quais a Soviética) não se desmembrou nem se deixou vencer. De facto, a Polónia foi sempre olhada com extrema desconfiança pela União Soviética, manifestando-se essa desconfiança por exemplo, no baixo nível de material militar cedido às Forças Armadas Polacas, por receio de insurreição da Polónia contra o seu "Grande Irmão", caso tivesse demasiado poder bélico. A Polónia serviu por isso de base para forças soviéticas, mas as suas Forças Armadas próprias não eram fornecidas com material de ponta em quantidade nem qualidade.
A Polónia foi por isso, o "aliado" que mais material próprio fabricou. E o que mais problemas criou durante os anos de ocupação Soviética, ainda se o acto mais simbólico da queda do comunismo ocorreu na vizinha RDA.
E a Rússia culpa a Polónia veladamente ainda nos dias de hoje, pelo desmoronar do seu império.

Ficou-me a impressão de um país que se soube desenvolver e adaptar ao mundo ocidental que lhe foi marginal por tantos anos, mas que nem por isso se deixou vender a todas as novidades, como muitas vezes acontece. Prova disso é a reticência em aderir ao Euro e perder a sua moeda, tal como a presença na União Europeia não é consensual.

Para terminar, do museu Wojska Polskiego, guardei com especial interesse (senão emoção) a imagem dos mísseis balísticos SS-1 Scud tantas vezes vistos na TV (com os quais cheguei a ter pesadelos) e o mítico Mig-29, máquina aérea de beleza invejável, estrela maior de entre todas as expostas.

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